História Hearts Involved (Hiatus) - Dating request

O insuportável barulho do despertador do meu celular logo entrou pelos meus ouvidos, me fazendo bufar e jogar o travesseiro na minha cara. Como eu odeio acordar cedo. 

Soltei um grito abafado devido á estar com a cara no travesseiro e virei pro outro lado da cama, eu não estava nem um pouco afim de levantar cedo hoje. Mas por mais que não seja da minha vontade, eu sei que minha mãe vai gritar por mim logo. 

Sem mais aguentar todo aquele barulho, levantei e peguei o meu celular, logo o desligando para não ouvir mais aquele barulho chato que me infernizava todas as manhãs. 

– Eu espero que você já tenha levantado, Kath. – minha mãe gritou e eu revirei os olhos, ela faz isso toda manhã.  

– Sim mãe, eu já estou de pé. – gritei e escutei um "ah, tudo bem.'' 

Minha mãe depois do seu acidente de carro, passou a ser uma mulher super preocupada, com tudo. O acidente aconteceu a mais ou menos seis meses atrás, quando ela estava voltando do seu trabalho a noite. O carro dela capotou e ela ficou inconsciente por três dias. Quando ela acordou, a única coisa em que ela falava era que aquilo foi um aviso pra ela, que ela devia sair daquela cidade, e o resultado; viemos para Califórnia. No começo foi tudo muito difícil pra mim. Nova casa, novas pessoas, novos amigos, nova escola. Mas depois de algum tempo eu me acostumei, fiz alguns passeios pela cidade e conheci Jodie, minha melhor amiga desde então, que mora no mesmo condomínio que eu. 

As aulas começaram a dois meses, e eu já fiz muitas amizades por lá. Uma delas é o Cameron, meu melhor amigo. Ele é super fofo, desde que eu pisei o pé lá na escola ele foi muito gentil comigo. Fazemos duas aulas juntos, e nesse meio tempo só ficamos conversando. Ele é um cara super legal. Porém como toda escola tem um mané, a minha não é diferente. Nash pega no meu desde que me conheceu pelas ruas. Jodie diz que é paixão, eu chamo de idiotice de idiota. Eu odeio esse tipo de pessoa, se ele realmente for apaixonado por mim fazer isso comigo só está agravando mais as coisas. Ou nossa relação, não sei que palavra usar para isso. 

Calcei meus chinelos e fui até o banheiro, fiz minha higiene matinal e tomei um banho quente. Coloquei uma calça jeans e a blusa do uniforme da escola, também calçando um tênis e fazendo um rabo de cavalo no meu cabelo. Tenho que admitir que o uniforme da escola não é tão ruim, já que ele aperta meus seios e faz parecer que eles até são grandes. 

Peguei meu celular e coloquei no bolso de trás da calça, logo em seguida pegando a minha bolsa. Abri a porta do quarto e desci as escadas, a casa estava silenciosa, acho que meus pais já havia saído. Olhei a porta da geladeira e pude ver que minha mãe tinha deixado um bilhete, como sempre faz quando sai cedo. 

"Bom dia minha princesa, desculpe por não poder ficarmos para o café da manhã, seu pai tem alguns compromissos importantes e eu preciso entrar mais cedo hoje. Deixei algumas panquecas prontas na mesa, espero que goste. Te amamos. - Mamãe e papai.

Sei que parece muito meloso da parte deles, mas é assim que funciona quando você é filha única. Meu pai é super protetor, quer que eu faça sempre tudo do jeito dele. Está sempre tentando me manter em casa, afastada dos 'perigos'. Ele chama isso de proteção, mas eu chamo de medo de ver sua filha namorar. Minha mãe é uma mulher doce, está sempre me dando conselhos e me dizendo o que fazer. Mesmo que não passemos muito tempo juntas, eu consigo contar para ela tudo que acontece em minha vida. Nunca fui de esconder as coisas dela, já que ela sempre pediu que eu não fizesse isso. O único que não está sempre por dentro da minha vida é meu pai. 

Coloquei o bilhete em cima do balcão da cozinha e fui até a mesa, onde estava cinco panquecas. Eu amo panquecas, posso dizer que é minha coisa favorita. Comi elas enquanto mexia no meu celular e logo ouvi uma buzina vir de frente de casa. Jodie. 

Coloquei o prato na pia e peguei minha bolsa, logo saindo de dentro de casa. Jodie buzinou mais algumas vezes quando me viu saindo e eu sorri. Entrei no carro e ela logo deu partida. 

– Fiquei sabendo que vai rolar uma festa na casa do Nash, o que você acha de irmos? – perguntou concentrada na estrada. 

– Do Nash? Eu não duvido nada que ele me prenda dentro de um dos quartos como mais uma das suas incríveis pegadinha. – falei balançando as mãos e ela sorriu. 

