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História Heart of War - War


Escrita por: GeminiSaint

Notas do Autor


Hello!
Não me matem, por favor ._.
Então...sei nem o que dizer hehehe
Essa depressão é dedicada a ariana mais aleatória do universo (sim, mon amour, é você de mesmo que eu to falando).

Lembrete:
Marshall Alexius Solo: Saga
Edward Augustus Solo: Kanon
Dylan Wrath Solo: Original (O lindo da capa <3 )

Capítulo 1 - War


Fanfic / Fanfiction Heart of War - War


A morte é um privilégio na guerra.
Em 2003, a Guerra do Iraque foi iniciada por uma coalisão militar liderada pelos Estados Unidos da América. Os números contatados pela união variam de 100 mil a 600 mil mortos.
Há anos a família Solo domina o comércio marítmo no mundo todo. O herdeiro, Julian Solo, expandiu assustadoramente os negócios da família. Julian se apaixonou por Aurora Wrath, capitã do exército dos Estados Unidos, e dessa união nasceu um menino, Dylan Wrath Solo, que desde pequeno mostrou-se extremamente inteligente, habilidoso e com facilidade para aprender. Dylan não conheceu a mãe, já que ela abandonou a criança com o pai. Anos mais tarde, Julian descobriu que ela ainda estava no exército, liderando uma companhia de soldados no Iraque. Quatro anos depois do nascimento de Dylan, foi descoberto que dois meninos, gêmeos de seis anos, eram filhos do herdeiro dos Solo. Julian os acolheu imediatamente e os criou junto a Dylan, tratando todos igualmente. Seus nomes eram Marshall Alexius Solo e Edward Augustus Solo. Os três sempre tiveram as melhores aulas particulares que o dinheiro pode pagar.
Dylan se formou médico aos 22 anos e, com a influência de seu pai, entrou no exército como cirugião do trauma, se tornando Major. Marshall e Edward cursaram direito, mas resolveram seguir carreira militar. Por ser um ótimo estrategista e líder, tornou-se Capitão de uma companhia de soldados. Edward, por outro lado, se tornou um atirador de elite perfeito, raramente errado o alvo, mesmo a distâncias absurdas.
A realidade da guerra era extremamente cruel e diferente para cada um dos três. Dylan queria salvar vidas, Marshall queria libertar pessoas e Edward queria matar todos que merecessem morrer. Cada um dos três caminhava para o seu próprio inferno.
Iraque, 31 de Março de 2004
-Hughes! Por favor, fique comigo! Não desista, soldado! - Dylan gritava, tetando manter a calma enquanto o sangue quente de seu companheiro manchava seu uniforme.
-Dylan...eu não vou...conseguir - O homem dizia que teve metade do corpo completamente esmagado quando o jeep em que estavam capotou em uma área praticamente deserta devido a uma mina terrestre.
-Não diga isso, droga! - Ao olhar pros lados, percebeu que seus outros companheiros também estavam em estados críticos - Brett! Monroe! Smith! Por favor...não...parem de lutar!
Não obteve resposta de nenhum deles. Suas lágrimas vazias caíam, misturando-se ao sangue que já manchava a areia à sua volta. Continuava ali, fazendo o que foi treinado pra fazer. Salvar vidas não parecia tão simples naquele momento.
- Quais são...as chances? - Hughes falava fracamente.
-O seu coração ainda está batendo, você vai sobreviver! - Colocava a sua mão no local da hemorragia para contê-la.
-Seja sincero...por favor...quando nós...paramos? - Pedia, sentindo dor.
-Tem uma...coisa na cirurgia do trauma que chamamos de triângulo da morte, mas você está muito longe disso, me ouviu? Não pare de lutar, Hughes! - Implorava, sentindo o sangue em suas mãos.
-Eu perguntei...quando nós paramos... - Sua respiração enfraquecia.
-Quando o sangue parar de coagular, os órgãos ficarem frios e os músculos começarem a produzir ácido - Respirava fundo, tentando manter a calma - Se isso acontecer, e não vai, a gente para.
Dobrava seus esforços a cada segundo, mas tudo parecia inútil. O cheiro de sangue o enjoava. Ao passo que a noite caía, o frio começava a limitar as chances de sobrevivência do capitão ferido. Dylan sentia os músculos do outro enrijecerem e sabia que ele estava sentindo muita dor, mas não possuía os recursos necessários para acabar com aquele sofrimento. Pela primeira vez em sua vida se sentiu fraco. Ele, Dylan Wrath Solo, nascido em uma das famílias mais poderosas do mundo, melhor aluno da turma de medicina, Major...e nada disso salvaria a vida de um dos seus melhores amigos. Queria chorar, gritar, amaldiçoar o próprio destino, mas nada adiantaria. Seu corpo sentia o cansaço causado pelo esforço contínuo, mas continuava mantendo as mãos firmes. Precisava lutar, desistir não era uma opção. Jamais seria.
