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História Hearts War - Dezenove


Escrita por: arelconic

Capítulo 19 - Dezenove


Fanfic / Fanfiction Hearts War - Dezenove

 

REESCRITA NO DIA 28/12/2018

.19.

 Uma oportunidade falhada, pode reencontrar-se, ao passo que jamais recuperamos uma tentativa precipitada.

Pierre Laclos

         

   Choi engole o choro quando ao tocar o rosto do amigo, este contorce o rosto sentindo dor. Seu corpo entrou em estado de tensão com punhos fechados e mãos trêmulos. Um sorriso fraco surgiu nos lábios de Jinyoung quando viu que o amigo lhe encarava.

            -Eu defendi a nossa nação. –Sussurrou. – Em troca, perdi um olho. Mas não estou morto... Hyung... –Continuou. –Eu sabia que iria me encontrar...

            -Não fale muito. –Jae murmurou evitando o seu olhar. –Iremos sair daqui. Cadê o Lee?          

            -Levaram-no para algum lugar. –Murmurou observando as pessoas que estavam atrás dele. –Lee se rebelou. Acredito que ele está pior que eu.

             Youngjae concordou enquanto tentava tirar a corrente dos pulsos do amigo. Observou que suas mãos estavam roxas e ensanguentadas. Seus braços estavam com vários hematomas espalhados pelo corpo. Seus olhos lacrimejaram, mas não deixou nenhuma gota de lágrima cair. Tinha que ser forte.  

***

            Jaebum chutou a lixeira acertando em outro rapaz. Com um movimento rápido, golpeou o rosto do outro homem e agachou quando viu uma perna indo em sua direção. Feito isso, segurou a perna e com o próprio cotovelo, acertou a barriga.

            No local, haviam 6 homens com toucas na cabeça.

 

            Im caminhou até o Lee que estava jogado no chão, inconsciente. Antes que pudesse dá mais um passo, acabou levando um soco na barriga caindo em uma direção oposta, batendo a cabeça na parede. Quando Jaebum viu que iria levar um outro chute, agiu rápido girando o corpo para o lado. Agilmente, levantou e pegou o rosto lhe acertando na parede quatro vezes. Aproveitou que a cadeira próxima e pegou, acertando com toda força em cima do intruso.

            Jaebum deu tapas no rosto de Lee, tentando-o acordar. Não obtendo êxito, conferiu os seus pulsos.  

            -Ele está inconsciente. – Gritou observando ao redor. Ainda lutavam e alguns tentavam avançar contra ele, mas a equipe impedia.

            Aos olhos do tenente, Lee tinha que ir urgentemente ao hospital. O garoto tinha alguns dentes arrancados, uma perna fraturada, 4 unhas arrancadas e o seu rosto estava inchado e ensanguentado. Quando viu os homens desmaiados no chão, Im pegou o Lee, saindo do ambiente.

            -Tem muitos corredores aqui. –Analisou o tenente. Outros concordaram. –Perfeito para uma emboscada. Precisamos encontrar o Jinyoung. –Observando os três corredores a sua frente, decidiu escolher o corredor mais curto. Seu corpo latejava e ter um homem nas suas costas piorava ainda mais a situação.

            Chegando ao fim do corredor, encontrou mais dois corredores e novamente, escolheu o mais curto. Quando viu uma luz fraca no final e em seguida, várias silhuetas com armas, Jaebum deu alguns passos para trás, deixando que os garotos ficassem a sua frente.

            Seu corpo suavizou quando aquelas silhuetas eram na verdade a equipe de Youngjae bem como sentiu feliz ao encontrar o Youngjae com o Jinyoung ao seu lado.

            -Tenente Im Jaebum-bum. –Murmurou dando um passo à frente com a ajuda do amigo.

O seu coração vacilou quando viu o olho do seu garoto. Ao redor do olho, estava um tom preto em degradê com um roxo. Ao ver que o sangue estava seco, Jaebum concluiu que tinha algum tempo que aquilo aconteceu.

            -Meu olho deve estar muito ruim para todos olharem para ele.

            -Você está melhor que esse aqui. –Distraiu o Jaebum, mostrando o Lee.  –Inconsciente perna fraturada, unhas e dentes arrancados.