– Talvez seja pra atrair você até lá, ele gosta de você, Kath. – falou virando a cabeça pra mim e eu ri. 

– E como é que você sabe disso, Jodie? – perguntei arqueando as sobrancelhas e ela não respondeu. – acho que seu silêncio é uma resposta pra mim. – ela bufou.  – fora que nos vemos todo dia na escola, infelizmente ele também é um dos melhores amigos dos meninos, sempre esteve com eles como você mesmo disse.

O resto da viagem nós fomos ouvindo algumas músicas aleatórias que estavam passando na rádio. Cantávamos como se estivéssemos em um show, nós sempre fazemos isso. Logo ela estacionou o carro e nós saímos de dentro do mesmo. 

Algumas pessoas me cumprimentavam e eu apenas sorria, eu nem conhecia todos. Alguns era só da minha turma, mas nunca tivemos afinidades. Mas isso não quer dizer eu vá ignora-los, respondo todos. 

– Acho que vou comprar uma coroa pra você. – Jodie falou enquanto caminhava com a mão no bolso do casaco. Franzi o cenho. 

– Por que? – perguntei virando a cabeça pra ela. 

– Porque você parece a rainha da escola, duh, não é óbvio? – falou e eu revirei os olhos. 

Eu apenas socializo com todos, isso não quer dizer nada. Só sou gentil. 

Continuamos andando até a mesa dos meninos onde estava Aaron, Taylor e Trey. Todos riram quando nos viram, e sentaram nos bancos para que pudéssemos sentar também. 

– Bom dia meninos. – falei sorridente quando cumprimentei todos eles com um abraço. 

– Seu bom humor me irrita, Kath. – Taylor falou e eu revirei os olhos. 

– Deixa a garota em paz, Taylor. – Nash se intrometeu quando parou ao nosso lado, colocando seus braços por volta de minha cintura. Olhei para ele com uma cara nada boa e sai de perto dele, indo ficar ao lado de Trey. 

Ficamos conversando esperando o sinal bater até que todo mundo começou a cochichar uma nos ouvido das outras, olhando em nossa direção. No começo eu até achei que fosse com todos nós, até todos os meninos virarem para trás e começar a regular um garoto loiro. 

– Quem é ele, Jodie? – perguntei me aproximando mais da morena. 

– Justin Bieber, ele estuda aqui, mas não sei porque não estava vindo esse tempo todo. – falou colocando a cabeça minimamente paro o lado, mas ainda olhando para o loiro. – ele é um babaca, muito gostoso, mas babaca. Todas as meninas são louquinhas por ele, cuidado pro charme dele não atingir você também. – disse e os meninos riram. 

– Ah por favor. – joguei a cabeça pra trás, cansada do assunto. – posso perguntar por que vocês não gostam dele? 

– O garoto é puro mal caminho – Nash começou. – com dezesseis anos já botava terror na escola toda, você ainda vai conhecer o currículo dele, que não é nada bom. Esse garoto ai é um babaca. – apontou com a cabeça para o loiro. 

– Mais que você? – perguntei e ele virou rapidamente a cabeça para mim. – tudo bem, desculpa. 

– Se meter com esse garoto é problema na certa. – Tyler disse voltando a me olhar. – não aconselho você a fazer isso, Cameron e o Justin não se dão bem. 

– Não me importaria se eles não se dessem bem, o problema deles fica entre eles. Mas por vocês falarem que ele é problema na certa, vou manter distância. – todos deram de ombros. 

Todos voltaram a conversar e eu olhei brevemente para o loiro. Ele é lindo, vamos confessar. Pena que é um delinquente. De repente seu olhar se encontrou com o meu, e ele sorriu de lado, acenando a cabeça para mim ir até ele. Bufei e virei para frente e... Cameron? 

Cameron estava vindo sorridente na minha direção, com um buquê de flores variadas. Lírios, meus preferidos, tulipas, rosas, margaridas. Muitas flores. Coloquei a mão na boca e meus olhos começaram a encher de lágrimas. 

A atenção de todos estava sobre mim, todos me olhavam esperançosos, e eu só sabia tremer. 

Olhei em volta e todos literalmente estavam me olhando, até o loiro. Que não estava com uma cara nada boa. 

Cam parou na minha frente e se ajoelhou no chão, me olhando com seus olhinhos brilhando. Sorri e ele pegou na minha mão. 

– Katherine, a menina mais doce e gentil que eu já conheci em toda a minha vida de merda, você aceita namorar comigo? – perguntou e eu congelei, sorria fraco, e ao mesmo tempo soava frio. 

– Annnnn, eu acho que sim. – respondi confusa. – sim eu aceito, Cam. – falei dando pulinhos de alegria e ele levantou, me abraçando e me girando no ar. 

– Eu amo você. – sussurrou no meu ouvido.