-Dylan...vamos...parar - O capitão pedia, sentindo uma dor praticamente insuportável.
-Não! Ainda há chance! Vamos, Hughes, a ajuda já está a caminho - Ele sabia que demoraria cerca de um dia pra qualquer suporte chegar até onde estavam.
-Eu...estou sentindo...dor e...muito frio - Sua voz muito fraca.
-Ainda não - O implorava, deixando algumas lágrimas caírem em meio ao sangue - Não desista, por favor...
-Você...tem que...me deixar...ir - Olhava em seus olhos.
Naquele momento, Dylan pôde ver toda a dor que o capitão estava sentindo, ali tão perto dele. Aquele homem enfrentava um inferno sem reclamar, sem chorar. Se sentiu pequeno. Se sentiu egoísta por ainda insistir em manter o outro vivo. Sabia que em partes, não queria ficar sozinho.
-Hughes...por favor - Ainda tentava, com medo.
-Dylan...eu não quero...mais...sentir dor - O brilho de seus olhos se tornava opaco.
-Eu entendi, Capitão Hughes - Respirava fundo, segurando o choro - A minha mão está controlando a hemorragia e quando eu tirá-la, o sangue não vai coagular e seu coração vai bombear ele pra fora do corpo - Pausava, tentando manter o controle - Você vai sentir muito frio e  sono...está de acordo, capitão?
-Sim...major - Sorria fracamente - Você...ainda vai...salvar muitas...vidas...Dylan - Respirar se tornava cada vez mais difícil.
Aos poucos, Dylan afastou sua mão, observando o sangue fluir. Tirou suja jaqueta e colocou sobre o corpo do capitão.
-Está com frio? - Falava com pesar, arrumando a jaqueta de uma forma que cobrisse o outro.
-Um...pouco - Sorri fracamente - Mas já vai...passar...
-Hughes... - O sorriso do outro o machucava.
- Homens como...você...fazem as...guerras...acabarem...
O corpo à sua frente relaxou e o fluxo de sangue foi reduzido. Dylan fechou os olhos com força, como se o mundo acabasse naquele instante. Sentiu a cabeça doer e o coração falhar. Olhou ao seu redor e viu tudo que tentou evitar sua vida inteira, a morte. Gritou. Alto, forte, doloroso. Era como se uma parte de seu coração houvesse sido arrancada. Doeria menos, com certeza. Sentou ao lado do corpo de seu amigo e esperou. O suporte chegou dezessete horas depois do incidente. Dezessete horas de um inferno constante, obervando os corpos de seus amigos se decomporem. Dezessete horas afastando animais atraídos pelo cheiro de sangue. Dezessete horas cercado por aquele cheiro horrível de morte. Dezessete horas em um terrível silêncio.
Iraque, 10 de Janeiro de 2007
O Capitão Marshall Alexius Solo comandava uma investida contra um importante grupo de rebeldes, cercando o líder no prédio abandonado que foi uma pequena rádio local.
-Atirem! - Marshall ordenou.
A companhia o obedeceu, fuzilando completamente o prédio. O capitão colocou soldados em pontos estratégicos, destruindo qualquer chance de escapatória. 
-Nenhum sobrevivente, senhor! - Um soldado o avisou prontamente.
Antes que Marshall pudesse responder, outro soldado se aproximou rapidamente, transtornado.
-Senhor, temos trinta e quatro civis mortos! - Pausava pra respirar - Eles estavam usando o edifício com abrigo e...nós não fomos informados...
-Já tem a indentificação de todos? - Marshall perguntou ríspido.
-Sim, senhor! Todos foram identificados!
-Quero que traga um familiar de cada uma das vítimas até a nossa base. Sem excessões - Andava em direção ao jeep - E reúna toda a companhia no pátio.
-Sim, senhor!
No mesmo dia, cerca de quatro horas depois, todos estavam reunidos no pátio da base norte americana. Marshall ordenou que fosse dado um chicote a cada familiar das vítimas presente ali e se dirigiu ao centro do prédio.
-Devem estar se perguntando o motivo dessa pequena exibição - Andava de um lado para o outro com um sorriso sarcástico - Eu faço questão de comunicá-los que... - Pausava, sentindo o pesar das palavras - Eu matei os familiares de vocês
o sorriso sarcástico que exibia naquele momento disfarçava o que realmente sentia. Vergonha. Marshall sentia a dor de cada uma daqueles pessoas. O capitão tirou a camisa e virou as costas para o grupo de pessoas. Conseguia ouvir o choro de alguns. Começou a rir.
