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História Heartbreak Girl - Capítulo 19 - Tuesdays can be great!


Escrita por: Luali

Notas do Autor


Olá leitores!
SURPRESA!
Vocês gostaram da competição?
Mas tenho outra novidade!
Mas essa só nas notas finais!
Boa leitura!

Capítulo 21 - Capítulo 19 - Tuesdays can be great!


Fanfic / Fanfiction Heartbreak Girl - Capítulo 19 - Tuesdays can be great!

Era sempre emocionante poder ver os meninos gravando uma nova música. Eles mergulhavam em cada nota e cada palavra. Tudo para que saísse perfeito para as fãs que tanto esperavam por novos sons.

Eu observava Luke concentrado tocando sua guitarra. Os outros garotos estavam esperando sua deixa. Chloe parecia empolgada ao meu lado. Eu me levanto da cadeira e caminho até próximo ao vidro. Assim que consigo tocar o vidro, olho novamente para Luke e tudo o que vejo dentro da sala de gravação é ele.

Cadê os garotos? E cadê a Chloe que estava aqui até agora?

Dou de ombros e caminho até a porta do estúdio e abro-a devagar. Meu loiro está distraído tocando seu instrumento. Volto minha atenção para os contornos das suas mãos e braços. Algumas veias estavam saltadas devido ao esforço que ele fazia. E aquilo era uma obra divina.

Entro na sala e alcanço a guitarra que pertencia à Mike, penduro-a em meu ombro e coloco os grandes fones para ouvir o som que sairia do instrumento. Passo os dedos nas cordas e tento reproduzir algum ritmo desconhecido e incoerente.

Luke finalmente sai de seu mundo e me vê diante dele. Afastei um dos lados do fone e o encarei de volta.

 - Quando você entrou aqui? – ele olhou ao redor. – Cadê os meninos?

 - Já tem alguns minutos que eu estou aqui. E eu não tenho ideia de onde eles estão. Não os vi saindo. – dei de ombros e voltei minha atenção para a guitarra.

 - O que você está tentando fazer, pinguim? – ele sorriu e se aproximou de mim.

 - Estou tentando tocar, girafa. Mas não está dando muito certo. – olhei-o meio decepcionada.

 - Deixa eu te ensinar! – então ele se aproximou mais de mim e me abraçou por trás. Posicionou os dedos sobre os meus e colocou-os nas cordas corretas. – Isso é um G.

E com a outra mão, ele passou a paleta pelos fios, fazendo uma nota.

 - Uau! Eu toquei um G! – sorri para ele.

 - Você conseguiu! – ele sussurrou muito perto do meu ouvido.

Então me dei conta de quão perto estávamos. Sua respiração no meu pescoço me provocava arrepios. Isso não passou despercebido por Luke. Ele deu um leve beijo abaixo da minha orelha e, em seguida, mordeu levemente a região da minha jugular. E, sem querer, solto um suspiro.

 - Para, Luke! Os meninos podem voltar. – tentei me recompor, mas seus braços me seguravam no lugar.

 - Não acho que eles voltem tão cedo. – ele voltou a falar próximo ao meu ouvido. A voz rouca e provocante. – Além disso, adoro te provocar!

Eu podia sentir seu sorriso encontrando minha pele. E não pude conter o meu próprio sorriso. O loiro tirou o fone da minha cabeça e a guitarra dos meus ombros. Com as mãos em minha cintura, ele me gira no lugar e me segura bem perto dele.

E então me beija. Com uma intensidade nunca experimentada. E rapidamente o ar se faz necessário.

Separamo-nos por um instante. Tempo suficiente para que nossos olhares se encontrassem e percebêssemos o mesmo desejo e o mesmo amor refletido no outro. Isso foi o bastante para que eu me esquecesse do mundo e sentisse apenas o momento.

 - Eu te amo, Mia! – ele murmurou contra meus lábios. – E eu te quero nesse momento.

 - Eu amo você. – eu sorri para ele. Meus olhos se fixaram naquelas íris azuis. – E você já me tem.

E isso bastou para que outro beijo de tirar o fôlego se iniciasse. Eu sentia um calor emanar do loiro e percorrer todo o meu corpo. Cada uma das minhas terminações nervosas pedia e precisava do toque dele.

Suas mãos percorriam minhas costas e minha cintura. Ele foi dando passos para trás e me levando com ele, sem desgrudar nossas bocas. Então ele caiu em um sofá e eu caí em seu colo.

Desde quando tem um sofá nesse estúdio?

