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História Heartstrings - Capítulo 4


Escrita por: hazelZz

Notas do Autor


Oi, oi, pessoal!
Quero muito agradecer a quem comentou e favoritou a fic!
Espero muito que gostem do capítulo!

Capítulo 5 - Capítulo 4


 

VIOLETTA

-Quer vir pra minha casa? - perguntou e eu fiquei sem reação, apenas continuei o encarando por um longo tempo, depois de longos segundos, eu criei coragem para responder.

 

-Tem certeza que na sua casa será mais seguro que aqui? - perguntei e ele quebrou o nosso contato visual.

 

-Não sei se é mais seguro. Mas a minha casa é, com certeza, melhor. - respondeu e voltou a encarar. - Então, você quer ir ou não?

 

 

[...]

 

 

Assim que chegamos, eu pude perceber o quão rico ele era, a casa dele era enorme e as paredes de fora eram de vidro, a primeira coisa que vi ao passar pelo portão foi a piscina, era a única coisa que dava para ver direito, já que estava escuro e as luzes da piscina eram as únicas acesas. Ele abriu a porta, que também era de vidro, e disse para eu entrar primeiro.

 

Ele ergueu as mãos e as luzes acenderam. Ok, ele deve nadar em dinheiro. A casa era de uma arquitetura incrível, a entrada ficava em cima e para chegarmos a sala, tínhamos que descer uma escada, a sala também possuía as paredes de vidro, dando uma bela visão de um terraço que continha um enorme espelho d'água e dali dava para se ver o mar, uma bela visão. Ele andava pela casa como se tudo que continha nela fosse coisas simples e sem valor. Ele jogou sua mochila no sofá e me encarou com as sobrancelhas arqueadas.

 

-Não vai descer? - perguntou e eu percebi que estava parada no topo da escada. Peguei a minha mala e desci as escadas devagar. Ele saiu da sala e foi para um outro cômodo, voltando com uma lata de refrigerante na mão, ele se sentou no sofá e ficou me encarando por um longo tempo, o que me deixou visivelmente desconfortável.

 

-Sua família não está aqui? - perguntei tentando esconder o meu nervosismo.

 

-Não. - respondeu simples, enquanto tomava um pouco do seu refrigerante.

 

-Você mora sozinho aqui? - perguntei surpresa, já que a casa era enorme para uma pessoa só morar.

 

-Sim. Por quê? - perguntou confuso.

 

-Quem é você? - perguntei desconfiada, não era bom eu ficar na casa de um cara que eu acabei de conhecer e eu só pensei nisso agora, boa, Violetta!

 

-O que quer dizer?

 

-Você é traficante? - perguntei e ele espremeu os olhos.

 

-O quê?

 

-O que você faz para viver? - perguntei e ele me encarou curioso. - Tráfico de drogas? - perguntei e ele riu fraco.

 

-Então, eu sou um traficante de drogas agora?

 

-Parecia que você conhecia o policial. - respondi e ele arqueou uma das sobrancelhas. - Também o seu amigo cheirou minha farinha, logo que a pegou. - completei e ele desviou o seu olhar do meu.

 

-Você está certa. Mas... - tronou a me encarar e se levantou. - ... Por que você acha que só eu vendo drogas? - perguntou dando alguns passos na minha direção e eu dei alguns passos para trás.

 

-O quê? - perguntei nervosa e ele sorriu frio.

 

-A pessoa que pegou o seu passaporte. Você acha que ele é realmente um policial? - perguntou ainda andando na minha direção, me fazendo continuar a andar para trás. Ele foi se aproximando cada vez mais, sem quebrar o contato visual. Aquilo estava me assustando. Ele olhou para a altura da minha barriga e voltou seu olhar para o meu. - Você ainda tem dois rins? - perguntou, eu arregalei os olhos e pus minha mochila diante da minha barriga.

 

-Eu estou avisando! Se você der mais um passo... - travei quando ele continuou a andar na minha direção, tínhamos entrado em um corredor na casa dele e ele permaneceu andando na minha direção, até eu encostar minhas costas em algo, não tinha mais para onde ir. Ele se aproximou, pôs a mão encostada, no que parecia ser uma porta, ao lado da minha cintura e deixou nossos rostos próximos, tão próximos que eu pude sentir sua respiração quente contra o meu rosto. Ele sorriu de lado e apontou para a porta com a cabeça.

