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História Heartstrings - Capítulo 6


Escrita por: hazelZz

Notas do Autor


Hey, gente linda!
Amei os comentários no capítulo anterior, sério, amo vocês <3
Quero dar as boas-vindas à minha mais nova leitora, a Manupetsold1, obrigada por comentar e favoritar a fic. Seja bem-vinda ao meu pequeno mundo, linda!
Espero muito que gostem do capítulo!

Capítulo 7 - Capítulo 6


 

LARA

Bufei irritada após ligar para o León 5 vezes e ele não atender nenhuma delas, joguei o celular no sofá e amarrei meus cabelos em um coque, eu queria saber o motivo para ele estar me evitando essas últimas semanas. Escutei o meu celular tocar e peguei o mesmo na esperança de ser o León, mas não era. Era a minha mãe. Revirei os olhos e atendi.

 

-Sim, o que foi? - perguntei me sentando no sofá.

 

-Você está com o León? - escutei ela perguntar.

 

-Agora eu não posso. Ele está na escola.

 

-Oh sim. O que ele disse? - perguntou e eu respirei fundo.

 

-Sobre o quê?

 

-Você não disse a ele? Sobre o meu casamento! - a palavra casamento me dava raiva, vindo da boca da minha mãe, pelo menos.

 

-Como se isso fosse algo para se gabar.

 

-Mas ainda sim deve contar a ele. Tomás e León são melhores amigos! - é! Só que eles deixaram de ser melhores amigos no século passado!

 

-Eles não são mais amigos. Eu vou desligar. - encerrei a ligação e suspirei.

 

 

[...]

 

 

TOMÁS

Parei a moto na frente do Hotel Zeus, o hotel do meu pai, e dois dos manobristas veio até mim, um pegou o meu capacete e o outro a chave da minha moto. Como sempre, eu estava ali para trabalhar na cozinha. Sim, o herdeiro de um dos homens mais ricos da Argentina trabalha na cozinha do seu futuro hotel lavando pratos. Meu pai fala que é para eu aprender as qualidades e os defeitos dos trabalhadores ao redor, mas eu tenho plena certeza que é para me humilhar, para dizer que eu vou sempre estar abaixo dele, que eu sempre vou perder pra ele.

 

[....]

 

-O filho do presidente? - escutei uma das cozinheiras perguntar para outra, enquanto me observavam lavar os pratos e eu fingia não escutar nada do que elas falavam.

 

-Sim. Ele vem trabalhando aqui todos os verões desde quando estava no 8º ano do ensino fundamental. É como um treinamento para o herdeiro do hotel. - respondeu e eu respirei fundo. Treinamento? Pode acreditar que é isso, viva a minha vida e você vai ver o inferno.

 

-E ele faz isso? Para um garoto rico, ele é gentil. - falou a primeira cozinheira.

 

-Gentil? Uma ova! - respondeu a outra e eu ri fraco, elas perceberam e voltaram pro trabalho. Foi quando o gerente do hotel apareceu.

 

-Tomás? Eu pensei que havia dito para aquecer os pratos depois de lavá-los. - falou e eu revirei os olhos. - Gostaria que sua refeição chegasse fria antes mesmo que pudesse comê-la? - perguntou e eu respirei fundo continuando a lavar os pratos. - Além disso, quando você entrar na cozinha, a sua roupa deve ser... - soltei o prato na pia furioso e todos na cozinha nos encararam.

 

-Pareço que estou de bom humor? - perguntei sem o encarar e ele riu fraco.

 

-Então eu terei que te suspender por negligenciar suas responsabilidades? Se você continuar fazendo isso... - eu o interrompi.

 

-Conte a ela. Diga para o meu pai. - o encarei. - Esse é o seu trabalho. Não negligencie. Quando eu assumir esta hotel daqui a uns 10 anos você precisará dessa experiência em seu currículo para um novo emprego. - ameacei e um garçom apareceu ao lado do gerente.

 

-O procurador-geral acabou de ir para o quarto dele. - falou o garçom e eu tirei o avental que estava usando.

 

-Parece que apareceu uma responsabilidade mais adequada. - falei jogando o avental para ele, saindo daquela cozinha logo em seguida.

 

[...]

