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História Heart tied to the devil - Indomável feito o inverno.


Escrita por: itshobbit_

Notas do Autor


Olhem aqui a segunda parte do cap, amorezinhos ❤❤❤

Capítulo 13 - Indomável feito o inverno.


Fanfic / Fanfiction Heart tied to the devil - Indomável feito o inverno.

Haviamos partido para o Castelo Negro, Roose não sabia ou imaginava isso ou algo do tipo. Nem ao menos Ramsay ou Reek. Com minhas madeixas negras presas um capuz cobria-as, mostrando assim só uma parte de meu rosto e minhas vestes típicas dos homens nortenhos. Pousada sobre um cavalo negro, andávamos a dias, não trocávamos se quer uma palavra. Locke apenas guiava o animal e achava um abrigo durante a noite. Não posso dizer que estava infeliz com isso, não queria algum tipo de contato com aquele homem. Avistei a gigantesca muralha e a sua frente uma fortaleza inteiramente negra. Soltei o ar pesadamente, aliviada.

— Aliviada, Lady? Acha que será fácil daqui para frente? Quero ver o quanto vão demorar para te perceberem e estupra-la enquanto chora pedindo por piedade.

Uma corrente de medo atravessou cada milímetro de meu corpo. Queria hesitar mas não podia mais. Apavorada, tentei manter a calma e apenas lançando um olhar de superioridade a Locke, respondi-lhe.

— Eles vão chorar por piedade quando minha espada estiver atravessada no crânio de cada um. Só estou aqui porque quero a morte dos garotos Stark.

Ao atravessarmos os altos portões do castelo, minhas íris esbranquiçadas vagaram por toda a extensão do Castelo Negro. As vestes negras caracterizava-os e alguns lutavam ao meio do pátio. Saltei do animal, escondendo-me atrás de Locke, covardemente. Ele dizia para um dos corvos quem éramos e de onde estávamos vindo, uma história absurda e repleta de mentiras. Porém se eu não soubesse de toda a verdade, provavelmente também acreditaria nele por sua lábia sorrateira.

Após alguns dias, já perambulava livremente pelo pátio do local, despreocupada. Esforçava-me para passar despercebida e fugir de treinos e coisas do tipo, mas naquele momento em especial, fui pega. Grandes dedos encontravam-se em minhas vestes negras, arrastando-me até um grupo de homens que lutavam entre si. Encolhi-me, mantendo minha visão baixa, com meus pequeninos palmares juntos a frente de meu corpo. O capuz cobria minha face impedindo-os de ver minha expressão de pavor. Captando minha presença, os corvos avizinharam-se chamando-me para uma breve luta. Mantive meu silêncio. Irritados, iniciaram uma série de ofensas, empurrando-me com violência, fazendo com que eu tombasse para inúmeros lados, quase chocando-me contra o solo. Procurava algo para me apoiar, mas meus esforços eram inúteis.

Fui ao arremessada ao chão repleto de neve, escorregando minhas mãos sobre a superfície gélida.

— Ainda não vai falar?

— Essa séria uma ótima posição para te estuprar.

— Você é tão covarde que seu pai deveria ter vergonha de ter tido você, por isso veio parar aqui.

— Esse é o homem mais covarde que já conheci.

Repentinamente fui atingida por um golpe na coluna que fez com que eu gemesse de dor, caindo totalmente sobre o solo, desamparada. Achei que os ataques fossem piorar, já que ninguém notava o quanto eu estava sendo ferida e o homem que havia me colocado ao meio daquele grupo apenas tinha um sorriso sínico marcado em sua fase velha.

— Deixem o garoto em paz.

Ao ouvir tal frase, constatei um palmar estendido em minha direção. Agarrei-o, impulsionando-me para conseguir erguer-me. Em minha postura normal, encarei o rapaz que havia ajudado-me. Tinha cabelos encaracolados escuros, barba bem feita, lábios carnudos e grandes esferas castanhas. Sua feição era amigável e agradável.

— Assim não vai sobreviver aqui. Vou te ensinar a lutar, tudo bem? Qual seu nome?

Indagou-me com um sorriso dócil.

— An...Antoine.

— Antoine. Sou Jon Snow. Não sabe seu sobrenome?

Apenas chacoalhei meu crânio como se respondesse não a sua questão. Jon apenas deu os ombros, empunhando uma espada e dirigindo-a minha direção contrária, apontando uma espada que provavelmente eu teria que pegar. Posicionei-a frente de meu tórax, mantendo-me atenta a qualquer ataque do bastardo. Mas em alguns movimentos o mesmo desarmou-me. E assim foram inúmeras vezes. Ele gargalhava ao ver minha derrota e sem conseguir me conter com sua risada contagiante, ria também, despreocupada.

