História Heartbreak Girl - Impossível é olhar seu sorriso e não sorrir também

Luke Hemmings

Hoje o dia havia sido corrido e totalmente especial. Minha garota finalmente havia conseguido o que tanto queria há anos. Sky seria a atriz principal da peça de final de ano da escola. Depois de longos anos sendo personagens sem nome e sem falas, finalmente tinha conseguido ter seu primeiro papel importante. E eu, como melhor amigo e namorado, não poderia estar mais orgulhoso. Sem falar que amanhã é seu aniversário, e eu, nossos amigos e sua mãe havíamos preparado uma festa surpresa para ela. Seria uma festa simples, só com os mais chegados, mas tecnicamente, os mais chegados são: eu, Emma, Cal, Mike, Ash, Larie, Lara, Gaabs e Liam. Melhor isso do que metade da escola que nem era nos anos anteriores. Scarllet achava que nós iriamos apenas passar o dia inteiro lá e de noite compraríamos pizza. Entretanto, não era nada disso.

  E como a Gaabs faz aniversário no domingo, exatamente um dia depois da minha namorada, — adoro chama-la de namorada — nós todos iriamos passar o final de semana na chácara dos pais de Ashton, apenas nós dez; para aproveitar e comemorar o aniversários das duas. E bom, admito que tem dedo meu nessa ideia. Eu darei meu jeito de eles saírem e me deixarem sozinho na casa, para que eu possa arrumar tudo para o presente de Scarllet. Mas é aí que você se pergunta, tudo o que? Que presente? Minha surpresa.

Para amanhã eu só havia comprado um presente simples, pois o melhor vem na chácara. Eu levei Emma para o shopping para me ajudar a comprar tudo o que eu precisava, e mano, foi totalmente difícil enrolar Scarllet.

Após a peça, o diretor da faculdade dos sonhos de Sky, foi falar com ela, e entregou a mesma um pequeno livro sobre a escola. Mas depois daquela conversa, Sky ficou estranha, fechada, pensativa e quieta demais. E eu sabia o porquê. E ela não precisava nem me falar. Ela havia conseguido uma bolça para estudar nessa tal faculdade. E Juilliard é em New York.

Aquilo de primeira me deixou preocupado, mas me lembrei que isso aconteceria com um de nós uma hora ou outra. Tenho a minha banda, e sei que faremos sucesso, e quando isso acontecer, teremos as turnês, pela América, Europa, pelo mundo todo. Eu ficaria longe de qualquer jeito. E se ela for pra NY estudar lá, ficaríamos longe de qualquer maneira. Por mais que seja estranho pensar nisso. Que doa um pouco. É isso que vai realmente acontecer. Não posso priva-la de realizar seu sonho para quere-la aqui, em Sydney, pra sempre. Assim como eu não gostaria dela fazer isso comigo. Nós vamos sim realizar nossos sonhos, não importa aonde estaremos, pois nosso amor é mais forte do que qualquer distância. E sempre que pudermos, vamos nos encontrar. Eu a amo. E ela me ama. E sempre, no final, é a única coisa que importa.

— Sky, está tudo bem? — Cal pergunta.

Estávamos quase chegando na casa de Scarllet, e a mesma continuava fechada demais.

— Está sim, Cal. Não poderia estar melhor. — Ela força um sorriso.

Calum, assim como eu e Emma, fingirmos acreditar.

— Dezoito amanhã, hein, Sky! — Diz Mike, sorridente. — Como se sente?

— Me sinto uma pré adulta, com espirito e mente de uma criança de dez anos e que continua sem carro. — Ela ri pelo nariz, apertando sua mão entrelaçada na minha.

Ela nem espera a surpresa que preparamos.

— Nenhum de nós temos carro. Só Ashton. — Ele dá de ombros — Mas quando você ganhar um, vai ser minha motorista particular favorita.

— Mike, já falei que te amo hoje? — Ela ri.

— Não, pode falar.

— Eu amo o Michael Clifford! — A baixinha ao meu lado grita.

— Scarllet, cale a boca! — Reviro os olhos.

—Ah o Luke está com ciúmes! — Diz Ash, rindo alto, feito uma gazela.

