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História Heartbreak Girl - O Primeiro Amor (Prólogo)


Escrita por: xoxomendes

Notas do Autor


Oi oi... Bom, como começar... Essa história eu já escrevi em outra conta do Spirit, mas acabei perdendo a conta e decidi escrever novamente.
A história é metade baseada em fatos reais junto com a música do 5SOS 'Heartbreak Girl'.

*Os protagonistas são o Luke e a Scarllet, então serão os que mais vão aparecer e os que mais terão POV'S.
*Os outros meninos também aparecerão frequentimente e em alguns capítulos terão POVS também.
*A cada capítulo eu tentarei explicar a história, porém qualquer dúvida, é só me perguntar nos comentários.
*A capa da história foi feita pelo Perfect Design, e eu super recomendo.
*Eu posterei todo sábado apartir de hoje. Caso se eu atrasar aconteceu alguma coisa muito séria, então já peço desculpas desde já.
*Os capítulos sempre terão mais de 2000 palavras.

Boa Leitura <3

Capítulo 1 - O Primeiro Amor (Prólogo)


Fanfic / Fanfiction Heartbreak Girl - O Primeiro Amor (Prólogo)

Austrália, Sydney

2006.

Luke Hemmings

Eu havia acabado de sair da nova escola com os meus dois irmãos mais velhos. Meus primeiros dias nela estavam sendo bons, mas eu só estou na segunda série.

Na rua da nossa casa, avistei um enorme e luxuoso carro prata parado ao lado desta, junto com um caminhão de mudança estacionado no mesmo lugar.

— Parece que temos novos vizinhos — Jack comenta, encarando o carro prata.

Arqueio uma sobrancelha, vendo uma mulher sair de dentro dele, com roupas pretas chiques e um salto alto que a deixava ainda mais imponente. Seus cabelos, loiro-escuros, estavam presos em um alto rabo de cavalo.

Ao dar mais alguns passos, passamos em frente à casa. Ela era bem luxuosa, praticamente igual a minha. Fiquei tão hipnotizado pelo carro, que nem me liguei em olhar para frente, até a porta de trás se abrir, mostrando-me uma garota de olhos azuis, com o rosto meio envergonhado.

Seus cabelos eram iguais aos da moça de segundos atrás, provavelmente sua mãe. Ela me olhou de baixo para cima, sorrindo de lado. Usava uma calça rosa-claro e um casaco azul, sem falar do seu par de All Star, também rosa.

— Scarllet! Vem logo! — a mulher gritou da soleira.

Então, Scarllet era seu nome...

— Me desculpe — ela me disse e saiu do carro, fechando a porta com força e correndo em direção à moça.

— Vem logo, Luke! — meu irmão me chamou, e eu corri até ele, entrando na casa ao lado.

Cheguei em casa e corri para o meu quarto, onde larguei minha mochila ao lado da cama e fui tomar banho. Logo depois, desci para almoçar.

Aquela garota estava na minha cabeça, seus olhos azuis hipnotizantes, sua voz fina e doce. Ela.

Scarllet White

Ao entrar em nossa nova casa, percebi que era mesmo enorme e bem bonita, mesmo não gostando muito da ideia de morar sem o papai. Mamãe disse para eu escolher meu quarto, e, feliz, subi a escada, escolhendo o primeiro que vi. Era grande; tinha um banheiro e uma ampla janela, em que havia uma pequena sacada que dava de frente à sacada da casa ao lado. Pude perceber que era de um menino, pelo fato das paredes serem azuis e estarem cheias de pôsters de carros, e as prateleiras, de brinquedos. Dei meia volta, com o intuito de pegar minhas coisas no andar de baixo, porém, ouvi um barulho vindo da casa ao lado. Voltei para a sacada e vi aquele garoto de minutos atrás.

Ai, meu Deus, ele era meu vizinho!

Para completar, o garoto me viu observando-o. Ele arregalou os olhos azuis ao me ver, e não consegui fazer absolutamente nada, apenas corri para a sala.