Jon Snow treinava-me todos os dias, não questionava sobre o capuz que eu sempre usava, apenas defendia-me dos grandalhões que insistiam em me importunar e ensinava-me a usar a espada corretamente. Algumas vezes observa-me usando o arco e a flecha. Estávamos cada vez mais próximos, Locke não me perturbava, eu mal o via.

Todos os corvos estavam reunidos na grande sala, era escura e muito fria, apenas algumas luzes adentravam o local. Todos comiam com ânsia, pareciam estar sempre famintos. Lambuzavam-se, riam alto e conversavam em um tom absurdamente elevado. Levava alguns pedaços de pão ao interior de minha boca, mastigando-os com vagar, correndo minhas íris por todo o local. Tinha os cotovelos sobre a mesa e estava curvada, aconchegada em um canto, distante de todos os outros corvos. Ouvi alguns toques brutos sobre uma das mesas, provavelmente pedindo silêncio já que todos aquietaram-se no mesmo instante. Desinteressada, não movi um dedo para constatar do que aquilo se tratava.

— Estou indo para lá da Muralha, a Fortaleza de Craster. Capturarei os amotinados, ou vou mata-los. Estou convocando voluntários para irem comigo. Há 60 milhas de selvageria daqui até a Fortaleza e Mance Rayder tem um exercito vindo atrás de nós, mas precisamos fazer isso. Nossa sobrevivência pode depender de chegarmos aos amotinados antes que Mance. Eles conhecem a muralha, as nossas defesas. Se Mance descobrir o que sabem, estaremos perdidos. Mas se isso não for o bastante, então considerem o seguinte: se a Patrulha da Noite é mesmo uma irmandade, o senhor comandante Mormont era nosso pai. Ele viveu e morreu pela patrulha. Foi traído pelos próprios homens, apunhalado nas costas por covardes. Ele merecia muito mais do que isso. Tudo o que podemos dar agora é justiça. Quem irá comigo?

Jon se pronunciou. Tinha veemência em suas palavras, mas ao fim de seu discurso, todos os homens continuaram amuados, quietos. Porém, um deles se levantou, assentindo para Snow. E logo outro e mais outros e em um piscar de olhos vários encontravam-se em pé no local. Assim como Locke.

— Não posso levar um recruta ao Norte da Muralha.

Direcionou-se a Locke, dando alguns passos adiante.

— Então deixe-me fazer o juramento. Se enfrentará uma luta, precisa de homens que saibam lutar.

— Eu também quero fazer o juramento.

Levantei-me. Encarei Jon por alguns instantes, desviando minhas íris para os meus próprios pés depois de poucos segundos.

E assim foi. Eu e o Locke fizemos o juramento da Patrulha da Noite. Eu iria para uma batalha. Ontem eu estava aos cuidados das mulheres da Última Lareira, mimando-me e agora vou lutar contra assassinos. Uma reviravolta inesperada na vida de uma lady.

Partiríamos logo, descansava em uma região isolada do castelo, perdendo-me em devaneios. Uma voz conhecida invadiu-me, trazendo-me a realidade novamente.

— Não entendo porque sempre está com esse capuz.

Jon acomodou-se ao meu lado, mantendo sua atenção em mim.

— Gosto dele, Jon Snow.

— Está tentando esconder quem você é realmente, Antoine?

— Não sei mais quem sou. Já faz tanto tempo que tenho sido outro alguém que minha essência se perdeu.

— Então tire isso. Se aceite como é e então as pessoas aceitarão também.

O homem escorregou seu dedos sobre o pano que cobria meu crânio, rispidamente agarrei seu pulso, afastando-o de mim, soerguendo meu corpo. Larguei-o com certa violência, caminhando para longe dali sem me preocupar com sua expressão de magoa.

— Certas coisas foram feitas para não serem reveladas, Jon Snow.

Havia chegado a hora. Carregava comigo um arco e poucas flechas. Locke mesmo que disfarçadamente olhava-me inúmeras vezes, deixando-me desconfortável. Jon se posicionou ao meu lado, com um sorriso dócil. Desferiu alguns pequeninos tapas sobre as minhas costas.

— Não imagino como vai sobreviver. Você luta como uma garotinha.

Um dos patrulheiros se referiu a mim, dando-me uma ombrada, fazendo com que eu recuasse alguns passos.

— Exatamente. Eu luto como uma garota e é por isso que todos deveriam me temer.