— Vai se foder. — Sorrio sarcástico, mostrando o dedo do meio.

— Eu também te amo, meu namorado mais ciumento desse mundo! — Scarllet grita se jogando em minhas costas, com os braços em volta de meu pescoço, me enfocando.

Viramos em nossa rua, já podendo ver a grande movimentação das crianças brincando na mesma. Correndo, pulando, jogando bola e brincando de bonecas.

— Há uns dez anos atrás eram nós... — Cal suspira, abraçando Emma pelo ombro.

— Tenho saudade dessas coisas... — Fala Larie, sorrindo. — Elas lembram nós três! —Ri, fitando três garotinhas brincando de bonecas.

— A loira, a ruiva e a morena. — Sky sorri. — É exatamente como nós.

— E aqueles dois meninos ali... É o Cal e o Luke! — Michael quase grita, rindo alto.

Os dois garotos estavam do outro lado da rua, olhando as meninas brincando de bonecas. E sim, Michael tinha razão, eles pareciam comigo e Calum; quando nós éramos loucos para quebrar as bonecas de nossas namoradas e fazê-las de bola de futebol. Emma realmente odiava a gente por isso.

— Chegamos! — Suspira Scarllet ao abrir a porta de sua casa. Corri para seu quarto e deixei minha mochila ao lado de sua cama, me jogando na mesma. — O que é isso? — Ela ri.

— Já sou de casa. — Falo sarcástico. — Sem falar que sou seu namorado.

— Adoro quando você diz isso! — Ela ri boba e se joga em cima de mim. Com nossos rostos próximos demais, não pude me segurar e beijá-la. Aquele era sem dúvidas um dos melhores beijos da minha vida. Troquei de posição, ficando por cima da mesma. O beijo calmo e romântico, se transformou em um beijo selvagem e preciso. Suas mãos se enterraram em meus cabelos, os bagunçando — o que me deixou um pouco agoniado, admito. Uma de minhas mãos estava em seu rosto, e a outra em sua cintura. Assim que o ar nos faltou, desci meu rosto para seu pescoço, depositando beijos molhados ali e logo um chupão.

— Luke... L-Luke, já deu... Luke! — Ela ri, puxando meus cabelos — Sabe que não to pronta pra isso ainda! — Diz e eu a olho em seus olhos azuis e hipnotizantes. Sorrio e deixo um simples selinho em sua boca, logo saindo de cima da mesma. — Te amo! Agora vamos comer. Lily fez lasanha de queijo e presunto!

 

ღღღ

23:45pm

Scarllet White

Contei para minha mãe que eu havia ganhado o papel de Julieta; ela não poderia estar mais feliz com isso. E ao saber que eu havia ganhado uma bolsa para estudar em Juilliard — a sua única filha — ela chorou de emoção e de felicidade. Era isso que eu sempre quis, vê-la feliz com as minhas conquistas. E ainda é muito cedo, essa foi só a primeira de muitas, e muitas conquistas. E sobre o assunto New York, eu falaria com ela depois. Mas do mesmo jeito eu tenho certeza absoluta que ela mandará eu ir pra lá, começar a minha nova fase de vida. E sei que dona Melissa não é burra, ela sabe que a faculdade é do outro lado do país, entretanto, do mesmo jeito, ela faria de tudo para que eu fosse estudar lá.

Meus amigos não sabem da história da bolsa. Acho que nem Luke sabe, apenas se ele ouviu minha conversa. E sei que assim que eles souberem, vão querer que eu vá também. Todos eles. Mas só de pensar em não vê-los por mais de quatro anos, meu coração se despedaça. Eles são tudo pra mim.

Todos acabaram ficando aqui em casa pelo resto do dia — enchendo meu saco. Ficamos brincando feito crianças, vendo filmes e séries, e comendo muito, muito mesmo. Por mais que eles sejam chatos demais, eu os amo, e adoro a suas companhias.

Eu, Luke, Larie e Ash fomos comprar pizzas para passar a madrugada, e eu não poderia estar mais feliz por passar um dia inteiro com meus melhores amigos.