Sem dar muita atenção a esse detalhe, me concentrei na necessidade de sentir mais o calor que vinha do corpo dele. Toquei seus ombros e levei uma das mãos aos seus cabelos, a outra desci levemente por seu peitoral.

Então Luke toca minha cintura por baixo da blusa e foi quando eu soube que eu estava completamente perdida. Todas as ondas de calor se intensificaram. Luke ergueu levemente a barra da minha camiseta e eu não manteria o controle. Nem mesmo se...

~*~                                                                

E então eu despertei ofegante do meu sono.

Que calor! Desde quando eu tinha esse tipo de sonhos?

Sentei-me na cama e olhei ao redor. Nada tinha mudado, mas alguma coisa parecia diferente. De repente, não havia mais tanta inocência envolvendo aquele quarto. Talvez eu já não me sentisse tão inocente assim. Talvez fossem apenas os resquícios das sensações que eu pude sentir no meu sonho. E que sonho!

Com a boca seca e um nó na boca do estômago, decidi que era melhor tomar um copo de água antes de dormir. Empurrei as cobertas e prendi meus cabelos meio molhados em um coque embolado. Abri a porta, andei pelo corredor vazio e escuro e desci as escadas com cuidado para não tropeçar.

E quando cheguei à cozinha, quase caí para trás ao ver uma criatura alta e loira inclinado no balcão e de costas para mim. Coloco a mão no coração e tento controlar minha respiração acelerada.

 - Que susto, Hemmings! – disse me aproximando dele, fazendo-o se assustar.

 - Digo o mesmo, pinguim! – sua expressão logo se transformar em um sorriso contente. – O que faz fora da cama?

 - Eu poderia lhe fazer a mesma pergunta. – tento desviar o foco de mim e me dirijo até a lava-louça, que eu sabia que teria um copo para mim.

 - Eu estava com fome e vi fazer um lanche noturno. – ele disse apontando para os biscoitos e para o copo de leite. – Esses biscoitos estão muito bons!

 - Bem, eu estava com sede e vim beber água. – disse enchendo o copo com água da torneira mesmo.

 - Quando passei pelo seu quarto, você parecia estar tendo um sono agitado. Dava para ouvir você se mexendo na cama, mesmo com a porta fechada. – ele comentou preocupado. – Está tudo bem? Teve algum pesadelo?

 - Sem pesadelos. Eu estou bem, obrigada. – sorri e virei o copo de água para disfarçar as minhas bochechas vermelhas.

Eu definitivamente estava com vergonha do meu sonho. E eu dava graças aos céus e ao Luke pela luz estar apagada e a cozinha estar na penumbra para disfarçar o meu embaraço.

Luke me observava beber a minha água e aquilo só contribuía para o sangue se concentrar na minha face. Virei-me novamente para a pia e enchi novamente o copo. Inclinei-me sobre o balcão, de frente para o loiro e roubei um de seus biscoitos.

 - Sua mãe realmente sabe cozinhar! – tentei falar sobre amenidades, para não permitir aquelas imagens preencherem minha mente.

 - Acho que você já falou isso algumas vezes. – ele riu.

 - Ei! Eu não tenho culpa se é uma verdade! – me defendi.

 - Eu sei... – ele sorriu e aproximou seu rosto do meu e me olhou nos olhos. – Por que você está evitando meu olhar?

 - Eu? – me fiz de desentendida e ele apenas assentiu. – Impressão sua. Está meio escuro aqui e você não está enxergando direito.

 - Podemos até estar com a luz apagada, mas a luz da lua está entrando por aquela janela e eu posso muito bem perceber que você está evitando me olhar. – ele tocou minhas bochechas, que cada vez estavam mais coradas. – E as suas bochechas estão pegando fogo! Pode ir me falando! Por que você está tão constrangida?

 - Já disse que é coisa da sua cabeça. – sorri tentando disfarçar.

 - Mia Scodelario! Eu te conheço o suficiente para saber que você está tentando fugir do assunto. – ele chegou seu rosto ainda mais perto do meu e me beijou castamente. – E eu acho que isso tem a ver com o seu sonho e essa sede noturna.

 - Talvez você esteja certo. – cedi. – Mas só talvez!

Então beijei seus lábios novamente e sorrimos um para o outro. Termino meu copo de água e ele seu leite. Lavamos nossos copos e ele me guia pela cintura escadas acima.

Quando chegamos a porta do quarto onde eu estou dormindo, ele me abraça e beija meu pescoço docemente. Não, Luke! Por favor!

