P.O.Vs Karen
- Como aconteceu isso Karen? – viro o liquido do copo de uma única vez, sentindo o queimar familiar.
- Não enche o saco, Jordan – ando até a janela e abro mais um botão da camisa que uso e suspiro – Mesmo que eu tente voltar atrás, não da para consertar.
- Karen você sabe...
- PARA – passo a mão direita nos cabelos e respiro fundo – Não quero falar sobre isso – não lhe olho, mas escuto seus passos firmes e a porta bater minutos depois.
Em todos os meus 18 anos fiz uma única coisa, fabricar drogas, comecei com revendas e alguns pequenos assassinatos por dinheiro, uma boa assassina em serie. Na escola sempre me identifiquei mais em química e matemática, o que me ajudou muito com os negócios, transformo uma droga comum em algo extraordinário, o que da muito mais dinheiro, e logo criei minha própria droga, K8. Subir nos negócios de maneira incrível, e no caminho fiz amizades muito importantes, como Diana, que o filho da puta do Grey tem uma rincha de anos.
Ele é um doente, seu prazer e passa tempo é torturar pessoas, não sei bem por qual motivo de todo o ódio entre eles, mas o nosso começou depois de toda minha fama com as drogas. O império dele é grande, principalmente nas vendas de drogas, e com minha nova invenção o ódio, e sei que uma pequena admiração, por mim foi crescendo. E eu dei a ele a arma perfeita para que ele acabe com a vida de Diana. Os efeitos de cada uma deixa sequelas bem mais intensas que as “normais”. A K8, a minha primeira, é a que ele usou nela, o seu uso é mais para tortura, de inicio era para pessoas suicidas. Em torno de 40 minutos uma pessoa tenta suicídio, não suportando mais a dor e o sofrimento que a vida proporciona e então querem acabar com a vida. O suicida acha que a sensação de chegar a morte e a melhor dor, e até solução, para tudo, e esperando meus 40 minutos decidir fazer a droga.
São três etapas, o primeiro liquido é Verde, da a sensação de esta caindo de uma prédio, o medo e o frio na barriga, e a droga mexe com seu organismo causando a mesma sensação de que seus órgãos estão sendo esmagados e vai lhe deixando sem ar. E logo vem o liquido Vermelho, lhe causando prazer no meio da dor do primeiro, é uma sensação igualada a de se ter um orgasmo, sua vontade é de transar compulsivamente com qualquer pessoa ou coisa, mas, no meio do ato sentir muita dor, mais não consegue parar. E por fim o liquido Preto, que lhe trás a doce e sufocante sensação da morte, a droga agi em todos os seus sentidos, levando a sua mente para um mundo paralelo, e por horas você pode sentir a dor de esta morrendo de varias formas. Quando os três se misturam na ordem correta as sensações se alternam, o medo, o prazer e a dor, juntos em torturantes longas horas.
Só de imaginar que minha amiga passou por tudo isso por minha culpa é agoniante, e com isso resolvi ir embora, a culpa está me matando e não sei como encara-la.
P.O.Vs Grey
- Não...não, não...ELE MATOU MEU FILHO - ela grita em meio ao choro enquanto segura o pequeno corpo do seu recém nascido em seus braços
Subo as escadas rapidamente e entro no quarto do Bernardo, ele está sentado na sua cama balançando os pés, com as mãos apoiadas nas pernas e cabeça baixa, quem olha assim acha que é uma pobre criança assustada. Ando até ele é seguro firme na lateral do seu corpo.
- Você matou seu irmão! - trinco os dentes em raiva e ele apenas sorri de lado olhando em meus olhos - VOCÊ ESTÁ ME OUVINDO BERNARDO!? VOCÊ MATOU SEU IRMÃO! - seu olhar é frio e da para ver que ali não tem sentimento algum pelo que fez.
Lhe puxo para fora do quarto e levo para o porão, sento ele e amarro suas pequenas mãos no braço da cadeira.
- Não tenho medo de você - ele diz olhando para mim.
Retiro seus sapatos e pego uma faca na mesa, aqui e meu pequeno santuário de tortura particular.