            -Fomos marcados. –Jinyoung murmurou levando a camisa. Um pouco abaixo do peitoral, havia um círculo com as iniciais “KN”.

            -KN?

            -Korea (Coreia) do Norte. –Respondeu observando o ambiente que estavam.  –Há uma saída. É perto de um esgoto. Eu ouvi quando me trouxeram para essa imundice.

            Com a dica de Jinyoung, em dentro de 15 minutos, conseguiram achar a saída.

            -Está trancada. –Won, um dos soldados, resmungou tentando abrir a porta usando a força. Procurando nos bolsos, tirou um papel enrolado. Dentro dele, estava um alfinete grande. Jaebum sorriu orgulhoso quando a porta foi aberta. Choi e JB afastaram-se esperando a averiguação completa. –Tem dois no portão, mas não sabemos se há pessoas escondidas. Escondam-se atrás da caçamba que resolveremos isso, senhor.

             Apesar de não serem da mesma Força, Jaebum era respeitado pelos exércitos coreanos, americanos e chineses. O tenente assentiu escondendo-se juntamente com Choi e os feridos. Um grito assustou o tenente, soltando o Lee, que havia acordado.

 

            Uma troca de tirou começou e Jaebum pegou a sua arma afastando-se da caçamba. Youngjae avançou tampando a boca de Lee que urrava de dor.

            -Sou eu, idiota. Youngjae. –Isso não o deteu. Com um empurrão forte, jogou o rapaz para longe e colocou a mão no nariz e na perna. Sem conseguir pensar, pegou a arma de Jae e mirou em sua direção, o assustando.

O soldado agachou rapidamente quando Lee puxou o gatilho. Ao tentar avançar para impedi-lo, Lee puxa o gatilho novamente, dessa vez acertando-o.

            Um corpo caiu por cima do seu. Youngjae jogou o corpo para o lado, mesmo que sentira um pouco de dor nos ombros. Por sorte, a bala foi de raspão, mas ainda assim, sentia uma dor.

            -Não estou conseguindo respirar, me ajude. –Lee tentou dizer, mas sua voz saiu fina e falha, deixando o Jae assustado. Desnorteado, avançou dando tapas no seu rosto. Sua atenção foi atraída quando Jinyoung lhe chamou desesperadamente que estava sentado em um canto.

            Quando o Jinyoung apontou para trás, era tarde demais para olhar para trás. Choi levou um chute bem no meio do rosto debando no chão. Por alguns segundos, perdeu a consciência vendo a silhueta masculina aproximar. Quando a visão ficou mais nítida, levou um outro soco caindo no meio da sujeira.

              O rapaz olhou ao redor procurando qualquer coisa que pudesse impedir de ser mais agredido. Seus olhos miraram em uma garrafa de vidro caída em menos de um metro.

            Avançou-a rapidamente, sentindo todo o seu corpo doer.  Ignorou essa dor e virou acertando o seu rosto. Levantou rapidamente e chutou o seu rosto fazendo que os cacos de vidro afundassem o seu rosto. Ao ver o homem caído, virou para Lee, que tentava mexer no nariz.

 

            Entendendo a situação, Youngjae virou o seu nariz ouvindo levemente um “crac”. Lee urrou de dor colocando a mão no rosto.

            Por baixo da sua palma, o sangue escorria pingando no chão.

            -Aigoo! O que houve? –Jaebum aproximou levantando a blusa de Lee e colocando no seu nariz. –Ele está perdendo a consciência novamente. Jogue o corpo para frente para que ele não engula o sangue. Lee! Lee respire pela boca. Respire. –Jaebum segurou o nariz na parte de cima e Lee contorceu de dor. –Seu nariz está quebrado.

            -Ele está consertado. –Choi murmurou agachando ao seu lado. –Ele começou a ter falta de ar e não parava de gritar.

            -Bom trabalho, Youngjae. –Sorriu, voltando a observar o Won que estava próximo aos dois. –Won, preciso que fique de olho. Teremos que ficar aqui. Lee corre risco de morrer.

            -A polícia não está demorando?

-O batalhão é longe. –Murmurou Jaebum. –Eles não podem falar com a polícia de rua, pois podem estar disfarçados. O batalhão fica a 40 minutos a pé.

            Park e Choi se entreolharam, observando somente a situação. Mas as expressões que fizeram Won rir.