60 milhas. Havíamos chegado. Esperávamos o momento certo para atacar. Locke deu-nos as informações necessárias sobre o local e citou cães de caça. Era mentira, eu sei disso. Mas não conseguia imaginar o que de tão importante poderia ter no local para que ele mentisse. Mas eu descobriria. Os patrulheiros então finalmente foram a batalha. Apavorada constatei um homem vindo em minha direção, na tentativa de atacar-me. Girei, posicionando-me as costas do mesmo, cravando a espada que Jon havia me dado em sua nuca, retirando-a com vagar, percebendo o líquido vermelho escorrendo sobre a lâmina. Locke havia sumido. Muitos encontravam-se já sem vida pousados sobre o solo repleto de neve, os sons de lâminas se chocando e o sangue invadindo todo o local. Corria apressada, na tentativa de localizar o homem, minha respiração estava cada mais precisa e ofegante. A adrenalina tomava conta de cada milímetro de meu corpo. Então, o inesperado aconteceu. O pano que escondia minha verdadeira identidade foi rasgado brutalmente, sendo atirando em algum lugar distante. Choquei minha espada com a do maldito que havia feito isso. Lutávamos rigorosamente, meus longos cabelos negros caiam como cascata sobre minhas vestes e meus lábios estavam ainda mais avermelhados, mostrando claramente minha feição feminina. O homem que duelava comigo encarava-me com luxuria.

— Vou te foder, putinha imunda.

Ao terminar sua frase teve minha lâmina enfiada em seu peito, atravessando-o por inteiro. Caiu de joelhos a minha frente, vagarosamente retirei minha espada do interior do mesmo. Nesse instante, minhas íris encontraram Locke carregando uma pessoa em direção a floresta. Disparei naquela direção, eu sabia quem era e agora sabia o motivo de sua mentira. O ar parecia faltar-me, estava aflita, precisava para-lo. Impulsivamente, ajustei a flecha em meu arco, mirando sobre a cabeça do homem. Inspirei o ar como se fosse meu último segundo de vida, deixando que a flecha voasse em sua direção. Acertou-o, mas só o bastante par fazer cai-lo. Apressei-me, alcançando-o. Posicionei-me frente a frente a Locke com um extenso sorriso na face. Mais uma flecha ao arco e a mira agora era ao meio de sua cabeça.

— Eu disse que não choraria.

Livrei-me da flecha que acertou-o em cheio, atravessando-lhe o crânio. O homem tombou, chocando seu corpo sem vida sobre a neve, abarrotando-a de sangue, tornando o que antes era esbranquiçado em um vermelho vivo.

— Hodor, vá soltar os outros.

Bran ordenou e o grande homem direcionou-se até uma das cabanas no mesmo momento.

— Quem é você?

As lágrimas invadiam minhas íris, deixando-as turvas, eram apenas gotículas, mas eram como o peso de um oceano e a dor de um coração despedaçado. Voltei-me ao pequeno lorde, agachando-me, bem próxima ao mesmo.

— Anezka? V..v..você...

Sem devaneios pousei ambos os palmares sobre a face do Stark, colei nossas testas, sentindo o toque de seu nariz ao meu. Tranquei minhas pálpebras, deixando que as lágrimas pingassem sobre Bran.

— Você se foi, porque fez isso?

— Bran, vá embora.

Minha voz falhava, tentava dizer, mas o nó em minha garganta não permitia-me.

— Não me mande embora, Anezka. Você fugiu, porque fugiu?!

Vociferava, cuspindo suas palavras.

— Por favor, vá embora, se esconda, eles querem você.

Reparei a chegada de Hodor com Meera e Jojen, separando-me do rapaz.

— Anezka, você vai comigo, não é? Anezka, por favor.

— Vá embora, Bran Stark!

Berrei, distanciando-me. Regressei ao local da batalha, as chamas consumiam alguns lugares. Com a minha pressa, tropecei em algo, desabando, deixando que todas as minhas flechas caíssem. Notei que um homem havia caído ao meu lado, espantando-me. Ergui-me e minhas íris encontraram-se as grandes esferas castanhas de Jon Snow. Não consegui mover-me ao ver que o bastardo acercava-se de mim. Seus palmares macios encontravam-se sobre as maçãs de meu rosto.

— Você escondeu isso de mim o tempo todo?

Não o respondi, disparei até um cavalo, soerguendo-me, posicionando-me sobre o animal, partindo com celeridade. Desviei minha visão para trás vendo Jon Snow seguindo-me correndo por algum tempo, mas percebeu que era inútil, desistindo.  


Notas Finais


E aí, gente. O que acharam desse encontrinho super fofo? E o que acham que Jon Snow está pensando depois dessa revelação??? AAAAAAAAAA
amo vocês, obrigada por estarem lendo ❤❤❤


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