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História Heart tied to the devil - Tão alto como a vingança.


Escrita por: itshobbit_

Notas do Autor


https://www.youtube.com/watch?v=TCg2u5b2EE0
Olha só, se não está chegando ao final, outch! :( Últimos capitulos, já chegamos a essa parte tão esperada, não é? Pouco a pouco a Anez vai dando mais pistas do que vai realmente acontecer no final. E esse teaser que eu fiz dá ainda mais um gostinho do que podemos esperar para o capitulo final, espero que gostem e já criem suas teorias do que vem por aí. ❤ (acho que o teaser só abre pelo computador, mas espero que vejam, pq ficou um amor, eu disse que acho mesmo, se conseguirem pelo celular ótimo)

Capítulo 20 - Tão alto como a vingança.


Despertei com um toque suave sobre a extremidade de meus braços, aos poucos deixei que minha visão ainda turva se direcionasse a garota que me encarava, parecendo apreensiva. Como de costume, Erena cuidava de mim. A jovem zelava por mim desde o primeiro dia em que me encontrei naquele inferno. Nunca perguntei de onde veio ou o motivo de tal zelo, mas a única coisa que sabia é que ela estaria ali. Sempre estaria.

— Por um segundo achei que nunca mais veria suas lindas íris azuis, milady.

Seus dedos enlaçaram-se aos meus, enquanto seu polegar acariciava as costas de minha mão destra. Após não ter resposta, prosseguiu.

— Dessa vez seus ferimentos estavam piores, quando Lorde Bolton a trouxe, achei realmente que não sobreviveria. O bastardo a judiou das piores formas passou dias aqui dormindo, seus enfermos melhorarão em breve.

— Lorde Bolton?

Indaguei com o tom de voz um pouco alterado, forçando minha coluna para levantar-me um tanto do acolchoado, mas as dores impediram-me, fazendo com que eu chocasse meu corpo novamente sobre a cama.

— Sim, Anezka.

O som da voz masculina e serena atravessava minha audição, fazendo com que eu desviasse minha atenção ao homem que se aproximava do local onde eu me encontrava. As lágrimas lutavam para escorrer de meus olhos como se fossem formar um oceano de águas violentas, mostrando toda a dor que vivia em mim. Abaixei meu crânio, trancando minhas pálpebras, deixando visível a minha expressão amarga, enquanto o pranto molhava as maçãs de meu rosto, encharcando-as.

— Já pode sair, garota. Quero conversar com a pequena lady.

O ruído da porta sendo batida ecoou pelo local e logo os dedos gélidos de Roose se encontravam em minhas madeixas negras.

— Eu sinto muito pelo o que sofreu.

Pronunciou quebrando os valiosos segundos de silêncio. Encarei-o no mesmo instante, rangendo os dentes.

— Sente muito, Roose? É isso que tem a dizer?! Isso é tudo culpa sua. Você me tirou da minha família, me estuprou, tirou qualquer tipo de honra que eu possuía, me deixou como um brinquedo para Ramsay. Mas não é só isso que é sua culpa, a dor da minha mãe também é, a do meu pai, Ramsay foi uma desgraça para mim antes mesmo que eu houvesse chegado a esse mundo. Por culpa sua.

Vociferei visivelmente enfurecida, com o tom de voz embargado em função do choro.

— Ele é o meu filho, o que esperava que eu fizesse? O meu sangue corre nas veias daquele garoto cruel.

— Você nunca se importou com ele! Deixe de fingimento.

Quando notei as palavras haviam escorregado de meus lábios em um grito e o lorde analisava-me com uma expressão indecifrável como de costume.

— Você tem razão, Anezka. Mas seria tolice de minha parte não ter um herdeiro para a minha casa. Espero que entenda isso.

— Tudo teria sido tão diferente...

— Nem sempre finais felizes são como queremos. Mas talvez seja diferente para o seu filho, mandei um corvo para a capital hoje pela manhã. Todos achamos que talvez seja um menino, talvez pudesse homenagear alguém d...

Interrompi antes que terminasse sua frase.

— Jon ou Brandon, quem sabe até Robb.

Seu riso carregado de deboche foi imediato.

— Cresceu como uma Umber é justificável seu carinho pelos lobos. São homens honrados, espero que seu filho seja tão corajoso como um Stark. Mas anseio que sejam tolos como tais. De qualquer forma, o próximo herdeiro será o filho de Walda, vou me prontificar que Ramsay não esteja mais na linha de sucessão.

— Filho daquela porca gorda? — Roose apenas assentiu, tranquilamente — Peço a sua licença, Milorde. Acho que tenho que repousar para melhorar rápido, me sinto exausta.

— Bom, Anezka, você está com toda a razão. Descanse, pois logo Ramsay voltará da batalha com Stannis e provavelmente tem o desejo de vê-la. Ele parece ter um carinho especial por você, mas os males que cometeu serão punidos, asseguro-lhe.

— Ramsay...