           -São soldados, certo? Há quanto tempo estão no exército? –Won perguntou de costas para a dupla.  –Choi Youngjae é um ótimo soldado. Ele é esperto e observador.

 

            -Faz 10 meses que estão no quartel. Won, todos os meus garotos são bons.

-Claro. Eles têm um ótimo instrutor. –Respondeu Won. Por mais que Choi estava focado no Lee, alerto a qualquer sinal, estava ouvindo também a conversa dos dois rapazes. –E os celulares? Estão todos descarregados? Precisamos ligar para uma ambulância.

            -A hemorragia nasal parou. –Youngjae tirou as mãos de Jaebum e olhou o nariz. Lee meneava a cabeça tentando abrir os olhos. O moreno lhe cutucava as pernas para que este não pudesse fechar os olhos. –Deve haver um hospital por aqui. Vamos carrega-lo sentado. Temos que sair daqui. Somos iscas enquanto estivermos aqui.

 

            -Mas e ele? –Won apontou para o Jinyoung que lhe observavam silenciosamente.

 

            -Tem mais de 10 soldados aqui. –Jinyoung respondeu, sentando um pouco melhor. –Vocês estão realmente pensando? Somos dois feridos e uns 10 soldados. Estamos em vantagem. Tem um hospital a 15 minutos daqui.

            -Você conhece aqui?

            -Sim. –Respondeu observando um ponto atrás deles. –Um pouco a frente, se eu estiver certo de onde estou, há uma creche e a sua frente, uma lanchonete com letras verdes na fachada.

            -Se estiver certo, onde estamos? –Youngjae perguntou aproximando-se dele.

            -Próximo à boate que fomos. –Respondeu apontando para outra direção. –Se seguir naquela direção, vamos chegar lá, mas é um longo caminho.

 

            JB, Won e Jae se entreolharam confirmando a cabeça. Chamaram o restante da equipe que estavam vigiando local e juntos, foram na direção do hospital. Três pessoas carregavam Lee, que estava no “colo” de Youngjae, que segurava o nariz. Jinyoung estava com um dos braços ao redor do ombro de Won.

            -Qual é a sua patente? –Won perguntou observando.

            -Soldado. –Respondeu o Jinyoung, que encarava a rua deserta. Jinyoung sentia que iria desmaiar a qualquer momento. Seu corpo doía tanto que parecia que ele tinha caído do penhasco. –E você?

             -Segundo tenente.

            -Deveria fazer uma reverência, mas não consigo ficar em pé.

Won riu lhe observando continuamente. Ele estava curioso sobre um assunto, mas se perguntou se aquela era a hora certa. Aliás, existia a hora certa? Won não sabia. Para ele, não existia a hora certa. Sua visão é que quanto mais cedo, melhor.

            -Ali. –Jinyoung apontou para a lanchonete. –Estou certo, daqui alguns quarteirões estaremos no hospital. –Deve ser quase de madrugada para não passar nenhum carro e as lojas estarem fechadas.

            -Provavelmente. –Won indagou virando-se para trás observando a rua. –Você está bem? Está muito pálido.

            -Sinto dores pelo corpo. Faz um bom tempo que não como. –Jinyoung sussurrou vendo que a sua visão estava começando a embaçar. Tinha a sensação que a sua cabeça poderia explodir a qualquer momento. –O que está fazendo?

            Won colocou o garoto na parede e virou de costas, agachando. Encostou o seu corpo nele e puxou suas pernas entrelaçando com o seu tronco. Jinyoung colocou os braços em volta do seu pescoço sem apertar. Com uma visão embaçada, conseguiu ver que o Segundo tenente tinha cabelos loiros. Como de Mark. 

 

            -Obrigado. –Respondeu deitando a cabeça no próprio braço, cansado demais para impedir que o leve. Na verdade, Jinyoung gostou muito do que ele fez. Sentiu-se sendo cuidado. –Minha visão não está boa, mas você é de qual força?

            -Sou do Exército americano. Coreia e EUA entraram em um acordo.  –Jinyoung sorriu, lembrando-se do Mark. Lembrava que ele comentou que era mestiço. Taiwanês com americano. –Qual é a sua idade?

            -22 anos e a sua?

            -26. Sabe me dizer se estamos chegando?