ღღღ

O dia havia sido corrido e estranho, pois era a primeira vez que me mudava. Tive que arrumar minhas coisas em meu novo quarto e, com a ajuda de mamãe, ajudei a arrumar tudo. Mamãe disse que por hoje ser quinta-feira, só irei para a nova escola na segunda-feira. Ela disse também que não era muito longe de casa e que era bem legal e enorme. Ela tentou me explicar que a escola era dividia; um lado para crianças até a oitava série e do outro, até o ensino médio.

Mamãe estava tentando me deixar feliz por termos nos mudado, mas nunca seria a mesma coisa. Eu gostava de morar com papai em Pyrmont, mas, do nada, mamãe e papai brigaram, e eu estou aqui agora, em Sidney.

Depois de comer uma lasanha de quatro queijos junto com minha mãe, ela sugeriu que eu saísse um pouco e fizesse amizades, pois havia várias crianças brincando na rua. Assenti, e ela disse para eu tomar cuidado e que, qualquer coisa, era só gritar.

Saí de casa e vi que realmente havia várias crianças brincando na rua. Tinha uns cinco garotos e umas quatro garotas — entre elas, uma ruiva e uma loira que me chamaram para brincar, mas recusei. Fiquei sentada na porta de casa e observei-os brincar de pega-pega. Vi o menino loiro de algumas horas atrás se sentar na calçada; levantei-me e sentei ao seu lado, fazendo com que ele se assustasse.

— Calma. — Ri. — Meu nome é Scarllet, e o seu?

— Luke — respondeu rápido e baixo, olhando as outras crianças brincarem.

— Vou te chamar de Lukey. — Dei de ombros.

— Só meus amigos me chamam assim — ele respondeu, olhando-me e sorrindo.

— Isso significa que seremos amigos, pois vou mesmo te chamar de Lukey. — Sorri de volta.

— Então, eu vou te chamar de Sky — ele respondeu, sorrindo, e eu o acompanhei.

— Tive uma ideia! — falei, passando a mão em meu queixo. Luke me olhou com os olhos meio fechados e com uma cara de ponto de interrogação, apesar de ainda rir sem graça. Suspirei e, então, continuei: — Que tal sermos melhores amigos?

— Acho que podemos ser melhores amigos.

Oito anos depois...

16/07/2014

Luke Hemmings

Oito anos se passaram depois que conheci Sky. Ela era, definitivamente, maravilhosa; desde aquele dia, sempre fomos colados, como irmãos. Nós não conseguíamos ficar sem conversar um com o outro, mesmo quando brigávamos. Vivíamos um na casa do outro, sempre juntos. Sky me apoiava em tudo que eu precisava, nos vídeos do YouTube com os meninos, na banda... Sim, uma banda. Depois de um ano que conheci Sky, conheci Calum e Michael, eles entraram em nosso “grupinho” em poucos dias. No começo do ano passado, conhecemos Ashton, ele é dois anos mais velho que nós porque acabou reprovando duas vezes, o que fez com que ele ficasse em nossa classe e virássemos amigos. Hoje, nós quatro temos uma banda. Além de nós, temos mais algumas amigas, como Emma e Larie, as duas moram na mesma rua que eu e Sky. Nós todos vivemos muito juntos, somos todos como irmãos.

Depois de uns anos que conheci Sky, comecei a vê-la com outros olhos e a sentir coisas por ela que nunca havia sentido na minha vida. Eu havia me apaixonado pela minha melhor amiga. Scarllet White é o meu primeiro amor. A primeira garota que eu amei de verdade.

E hoje eu completo dezesseis anos, então faz exatamente cinco anos que eu descobri que gostava de verdade dela.

— LUKE! — ouvi um grito fino, e, logo depois, um peso se jogou em cima de mim.

— Scarllet White, você está louca? — falei, empurrando-a para o meu lado da cama. — São 6h00, e você já está pronta?

— Meu pequeno gafanhoto, são 6h40 — corrigiu, irônica, com um sorriso nos lábios. — Se arrume rápido, sua mãe fez panquecas — falou com sua voz doce, levantando-se da cama. — Aliás, feliz aniversário!

Ela voltou a se deitar ao meu lado e deu-me um beijo na bochecha, fazendo-me sorrir. Sky fechou a porta e desceu, e eu tratei de me arrumar logo, antes que me atrasasse.

