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História Heartbreak Hotel - Skin


Escrita por: tenhurts

Notas do Autor


Ei! Desculpem qualquer erro pois revisei rapidamente.

Boa leitura!

Capítulo 6 - Skin


Fanfic / Fanfiction Heartbreak Hotel - Skin

O sol já havia nascido e iluminava todo o quarto. Mas estava um vento frio, fazendo a janela que estava meia aberta ranger, as persianas balançarem e um Chittaphon irritado.

Ele se revirou na cama puxando as cobertas até os ombros e tampando a cabeça com seu travesseiro. Não adiantou, pois depois de alguns minutos naquela posição ele levantou cambaleando em direção a janela e imediatamente a fechando.

Ele ficou parado por um tempo tentando retornar em sua consciência e seu celular começou a tocar. Sua cabeça ardia igual o inferno. Ele não conseguia nem raciocinar direito por conta da dor de cabeça que sentia. E com aquele celular tocando, tornava aquela dor mais insuportável.

Acabou ignorando. Voltou para sua cama, e deitou de barriga pra cima. Relembrou do dia anterior, e sorriu imensamente. Chittaphon relembrava de cada detalhe. O que era engraçado por conta da quantidade de álcool ingerido.

Ele olhou para seu criado-mudo e finalmente pegou seu celular.

Nove chamadas perdidas. Onze mensagens.

Ten lembrou de seu primo, levantou da cama correndo e rapidamente discou o número dele. Enquanto chamava, ele checou as horas e ainda era muito cedo.

"Ten? Oh, graças a Deus você está vivo."

"Você está aí? Tá, você deve estar bravo comigo, não é? Eu lhe dou razão. Eu posso explicar tudo se você preferir, mas só me responda se você está bem? Alguém fez algo pra você?"

– Estou bem. – Chittaphon voltou a se sentar na cama.

"Não senti confiança. De qualquer forma, eu vi a mensagem sobre sua 'linda companhia' o que isso quis dizer, afinal?"

Ten sentiu borboletas no estômago relembrando desse momento e riu colocando sua mão no rosto.

"Por que você está rindo? Sério, estou preocupado"

Chittaphon parou de rir e ficou extremamente sério. 

– Olha aqui, você me convidou pra esse lugar, se lembra? Você me deixou plantado lá, e você sabia que eu nunca havia ido pra um lugar assim antes. Por sorte, fiquei em boas mãos.

"Eu sei... eu sei... eu me arrependo, juro. Podemos conversar? Eu quero te contar o que houve."

– Eu fiquei preocupado com você, Bhuwakul. Espero que tenha um bom motivo. 

"E tenho. Passo aí, depois do almoço, ok? É só me avisar quando chegar em casa."

– Tá. Até logo.

Chittaphon desligou e foi checar as suas mensagens recebidas. Como imaginava todas eram de seu primo. Até que havia uma em particular, de um número que nunca havia visto antes.

"Hey, perdidinho."

Ele tremeu. Jurava lembrar sobre tudo naquela noite, menos ter passado seu número para o garoto.

"Johnny?" 

Ten bloqueou o celular e ficou imóvel. Ainda tentando se lembrar de algo. Mas, rapidamente seu celular vibrou em suas mãos. 

"Vejo que se lembra bem."

Escreveu imediatamente.

"Só não lembro de ter passado meu número pra você."

Demorou somente alguns instantes para obter uma resposta. 

"Eu sempre consigo o que eu quero, Ten Chittaphon."

"Por acaso você gostaria de almoçar comigo, hoje?"

Ele nem pensou duas vezes antes de responder. Ele queria conhece-lo melhor, obviamente. Mas, respondeu sem nenhuma exaltação só pra jogar um charme. 

"Sim, por que não?"

"Eu tenho universidade até o horário de almoço, então..."

Demorou apenas alguns segundos para o outro responder. 

"Endereço."

Ten escreveu e mandou. A conversa tinha acabado ali, então Ten foi se preparar para a faculdade. 

O celular dele estava quase acabando a bateria, então colocou no carregador com esperança de que carregasse rapidamente.

A dor de cabeça ficava pior com os raios de sol invadindo sua janela. Ele queria se livrar daquela dor, mas nem sequer sabia o que ele deveria tomar.

Ten se despiu e entrou no banho, onde pensou no dia que iria ter. Ele queria ir preparado, mas não fazia ideia como era ter um encontro. Se isso realmente fosse...

Saiu do banho, e caminhou até seu guarda-roupa onde pegou e logo vestiu uma blusa listrada, bermudas jeans, e dois pares de vans. Foi até sua mochila e checou se estava tudo organizado. 

Faltava ainda uma hora e alguns minutos até o seu curso começar, então chamou pelo serviço de quarto. Onde pediu seu café da manhã. 

Normalmente um hotel já vem incluído serviços de quarto, sem precisar pedir. Mas, ele acreditava que deveria, por ele estar passando um tempo por lá.

