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História Heartbreak Hotel - Reception


Escrita por: tenhurts

Capítulo 3 - Reception


Fanfic / Fanfiction Heartbreak Hotel - Reception

Seu primo tinha ido embora há algumas horas atrás, e Ten aproveitou para estudar um pouco.

Ele achou tudo muito rápido, mal ter sido o primeiro dia e ter um monte de coisas para estudar. Mas, ele entendia. Era uma universidade muito disputada, e ele era muito sortudo por estar nela. Ten iria se esforçar ao máximo.  

Mas o acontecimento na loja de conveniência ainda latejava na cabeça de Chittaphon. Ele estava tão curioso sobre aquele garoto, que mal conseguia se concentrar nos estudos. Ele gostaria de descobrir o nome dele, quem sabe o telefone...

Ah! Que besteira — Pensou ele.

Chittaphon tentou retornar aos seus estudos, mas de repente seu celular vibrou em seu bolso.

Era seu primo, como sempre. Abriu as mensagens e elas diziam:

“Vou te passar o endereço, pois não vai ter como eu ir te buscar e ir com você. ”

“Espero que não fique bravo comigo. Tive um imprevisto. ”

“Nós nos encontramos lá, então? ”

Ten ficou pensativo. Ele não era de frequentar lugares assim, principalmente sozinho.

Por um estante ele sentiu medo de ser abandonado lá, mas ele realmente queria conhecer o lugar e tentar se divertir nem que fosse um pouco.

Chittaphon sentia que agora que começou a universidade, sua rotina iria o estressar. E ele realmente não queria isto.

“Tudo bem. Só me espere na frente. ”

Colocou o celular em seu criado-mudo, pegou seus objetos de estudo, e guardou tudo em sua mochila. Ele levantou e foi tomar uma ducha.

Ele saiu do banho, e abriu o guarda-roupa a procura de algo confortável. Lembrou do que seu primo disse, e começou a rir sozinho, pensando no quanto o mesmo era bobo.

Pegou uma blusa branca, um casaco jeans, uma calça skinning preta e botas da mesma cor e vestiu imediatamente.

Chittaphon penteou seus cabelos rapidamente. Enquanto ele arrumava, percebeu o quanto seus cabelos estavam grandes. Ele achava que o seu cabelo desse jeito o fazia ter um rosto doce e inocente. De fato, realmente fazia. Porém, ele adorava deste jeito.

Ten escovou seus dentes e passou seu perfume favorito, e foi até o criado-mudo pegar seu celular. Ten viu a mensagem do seu primo com o endereço, olhou mais uma vez o relógio e bloqueou o celular.

Ten começou a ficar ansioso. Parecia besteira, mas ele realmente nunca tinha ido para um bar ou para uma boate antes. Nem quando morava na Tailândia.

Ten pegou sua carteira e seu celular, e saiu do quarto a caminho do bar. Desceu o elevador, passou pelo hall do hotel, e acenou para um táxi. Ele ficou um tempo aguardando, até que ele conseguiu.

Ele entrou dentro do carro, deu as coordenadas ao motorista, e aguardou.

A caminho do bar, Ten pensou em mandar uma mensagem pedindo perdão pelo seu atraso ao seu primo mas achou que não havia necessidade pois ele nem estava tão atrasado assim. Na verdade, Ten estava nervoso.

Ele pegou o celular, e enviou:

“Já estou a caminho. ”

E não obteve resposta.

Guardou o celular em seu bolso e observou a cidade pela janela do carro e percebeu como Seul era lindo. Ele já havia visto a cidade a noite, mas sempre era como se fosse a primeira vez.

O céu era iluminado e cheio de estrelas. Chittaphon estava tão admirado que nem se deu conta quando chegou à frente do bar.

O motorista chamou atenção de Ten e ele se assustou. Olhou na outra janela e viu uma gigante placa de luz indicando o nome do bar. Ten agradeceu, o pagou, e desceu do carro.

Chittaphon olhou ao redor e de fato era um lugar enorme. Havia muitas pessoas. Casais, fumantes e vários grupos de amigos. Ten percebeu que era um lugar bem famoso por ali.

Rapidamente tentou avistar seu primo, mas não obteve nem um rastro dele. Pegou seu celular, e mandou uma mensagem. Mas novamente, sem respostas. Imaginou que ele pudesse estar lá dentro.

Ten passou da porta, e logo ao entrar havia uma escada que levava em algum lugar abaixo. Como se fosse um porão. Enquanto descia as escadas ele conseguia ouvir a música alta, e as luzes neon iluminando todo o lugar.

Ao lado esquerdo havia uma porta, onde Chittaphon entrou e deu de cara com um segurança totalmente mal-encarado, mas isso era o de menos.

Aquele lugar era surreal, Ten nunca tinha visto nada igual antes. Chittaphon conseguia ver tudo em câmera lenta. As pessoas dançando, rindo, bebendo, como se nada mais no mundo importasse.

Ele nem sequer percebeu que estava no meio de uma multidão de pessoas, totalmente perdido e extremamente admirado com aquele lugar.

O espaço havia mesinhas, onde tinha copos com bebidas, garrafas e cinzeiros.

Ten olhou ao redor mais uma vez, e acidentalmente bateu a mão em uma taça de vidro que estava em cima da mesinha, fazendo ela se despedaçar no chão. Isso fez com que todas as pessoas parassem o que estavam fazendo para prestar atenção em Chittaphon.

Ten ficou sem reação com todos aqueles olhos em cima dele.

Ele se ajoelhou até o chão para tentar consertar o que fez, e pegar a taça despedaçada do chão.