 

-Este é o seu quarto. - falou e eu fiquei um pouco mais calma com o tom de voz que ele usou. - Se precisar de alguma coisa, é só pedir. - ele abriu a porta antes de se afastar com um sorriso brincalhão no rosto.

 

-Que diabos foi isso? - perguntei para mim mesma quando vi que ele voltou para a sala.

 

[...]

 

 

Assim que entrei no quarto, fechei a porta e coloquei a mala ao lado da cama. Respirei fundo e olhei em volta antes de me sentar na cama, eu estava cansada, minhas pernas estavam doendo e minha cabeça estava funcionando a mil. Tirei os meus tênis e fiquei só com as meias. Me lembrei de como o dia hoje foi péssimo e percebi que eu nasci para sofrer nesta vida.

 

A fome bateu assim que eu pude descansar um pouco,eu não tinha comido nada desde que saí do avião e já era noite. Me levantei da cama e fui até a porta do quarto em passos lentos, abri a porta devagar e percebi que as luzes estavam apagadas, só a luz da lua clareava o local.

 

[...]

 

 

LEÓN

Eu estava sentado no topo da escada pensando na minha vida, na minha família e, por incrível que pareça, na morena dentro do quarto de hospedes, ela parecia tão pequena perto de mim, eu não sabia se ela se encolhia por medo ou por não se achar a altura da minha condição financeira. Escutei o barulho de uma porta se fechando e vi quando a morena aparecer na sala com as pontas do pé, parecia um ladrão entrando de fininho em uma casa qualquer, sorri com cena, ela ainda estava com medo de mim?

 

Ela saiu da sala e eu desci as escadas sem fazer barulho, para tentar descobrir o que ela estava fazendo, ela parou na cozinha e eu fiquei escondido observando cada passo dela. Vi quando ela abriu a geladeira. Ela devia estar com fome. Fiquei parado, observando ela, enquanto a mesma pegava um suco em caixinha e fechava a geladeira, ela se virou para a fruteira e pegou uma maçã e uma tangerina. Fiquei impressionado com a rapidez que ela comeu a maçã, em seguida a tangerina e depois o suco de caixinha.

 

Eu vou ser só um pouquinho mau. Saí de onde estava escondido e pigarreei, fazendo-a se engasgar e se virar para mim assustada.

 

-O que você está fazendo aqui sozinha? - perguntei cruzando os braços sério e ela começou a gaguejar.

 

-M-Me d-desculpe por comer sem pedir. - gaguejou e eu me aproximei dela, pegando a caixinha da sua mão.

 

-Como pode comer isso? - perguntei a encarando frio.

 

-Desculpe. - murmurou abaixando a cabeça. - Ei. - chamei e ela permaneceu com a cabeça baixa. - Olhe para mim. - pedi e assim ela fez. - Por que não me chamou? Eu teria cozinhado pra você. - falei e ela pareceu ficar um pouco mais calma.

 

-Não precisava. Obrigada. - falou passando por mim, sorri disfarçadamente e me virei para encará-la.

 

-Ei! - chamei e ela se virou, apontei para as cascas da tangerina em cima da mesa. - Não vai limpar? - perguntei. Ok, eu gostava de mexer com ela. - ela assentiu e voltou para limpar a mesa, enquanto ela o fazia, fiquei a encarando. - Qual o seu nome? - eu já sabia o nome dela, eu só queria que ela me desse a permissão para chamá-la pelo nome.

 

-Huh? - me encarou confusa.

 

-Do que as outras pessoas te chamam? - perguntei e ela ficou me encarando por longos segundos.

 

-Esqueci de te dizer mais cedo. Obrigada por me deixar ficar. - falou, ela não ia mesmo deixar eu chamá-la pelo nome?

 

-É um nome longo. - repliquei divertido e ela abaixou a cabeça. Não queria me dizer mesmo. - Não precisa agradecer. Isto não é um favor. É compensação. É pela farinha de feijão. Você disse que era da sua irmã. - falei e ela voltou a me encarar. Eu respirei fundo e me virei para sair da cozinha.

 

[...]

 

 

LUCAS

-Logo que o Hotel Zeus ligou eu reservei o seu voo para os EUA. Se você ainda não reservou o hotel... - interrompi o braço direito do meu pai.