Ouviu a porta bater, e recebeu seu café da manhã. Pagou a moça, ela agradeceu e logo após se retirou do quarto. 

Ele estava faminto. Como sempre. Depois que se mudou para o hotel, raramente comia muito por conta de estar sempre ocupado com seus estudos. Chittaphon ficava tão focado que esquecia completamente de se alimentar.

Na mesinha havia várias tigelas. Contendo arroz, sopa, picles, uma tigela fumegante de macarrão guksu, sopa de broto de feijão e uma com acompanhamentos de vegetais. 

Aquilo parecia delicioso, e o cheiro já estava se espalhando pelo quarto. 

Ten nem aguardou, e comeu tudo rapidamente. Estava incrivelmente saboroso, e muito bem feito. 

Ten se levantou, organizou as tigelas pra que ficasse mais fácil para as arrumadeiras, e foi diretamente pro banheiro escovar seus dentes. 

Ao terminar, apanhou seu celular. Checou as horas e ainda tinha tempo. Mas era melhor não arriscar.  

Pegou sua mochila e saiu do quarto. 

 

¥

– Tô te dizendo. Ele me agarrou e me beijou loucamente. Com certeza, vai rolar algo sério, eu estou sentindo. – Dizia o garoto japonês, amigo de Doyoung.

– Só foi um beijo, não seja tão ligeiro. – Doyoung disse sorrindo olhando para Ten como se quisesse dizer "ele é assim mesmo".

– Podemos apostar se quiser. Mas, antes... eu quero saber desse seu novo amigo. Ele é mudo? – Disse o garoto se referindo a Ten como se ele nem estivesse ali.

– Não. Não sou. Eu só...

– Você é gay?

– Yuta! – Disse Doyoung chamando atenção dele.

– O que? Eu só estou curioso. – Ele disse dando de ombros, rindo.

– Meu nome é Ten. 

– Prazer em te conhecer, Nine. – O garoto deu um sorriso radiante enquanto fazia a piadinha.

Ten riu um pouco sem jeito mas achou o garoto engraçado.

O sinal bateu. Yuta não cursava a mesma faculdade que Doyoung e Ten, então ele se despediu e foi pra sua classe.

Eles teriam mais algumas aulas, mas Ten e Doyoung fizeram uma amizade muito forte e não conseguiam parar de conversar. Eles falavam sobre tudo. Sobre seus interesses, sobre relacionamentos e até combinaram de sair qualquer dia. O tempo passou muito rápido e eles nem perceberam. 

O sinal da última aula bateu.

Chittaphon estava se retirando, quando Doyoung chegou correndo pra ele.

– Ei, esqueci de comentar. Fui avisado que no prédio nos fornece clubes. De tudo. Teatro, música, dança... se estiver interessado me avise pra podermos escolher juntos. 

– Claro. Farei isso. – Deu um sorriso terno antes de virar as costas.

Ten saiu da classe, e andou no corredor olhando ao redor pra ver se seus olhos encontravam o que, ou por assim dizer, quem ele tanto queria. 

Desceu as escadas, e deu de cara com uma das visões mais bonitas.

Ele estava lá. Encostado em uma árvore na área do Campus lindo e incrível como nunca. O sorriso abobado de Ten ao ver Johnny foi impossível de controlar. Ele foi rapidamente em direção a Youngho segurando seu sorriso enorme ao vê-lo.

– Uh lá lá, um universitário...

Ten riu, e Johnny o olhava sorrindo como se estivesse louco por algo. 

– Eu primeiramente queria te avisar que o lugar pra onde eu vou te levar, é pra minha casa.

Ten gelou. Como assim? Tão rápido? Se sentiu ofendido por um momento.

– Oh, você viu de um jeito malicioso. – Johnny gargalhou. – Escute só, vamos almoçar na minha casa. Infelizmente, não foi de um modo malicioso. Moro com a minha avó e ela iria preparar tudo aquilo e eu não poderia furar com ela, mas também queria te conhecer, então... mas se não quiser aceitar, vou entender.

– É claro que vou aceitar. 

Johnny balançou a cabeça, e saiu andando em direção ao carro. 

Ten ao ver o carro, lembrou mais uma vez da sua noite anterior, e ficou corado.

Entraram no carro, e ele continuava exatamente do mesmo jeito. Com o mesmo cheiro, e com a mesma bagunça de ontem a noite.

– Ok, só queria dizer algumas coisas. Eu nunca levei alguém pra minha casa antes. Quer dizer, nunca pra conhecer a minha avó, se é que você me entende. – sorriu sacana –Ela vai fazer um milhão de perguntas e você não precisa responder, se não quiser.

– Ah, mas eu vou querer.

– Estou quase me arrependendo.

– Pode apostar, Johnny. Vou fazer você não se arrepender. – Disse Ten olhando pro vidro do carro sem coragem suficiente para encarar nos olhos do mais alto.

Youngho ligou o carro e foi a caminho de seu apartamento. 