Ele se endireita, coloca as mãos no meu rosto e me beija suavemente. Ok. Eu até que estou gostando disso.

 - Mia? – ele olha para mim com uma cara de cachorrinho abandonado. – Posso dormir com você?

 - Quê?! Por quê?! – me embolo nas palavras, tamanha minha surpresa.

 - Porque eu senti falta de dormir abraçado com você. – ele sorri como um menininho esperto. – Além disso, não é como se nunca tivéssemos dormido abraçadinhos.

Eu paro e penso por um instante. Que mal teria se dormíssemos juntos? Afinal, eu já dormi agarrada nele antes mesmo de estarmos juntos.

 - Tudo bem! – sorri para ele e abri a porta do quarto. – Com uma condição!

 - Qualquer uma! – o sorriso em seus lábios cresceu mais ainda.

 - Você canta para que eu durma mais rápido, porque tenho aula amanhã e já deveria ter voltado para a cama. – eu sorri e abri espaço para ele entrar.

Luke se jogou na cama e eu encostei a porta. Deitei-me ao seu lado e aconcheguei-me em seu peito. O loiro me abraçou e começou a fazer carinho na minha cabeça.

 - O que você quer que eu cante? – ele sussurrou baixinho.

 - Qualquer coisa. – eu já bocejava.

 - Ok. – ele deu um beijo na minha testa. – Boa noite, pinguim!

 - Boa noite, girafa. – me inclinei e beijei seus lábios. – Eu amo você!

 - E também te amo! – ele falou baixinho e começou a cantar Lullaby, do Nickelback.

Envolvida por seu carinho, por se cheiro e por sua voz, rapidamente caí em um sono profundo e sem sonhos agitados dessa vez.

~*~

Acordei com o despertador do meu celular tocando. Eram 6:50 da manhã. Hora de levantar e me arrumar para o colégio. Quando tentei me levantar para alcançar o celular no criado-mudo, sinto braços apertando minha cintura. E então me lembro de estar na casa de Luke, dormindo no seu quarto. E eu estava deitada de costas para ele.

 - Só mais cinco minutos, pinguim! – ele resmungou as palavras e elas saem abafadas.

 - Você pode continuar mais um pouco na cama, mas eu preciso me levantar! – tentei, inutilmente, retirar o braço dele de cima de mim. – Luke!

 - Desliga esse despertador e me deixa dormir! – ele reclamou.

 - Preciso que você me solte, girafa. Não alcanço o celular! – eu tentei explicar.

Então ele se inclinou sobre mim, me esmagando contra a cama, e esticou o braço para alcançar o aparelho.

 - Luke Robert Hemmings! Solte-me agora mesmo! Eu tenho aula! – gritei.

 - Como eu senti falta de você chamando meu nome! – ele se ergueu um pouco, o suficiente para poder olhar nos meus olhos. – Bom dia, pinguim!

 - Bom dia, girafa! – não contive o sorriso. – Quer dizer que sentiu falta de me ver irritada com você?

 - Quer dizer que eu senti falta de te irritar. São coisas diferentes! – ele explicou manhoso.

 - Totalmente diferentes! – concordei com uma expressão cínica.

 - Eu amo acordar ao seu lado, sabia? – ele mudou de assunto.

 - De verdade? – ergui uma sobrancelha, sem tirar o sorriso do meu rosto.

 - Sim. Seus cabelos se espalham e ficam completamente bagunçados, seus olhos sempre têm um brilho único ao amanhecer e sua voz fica meio rouca. É um conjunto muito belo. – ele declarou e mordeu o piercing.

 - Para com isso! Não estou preparada para lidar com elogios antes do café-da-manhã! – empurrei-o levemente, na falha tentativa de afastá-lo.

 - Você fica linda corada! – ele continuou.

 - Chega, Luke! – sorri meio boba e envergonhada.

 - Não! – e dito isso, ele me beijou.

 - Agora posso me trocar para ir para o colégio? – perguntei assim que nossos lábios desgrudaram.

 - Sim, senhorita responsável! Depois de cortar o clima desse jeito você pode se arrumar. – ele disse se levantando da cama. – Vou te deixar à vontade. Precisa de alguma coisa?

 - Um banho seria ótimo, mas não tenho roupa íntima limpa. – falei sem pensar.

 - Bem, eu acho que tenho uma cueca nova por aqui. – ele se direcionou para a cômoda e procurou nas gavetas, retirando um pacote com cuecas box. – Serve?