 

 

ALEX

Tudo que eu conseguia ouvir era o som da voz distante do meu pai conversando com o meu avô e os meus tios, era para ser um jantar em família, mas virou um jantar de exibição para o meu pai, que queria me exibir. Alex Blanche, Herdeiro rico de origem francesa assume negócios do pai e se torna o terceiro melhor advogado da Argentina perdendo apenas para os seus pais. - era isso que ele queria ler nos jornais quando eu me formasse em direito (contra a minha vontade, devo acrescentar). Meu avô é Juiz, considerado um dos melhores; Meus dois tios são advogados; Meus pais também são advogados, eles são os melhores advogados da Argentina. Quase toda a minha família por parte de pai estudou direito e tem algum sucesso na vida. Por parte de mãe, só a minha mãe e a irmã dela que estudaram direito.

 

-O exame do Alex já está chegando, certo? - perguntou meu avô enquanto eu bebia um pouco de água, o remédio que eu havia tomado já estava fazendo efeito.

 

-Estou estudando como sempre faço. - falei tornando a beber mais um pouco de água.

 

-Nossa preocupação é só em elevar a classificação nacional dele. Não temos nenhum outro problema, pai. - falou o meu pai para o meu avô e eu senti a vontade de vomitar crescer.

 

-Bom! Só os fracassados culpam a hora e a data. - falou um dos meus tios e eu forcei um sorriso.

 

-Sim, senhor. - falei e mordi o lábio inferior.

 

-Teria sido melhor se você pudesse te ido para a mesma escola. - falou o meu avô, se referindo a escola que o meu irmão frequentou.

 

-Atualmente a escola On Beat é a melhor. - falou o meu tio. - Não é como a época do irmão dele. - completou.

 

-Eu sei que é diferente. Argentina é feita de linhagem. A Escola On Beat pode ser prestigiada. Mas a sua história é muito curta para produzir os líderes deste país. - replicou o meu avô e eu respirei fundo, bebendo mais um pouco de água.

 

-Então Alex pode se tornar a lenda da Escola On Beat. - retrucou o meu tio e o meu pai me encarou.

 

-Ouviu seu tio? - perguntou e eu mostrei um sorriso falso.

 

-Sim, senhor. - foi quando o Tomás entrou na área reservada para o nosso jantar.

 

-Tomás! - exclamou o meu pai e Tomás fez um breve aceno com a cabeça.

 

-Procurador-geral! Procurador-distrital! É uma honra recebe-los aqui. - falou em uma atuação com direito a um Oscar. -  Diretor! Promotor! Eu já ouvi muito sobre vocês.

 

-Ele é o filho do presidente do Hotel Zeus, pai. - apresentou o Tomás ao meu avô. - Ele é um ano mais novo que o Alex. - peguei o copo de água e virei todo o líquido de uma vez na boca. Tomás sorriu discretamente, pegou a jarra de água e veio até mim.

 

-Gostaram da refeição? - perguntou com um sorriso falso no rosto.

 

-Ouvi dizer que o chefe mudou. Ficou ainda melhor. - respondeu o meu tio e Tomás encheu o meu copo até a borda.

 

-Parece com sede. - após essas palavras, ele foi embora.

 

 

[...]

 

 

Assim que o Tomás saiu daqui, eu me levantei e pedi licença, acabei o seguindo até o quarto que ele tinha no hotel do pai dele. Apertei a campainha e depois de alguns segundos, ele abriu a porta.

 

-Me deixe usar o banheiro. - pedi e ele me encarou com uma das sobrancelhas arqueadas.

 

-Entra. - falou dando espaço para eu entrar, ele fechou a porta e apontou a direção do banheiro. Eu entrei no banheiro e tranquei a porta, foi quando eu senti a bile, corri até o bidê embutido e botei para fora tudo o que eu havia comido, ou seja, quase nada, o que me fez ficar um pouco tonto e fraco. Apertei a descarga e me levantei, indo em direção a pia de mármore, liguei a torneira e lavei a boca. Eu estava péssimo e tudo só ia piorar.

 

Respirei fundo e saí do banheiro, estava prestes a sair do quarto dele quando o ouvi dizer:

 

-A comida não fez bem para você?

 

-Obrigado. - agradeci sem encará-lo, voltei a andar, mas ele novamente falou comigo.

 

-Há um banheiro no térreo. - falou e eu me virei para encará-lo.

 

-Eu não queria encontrar com o meu pai, enquanto vomitava. - falei e ele se virou para mim com um sorriso sacana.

 

-E não tem problema em me encontrar? - perguntou e eu sorri fraco.

 

-Você procura por mim quando não deveria com muito mais frequência. - falei e ele riu fraco.

 

-Sua voz soa bem quando está ameaçando.