 

¥

Ten e Johnny já haviam subido o prédio, e estavam de cara com a porta. 

– Você lembra, né? Não precisa responder tudo o que ela perguntar.

– Por que está tão nervoso?

– Nervoso? O que? Não estou nervoso. Não sinto isso.

– É só um almoço, Johnny. Você não vai me pedir em casamento. – ficou um tempo sério. – Ou vai?

Johnny suspirou fundo.

– Droga! Você descobriu. 

Ten riu alto e Johnny abriu a porta.

Era um apartamento pequeno, mas era confortável estar ali. 

– Cheguei. – Johnny gritou jogando as chaves em uma mesinha.

A avó dele chegou e olhou um pouco confusa para Chittaphon. Ela era baixa, e tinha cabelos grisalhos. Ten achou ela uma graça. 

Ele tirou seus sapatos e a cumprimentou. 

– Johnny, meu filho. Que raridade...

– Não tem nada demais. Ele veio almoçar conosco. – Johnny se jogou no sofá que havia naquele cômodo. 

– E qual é o seu nome?

– Ten. Sou da Tailândia. 

– Ual, que admirável! – A avó de Johnny parecia estar encantada com Chittaphon.

– Halmeoni, estou com fome. – Disse Johnny manhoso.

Ten o olhou chocado, ele achava que o garoto não continha nem um pouco de aegyo.

A avó dele pediu licença e foi para a cozinha. 

– Que foi? Por que está me olhando assim?

– "Halmeoniiii" – Ten imitou Youngho e caiu na gargalhada sozinho.

Johnny se levantou rápido, e foi em direção a Ten. Chittaphon se assustou com tal reação.  O castanho ficou de frente a Chittaphon, agarrou sua cintura, e olhou bem no fundo dos olhos.

– Não dá. Eu preciso te beijar, agora.

– Johnny...

Uma voz ecoou na cozinha o chamando.

Johnny surtou em sussurros, e Ten riu. Antes de ir ajudar a avó de Johnny na cozinha, Ten pegou as mãos do garoto e o puxou dando um leve beijo na bochecha. Fazendo só com que aquele beijinho atiçasse o garoto.

Ten e Johnny ajudaram com as tigelas e pratos. E apreciaram o almoço.

Tudo estava tão gostoso que Ten pediu perdão a sua mãe por ter provado uma comida tão gostosa quanto a dela.

O almoço foi bom, além da comida, a conversa. Por saber melhor sobre Johnny. Como o próprio avisou, ela fez muitas perguntas sobre ele, sobre os pais, universidade, mas nada fora do normal.

Ten e Johnny estavam recolhendo os pratos e levando para a cozinha.

– Bom, garotos, eu vou ter que sair. Cuidar dos negócios desse apartamento, mas volto mais tarde. Ten, eu adorei te conhecer. Espero que venha mais vezes. 

– O prazer foi meu, obrigado por me receber.

Johnny pegou uma maçã, e se apoiou na bancada da cozinha observando a sua avó e Ten, dando uma mordida na fruta.

– Você não quer que eu te leve?

– Não precisa. O vizinho aqui do lado me levará, você o conhece. Cuidem da casa, até mais. 

Ela foi até o quarto, pegou algo e se retirou do apartamento. 

Ao ouvir a porta bater, Johnny jogou sua maçã no lixo, e sem nem pensar duas vezes, pegou Chittaphon no colo e o colocou em cima da bancada onde estava encostado. O castanho segurou no rosto de Ten e o beijou. Beijou de forma intensa e cheio de desejo. Como se ele havia pensado em mil e uma maneiras de executar aquilo. A língua de Youngho era quente fazendo o corpo de Ten se arrepiar por inteiro. 

Chittaphon segurou nos cabelos de Johnny e os puxou com força fazendo o mesmo gemer na sua boca, deixando-o fora do seu estado normal.

Ele tirou sua camiseta e Chittaphon pausou o beijo para conseguir observar cada centímetro daquele corpo. Ten não sabia mais como se controlar diante daquilo.

Ele observou até que tomou a coragem e passou as duas mãos pelos ombros largos, pelos braços, até chegar ao abdômen. Seus olhos eram curiosos, ele queria explorar cada pedaço daquele corpo. Mas, ele nunca havia tido relações com alguém antes. E nem chegado tão longe.

Mas Johnny era experiente. E como era...

– Eu... eu nunca...

– Nunca? – disse Johnny respirando rapidamente.

– Nunca. – Ten disse abaixando a cabeça.

Johnny ergueu o rosto de Chittaphon com os dedos e lhe deu um beijo só que dessa vez suavemente. Espalhou beijos pelo seu rosto, até descer ao pescoço.

– Vem.

Youngho desceu Ten da bancada, segurou suas pequenas mãos e o puxou para dentro de seu quarto. 

 


Notas Finais


Eita, deu até um calor aqui. kjsldlka

Espero que tenham gostado, até o próximo capitulo.


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