Ele olha para o corpo do seu segurança todo esfaqueado no chão da cozinha, e o garoto, de olhos escuros e fascinantes, os cabelos caindo aos olhos, com uma pequena faca na mão, sentando ao lado da poça de sangue.
- O que vamos fazer, senhor? – o homem alisa a barba bem feita e respira fundo olhando o menino.
- O tranque no quarto e retire o corpo daqui – o menino da um meio sorriso encarando seu pai – Parece que você não é tão inútil, filho – o homem sorri saindo da sala.
Adam Grey é um assassino frio e mais bem pago de toda Miami. Conhecido em todo o mundo pelos seus atos e negócios com drogas. Um cara frio, prepotente, intimidador e atraente. Suas maldades são de alto nível, nunca demostrou amor por nem uma das suas mulheres ou pessoas da família.
Em uma de suas atrocidades engravidou uma mulher, que foi amarrada e violentada pelo mesmo. Uma coisa que ele sempre quis foi um grande legado de filhos. E ao descobrir sobre o filho que viria a nascer, esperou a mulher dar à luz, para então, quando o menino completasse dois anos ele a matasse. Bernardo vivia cercado de seguranças e brincava sozinho, como a maioria das crianças ele criou um amigo imaginário, mas, não qualquer amigo. Bernardo criava alí, seu lado obscuro.
- Garoto, não mexa nisso! – o segurança reclama com o menino ao entrar na cozinha e ao avistar com alguns talheres em mãos.
O garoto ergue o olhar e sorri, em sua mente a idéia de mata-lo, de ver a dor em seus olhos, já o dominava com apenas quatro anos. Era algo que vinha dele, e era até então, um desejo desconhecido.
P.O.V's Grey
Levantei mais cedo do que de costume, hoje será um dia especial. Saí do banho e vesti um dos meus ternos sem a gravata e, sorri encarando o espelho. Peguei minha arma e desci a enorme escadaria. Tenho uma família grande, mas prefiro morar sozinho. O silêncio me deixa calmo, a única pessoa presente, fora os seguranças, é o Bernardo. Ele é diferente dos meus outros cincos filhos, eu diria que ele é bem mais que diferente. O garoto é tão frio e cruel quanto eu, o que me deixa orgulhoso e ao mesmo tempo preocupado, digamos que ele não vai muito com a cara do papai aqui.
- Traga-o – ordeno ao segurança que rapidamente sobe para buscar o garoto em seu quarto.
Ele fica trancado, digamos que ele não se relaciona muito bem com pessoas. Logo ele desce e me olha, posso sentir seu ódio, sorrio e me aproximo.
- Que tal darmos uma volta Bernardo? – ele permanece calado, o que já é normal – Muito bem – aceno para o segurança que o leva para o carro.
Graças ao meu trabalho eu tenho muitos inimigos, o que me deixa satisfeito, prova que estou fazendo certo. Mas, tenho um em especial, que vive fazendo de tudo para me derrotar e, para piorar, é uma mulher. Uma puta mulher gostosa para caralho. Diana Scott, nossa rincha, como posso assim chamar, vem de anos e finalmente eu consegui pega-la desprevenida.
O carro para em um dos meus galpões e saio. Logo atrás vem o Bernardo com o segurança do lado. Minha querida "amiga" está amarrada à uma cadeira com um pano preto cobrindo seu rosto.
- Isso é tão lindo de se ver – minha voz ecoa pelo ambiente e ela se debate na cadeira ao ouvir.
- Seu filha da puta...me solte! – fala zangada.
- Mas eu nem comecei – sorrio e retiro o terno subindo a manga da blusa social branca – Eu não sei descrever a alegria que é lhe ver novamente, Diana.
Um dos caras retira o pano e ela pisca algumas vezes antes de me encarar.
- Você me da nojo – faz uma careta ao falar praticamente cuspindo as palavras.
Ando até a mesa e abro a maleta preta, olho pro lado e no canto está o Bernardo, quieto, apenas olhando. Volto a atenção para a maleta e pego a primeira seringa.
- Sabe, sempre admirei o trabalho da sua grande amiga Karen – viro meu corpo e ela me olha confusa – É extraordinário como ela faz essas belezuras – olho o liquido verde e sorrio – E o melhor – a olho – O efeito que uma causa –vou me aproximando.
- Desgraçado – tenta se soltar – O que você fez com ela? Se ela tiver machucada eu...
- Shiii – coloco o dedo em meus lábios e sorrio me inclinando para frente – Você não está em condições de fazer nada, minha querida – seguro seu queixo com força – Te matar seria um lucro, mas te ver morrendo lentamente por dentro e por fora é um imenso prazer – ela arregala os olhos.
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