 

-Hospede-se no deles? - perguntei o encarando enquanto andávamos em direção ao meu escritório.

 

-Sim. - respondeu. O braço direito do meu pai pode ser fiel a ele, mas ele é o único em quem eu posso confiar de verdade.

 

-Ele já está agindo como se fosse um acionista só porque está comprometido com a Arabella da RS international. - falei continuando o meu caminho, mas o braço direito do meu pai, parou de andar na mesma hora, confuso, parei de andar e o encarei. - Algum problema?

 

-Nada. Eu polidamente recusei a oferta deles. - respondeu voltando a andar e eu o acompanhei. Ele me entregou um livro de capa grossa fino e eu o peguei. - Essa é a lista de convidados para a próxima festa de família. Há 51 convidados no total. Todos eles vão levar as família deles. - falou e eu assenti.

 

-Só tem uma cópia?

 

-Não, eu enviei um cópia via e-mail para você. E... eu já avisei ao presidente sobre a sua viagem. - falou e eu arqueei as sobrancelhas.

 

-Porque você pensou que eu não conseguiria fazer isso sozinho? - perguntei o encarando frio. - Será que preciso perguntar pra quem está trabalhando agora? - perguntei. - É para mim ou o meu pai?

 

-Eu estou sempre trabalhando para o Grupo On Beat. - respondeu calmamente.

 

-Estou vendo. - repliquei e ele riu fraco.

 

-Você parece um namorado irritado com a namorada que o traiu.

 

-Você está errado. Eu estava sugerindo que você deve trair porque você parece fiel demais. Ou talvez você só tenha que se aposentar, juntamente com o presidente. - rebati e ele respirou fundo.

 

-Alguma outra sugestão? - perguntou me desafiando.

 

-Nada assusta você. Outro erro que o meu pai cometeu. - falei me virando para sair dali.

 

 

[...]

 

 

                                                          Argentina

 

CARLOS VARGAS

-Agora eu percebo que a saúde é o mais importante. - falei colocando a xícara de chá em cima da mesa de centro do meu escritório. - Cuide para não ficar doente, coma mais coisas saudáveis. - falei para a primeira madame, a mulher que não aceitava o divórcio.

 

-Não aja gentilmente. Isso não vai fazer eu te dar o divórcio. - falou calmamente sem me encarar e eu ri fraco.

 

-Eu nunca pedi que me desse. Foi você quem deixou a mãe de León entrar. - repliquei e ela respirou fundo.

 

-O que eu mais poderia fazer? Você continuava a encontrá-la em público, eu preferir tornar isso privado. - respondeu agora me encarando.

 

-Eu sei. É tudo culpa minha. - falei irônico e ela não deu atenção.

 

-Contanto que você saiba. Mas eu nunca vou me divorciar de você. É por isso que eu deixei ela entrar. Para prendê-la no meu território, para que ela nunca mais pudesse fazer nada. - rebateu desviando seu olhar e eu ri fraco.

 

-As pessoas normalmente amolecem à medida que envelhecem. Mas você nunca mudou.

 

-Talvez seja porque eu não tenho um filho. - replicou ainda mantendo a calma.

 

 

[...]

 

 

MADAME HAN

-O que eles estão dizendo? - perguntei a mim mesma enquanto escorava o meu ouvido contra a porta para tentar escutar a conversa entre o presidente e a primeira madame. Só que nada eu escutava, foi quando eu escutei passos vindo na minha direção e eu me afastei da porta, dando para ver o filho mais velho do presidente, a quem eu devo chamar senhor Vargas.

 

-Eles não mencionaram você. Estão apenas me insultando. - falei sorrindo nervosa diante daquele olhar frio, ele não falou nada, apenas se aproximou da porta prestes a bater, mas eu bati por ele. - Lucas está aqui. - falei e ele respirou fundo. - Entre, sua "mãe" está aqui. - falei sem mencionar os aspas. Me virei para ir embora, mas parei ao ouvir sua voz.

 

-Não tenho mãe nesta casa. - eu me virei para ele e vi que ele estava prestes a entrar.

 

-Chame-a de babá então. Ela te criou. - falei e ele me encarou sem humor.

 

-Você vai escutar?

 

-Estou indo embora. Esta babá... - apontei para mim mesma. - ... está saindo também. - falei saindo dali.