Scarllet White

Desci e fui direto para a cozinha fazer companhia a tia Liz, que preparava maravilhosas panquecas no momento.

— Ele acordou? — ela perguntou, rindo.

— Resmungando, mas acordou. — Ri junto com ela, comendo uma panqueca. — Sabe, tia Liz, não estou pronta para o primeiro dia de aula depois dessas férias...

— Por quê, minha flor?

— Eu fiquei muita próxima de James nessas férias, tia, e ele ainda não sacou que eu gosto dele... Sei lá, é complicado. — Eu costumava falar sobre tudo com a tia Liz, ela era minha segunda mãe, assim como minha mãe era a segunda mãe de Luke.

— E quando você vai perceber quem gosta realmente de você... — tia Liz sussurrou, voltando a fazer as panquecas.

— O que disse, tia?

— Oh, nada, querida, apenas pensei alto. — Ela riu. Luke entrou arrumado na cozinha e sentou ao meu lado na mesa, com a cara fechada e em silêncio. — Bom dia e feliz aniversário, meu amor — sua mãe disse, abraçando-o por trás e depositando um beijo em sua bochecha.

Sorri com a cena, e voltamos a comer.

Dois anos depois – Dias Atuais

16/07/2016

Acordei Luke do mesmo jeito que sempre o acordo no seu aniversário. Por ele ser muito sortudo, na maioria dos anos, o dia do seu aniversário era o mesmo dia que começavam as aulas depois das férias de inverno. Cheguei ao seu quarto gritando e jogando-me em cima dele, que sempre acordava puto da vida comigo, já me xingando.

— Sempre essa palhaçada, Scarllet, vai tomar no cu! — falou, rouco de sono, jogando-me para o outro lado da cama. — Duvido que faça isso com o James! — ele resmungou, enfiando a cara no travesseiro.

— Não faço mesmo! Ele é meu namorado; você, meu melhor amigo — repliquei, levantando-me. — Se arrume logo e desça, sua mãe está fazendo o café da manhã especial do seu aniversário, e não demore.

Luke Hemmings

Melhores amigos, era como o meu primeiro amor me chamava.

E se doía? Claro que doía.

Era difícil de acreditar que éramos apenas melhores amigos, e que ela namorava o cara mais galinha da escola. Ela nunca percebeu o que eu sentia por ela de verdade, e não sou eu que vou falar, não conseguiria, e ela não sente a mesma coisa por mim, isso é óbvio. Se eu contasse para ela a verdade, ela se afastaria e nunca mais seríamos melhores amigos. Se existe uma coisa que eu nunca quero perder, essa coisa é a amizade de Scarllet.

Levantei-me e fui direto ao banheiro.

Depois de prováveis 20 minutos dentro do banheiro, saí arrumado e bufando por não ter achado meu tênis. Desci para perguntar a minha mãe onde eles estavam.

— Aqueles tênis horrorosos e fedidos? — ela gritou com cara de nojo, fazendo Scarllet rir. Revirei os olhos e assenti. — Joguei fora.

— O QUÊ?

— Estou brincando, meu amor. Feliz aniversário — respondeu sorridente, abraçando-me. — Meu bebê está fazendo 18 anos. Como o tempo passa rápido.

— Primeiro, não sou mais seu bebê, tenho 18 anos agora, como a senhora mesmo disse — respondi, dando um peteleco em Scarllet, que ria. — Segundo, cadê meu tênis, dona Liz?

— Na varanda de seu quarto — ela respondeu.

Subi as escadas, voltando para meu quarto e indo direto à varanda. Encontrei meu tênis preto e uma caixa grande. Revirei meus olhos e peguei-a, sentando-me na cama e abrindo-a. Quando eu realmente vi o que era, arregalei meus olhos e sorri.

— Espero que tenha acertado, não sou muito boa com instrumentos — ouvi a voz de Sky atrás de mim.

— Foi você?

— Claro! Você conseguiu arruinar sua outra guitarra, e o preço para arrumá-la era o preço de uma nova, então...

— Obrigado. Eu te amo — falei, abraçando-a.

— De nada, você merece, e eu também te amo! — ela respondeu, dando-me um beijo na bochecha. A única diferença dos nossos “eu te amo” era que o meu era mais do que um “eu te amo” de melhores amigos ou irmãos; eu a amava muito mais que isso. — Agora, vamos logo comer, não quero me atrasar como sempre. — Ela me puxou, revirando os olhos.