 - Acho que é melhor que nada, certo? – dei de ombros, constrangida.

 - Se você está dizendo... – ele lançou um sorriso malicioso. – Mais alguma coisa?

 - Não, obrigada! – fui até ele e dei um beijo em sua bochecha. – Agora vou me arrumar, porque você já me atrasou o bastante!

 - Ok! – ele me olhou mais uma vez e saiu do quarto. – Você tem quinze minutos!

Ignorei-o e fui em direção ao banheiro para tomar um banho e retirar os resquícios de suor da noite passada.

~*~

 - Bom dia, Liz! – disse quando entrei na cozinha.

 - Bom dia, Mia! – ela sorriu para mim e apontou para a mesa. – Sirva-se à vontade.

 - Obrigada! – sorri de volta e avaliei as delícias que recobriam a mesa.

Luke já estava ocupado e de boca cheia. Liz terminava de passar um café fresco e eu me sentei ao lado do loiro. Peguei uma fatia de torrada e passei manteiga e enchi um copo com leite.

Assim que terminei de comer, fui até o quarto e conferi se havia pegado todas as minhas coisas. Voltei para o andar de baixo e Luke me esperava à porta com as chaves do carro na mão.

Despedi-me de Liz, com a promessa de não desaparecer enquanto Luke saía em turnê. Entrei no carro e fomos todo o caminho até a escola cantando as músicas que tocavam no rádio.

Assim que Luke parou o carro ao lado do meio-fio, voltei-me para ele e beijei-o serenamente.

 - Obrigada! – apenas falei.

 - Pelo quê? – ele perguntou desentendido.

 - Pelo passeio de ontem. Pela carona de agora. Por dormir ao meu lado. Por me respeitar. E, principalmente, por estar ao meu lado e me aceitar como e sou. – falei e o beijei novamente.

 - Não precisa agradecer. Você faz as mesmas coisas por mim! – ele sorriu. – Exceto a parte da carona.

 - É... Essa eu ainda vou ficar te devendo. – falei. – Vou nessa! A gente se vê depois! – com um último selinho saí do carro e acenei para ele, que ia embora.

 - E a próxima atração é Mia Scodelario sorrindo apaixonadamente para o nada. – a voz de Chloe chegou aos meus ouvidos e me tirou dos meus pensamentos.

 - Que susto, Chloe! – falei virando-me em direção ao prédio da escola.

 - Posso saber por que a senhorita está saindo do carro do Hemmings? – ela ergueu a sobrancelha, questionadora.

 - Bom dia, Mia! Como você está? – imitei a voz dela. – Bom dia, Chloe! Eu estou bem, obrigada e você?

 - Sem cerimônias, Mia! Me responda! – ela soava impaciente.

 - Depois do piquenique, Liz me convidou para jantar. Depois do jantar, Zoe queria assistir um filme e quando o filme terminou já estava meio tarde. Luke estava cansado, então eu dormi por lá mesmo. – resumi.

 - Ah! – ela sorriu maliciosa e recebeu alguns olhares quando chegamos ao corredor. – Só dormiu?

 - Sim, Chloe! – empurrei-a com o ombro.

 - E vocês dormiram juntos? – ela perguntou.

 - Uma parte da noite, sim. – eu disse. – Você não vai parar de fazer perguntas?

 - Apenas quando você contar a história completa. – a ruiva disse óbvia.

 - Você sabia que é muito chata e curiosa? – questionei-a e sorri para ela.

 - Mas você me ama e vai me contar tudinho! – ela sorriu de volta e fomos juntas até a sala de aula, enquanto eu falava sobre o que aconteceu na minha noite. Inclusive sobre o sonho.

~*~

 - Não acredito que vocês vieram! – falei correndo até Michael e Calum.

 - Surpresa! – eles me abraçaram e olharam ao redor.

 - Eu que sugeri que eles viessem apreciar as suas habilidades antes de amanhã. – Chloe se intrometeu.

 - Obrigada, Hudson! Você tem boas ideias. Às vezes. – piquei para a ruiva.

 - E aí?! Esse treino sai ou não? – Cal perguntou olhando ao redor e reparando nas minhas colegas de time.

 - Eu já estou indo. – falei virando-me em direção ao campo. – E pare de olhar para os shorts das meninas, Calum Hood.

 - Eu só tenho olhos pra você, morango! – ele falou malicioso.

Apenas ergui uma mão e ergui o dedo mindinho para ele, sem me virar.