 Ficaremos aqui em casa até ás três horas da manhã, e então vamos viajar. Para comemorar o meu aniversário e o da Gaabs decidimos passar o final de semana inteiro na chácara da família de Ashton. Sempre íamos pra lá passar final de semana em família quando éramos menores. Era tão divertido, correr naquele quintal enorme, se jogar naquela piscina deliciosa. Mas tinha uma coisa eu odiava naquela casa, e era os insetos. Meu Deus. Se havia uma coisa de monte naquela casa, era com certeza insetos.

E mesmo com o pressentimento que todos os meus amigos estão tramando algo para cima de mim ainda hoje e na viajem, eu estava muito animada. Fazia muito tempo que eu não viajava com eles, pois na última vez que eles foram para a chácara, foi em um feriado que emendaria junto com o final de semana, e foram todos, até minha mãe, mas eu não fui. Nesse mesmo feriado, fui passar com James, junto com a família de sua mãe. Se arrependimento matasse...

— Sky, o que está pensando? — Pergunta Larie, se sentando ao meu lado, mexendo eu meus cabelos.

Estávamos há uns vinte minutos esperando a pizza e faltam exatos quinze minutos para meu aniversário.

— Estou animada para passar o final de semana com vocês. Só isso! — Sorrio.

Larie finge acreditar e volta para onde Luke e Ashton estavam.

Tinha sim, várias coisas na minha mente, porém a mais importante agora, era decidir meu futuro. Eu poderia fazer pequenos cursos de teatro aqui em Sydney e ficar ao lado das pessoas que eu amo. Entretanto, eu havia ganhado uma bolsa de estudos na melhor faculdade de artes, a faculdade que eu sempre sonhei em estudar. Mas ir pra lá, e realizar meu sonho, é a mesma coisa de abandonar minha cidade, minha mãe e meus amigos.

Era verdadeiramente uma escolha difícil a se fazer.

— Vamos, Sky! — Luke aparece ao meu lado, segurando três pizzas embrulhadas. Ao seu lado estava Ash, com mais três pizzas e Larie segurando mais dois refrigerantes. Concordo e levanto-me. — Se andarmos depressa, conseguiremos chegar a tempo!

ღღღ

Chegamos em minha casa faltando exatos três minutos para o relógio bater 00:00pm.

Assim que abro a porta, meus amigos se encontram em frente a mesa de jantar recém arrumada para mim. Tinha um bolo cheio de brigadeiro e confete. Alguns salgadinhos, brigadeiros e mais refrigerantes. Era uma festa surpresa pra mim.

— Parabéns, meu amor! — Luke é o primeiro a me abraças assim que o relógio bate meia noite.  — Que você tenha tudo de bom, amor, eu, saúde, que seus sonhos se realizem, eu de novo, porque agora sou importante! — Rio e ele me abraça mais forte. — Obrigada por tudo que anda fazendo por mim. Eu te amo muito. Muito.

— Luke, estou usando um rímel muito caro, por favor, não me faça chorar! — Digo segurando as lágrimas. — Eu também te amo, muito! — O beijo.

— Ah gente, por favor! Quero dar logo parabéns para atacar as pizzas! — Diz Lara apontando para a grande mesa de vidro na sala de estar, cheia de caixas de pizzas. 

— Okay... — Ri, a abraçando.

Lara me deseja todas as coisas que Luke havia dito há segundos atrás, e assim que se solta de mim, corre para a mesa de jantar.

Ela era totalmente o oposto de Emma, minha melhor amiga, entretanto, Lara se parecia mil vezes mais comigo. Me entendia. E mesmo que as vezes esse seu jeito me irrite, eu a amo. E não viveria sem ela por nada. Mandri é aquele tipo de menina que não se importa com nada, principalmente pela opinião das pessoas. Ela nunca percebe nada e é um pouco lerda. E isso por um lado é bom. E todas as vezes que eu estava mal, ela sem perceber, me fazia rir. E eu amava isso nela.

Abracei todos os outros, que me desejaram tudo de bom e disseram que me amavam. E claro, não pude evitar que várias lágrimas caíssem pelo meu rosto. Eu não precisava de mais nada quando todos eles estavam comigo. De absolutamente nada.