Pude perceber a roupa que ela estava; uma calça jeans azul-escuro, rasgada no joelho, uma blusa de meia manga preta e com alguma coisa escrita, que não tive a chance de ler, e seu velho par de Vans preto.

Descemos para a cozinha, vendo minha mãe sentada à mesa comendo as deliciosas panquecas que ela sempre fazia no meu aniversário. Sentamo-nos ao seu lado e comemos, conversando com ela. Era incrível o que eu sentia toda vez que Sky sorria. Eu sorria também, e meu coração começava a bater mais forte. É, eu sou apaixonado por ela.

— Pronto, acabei. Vamos! — falei assim que tomei meu último gole de suco.

Dei um beijo na testa de minha mãe, e Scarllet deu um beijo em sua bochecha. Pegamos nossas coisas e, então, fomos para a nossa maravilhosa escola.

Ao fechar a porta de casa, ouvi a maravilhosa e irritante voz de Emma.

— Bom dia, pessoinhas lindas que eu amo muito — ela disse, abraçando Sky. — Parabéns, Lukezinho!

A loira veio e abraçou-me, dando-me um beijo na bochecha. Como uma pessoa consegue ser tão animada às 7h00 e no primeiro dia de aula?

— Obrigado, Emma. — Sorri irônico e continuei andando.

— Não ligue, Emma. O Luke está de TPM hoje, acordei-o do jeito de sempre. — Atrás de mim, Scarllet ria com a melhor amiga.

Virei e mostrei o dedo do meio, sorrindo cínico.

— E a Larie, não vai hoje? — perguntei.

— Ela dormiu na casa do Ash ontem — Sky respondeu, com um sorriso malicioso nos lábios.

— E o James? — Emma perguntou, com o mesmo sorriso malicioso.

Bufei só de ouvir o nome daquele garoto.

— Ah... — Sky suspirou. — Praticamente não nos vimos nas férias, ele teve que viajar com a família e tudo mais... Mas estou feliz de vê-lo hoje.

— Você gosta mesmo dele, não é? — Emma perguntou, sorrindo.

Bufei de novo, revirando os olhos.

— Eu o amo... — Scarllet dizia, até eu interrompê-la.

— Já deu desse papo insuportável. Vocês sabem que eu e ele nos odiamos.

— Mas você dá motivo, não é, Lukey? — Emma disse, pondo seu braço ao redor de meu ombro. — Toda vez que você o vê, fica com cara de cu, e ele tem ciúme de sua amizade perfeita com a namorada dele.

— Tanto faz — bufei.

Viramos a esquina, já podendo ver a grande escola no fim da avenida.

Chegando à escola, observamos, no portão de entrada, uma enorme faixa escrito “Boa volta às aulas”. Sinceramente, não sei se isso é bom, mas também, faltam apenas seis meses para acabar essa palhaçada, e eu finalmente me formar.

Caminhamos até a porta do auditório, e um grito totalmente fino no meio do caminho quase estourou os tímpanos sensíveis de meu ouvido. Olhei para o lado e vi Scarllet correndo para o seu namorado, James Henderson, o garoto que, desde a sétima série, sempre foi o maior galinha de toda a escola. Eu odeio esse cara. Ele não trata bem a Sky, não do jeito que ela merece, e isso me deixa puto.

Ao vê-la pular em seu colo e beijá-lo, meu coração se quebra em mais alguns pedaços. Sorri fraco e abaixei a cabeça.

— Calma, brow! — Calum disse baixo, dando tapinhas no meu ombro e me assustando. Da onde ele saiu? — Pense que um dia vai ser você no lugar dele, sei que ela ainda vai abrir os olhos.

— Ele está certo, Luke — dessa vez foi Emma que me deu um tapinha no ombro. — Ela pode estar "apaixonada" por ele — ela fez aspas com os dedos —, porém, eu sou a melhor amiga dela, sei que ela ainda vai perceber que você é o cara certo. — Sorriu sincera, fazendo-me sorrir fraco de novo.