 - Esse é o dedo errado, Mia! – Mike gritou rindo.

 - O que vale não é o dedo, mas sim a intenção! – gritei de volta, fazendo os três rirem.

Fui até a treinadora, que passava as instruções para o treino de hoje. Faríamos o aquecimento e em seguida, faríamos uma partida. Titulares contra reservas. E assim comecei a correr entre cones e de um lado para o outro. Treinei o drible com a bola e alguns pênaltis.

Durante um dos exercícios, Gabriela, uma das laterais do time, caiu e a treinadora decidiu deixa-la de fora do restante do treino, já que ela era uma das melhores e precisaria estar com o corpo inteiro intacto para amanhã.

Gabriela tinha os cabelos encaracolados e fartos. Os olhos castanhos contrastavam perfeitamente com sua pele clara, dando a ela traços delicados. Era uma ótima pessoa, embora não fôssemos muito próximas, ela estava sempre disposta a ajudar as pessoas e se esforçava ao máximo pelo nosso time.

A garota sentou-se na arquibancada para acompanhar o restante do treino. Calum se aproximou dela e quando olhei para onde Mike e Chloe estavam, pude entender o porquê da esquiva do moreno.

Pelo modo com que apontavam para as outras meninas e acenavam para mim, percebi que eles conversavam sobre futebol. E o mais fofo era como Gabby sorria enormemente por estar falando com Cal. E dava para ver como ela se continha para não pular no pescoço dele.

 - Moças, foco no treino! É amanhã o grande jogo! Esqueçam as visitas especiais! – a treinadora chamou a atenção coletivamente.

E depois desse aviso da Senhora Payton, todas voltaram sua concentração para o restante do treino. E assim que terminamos dois tempos de quinze minutos, a treinadora nos uniu perto de Gabriela para discutirmos as táticas para amanhã e suas últimas recomendações antes da grande final.

 - Quero que vocês vão para a casa e descansem. Assistam séries com atores bonitões, ouçam música, comam coisas gostosas e aproveitem para relaxar. – ela sorriu tranquilamente. – Quero que amanhã vocês não se preocupem em serem as melhores. Quero que vocês joguem com essa união e essa paixão que eu vejo em cada uma. Diversão, meninas! A vida e o futebol são sobre isso. Então, divirtam-se, joguem limpo e amanhã quero vocês nesse campo às três e meia da tarde.

Annie, a capitã do time, estendeu a mão até o centro. Todas imitamos o seu movimento. Calum que ainda se encontrava ao lado de Gabby, também estendeu sua mão por cima das outras.

 - UM. DOIS. TRÊS. – gritamos todos juntos. – FOXES!

Então separamos o grande monte de dezoito garotas, uma treinadora e um Kiwi intrometido. A maioria das meninas foi para o vestiário, algumas ficaram ajudando a professora a recolher o material, outras ficaram nas margens do campo olhando para Cal e para Mike. Eu sentei-me do lado esquerdo de Gabriela e encarei Calum do outro lado.

 - O que você achou do meu desempenho? – perguntei para meu amigo.

 - Se isso foi apenas o treino, não vejo a hora de ver você amanhã! – ele veio até mim e apertou minhas bochechas. – Eu deveria ter te sequestrado antes de você se apaixonar pelo loiro. Eu teria te levado para Mônaco e nos casaríamos em uma capela, depois iríamos naqueles Cassinos refinados e torraríamos a grana da lua de mel. – ele fez uma cara de decepcionado.

 - Não fale assim perto das outras pessoas, Calum. – ri da sua atuação. – Elas podem achar que você realmente é apaixonado por mim.

 - Não despreze meu amor por você, morango! Quando Luke não puder aparecer, eu estarei aqui por você. Esperando até que possa fazer minhas panquecas. – ele bagunçou meu cabelo. – Gabs, sabia que as panquecas da Mia são as melhores do mundo?

 - Agora eu sei! – ela sorriu para as nossas infantilidades. – Vocês parecem bem próximos.

 - Ela é minha esposa, mas não conta para o Luke! – ele piscou um olho para a garota, que ficou corada.

 - Não contar o que para mim, Hood? – a voz do meu loiro tomou conta de mim e junto com ela, uma onda de alegria.

Olhei para trás e vi Luke se aproximando com Ash ao seu lado. Sorri para os dois e consegui dar um selinho rápido no loiro antes de ser puxada de volta por um moreno chato.

 - Segredo nosso! – ele sorriu de lado e me prendeu em seus braços impedindo Luke de se aproximar.