 

[...]

 

 

LUCAS

Assim que entrei no escritório do meu pai, vi a sua segunda esposa sentada diante dele, bem que a mãe do León disse que ela estava aqui. Me aproximei e me sentei em um dos sofás próximo deles. Ficamos um bom tempo em silêncio, até a segunda esposa do meu pai falar.

 

-Há quanto tempo. - falou me encarando.

 

-Olá. - falei e ela fechou a cara.

 

-Você nunca me cumprimenta primeiro. Eu te criei por 10 anos até que foi pros EUA. Eu posso não ter te amado, mas ainda assim fiz o meu melhor. Não me trate como uma madrasta má. - reclamou e eu permaneci sem humor.

 

-Lamento decepcioná-la, depois de 10 anos de seus esforços. - falei cínico e ela arregalou os olhos.

 

-Você está... - meu pai a interrompeu.

 

-Pare! Os dois.

 

-Estou indo. - falou ela se levantando e pegando sua bolsa, antes de sair daquele escritório.

 

-Soube que vai viajar para os EUA. - falou e eu respirei fundo, assentindo, logo em seguida. - Americanos gostam de manter as reuniões de negócios pessoais. Para eles, a família vem em primeiro lugar. Por isso, você deveria levar León junto também. - falou e eu arqueei uma das sobrancelhas.

 

-Eu irei... - ele me interrompeu.

 

-Me escute. Direi ao secretário Linch (seu braço direito). - falou e eu cerrei os punhos. Eu nunca fui próximo do León, nunca o considerei um irmão, ele sempre foi o favorito do meu pai e vai ser ele quem vai tirar todo o poder das minhas mãos.

 

-Isto é problema meu. Eu irei... - ele novamente me interrompeu.

 

-Eu só estou fazendo o meu trabalho. Esta empresa ainda não é sua. - falou e eu respirei fundo, tentando me controlar.

 

[...]

 

 

MADAME HAN

Arrastei a primeira madame pelos ombros até a sala de estar e assim que a soltei, ela me encarou furiosa, eu sabia que estava mexendo com fogo, mas eu iria aguentar as consequências.

 

-O que você está fazendo, eu disse que estou ocupada. - falou ríspida.

 

-Não vai demorar muito!

 

-Você sempre se esquece de usar títulos honoríficos. - reclamou e eu encarei o chão.

 

-Eu estava sendo breve por você, porque você está ocupada! - repliquei e ela se irritou.

 

-Mais uma vez!

 

-Ok, senhora. Soube que vai se encontrar com a família da Lara. Eles querem se encontrar com você? Por quê? - perguntei curiosa e ela me encarou com desprezo.

 

-Por que se importa? Por acaso você vai? - perguntou e eu suspirei cansada.

 

-Estou perguntando porque não posso ir. Eu devia saber sou sua parente. - repliquei e ela se irritou de vez.

 

-Parente o caramba! Você esqueceu que o León era o meu filho? - rebateu e uma pontada atingiu o meu coração, eu não podia chamar o meu filho de filho?

 

-Pare de ser tão sedenta por poder. Você vai se arrepender disso mais tarde. - alertei e ela riu fraco.

 

-Me arrepender?

 

-León não vai ficar muito feliz ao descobrir que sua mãe foi maltratada assim. - falei e ela arregalou os olhos.

 

-Você está me ameaçando? - perguntou incrédula.

 

-Talvez. - respondi simples.

 

-Que tanta asneira.

 

-O quê? - perguntei confusa.

 

-Você realmente acha que é a dona da casa, só porque ele te chamam de Madame Han? Enquanto eu viver, você nunca será a esposa dele. Eu nunca irei permitir. Entendeu? - e com essas palavras ela foi embora, me deixando com a dor cravada no meu peito.

 

[...]

 

 

LEÓN

A bolsa de outra pessoa. A casa de outra pessoa. O marido de outra pessoa. Ela é infeliz, porque por toda a sua vida, ela quis a vida de outra pessoa. Ela é minha...

 

Parei de escrever ao escutar o meu celular tocar, quando eu peguei o mesmo, a ligação foi encerrada, quem havia ligado, foi a minha mãe. Respirei fundo e me deitei na minha cama.

 

[...]