O mais engraçado era que todos os meus amigos já haviam percebido, menos ela, a que me conhece melhor do que todos eles juntos.

— E AÍ, HEMMINGS? — a voz enjoativa de James irritou meus tímpanos, que quase foram estourados por sua namorada há alguns minutos. — Parabéns, cara, tudo de bom — falou, dando-me um tapinha "camarada" no ombro.

Sorri cínico e entrei na merda daquele auditório.

Henderson sabia que eu não gostava dele, e eu também sabia que ele não gostava de mim. Diziam que ele tinha ciúme da minha relação com a Sky, o que eu não achava nada ruim.

Ao me sentar praticamente no fundo da enorme sala, ouvi vozes. Olhando na direção delas, vejo Calum e Emma se sentando ao me lado. Em minha frente, Sky e James que estavam abraçados.

Nojo.

Estava estranhando Michael, Lara, Ashton e Larie ainda não terem chegado. Bom, Ash e Larie eu até entendo, a noite deve ter sido longa, apesar de Larie ser certinha — ela nunca perderia um dia de aula. Já Mike e Lara, provavelmente devem ter se atrasado mesmo. Eles eram praticamente a mesma pessoa, idênticos no jeito de agir e de pensar, e ambos se gostavam, porém, não admitiam.

A voz grossa da nossa querida diretora ecoou no auditório, fazendo-me revirar os olhos. Íamos ficar, mais ou menos, uma hora naquele lugar ouvindo essa velha falar e falar sobre o novo semestre. Fechei meus olhos e foquei-me no que ela falava.

Logo senti umas dedadas na minha nuca e assustei-me. Virei para trás e vi Ash, Larie, Lara e Mike se sentando atrás de mim, junto com Cal e Emma.

— Parabéns, Hemmings — Larie sussurrou, depositando um beijo na minha bochecha.

Os outros três também me cumprimentaram, e voltamos a prestar atenção na nossa querida e amável diretora.

— Para os alunos do 3° ano, tenho que informar que, por ser o último semestre de vocês no colégio, deverão fazer alguma atividade extracurricular, que irá ajudá-los nas notas finais e no currículo para as faculdades e, até mesmo, para os trabalhos — a Sra. Felds falava alegremente. — Outro aviso para os alunos do último ano: há salas ainda em reforma que não ficaram prontas a tempo. Peço paciência. Iremos juntar o terceiro ano A com o terceiro ano B. Vocês serão divididos em três grupos, e a lista estará na parede ao lado da porta do auditório. Terão os nomes, as aulas de hoje, horários e tudo mais. Esperamos até o final da semana que esteja tudo certo e que tudo volte ao normal. — Ela sorriu e começou a falar com os alunos novos do primeiro ano, enquanto eu estava cercado pelo estalo de beijos de um casal feliz em minha frente e de um casal feliz atrás de mim. A única diferença era que eu apoiava Larie e Ashton e queria vê-los juntos.

Cutuquei Sky, que olhou imediatamente para mim.

— Tem como você e seu namorado pararem de se pegar na minha frente? Estou tentando prestar atenção na diretora. — Sorri irônico, e Sky riu.

— Desculpe-me, senhor na seca — ela zombou e virou-se para frente.

Ela sabe que eu poderia muito bem namorar Carly, porém, eu não gostava dela do mesmo jeito que ela gostava de mim, e me sentia culpado quando ficava com ela, porque eu estava usando-a para me esquecer de quem eu realmente amo. Quando eu falei para ela que não sentia a mesma coisa, senti-me mal, mas livre. Não queria usar Carly, uma garota linda, inteligente e maravilhosa em todos os aspectos, do mesmo jeito que Nessa me usou.

Nessa foi minha namorada há dois anos. Eu achava que ela me faria esquecer da Scarllet e gostar dela de verdade. Mas ela me usou como um passatempo, digamos assim; ela falava que me amava, vivia comigo, ajudou-me em diversas coisas, como também ajudei a ela, e, em um belo dia, ela simplesmente sumiu.

Vanessa havia se mudado com seu pai para Londres sem, ao menos, me dar satisfação. Tudo bem que seu motivo não era errado, mas ela, pelo menos, deveria ter me contado. Eu tinha quase certeza que estava gostando dela. Eu sentia algo forte por Nessa — não tão forte quanto por Scarllet, claro —, e ela simplesmente me abandonou.