            -Acho que estamos na metade do caminho. –Sussurrou sentindo os seus olhos pesarem. –Só alguns quarteirões.... É nessa rua que estamos... –Won riu vendo que a voz do garoto ficava cada vez mais baixa.

            Atrás dele, Jaebum os observava. Voltando a olhar a rua e para frente, viu Youngjae totalmente concentrado no nariz. Lee lutava para manter-se acordado, mas a cada minuto podia sentir seus olhos ficarem muitos pesados. Aqueles que estavam segurando-o tentavam entreter o rapaz bombardeando de perguntas. 

            Ambos fizeram várias perguntas sobre o exército, mas já estavam esgotados. Não sabiam mais o que perguntar. Então um deles improvisou, tornando o clima mais leve e engraçado. Ainda que todos estivessem concentrados em vigiar e mirar as armas para todos os lados, entraram na brincadeira.

            -Lee, Miss A ou Twice?

             -Twice.

            -Eu prefiro Miss A. Aquela garota é muito linda.

            -Quem? –O outro perguntou.

            -A chinesa.

            -Fei. –Respondeu o outro. –Ela tem uma voz atraente. Mas eu prefiro a Suzy.

            -Temos um fã de Twice aqui. –Brincou o outro. –Lee, Song Hye-kyo ou Kim Ji-won?

            -Mano, tu viu Descendants of The Sun? Na América? –Perguntou o outro. –Hye-Kyo, com certeza, eu adoraria que ela fosse a minha médica.

            -Ela é fresca. –Respondeu o outro. –Ji-won é firme e uma ótima soldada e bela atriz.

            Jaebum observou confuso. Twice? Miss A? Descendants of the Sun?  Não sabiam quem são elas. Youngjae ria com as respostas dos garotos e um sentimento de tristeza apossou a ele, se sentindo excluído. Continuaram conversando sobre os grupos até chegar ao hospital. O clima tornou tenso quando as enfermeiras arregalaram os olhos e acionou um alarme chamando os médicos.

            Por serem do exército, eles foram priorizados.  Em poucas horas, os repórteres chegaram tentando invadir o hospital. Jaebum sabia que isso iria acontecer até porque, já tivera essa experiência. Essa experiência ocorreu no ano anterior quando o seu pai foi ao hospital visitar um parente. Em poucas horas, estava nas principais notícias da Coréia. Para conseguir sair de lá foi uma luta. Os repórteres estavam tão afobados que os soldados não estavam conseguindo segurara-os. Foi preciso chamar mais que a metade do exército por uma pequena coisa.

 

            Então, prevendo que iria passar novamente por isso, quando chegaram ao hospital, Jaebum foi direto a recepção fazendo vários telefonemas. Sua equipe chegou a poucos minutos bloqueando as entradas. As viaturas de polícia estavam em frente ao hospital e Choi Youngjae estava assustado com essa tamanha recepção.

 

            Jaebum caminhou até o Jackson, que havia chegado há poucos minutos.

            -Mark já deve estar chegando. –Jaebum comentou observando Choi desconfortável em posição frente aos jornalistas. –Choi Youngjae, vá procurar informações sobre Hyunk Lee e Park Jinyoung.

            -Youngjae? –Jackson perguntou observando o garoto sumir pelo corredor. –Mark já me falou sobre ele.

            -São melhores amigos. –Esclareceu. –Mark conhece todo mundo. É até difícil de explicar. Eu conheci você quando entrei no exército, ano retrasado conheci o Mark. E fiquei surpreso quando vi eram amigos. E fiquei ainda mais quando você me contou que namora Bambam. Eu e Bambam somos amigos desde a infância quando morei em Tailândia por 2 anos. E Mark conhece o Bambam, não sei como. Quando fui treinar os garotos, aparece o Mark. Descubro que conhece o Youngjae e Jinyoung. Não é confuso?

            -Mark tornou-se presidente de uma das maiores empresas mundialmente. Saiu a notícia há três dias. Ele está na América. Ele deve chegar amanhã.

            -Ele? Amanhã? –Jaebum riu. –Ele vai chegar em poucas horas. Ainda mais depois de toda a cena que fizeram no exército, discutindo com o Youngjae.  Ele é muito preocupado. –Continuou. –Mas mudando de assunto... E os meus garotos?

 



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