 - Ei, Kiwi! Me deixa ir! Quero pegar minhas coisas e ir para casa tomar banho! – falei desvencilhando-me dele.

Fui até Ashton e abracei-o apertado. Ele me espremeu naqueles braços gigantes e me cumprimentou com aquele sorriso de covinhas que fazia qualquer um ganhar o dia.

– Quer ajuda para ir até o vestiário, Gabby? – ofereci a ela que observava a todos um pouco estupefata.

 - Não precisa, já não dói mais tanto. – ela se levantou e fomos juntas nos trocar. – O Calum é tão legal! – ela falou quando nos encontramos sozinhas.

 - Ele é um irmão para mim. Sempre disposto a me fazer rir. – contei para ela.

 - Você não fica com medo de tudo isso acabar um dia? – Gabby me olhou curiosa.

 - Todos os dias, mas quando coloco a cabeça no travesseiro e penso no dia que acabou, vejo os rostos deles ou me lembro de alguma mensagem engraçada ou de alguma besteira que algum deles falou e sei que não tem como isso acabar facilmente. – pausei. – Mesmo quando eles não estão perto sou capaz de sentir uma conexão muito forte. Nós não somos mais apenas amigos. Nos tornamos uma família. E daquelas bem unidas.

 - Calum tinha o mesmo brilho que você quando falou sobre a sua amizade. – ela sorriu serenamente. – É sempre bom ter amigos que você sabe que poderá contar sempre.

 - É sim! E o Cal é um desses amigos. – sorri de volta e voltei a juntar as minhas coisas. – E ele está solteiro. – soltei para ver a reação da minha companheira de time.

Gabby arregalou os olhos e ficou incrivelmente vermelha. Eu ri da sua expressão e ela riu junto comigo, percebendo que eu só estava testando-a.

 - Não se preocupe. Não falarei para ele que você gostou muito do papo. Ele já tem um ego muito grande, não irei amaciá-lo mais um pouco. – falei conspiratória.

 - Você é demais, Mia! – ela me olhou diferente. – Não sei por que não nos tornamos mais próximas nesses anos de ensino médio.

 - Mas ainda dá tempo de sermos boas amigas! – eu abracei-a e voltamos para o campo.

Todos ainda estavam nas arquibancadas. Mike e Chloe já tinham parado de ser um casal grudento. E eles pareciam zoar Ashton e Luke. Eles jogaram o foco da conversa para Calum que tentava se defender de alguma coisa.

 - E aí? Sobre o que vocês estão conversando? – perguntei tentando me localizar.

 - Nada demais. – Ash, Luke e Cal responderam juntos. Mike e Chloe apenas riam da sincronia e da situação.

 - Vamos embora? – perguntei a todos.

 - Eu vou para a casa da minha mãe, agora. – Calum falou. – A minha irmã chegou de uma viagem e sinto falta dela.

 - Eu vou para casa com Chloe. Vocês me dão uma carona? – Mike pediu para Ash e Luke.

 - Claro! – Ash deu de ombros. – Vamos levar Mia, podemos levá-los também.

 - E você, Gabby? Precisa de carona? – ofereci.

 - Não se preocupe. Moro bem perto daqui. – ela negou e sorriu para todos. – Mas obrigada assim mesmo.

 - Tudo bem. – sorri. – Nos vemos amanhã! – despedi-me dela assim que chegamos ao estacionamento.

 - Até amanhã! – ela acenou para todos. – Foi bom conhecer todos vocês!

 - Foi ótimo conversar com você, Gabs! – Calum beijou a bochecha da menina que ficou mais vermelha que um tomate. – Até mais.

Despedimo-nos de Cal e entramos em carros separados. Ash foi dirigindo com Luke no banco do passageiro. Mike, Chloe e eu ocupamos o banco de trás. E então fomos pelo caminho cantando Guns’n Roses, que ecoava por todo o carro.

Primeiro deixamos o casal colorido na casa dos Hudson e, em poucos minutos já estávamos parados na frente do meu jardim.

 - Vocês querem entrar? – ofereci a eles. – Minha mãe vai gostar de vê-los.

 - Por que não? – Ash e Luke aceitaram.

~*~

Enquanto minha mãe cumprimentava Ashton e Luke e os recebia cheia de alegria, corri até meu quarto e fui tomar um banho. Vesti uma legging preta e uma blusa de frio gigante cinza. Sequei meus cabelos e prendi-os em um coque. Calcei minhas pantufas e voltei para o andar de baixo e encontrei os garotos na cozinha com a minha mãe. Ela já preparava o jantar e eles a olhavam empolgados.