Ela tinha problemas com a família; sua mãe se separou de seu pai e, em menos de um ano, estava se casando com o pai de um amigo nosso, Liam Payne. Vanessa não gostou muito da ideia de ter uma nova família, decidiu ir morar com seu pai, em Londres. Acho que me esqueci de mencionar que Vanessa não é filha única. Ela tem um irmão gêmeo, que por sinal, é bem diferente dela, pelo falo de ela ser ruiva e de seu irmão ser moreno. James Henderson era seu irmão. Ele e Sky começaram a namorar quase na mesma época que eu e Nessa. Irônico, não?

— Hey, Luke? Terra chamando Luke Robert Hemmings! — Calum falou, estalando seus dedos na minha frente e tirando-me do transe. — Estava praticamente dormindo com olhos abertos, mano. — Ele riu, e Emma o acompanhou.

Percebi que aquela palhaçada já havia acabado.

Suspirei aliviado e levantei-me.

— Vamos ver a bosta daquela lista — resmunguei, saindo do local e sendo acompanhado por Calum e Emma, outro casal que se ama e não admite.

Diferente de Mike e Lara, eles são totalmente o oposto um do outro. Emma faz o estilo "patricinha cor-de-rosa que ama shopping", e Calum, "punk que não gosta de sair de casa e fica só jogando videogame".

Por sorte, não havia tantos alunos em frente às listas. Aproximei-me e procurei meu nome.

Luke Hemmings, sala 36; Biologia, no laboratório, das 8h50 às 9h40, intervalo às 9h40, História às 10h00, às 10h50 Educação Física e, por fim, antes de ser liberado mais cedo, Matemática até 11h40. Não podia ter caído em grupo melhor. Estava com Calum, Emma, Sky e Liam, que eu ainda não havia visto hoje.

Desde que Gabbie se mudou para o Brasil, ele não anda tão colado com a gente como antes, mas isso é outra história. O importante era que eles estavam no mesmo grupo que eu — todos tivemos sorte. Menos Michael, Larie e James, que caíram no pior horário e só sairão depois das 14h00. Ashton e Lara ficaram até que em um bom horário, tirando as duas aulas seguidas de Literatura. A professora já devia ter uns 100 anos de idade e se perdia na própria explicação. Era tedioso.

— Vamos? — Sky perguntou, aparecendo em minha frente com um enorme sorriso no rosto.

— Cansou do namorado? — questionei, sarcástico.

— Ele cansou de mim... — Ela riu fraco, apontando para o final do corredor, onde se encontravam James e o resto do time de basquete e das líderes de torcida. Eles estavam felizes, e riam. — Nem poderei vê-lo mais hoje, depois da escola... Ele sai tarde e tem treino, e, depois do ensaio da banda, tem o seu bolinho... Só vou vê-lo no intervalo — bufou triste.

Por mais que o motivo seja patético, eu fico triste por vê-la triste. Suspirei, agarrei seu braço e começamos a caminhar a nossa maravilhosa aula de laboratório.

Scarllet White

As aulas foram se passando rapidamente, porém totalmente entediantes. Eu não gostava de voltar às aulas, dos professores querendo saber das coisas que fizemos nas férias. Logo depois, eles falavam sobre as suas férias, como se algum de nós estivesse interessado em saber o que eles fizeram, e depois enchiam a lousa de matéria nova. Patético!

As únicas aulas boas foram a de Biologia, no laboratório, e a de Educação Física. O intervalo também não foi lá grande coisa; eu esperava ficar com o James, mas ele ficou na mesa do time, com seus amigos e as líderes de torcida, mais conhecidas como as vadias do colégio. James até me chamou para ir me sentar com ele, mas, entre meus amigos fazendo piadas que eu entendo e um monte de jogador e mais uma dúzia de putas me esnobando, eu prefiro ficar com meus amigos sem pensar duas míseras vezes.

Nesse exato momento, estamos na garagem da casa de Ashton, vendo os meninos ensaiarem e esperando as pizzas chegarem.