 

-É ainda melhor quando eu xingo. Você quer ouvir? - repliquei e ele balançou a mão em pouco caso.

 

-Não, obrigado. Você quer fumar? - perguntou e eu vi que ele procurava algo nos bolsos da jaqueta.

 

-Eu não faço nada que é prejudicial à minha saúde. Tchau. - falei saindo dali.

 

 

[...]

 

 

 

LEÓN

Encarei a tela do meu celular e vi várias ligações perdidas da Lara. Respirei fundo e guardei o celular no bolso. Eu não tenho nada contra a Lara, o nosso noivado foi arranjado, mas sempre tivemos uma grande amizade, só que... agora, ela estava diferente, um pouco controladora demais, me ligava a cada 10 segundos, era irritante.

 

Depois que eu a morena (vou chamá-la assim até ela me deixar usar o seu nome) conseguimos nos afastar daqueles homens, nós resolvemos andar um pouco pela praça. Eu estava cansado, por isso pedi que ela comprasse água para nós e dei para ela 5 dólares. Ela foi, obediente e quase saltitante... ok, isso não foi verdade, passei quase 1 hora tentando convencê-la e só consegui depois que disse que seria bom para ela treinar o inglês dela.

 

-Aqui! Para você. - falou me entregando a água e o troco.

 

-Por que demorou tanto? Foi fabricar a água? - resolvi mexer com ela e ela fechou a cara.

 

-Queria dar um tempo para você retornar as suas ligações. Vendeu a maconha? - perguntou e eu pude sentir um toque de ironia no seu tom de voz, pigarreei e abri a garrafinha d'água. - Tenho que tomar um americano pelo menos uma vez nos EUA. - murmurou e eu a encarei. - Senão terei que ir embora só com más recordações. - falou e eu deixei de lado a minha água.

 

-Tem certeza que só tem más recordações? - perguntei com as sobrancelhas arqueadas e ela pareceu pensar.

 

-Pensando bem... - esperei que ela falasse de mim e como esperei. - Há quanto tempo tem ficado nos EUA? - perguntou e eu fechei a cara.

 

-O que você estava pensando? - perguntei ignorando a pergunta dela, ela também fechou a cara e desviou o olhar.

 

-Por que não pude pensar nisso?

 

-Não é isso! - franzi o cenho e segui o seu olhar até um grupo de garotas. - Você as conhece? - perguntei curioso.

 

-Não as conheço. - respondeu e logo me encarou. - Posso pegar o seu celular? Já sei como voltar para casa. - falou e eu engoli em seco.

 

-Casa? Argentina? - perguntei e ela assentiu. Peguei o meu celular hesitante de, da mesma forma, o pus em suas mãos.

 

-Obrigada. - agradeceu e começou a digitar algo. - Você pode me mostrar quando alguém responder essa mensagem? - perguntou ainda digitando.

 

-O que está fazendo? - perguntei me aproximando para olhar. Ela estava no facebook. Tinha o nome de um cara, um tal de Federico. Bateu uma pontinha de ciúmes eu devo admitir.

 

-Quem é esse? Seu namorado? - perguntei bebendo um pouco de água.

 

-Um amigo de infância. - respondeu e um alívio instantâneo percorreu pelo meu corpo.

 

-Ligue para ele! Quando é que ele vai responder essa mensagem? - perguntei e ela me encarou.

 

-Ele tem um número novo e não deu tempo de eu decorá-lo. - respondeu continuando a digitar. - Ele disse que estava indo para algum lugar. Eu não sei se ele está na Argentina.

 

-Você não sabe onde este idiota está e está pedindo ajuda para ele? - perguntei e ela me lançou um olhar desaprovador.

 

-Ele está no meu coração! - e me devolveu o celular. - Não trate ele assim! - reclamou e eu ri indignado.

 

-Bem, me desculpe.

 

-Eu o respeito como um amigo.

 

-Ele salvou o mundo ou criou o alfabeto? Respeita como amigo? - perguntei indignado e ela cruzou os braços. - E se ele não responder a mensagem?

 

-Ele vai responder. - falou convicta e eu me virei saindo de perto dela. - Onde você vai? - escutei ela exclamar e eu continuei andando com ela no meu encalço.

 

 

[...]

 

 

-Você ainda não recebeu nenhuma mensagem? - escutei ela perguntar pela milésima vez desde que entramos no táxi e eu revirei os olhos. Eu peguei meu celular e mostrei para ela.

 

-Nada! - falei guardando o celular. - Tem certeza que são próximos?