Mas ao tocar no pedaço de vidro, ele sentiu uma mão por cima da dele, fazendo Chittaphon erguer a cabeça imediatamente e fazer contato visual com o garoto que ele tanto pensou o dia inteiro. O mesmo garoto que exalava rebeldia e superioridade, mas com aquele sorriso que Ten não conseguia explicar nem na cabeça dele.

O garoto pegou na mão de Chittaphon e o puxou, levando ele em direção ao fundo do bar, atraindo todos os olhos em cima dos dois. Eles se sentaram em cadeiras que ficavam a frente da bancada, onde se localizava os baristas.

 Chittaphon estava em choque. Ele não estava entendendo o que tinha acabado de acontecer ali. Antes de sequer pensar em algo, o garoto começou a rir da cara de assustado de Ten.

— Você sempre parece perdido e assustado assim? Desculpe rir de você, mas parece que você está em transe ou algo do tipo.

— Eu nunca tinha vindo em um lugar assim antes, eu estou apenas maravilhado. Eu fico assim muitas vezes quando algo me admira muito.

— Interessante. Então, quer dizer que também estava maravilhado quando me viu hoje mais cedo?

— Oh... — Ten ficou tão vermelho e nervoso que pensou que iria explodir naquele momento. — Me-me desculpe por te olhar daquele modo, eu realmente não sei o que deu em mim.

— Essa é a primeira vez que alguém pede desculpas por simplesmente me olhar.

 Ten estava fazendo de novo. O garoto vestia uma jaqueta de couro preta, e calças bem apertadas. 

Chittaphon não conseguia parar de olhar pra aquele rosto. As luzes neon do bar o iluminavam, fazendo os traços do rosto dele ficarem cada vez mais aparentes.

 Ele era tão lindo. Por Deus... como ele era lindo.

— Se continuar me olhando desse jeito vou pensar que está tentando dar em cima de mim. — ele disse sério, mas com um tom de ironia.

— Não, não, não é isso. Eu só estava pensando no meu primo. Ele me encontraria aqui, mas pelo visto ele me deu um “bolo”. — Disse Chittaphon olhando para o lado e para o outro fingindo estar procurando pelo seu primo.

— Entendi, perdidinho. Por acaso você bebe? — ele nem sequer esperou por uma resposta, e pediu dois shots de vodca ao barista que imediatamente preparou. E deixou no balcão.

— Sim. — sussurrou.

Ten achou estranho o garoto nem se interessar em saber o nome dele, mas o impacto do apelido que o garoto tinha acabado de lhe dar o marcou tanto que ele até ignorou.

Na verdade, Chittaphon só bebia em ocasiões especiais. Nada além disso. Mas, hoje ele queria e iria ter o seu primeiro porre. Ele gostaria de se soltar mais. Provavelmente ele não faria isso sem o álcool.

Ten pegou o pequeno copo de vodca e bebeu com tudo, fazendo sua garganta arder. Apesar da queimação na garganta, era uma sensação muito boa.

Depois de um tempo o garoto pediu mais shots, e assim ficaram os dois. Apenas bebendo, jogando conversa fora e sempre observando um ao outro.

Chittaphon se sentia diferente. Era algo que ele não conseguia explicar. Ele gostaria de falar sem parar com o garoto ali na frente dele. Se sentia com coragem, e animado.

— Você ainda não me disse seu nome. — Chittaphon disparou.

— Johnny.

— Você é americano? Ual, isso é demais. Eu gostaria de morar na América. Parece ser um lugar tão agradável para se viver, não é? As pessoas lá parecem ser tãaao talentosas. — Ten disse sorrindo imensamente, já sentido todos os shots ingeridos fazerem efeito.

Johnny deu um sorriso de canto e apoiou a cabeça em seu punho e observou Chittaphon falando sem parar. Eles ficaram conversando por alguns minutos, ou por se dizer, Ten estava falando por alguns minutos. De repente, Johnny simplesmente pegou as mãos do Chittaphon e o puxou para a pista de dança.

Ele envolveu os braços em volta de Chittaphon a caminho da pista de dança e sorriu, Ten ficou envergonhado, e só conseguiu abaixar a cabeça.

Ten se soltou como nunca antes. Dançou com toda sua vontade, mas em nenhum momento abandonando os olhos de Johnny.

Eles dançavam em sintonia, e naquele momento Chittaphon agradecia ao álcool, provavelmente isso não aconteceria sem ele.

Johnny parecia ser um cara difícil de lidar, ele quase não sorria sinceramente, sem aquele seu tom de ironia. Mas naquele momento, Johnny ria verdadeiramente com Chittaphon, dava para qualquer um perceber o quanto havia pura diversão ali. Ou álcool demais.

De repente, Ten simplesmente ficou imóvel.

Johnny percebeu que ele havia parado de dançar e fez o mesmo. Ele ficou esperando uma resposta qualquer que fosse de Chittaphon, provavelmente pensando se tinha algo errado.

Ten chegou perto de Johnny, e o olhou no fundo dos olhos. Eles ficaram ali, apenas observando um ao outro como quase fizeram a noite inteira. O som animado ecoava pelo local, mas naquele momento parecia que tudo estava em câmera lenta. E só havia os dois. As luzes deixavam o momento muito mais bonito do que já era.

Chittaphon nunca havia se sentido assim.

Então Ten quebrou aquele silencio entre os dois.

— Será que você pode me levar embora, por favor?

Johnny apenas assentiu confuso com o que tinha acabado de acontecer em sua frente.



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