Estávamos eu, Emma, Larie, Lara e os meninos. Eles estão com músicas novas — muito boas por sinal. O 5 Seconds Of Summer conseguiu uma oportunidade de ganhar um contrato para se apresentar daqui a um mês em uma casa de show. Sem contar com a nossa formatura, em que eles vão cantar também. Eu estava tão feliz por eles, estava tão feliz pelo meu melhor amigo estar realizando seu sonho, de vê-lo feliz fazendo aquilo que ele ama.

— Luke, e aquela música que você estava escrevendo? — Mike perguntou assim que eles terminam de cantar um cover. — Você vai deixar a gente cantá-la mês que vem?

— Mike... Você sabe que aquela música não é pra isso... — Ash o repreendeu. Pareciam estar escondendo algo, e Luke estava vermelho e com os olhos semicerrados, irritado. Afinal, de que música eles estão falando?

— Luke Robert Hemmings escrevendo uma música? — perguntei incrédula, mas em um tom sarcástico. — Lukey, você não consegue escrever nem uma redação, mas consegue escrever uma música? — brinquei, e ele pareceu ficar sem jeito pelo o que eu disse. De fato, ele não conseguia mesmo fazer uma redação, eu sempre fazia para ele. — Onw, ele está com vergonha! — Ri, ficando em sua frente e apertando suas bochechas.

— Pare, Scarllet — respondeu, bravo, tirando minhas mãos de seu rosto.

— Grosso — resmunguei, sentando-me ao lado de Emma novamente. Vi, de canto, Calum conversando com Michael, praticamente brigando com ele. Será por causa dessa tão misteriosa música? — Emma, você sabe dessa tal música? — Cutuquei a loira ao meu lado.

— N-não. Qual música? Não sei de m-música nenhuma, amiga — gaguejou.

Ao seu lado, Larie estava com a mão na testa, balançando a cabeça negativamente. Preferi não insistir; se eles não querem que eu saiba, tudo bem, eu não irei saber.

A campainha do andar de cima tocou, e Ash abriu a porta da garagem, vendo o entregador todo atrapalhado com as seis caixas de pizza. Eu e Calum fomos ajudá-lo a pegar as caixas.

Definitivamente uma caixa era para Michael e a outra, para Lara; eles conseguiram comer oito pedaços de pizza em menos de 10 minutos. Pedimos uma de brigadeiro para cantar parabéns para Luke. Emma foi buscar as velhinhas na cozinha, e, quando chegou, arrumamos tudo e começamos a cantar parabéns para o loiro.

— COM QUEM SERÁ QUE O LUKE VAI CASAR? VAI DEPENDER, VAI DEPENDER, VAI DEPENDER SE A... — cantamos, mas não sabíamos o nome de quem falar. Ficamos nos olhando, e veio-me um nome na cabeça: — CARLY VAI QUERER.

Todos nós rimos, menos Luke.

— Ridículos — ele resmungou, cortando a pizza.

— E o primeiro pedaço vai para o melhor amigo dele... — Calum disse, mas Michael o interrompeu.

— O melhor amigo, que sou eu. — Riu, dando um beijo na bochecha de Luke.

Rimos com o seu ato.

— Dois retardados, porque eu vou dar o primeiro pedaço pra minha melhor amiga — respondeu, pondo o pedaço cheio de brigadeiro em um prato e entregando-me. Andei até ele e depositei um beijo em sua bochecha, abraçando-o em seguida. — Amo você, Sky.

— Também te amo, Lukey — falei, sorrindo, e ele retribuiu o sorriso. Senti a luz do flash e o som da câmera; tiraram uma foto. — EU QUERO VER! — gritei e corri até Larie, que estava abraçada no namorado, mais conhecido como Ash.

Olhei para Luke, e ele estava me fitando com um sorriso bobo nos lábios. Não pude evitar sorrir do mesmo jeito.

“E agora todo esse tempo

Está passando

Mas eu não consigo dizer-lhe por que

Me dói cada vez que eu vejo você

E percebo o quanto eu preciso de você...”

Continua...

 


Notas Finais


Bom foi isso, espero que tenham gostado. Qualquer dúvida podem me perguntar nos comentários, me digam o que acharam e tudo mais...
Um beijo, até semana que vem, faloooouuu!


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