 

 

VIOLETTA

-Mãe? Sou eu. - falei e escutei um batida de dedo no celular, esse era o único jeito de nos comunicarmos por telefone. - Você ficou preocupada porque eu liguei tão tarde? - perguntei. Tenho muito que agradecer ao León por tudo que ele estava fazendo por mim. Escutei uma leve batida no telefone, aquilo significava sim, uma vez sim, duas vezes não. - Me desculpe. Eu não pude ligar, porque estava totalmente perdida nos EUA. Eles só falam inglês aqui. A Vitória está... - não posso contar para ela desse jeito. Como ela reagiria? - ... ela está bem alta. E também está bronzeada. Você sabe, o sol da Califórnia. É tipo como estar em uma sauna seca. Estou na casa dela agora. É uma casa com um grande gramado, sem ser cercada. A casa dela é assim. - escutei uma leve batida e sorri tentando afastar as lágrimas. - Portanto, não se preocupe comigo. Coma e durma bem. Ok? - respirei fundo. - Tenho que ir. Ligarei de novo! - falei e desliguei o telefone.

 

[...]

 

 

LEÓN

Entrei na cozinha e comecei a preparar um sanduiche natural para a morena que não me deixa chamá-la pelo nome, ela devia ainda estar com fome e eu não a deixaria nesse estado. Assim que fiz o sanduiche, fui até o quarto dela, estava prestes a abrir a porta, quando a escutei falando com alguém pelo telefone, era a sua mãe, escutei toda a conversa e respirei fundo, ela não ia mesmo contar para a mãe sobre a irmã?

 

Escutei seus soluços e me senti mal, bati na porta e abri a mesma, ela devia ser bem rápida pois já tinha enxugado as lágrimas e estava de pé, de frente para mim.

 

-Que foi? - perguntou parecendo assustada. Eu ergui o prato para ela e a vi surpresa.

 

-Pegue. 

 

-Obrigada. - falou pegando o prato.

 

-Não me agradeça. Isso é bom para os rins. - mexi com ela e ela fechou a cara.

 

-Pare! - reclamou e eu cruzei os braços.

 

-Você é uma boa mentirosa. - falei e ela encarou o prato.

 

-Eu não sou... - ela me encarou com os olhos arregalados. - Você estava ouvindo? Por que estava bisbilhotando? - perguntou exasperada.

 

-Eu não estou acostumado a ouvir a voz de uma garota em minha casa. - falei e ela pegou algo que estava em cima da cama e me deu. - Por que me deu isso? - perguntei confuso.

 

-É para pagar o aluguel do meu tempo aqui. Eu pretendia colocar no meu quarto nos EUA, mas vou dar para você. - respondeu e eu encarei o objeto em minhas mãos.

 

-O que é isso? - perguntei encantado pelo simples objeto. 

 

-Um apanhador de sonhos. Ele filtra os pesadelos. Apenas belos sonhos passam por ele. - falou e eu resolvi brincar com ela.

 

-E quanto a belas garotas? - perguntei e ela fechou a cara.

 

-Esqueça, me devolva. - falou tentando pegar da minha mão, mas eu não deixei.

 

-Você deveria descansar. E coma isso. É bom para os rins... 

 

-Eu disse para parar! - replicou e eu ri fraco, saindo do quarto logo em seguida.

 

[...]

 

 

Assim que saí do quarto em que ela estava, eu encarei o apanhador de sonhos e sorri, fui até a porta dos fundos da minha casa e pendurei acima da porta dupla de vidro, fiquei encarando aquele belo objeto por um tempo e comecei a andar por aquela área, que dava uma grande visão do quarto da morena, já que a parede também era de vidro. Por que o meu pai cismou com paredes de vidro?

 

Fiquei observando cada movimento dela dentro do quarto, até que ela pega uma liga e amarra o cabelo em um coque. Vi quando ela pôs as mãos na barra da camisa e começou a tirá-la. Eu não devia estar aqui, vendo ela, mas era tentação demais. Ela já havia tirado a camisa e estava prestes a tirar a calça jeans, foi quando resolvi entrar, ela provavelmente me mataria se descobrisse, assim que passei pela porta, senti as penas do apanhador de sonhos baterem na minha cabeça.

 

[...]

 

 

 


Notas Finais


E então? Gostaram?
Espero muito que sim.
Até o próximo capítulo!


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