 - Os garotos ficarão para jantar conosco, Mia. – ela avisou.

 - E você está preparando macarrão com queijo? – percebi que ela ralava todos os tipos de queijo que havia na geladeira.

 - Minha especialidade! – ela se gabou.

 - O melhor macarrão com queijo da história, mamãe! – eu concordei com ela.

 - Agora vão fazer alguma coisa e me deixem aqui com o fogão ou a comida irá desandar. – ela nos expulsou da cozinha.

 - E então, Mia? É agora que as suas fotos de criança aparecem e sua mãe te deixa constrangida? – Ash perguntou e Luke apenas riu.

 - Não. Até porque as minhas fotos de criança são as mais lindas do mundo e não tenho nada do que me constranger. – sorri para ele e me lembrei de uma foto específica minha e de Chloe que talvez me deixasse um pouquinho envergonhada. – Talvez apenas uma, mas não irei mostrar álbuns de fotografia. Prefiro jogar algum jogo.

Fui até a estante e revirei as gavetas em busca de alguma coisa que talvez os meninos gostassem.

 - Que tal Halo 4? – mostrei a capinha.

 - Essa é a minha garota! – Luke sorriu e quando voltei para o sofá, depois de colocar o jogo no Xbox 360, ele beijou minha bochecha.

 - Então eu sou sua garota? – provoquei-o.

 - Depois que você me beijou em público em frente a várias câmeras e fãs a senhorita é minha garota, sim! – ele me abraçou e eu beijei seus lábios.

 - Ok, casal! Nós vamos jogar isso aqui ou vocês vão dar uma de Mike e Chloe? – Ash nos repreendeu. – Saiba que vocês são meu casal preferido por não ficarem se agarrando na frente de todos.

 - Desculpa, Ash! – fiz careta para a parte que ele nos compara com o casal colorido. – Vocês podem jogar, eu vou ajudar a minha mãe a preparar a mesa.

Deixei-os na sala e fui ao auxílio de mamãe e sua barriga saliente.

~*~

Assim que eu coloquei a travessa de macarrão no centro da mesa de jantar, papai entrou pela porta e viu que tínhamos visita.

 - Boa noite, rapazes. – ele os cumprimentou com um sorriso. – Boa noite, moças.

Meu pai era um cara muito romântico e cuidadoso. Ele sempre fazia alguma surpresa para minha mãe. Ele sempre foi o tipo de marido que chega em casa e beija a esposa e a filha. Ele sempre trabalhou muito, mas quando tinha tempo, se dedicava ao máximo às pessoas que ele mais ama. Durante esses meses que a barriga da minha mãe estava crescendo, ele sempre chegava com alguma coisa especial para ela. Um chocolate diet, uma flor, um chaveiro para a coleção dela, sabonetes, cremes para o corpo. Qualquer coisa que a fizesse feliz e mais tranquila possível.

Então ele seguiu seu ritual. Beijou os lábios de mamãe, beijou a minha testa e entregou-a uma orquídea amarela.

 - Obrigada, meu amor! Você sempre me deixa mal acostumada quando estou grávida! – ela beijou-o novamente e colocou o vaso com a orquídea em um lugar estratégico, onde qualquer um veria a dedicação de seu querido e amado marido.

 - Eles não são a coisa mais fofa da face do mundo? – sussurrei para os meninos.

 - Realmente isso é difícil se ver por aí! – Ash concordou.

 - Nem meus pais são assim! E eu que já os achava muito românticos! – Luke fez uma careta e eu e Ash rimos de sua expressão.

 - Podemos comer agora? – mamãe chamou nossa atenção e apontou para o macarrão que já estava a ponto de esfriar.

 - Apenas vou lavar as mãos e já volto. – meu pai se retirou em direção ao lavabo.

 - Podem ir se servindo, meninos. – mamãe sentou à mesa e esperou que todos colocassem todo aquele queijo e macarrão em seus pratos.

 - Contem-nos como foi o dia de vocês? – papai chegou e já foi servindo seu prato e o de mamãe.

 - Eu fui para a escola. Depois tivemos o último treino antes do grande jogo. Calum e Mike foram assistir e depois Ash e Luke chegaram lá. – resumi.

 - Que horas será o jogo mesmo? – mamãe me perguntou.

 - Às quatro e meia. – respondo feliz e ansiosa.