— Minha princesinha... — Minha mãe sorriu — Te desejo tudo de bom sempre na sua vida. Eu te amo muito. E você é a coisa que mais me dá orgulho nesse mundo. Sempre estarei aqui para tudo que precisar. Eu te amo. — Ela me abraça sufocadamente — Minha menininha está virando uma adulta hoje.

— Mãe, também tenho muito orgulho de você. Obrigada por tudo que já fez por mim. Também tenho muito orgulho de você. E eu te amo também, Muito. — Digo, dando um beijo em sua bochecha.

— Vamos cantar parabéns! — Diz Emma pegando minhas velhinhas e pondo-as no bolo.

Foi até que um pouco engraçado. Minha mãe e Lily — que também estava ali agora — choravam. Emma e Larie sorriam de orelha a orelha. — Calum roubava brigadeiros da mesa e Ashton brigava com ele disfarçadamente. Lara e Michael estavam atacando as caixas de pizzas. E Luke, bom... Luke estava olhando em meus olhos, com o sorriso mais lindo desse mundo. Estava me segurando para não correr e me jogar em cima do mesmo, e atacar aqueles lábios.

Luke era diferente. O oposto de James. Era fofo, amoroso, companheiro e sabia ser safado nas horas certas. Acho que é por isso que eu mais me sinto atraída nele.

Eu não tinha nem palavras para o que meus melhores amigos e minha mãe haviam feito. Minha primeira festa surpresa e eu nem sabia como reagir. Após o parabéns, eles cantaram o famoso e mais temido “com quem será?”, e óbvio, o meu foi com Luke. Nós dois sorrimos e nos beijamos — o que causou gritos e flashes disparados. Admito que era um pouco estranho tudo isso. Por eu ter aberto meu coração e nele, ter crescido um sentimento tão grande e intenso por Luke. Eu o amava. E o amava muito.

Você já sentiu como se nada pudesse estragar seu dia?

Bom, era isso que eu senti o dia inteiro, e sei que não será diferente nesse final de semana.

Havia acordado totalmente nervosa, mas após ver Luke de manhã, com um amor me sorriso, me senti melhor. Era assim como me sentia quando ele estava por perto; uma pessoa melhor.

Era incrível como agora que eu havia realmente ignorado qualquer parte minha que dizia que só queria a amizade de Luke. Porque além dele me fazer se sentir uma pessoa melhor, ele me fazia feliz, me fazia se sentir amada, e era apenas isso que bastava. E a melhor sensação é de quando Luke ri; ele fecha quase completamente os olhos e sua boca se abre num enorme e luminoso sorriso, que mostrava claramente seus dentes brancos. Sem falar de sua risada exageradamente deliciosa de se ouvir. Bom, eu amava tudo nele. E sim, ele é, sempre foi e sempre será o cara certo.

 

— No que está pensando, filha? — Minha mãe interrompe meus pensamentos apaixonados.

 

— No quanto eu sou feliz. — Sorrio boba.

 

— Tneho um presente pra você! — Ela diz sorridente. — Está lá na garagem. — Fala e eu arregalo meus olhos, já imaginando o que seria.

 

Levanto-me rapidamente e corro até a garagem. Lá eu encontro o maior presente que eu imaginaria um dia ter. A coisa que eu mais desejei desde os meus dezesseis anos. Um carro.

Ou sendo mais específica; era um jipe. Um jipe que eu sempre sonhei em ter.

 

Sem nem ainda acreditar, sorrio boba e virei-me, vendo minha mãe com um enorme sorriso estampado no rosto.

 

— Você merece meu amor! — Ela me abraça. — A chave está em cima da sua escrivaninha. Aproveite. E lembre-se, nunca dirija bêbeda.

 

ღღღ

03:00am

 

Tínhamos acabado de arrumar todas as coisas em exatamente três horas da manhã. Jogamos as bolsas e mantimentos dentro dos carros; nos despedimos de minha mãe e fomos para nossos respectivos carros. Eu ia com Luke, Calum e Emma. Ash ia com Larie, Michael e Lara. E sobrando, Gaabs e Liam que iam sozinhos, então levaram os isopores com bebidas e os colchonetes.