 

-Passei metade da minha vida com ele. - falou e aquele incomodo voltou.

 

-Vocês estão namorando?

 

-Não.

 

-Já namoraram?

 

-Por que quer desenterrar o meu passado? - perguntou suspirando. - Você pode verificar com frequência e me dizer quando ele responder? Ele é a minha única esperança.

 

E EU? - queria gritar, mas me controlei.

 

-Por favor. - falou com a voz baixa, fofa e manhosa. Aquilo era pecar contra a  minha pessoa.

 

[...]

 

 

Assim que o táxi estacionou na frente da minha casa, eu peguei as chaves e dei para ela que ficou confusa.

 

-Você está indo para algum lugar? - perguntou curiosa.

 

-Deixei o meu carro porque estávamos fugindo. Eu tenho que ir buscá-lo. - falei e ela assentiu. - Não vou demorar. - falei com um sorriso simples no rosto e ela saiu do táxi.

 

[...]

 

 

O táxi já estava na metade do caminho, eu já estava quase perto de onde eu havia estacionado o meu carro, foi quando eu lembrei das palavras da morena e resolvi checar mais uma vez se aquele idiota já havia respondido. Foi aí que a curiosidade bateu e eu fiquei olhando o seu face.

 

Eu vi a foto dela, ela estava feliz, nem parecia ter tantos problemas. Abaixo da sua foto o seu nome.

 

-Violetta Saramego Castillo. - murmurei para que só eu pudesse ouvir. Abri suas mensagens e vi a recente enviada por ela para o tal de Federico.

 

"Sei que isso é difícil de acreditar, mas estou nos EUA e estou em apuros. Eu preciso da sua ajuda. Me responda o mais rápido possível." - revirei os olhos. Em apuros? E eu não a ajudei esse tempo todo?

 

Fechei as mensagens e fui ver as publicações, a primeira que eu vi, dizia:

 

"Um trabalho de escritório por 2 milhões de pesos por mês. Eu gosto muito disso também."

 

-Como assim?

 

 

[...]

 

 

Mesmo saindo do táxi, eu continuei a olhar suas publicações, eu ficava cada vez mais curioso para ver mais e mais.

 

"Espero que Freddy e Jason se reconciliem." - li aquela publicação que tinha a foto de dois personagens de filme de terror.

 

Cheguei no meu carro, destravei o mesmo e o abri, sentando no lado do motorista logo em seguida, mas ainda sem tirar os olhos do celular.

 

"Eu odeio ir trabalhar. Eu preferiria assistir 'O massacre da serra elétrica' em um dia chuvoso como este." - ri fraco.

 

-Que péssimo gosto para filmes. - murmurei e vi a publicação seguinte.

 

"Pessoal! Estou trabalhando novamente." - e logo abaixo uma foto dela sorrindo triste.

 

-Ela está sempre trabalhando? - me perguntei e procurei uma outra publicação, dessa vez era a foto do tal Federico.

 

"Nº 1 na minha lista negra."

 

-É você. - murmurei e fui ler os comentários.

 

Federico: O cliente da lista negra é gostoso.

 

-Gostoso? - perguntei rindo irônico. - Enlouqueceu?

 

Violetta: Cai fora.

 

-Exatamente! - exclamei com um enorme sorriso no rosto.

 

Federico: Bom trabalho hoje! Força Violetta! Estou caindo fora.

 

Revirei os olhos e bufei, eu não acredito nesse cara!

 

-Sim, eles não são apenas amigos. - murmurei encarando a tela do celular, senti aquele mesmo incomodo e eu procurei outra publicação, uma que me deixou alerta.

 

"Eu odeio a vida difícil que a minha mãe leva. Espero que o Grupo On Beat entre em falência."

 

A mãe dela trabalhava para a minha família? Ela odeia o Grupo On Beat, então ela... ela me odeia.

 

 

[...]

 

 


Notas Finais


E então?
A Violetta não sabe quem o León é de verdade, mas León já sabe que se ela descobrir vai odiá-lo. Como essa história vai ficar hein?
Será que o Federico vai responder a mensagem? E será que a relação entre ele e o León vai ser tensa?
E a Lara, quando será que vai descobrir que tem uma garota na casa de seu noivo? O que ela fará quando descobrir?
Qual é a finalidade do Tomás nessa fic?
Quando será que eles vão voltar para Baires?
Será que as coisas serão fáceis por lá?
E a irmã da Violetta?
As respostas virão com o decorrer da fic.
Espero que tenham gostado, beijos e até o próximo capítulo!


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