— Ah, é claro. Você passou dias aqui dormindo então é evidente que não saiba. Ele foi para a batalha contra Stannis que marchava em direção a Winterfell, está em vantagem de homens, provavelmente logo estará de volta. O que não é de todo ruim, não gostaria de saber o que aconteceria se os soldados Baratheon invadissem Winterfell e a levassem. Descanse pequenina, tudo ficará bem.

Depositou um breve beijo sobre a minha testa, retirando-se dos aposentos. Saltei da cama, sentindo inúmeras dores tomarem conta de meu corpo, fazendo com que eu gemesse de dor. Apoiei-me sobre as rochas da parede, sugando todo o ar possível, encorajando-me. Corri pelos extensos corredores, finalmente chegando ao pátio repleto de neve, fazendo com que meu corpo estremecesse, tremendo a todo segundo. Alguns soldados olhavam-me de modo asqueroso, outros com ar de dúvida. Era como se cada mínimo espaço do meu pequeno corpo fosse congelar, procurava a garota Stark por todos os cantos, desesperada. A angústia só crescia em mim, minha respiração se tornou mais ofegante a cada momento, rapidamente subi algumas escadas amadeiras, na esperança de achar Sansa. Foi quando me deparei com Reek imóvel atrás de Myranda, como um rato covarde, apenas observando a mulher apontar uma flecha para Sansa. Permaneci quieta, se eu avançasse talvez a garota fosse atingida. Estava alguns passos atrás da garota Stark, em uma pequena estrutura escura, feita de rochas, onde constatei que haviam algumas flechas e arcos. Talvez fossem dos soldados. Meus palmares estavam trêmulos e as flechas caíam dos mesmos sempre que eu os recolhia, até que finalmente consegui ajustar uma sobre o arco. Myranda ia machucar Sansa, estava pronta para isso, era o que mais queria. Mas eu não permitiria. A flecha voou na direção da vadia do canil, acertando-a em cheio na perna, fazendo-a recuar. Se aproveitando da situação, Reek empurrou a garota da estrutura, fazendo-a chocar seu corpo sobre o chão aos gritos, pude ouvir o som de seu crânio se quebrando ao ter contato com as rochas do solo de Winterfell. Uma grande dor se espalhava na região do meu ombro, ao arrastar meus dedos pela pele, pude sentir o líquido quente banhando-os. Eram tantos enfermos, que meu corpo já não conseguia resistir ao ferimento da flecha de Myranda que havia me acertado. Despenquei, deixando-me a mostra para Sansa e Theon que correram ao meu encontro. A garota Stark colocou minha cabeça sobre o seu colo, afastando minhas madeixas do meu rosto, soado.

— Anezka, Anezka, por favor. Levante-se, precisamos fugir, Ramsay está voltando.

— Eu não vou, Sansa. Por favor, se apresse, é a sua chance.

— Mas eu não...

Reek puxava a garota pelas vestes, implorando para que a seguisse, caso contrário suas chances de escapar iriam por terra.

— Eu voltarei para buscar-lhe. A Casa Stark tem uma dívida eterna com você, assim como os Greyjoy e logo traremos exércitos e te levaremos de volta para a casa.

Sansa dizia enquanto corria, se afastando, suas palavras pareciam cada vez mais distantes. Com o auxilio de meus cotovelos me arrastei até que a imagem de Myranda morta viesse ao meu campo de visão, fazendo com que um pequeno sorriso se formasse em meus lábios esbranquiçados.

— Vadia.

Não demorou para que sentisse meu corpo ser elevado por braços robustos que cobriram-me com a pelagem de um animal, esquentando-me.

— O bastardo voltou. Como pretende se safar dessa, pequena garota?

Enric indagou, parecendo preocupado, enquanto me carregava para meus aposentos provavelmente.

— Achei que já tivesse provado minha inteligência.

Ri fraco.

— Provou, mas Ramsay é idiota, age por impulso.

— Apenas me deixe em meus aposentos e tire essa flecha de mim. Vai ficar tudo bem.

Seus dedos enlaçaram-se aos meus, apertando-os com certa delicadeza, se é que era possível já que o homem era extremamente bruto. Mas Enric fez como eu havia pedido-lhe. A flecha foi a parte mais difícil, apertei algumas almofadas, mas não pude conter os gritos. Amarrou um pano sobre o ferimento, colocando a pele do animal sobre o local, para que tampasse, retirando-se após meu pedido. Então, não muito tempo depois, a porta foi escancarada com grande violência. Era Ramsay que em questão de segundos já se aproximava em passos largos com um punhal, furioso. Estava sujo de sangue e suas íris esbranquiçadas pareciam estar ainda mais esbugalhadas, uma grande vermelhidão tomava conta de seus olhos.


Notas Finais


Eu agradeço de todo o meu coração por estarem lendo! ❤ (e gente, se estiverem gostando, por favor deem opinião ou digam o que precisa ser melhorado! ❤❤❤)


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