 

E o combinado com nossos pais era não beber, entretanto, quebraremos esse acordo assim que saímos de Sydney.

 

Ashton — o mais velho — irá parar em um posto de beira de estrada e comprar algumas bebidas — quais eu não irei beber nem morta. Depois do acidente na festa de Nora, eu nunca mais encosto um dedo em uma bebida daquelas.

 

Combinamos que Luke dirigiria na primeira uma hora e meia de viagem e logo depois que pararmos no posto, eu que dirigiria meu maravilhoso e novinho carro. Já tinha até apelidado ele. No caso, ela. E ela se chamava ‘Anna’.

 

Encosto minha cabeça na janela, ignorando completamente a coisa estupida que Calum e Emma discutiam no banco de trás. Lembrei-me de anteontem na escola, quando James descobriu que eu e Luke estávamos namorando. Senti várias vezes seu olhar em cima de mim.

Um olhar triste e arrependido. Cheguei a ficar mal por isso. Porém também me lembrei que isso tudo foi culpa sua. Foi tudo escolha dele e eu não tinha que me sentir mal por isso, pois Luke foi a melhor coisa que aconteceu comigo, tanto quanto melhor amigo, quanto namorado.

 

Virei-me para Luke, que ao perceber que eu o encarava, sorriu. Encolhi-me no banco e continuei a olhá-lo.

 

Nota-lo era ensurdecedor. A sua beleza era ensurdecedora.

 

Em uma semana eu aprendi a amá-lo. E foi a melhor decisão da minha vida. Não tenho dúvidas disso.

 

No fundo, Luke sempre me teve e eu o tive.

 

E além disso, nós tínhamos nossas diferenças. Era até um pouco engraçado.

 

Quando Luke estava carinhoso e fofo, eu estava de TPM, brava e se irritava com qualquer coisa. E quando eu estava carinhosa e fofa, Luke estava de TPM, bravo e estúpido. Ah, e também se irritava com qualquer coisinha. Por isso Emma dizia que éramos como as gotas d'água que caía do céu. Quando um era a garoa, o outro era o dilúvio.

 

— Por que tanto me olha? — Ele questiona.

 

— Estou pensando o quanto sou sortuda por ter você como namorado. O quanto você é lindo e o quando eu amo você. — Respondo, dando um beijo em sua bochecha.

 

Luke sorri e morde o piercing.

 

— Vocês são tão lindos! — Diz Emma.

 

— Mas às vezes são enjoativos. — Calum se pronuncia, desviando sua atenção do celular por míseros segundos.

 

— Você fala isso como se seu relacionamento com a Barbie não fosse enjoativo. — Luke revirou os olhos, procurando alguma estação de rádio boa.

 

Cal e Emma o fuzilam.

 

Hemmings achou uma estação de rock e deixou na mesma, que no momento tocava “She’s out of her mind”, uma de nossas músicas preferidas. Aumento o rádio e começamos a cantar, como se não houvesse fim.

 

— I'm in deep with this girl, but she's out of her mind… — Gritamos todos juntos. — She said: Babe, I'm sorry, but I'm crazy tonight…Oh oh oh oh oh…. She got a black shirt, black skirt!

 

(Estou apaixonado por essa garota mas ela está fora de si… Ela disse: Querido, me desculpe, mas estou louca esta noite (Oh oh oh oh oh) Ela está com uma saia preta, uma camisa preta. E arte Bauhaus na cabeça)

 

— Amo essa música! — Grita Michael no carro ao lado ao nosso parado no semáforo vermelho.

 

Rio do que Michael havia feito e falado

 

—  Sabe uma coisa que é impossível? — Diz Luke, voltando sua atenção para a estrada.

— O que?

— Olha seu sorriso e não sorrir também. — Ele sorri

Hoje seria um grande e especial dia.

 

“Eu costumava acreditar
Que nós estávamos queimando à beira de algo bonito
Algo bonito
Vendendo um sonho
Fumaça e espelhos nos deixam esperando por um milagre
Por um milagre”  — Let me love you

 

Continua…