-Tem coragem de me bater, covardes? - Percebeu que todos hesitavam - Fariam isso por aqueles que eu matei? - Ria mais alto - Não haverá punição alguma! 
Aos poucos, algumas pessoas foram se aproximando. O primeiro a açoitá-lo foi um menino de treze anos que havia perdido o irmão. Marshall recebeu trinta e quatro golpes sem expressar nenhuma emoção. Seu rosto era impassível. O sangue do capitão pingava na areia quente juntamente com as lágrimas dos que perderam membros da família. A dor física que sentiu não era capaz de competir com a dor de cada uma daquelas pessoas. E ele sabia disso. Sabia que nada do que fizesse traria aquelas pessoas de volta. Ele só não queria a dor que saber disso o traria.
Iraque, 30 de Março de 2007
Edward Augustus Solo estava em seu posto, mantendo guarda na base norte americana mais avançada do perímetro. Ele era o melhor atirador de elite, sem dúvida alguma. Não havia nada que ele não pudesse acertar. E ele se orgulhava disso. Entretanto, percebeu uma aproximação direta. Uma criança, maltrapilha, subnutrida, pequena, com uma expressão cansada carregando uma mochila em direção a sua base.
-Senhor, aproximação suspeita no flanco direito - Falava pelo rádio - Uma criança carregando um possível explosivo...
"Alguma possibilidade intervenção, soldado?" O comandante perguntou.
-Não, senhor - Olhava a criança pela mira da AWP.
"Escuta, Edward..." O outro dizia com pesar "Tem certeza de que é um explosivo?"
-Eu não sei, é só uma mochila - Suspirava.
"Edward...a escolha é sua" O comandante disse "É ou não é um explosivo?"
-Senhor...é só uma criança... - Seu coração acelerava, temendo o pior.
"A escolha é sua. A vida de todos aqui está em suas mãos. você decide se aquilo é ou não um explosivo. Câmbio desligo" Disse e cortou a comunicação.
Pela primeira vez em sua vida, Edward sentiu as mão tremerem. Olhava a pequena criança carregar um fardo tão grande nas mãos e mesmo assim continuar andando. Provavelmente, a criança nem sabia o conteúdo da mochila. Edward sabia disso. Mirou com cuidado o pequeno corpo. Não era muito difícil, já que o mesmo se movia devagar, cansado. Hesitou várias vezes, chegando sempre à mesma conclusão. O gatilho era tão pesado quanto a dor que carregaria a partir daquele dia. Fechou os olhos e atirou. Seu coração sentiu o momento exato em que o tiro acertou a cabeça do menino. Ao abrir os olhos, viu o pequeno corpo estirado no chão, ainda segurando fortemente a mochila. Não percebeu quando lágrimas caíram sobre o cano da AWP em suas mãos.
Naquela noite, no jantar, todos o parabenizavam pelo sucesso. Haviam averiguado o corpo e recolhido o explosivo, constatando que era forte o suficiente para destruir a base inteira. Mas Edward não se orgulhava. Não sorria, não se sentia no direito de comemorar. Seu coração pesava e o cheiro de pólvora o acompanhava. Se questionava se todas as vidas que tirou até aquele momento realmente mereciam morrer ou simplesmente foram obrigadas a fazer aquilo pra proteger quem amavam. Naquele momento, Edward percebeu que já não era mais o homem entrou na guerra. Percebeu que era só mais um monstro que ele mesmo desejava matar.

No dia 15 de dezembro de 2011, os Estados Unidos anunciaram formalmente, através de uma cerimônia de passagem de comando de tropas em Bagdá, o fim da guerra no Iraque. Um novo governo iraquiano emergiu e uma certa estabilidade política e econômica tomou conta da nação, porém a violência por parte de grupos extremistas continuou mesmo após a saída das forças da coalizão internacional. Assim, o conflito reascendeu e uma nova fase das hostilidades se iniciou, com o governo iraquiano agora lutando contra organizações jihadistas. Com a situação se deteriorando, os americanos e seus aliados voltaram a bombardear o Iraque ao fim de 2014.
A guerra muda a vida de todos os envolvidos. O coração se torna frio, duro, desiludido. Os irmãos Solo foram dispensados do exército e buscaram se afastar de todos, mudando-se para o interior da Inglaterra. Talvez alguém consiga amenizar a intensa dor que sentem todos os dias ao se olharem no espelho.
"Só você me faz ser o cara que eu amo ser...e eu só consigo ser esse cara por você"
 


Notas Finais


E é só isso por hoje!!! Gostaram? Então, eu juro que vou tentar atualizar as outras o mais rápido possível...

Não se esqueçam de comentar, amo vocês <3

Ja Nee!


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