 - Estaremos lá! – papai responde animado.

 - Afinal o que vocês faziam enquanto eu treinava? – voltei meu olhar para os dois garotos.

 - Nós estávamos no estacionamento do seu colégio e eu ouvi um barulho bem agudo. Olhei em volta e vi que tinha uma caixa jogada perto do poste de luz e cheguei perto para ver o que era. Quando eu olhei dentro do papelão, havia uma bolinha de pelos pretos. Quando percebi, estava implorando para o Luke me levar à um veterinário para cuidar daquele gatinho. – Ash contava. – Quando chegamos lá, a doutora fez alguns exames, aplicou algumas vacinas, receitou uma porção de medicamentos para combater os vermes e me indicou algumas rações. Eu já estava dizendo que não ficaria com ele, mas quando a doutora me entregou o bichano e ele se esfregou em mim, não resisti e fiquei com ele. – ele sorriu e pegou o celular no bolso. – Eu chamei-o de Darwin, mas a doutora começou a rir e disse que era uma gatinha. Olha que gracinha!

Ashton mostrou uma foto de uma gatinha preta muito fofa dentro de uma caixa de papelão.

 - Que coisa mais lindinha! – eu peguei o celular dele e fiquei encantada com aquela bolinha de pelos. – Que olhos maravilhosos! Qual é o nome dela?

 - Lessie! – Ash disse cheio de amor.

 - Esse não é o nome de um filme com cachorro? – estranhei. – Por que Lessie?

 - Essa é outra história e muito longa. – ele deu de ombros. – Mas resumindo: é em homenagem a uma fã.

 - Ok. Você pode me contar outra hora, não me importo. – dei de ombros. – E você, girafa? Está meio quieto.

 - Não é nada. É que esse macarrão de Lucy está muito bom! Eu prefiro só comer em silêncio e apreciar o sabor disso aqui! – elogiou e minha mãe ficou toda encantada com a sinceridade nas palavras do loiro.

E o jantar seguiu com mais conversas dos meninos e dos meus pais. Luke e Ash contavam como era viajar em turnê e como era tudo muito corrido, bagunçado e emocionante.

E apenas nos demos conta do horário quando minha mãe interrompeu a conversa pela segunda vez para ir ao banheiro. Os meninos esperaram ela voltar para se despedirem, apertaram a mão do meu pai e eu os acompanhei até a porta.

 - Quero saber direito a história com essa fã. – abracei o Irwin primeiro e encarei-o ameaçadoramente.

 - Logo você saberá, Little Mia! – ele garantiu. – Agora vou deixar vocês se despedirem, casal.

E saiu, deixando-me o mais sozinha possível com Luke. O loiro se aproximou e me abraçou bem apertado.

 - Eu prometo estar amanhã no seu jogo, ok? – ele disse olhando nos meus olhos.

 - Ok. Então eu vejo você amanhã! – sorri e beijei seus lábios rosados.

 - Se seu time ganhar, podemos fazer uma festa para comemorar, que tal? – ele ofereceu.

 - Seria bem legal! – falei animada. – Nunca fui muito de ir à festas, mas parece legal fazer uma festa com vocês.

 - Nós damos as melhores festas! – ele sorriu animado.

 - Sério?! – animei-me também.

 - Não! – e nós dois rimos. – Mas faremos o melhor possível!

 - Ok. Eu posso aceitar isso. – falei e selei nossos lábios mais uma vez.

Eu não me cansava de beijar Luke Hemmings. Aqueles lábios macios, o toque metálico do piercing. Tudo se encaixava e parecia perfeito. E eu amava Luke e sentia que ele me amava também. E assim que ele pediu passagem para aprofundar o beijo, Ash buzinou para nós.

 - Acho que eu tenho que ir agora. – ele falou e beijou minha testa. – Te vejo amanhã.

 - Até amanhã. – acenei.

Ele se afastou e entrou no carro, que sumiu na noite fria de junho.


Notas Finais


E aí? O que acharam desse capítulo gigante?
BEM... Vamos a próxima surpresa...
Pretendo criar um grupo no Wpp de HG... Coisa bem básica para podermos discutir sobre a fanfic, compartilhar informações e essas coisas... Vocês poderão perguntar coisas e eu poderei informá-las se eu for demorar muito para postar e essas coisas... O que acham? Quem quiser participar, mande uma MP e eu farei!
Beijinhos da Lua!
P.S.: O DESAFIO COMEÇA AGORA!


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