- Vou lhe ensinar a ter medo - ajoelho a sua frente e seguro seu pé direito e passo a lâmina fundo no meio, a dor nesse lugar do pé é horrível, podem tirar por quando se pisa em algo pontudo ou em um espinho, todo seu corpo reagi a dor.
Bernardo grita e se esperneia na cadeira, sorrio e faço o mesmo no outro pé. Ele tem um corpo bem mais formado do que os garotos de sua idade, só que Bernardo não tem só isso de diferente, sua mente é bem mais avançada. Mas, ainda assim é apenas um garoto de 5 anos e chorar horrores quando jogo álcool em seus pés.
- Vou te torturar tanto que não vai se lembra de quem é.
Tempos depois
P.O.Vs Diana
- Luna eu já disse que não quero você metida com isso - ela revira os olhos e entra me ignorando – Luna Scott!
- Não enche o saco mãe, você mesma tem várias no seu cofre e olha só... - para na ponta da escada e me olha - Você trabalha com isso - bufa e sobe correndo.
Respiro fundo e passo as mãos no rosto, volto para fora e pego as coisas no carro.
- Ei - tomo um pequeno susto e viro vendo um rapaz parado me olhando - Você pode ajudar? - ele usa uma blusa fina, que parece molhada, e os seus longos cabelos cobre seus olhos.
- Em que posso ajudar? - ele aperta os dedos das mãos de forma nervosa - Esta perdido?
- Uma cama...Bernardo quer uma cama - ele fala rapidamente e faz um careta de dor - Por favor... Só uma cama, Bernardo precisa de uma cama...Você tem uma cama? - ele dispara a falar e eu fico confusa.
- Ei calma - vou dando pequenos passos para perto - Seu nome é Bernardo?! - ele acena - Esta bem Bernardo você quer que eu ligue para alguém? Você está bem? - ele balança a cabeça freneticamente negando.
- Bernardo só quer uma cama - ele começa a chorar - Só uma cama...Por favor...Você tem uma cama? - suspiro.
- Tudo bem Bernardo....Eu tenho uma cama - ele sorri.
- Você tem? - se aproxima rápido me fazendo recuar por reflexo - Você da essa cama a Bernardo?
- Bernardo você... - ele me olha como uma criança quando está prendendo o choro - Droga... - sussurro - Tudo bem Bernardo - lhe estendo a mão - Você pode passar a noite e amanhã ligamos para alguém da sua família, está bem?
- Família não...Bernardo só que uma cama - choraminga.
- Tudo bem... - seguro em sua mão e vou entrando com ele.
- Ai....aí... - a cada passo que ele dá geme de dor.
- Esta tudo bem?
- Ai...sim...aí...Bernardo que, aí, uma cama - respiro fundo e subi com ele para o quarto vago.
- Aqui a cama, você pode toma uma banho o banheiro e bem ali - aponto para a porta no corredor.
- Uma cama! - ele diz feliz se sentando e sorri para mim - Obrigado...Você é amiga moça - sorrio fraco.
- Meu nome é Diana - ele acena - Preciso dormir, meu quarto é logo a frente
- Diana é amiga não vai machucar Bernardo - junto às sobrancelhas e ele levanta e anda até mim - Diana é amiga deu aí, deu uma , aí...Cama a Bernardo.
- Sim eu sou amiga e não vou te machucar - ele morde os lábios e parece sentir dor - Você está bem?
- Os pés de Bernardo dói - fala baixo
- Senta que eu vou olhar - ele senta e me abaixo retirando seus sapatos - Meu Deus! - seus pés estão ensanguentados e com alguns cacos de vidro - Bernardo quem fez isso com você?
- Bernardo só quer uma cama - suspiro e levanto pegando uma tolha e volto.
- Isso vai doer uma pouco - começo a retirar os pequenos pedaços de vidro dos seus pés.
Ele geme de dor mais fica quieto até eu terminar, no fim fiz ele toma um banho e lhe dei roupas limpas e deixei ele deitado, que logo dormiu. Tomei um longo banho de banheira, tomo os meus malditos remédios e me deito, tento entender de onde esse garoto surgiu e quem o machucou.
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