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História Heat - Chapter 2: I'm doing it!


Escrita por: alexturner

Notas do Autor


oiiii mais uma vez pra mais um capítulo hehhee
como estão?
desculpem qualquer erro ):

Capítulo 2 - Chapter 2: I'm doing it!


Uma semana após ter tido conhecimento da proposta maluca e fora de cogitação de seu melhor amigo, Jungkook estava cogitando aceita-la. Engraçado, não?

Ele estava sentindo-se meio idiota, mais que o normal, por estar mesmo avaliando e gostando daquela ideia. Perder a virgindade era algo que queria a bastante tempo, além de que, Jungkook meio que ficou fissurado por Taehyung. Talvez ele tenha assistido alguns outros filmes no quais o ator fora escalado e procurado algumas informações sobre esse. Ele não sabia bem o porquê, mas Taehyung chamara mais sua atenção do que os outros caras. Essa realização fez Jungkook pensar bastante em tudo.

Era uma boa oportunidade, como Jimin lhe dissera, Taehyung era confiável, limpo e o mais importante, tinha feito Jungkook ficar excitado e de acordo com seu melhor amigo, não havia sinal mais óbvio que sentir tesão. Então, Jungkook já havia andado meio caminho sem ter percebido. A vontade de tentar, de ter aquela experiência com o ator pornô bonito, que estava sentindo uma espécie de atração platônica, havia desabrochado e não tinha mais escapatória.

Na verdade tinha, mas Jungkook tinha que ser sincero e assumir que não queria fugir, mesmo que estivesse tremendo de medo e apreensão, ele ainda queria aquilo.

— Ele vai estar na festa de domingo, você vai certo? — Jimin perguntou, mordendo o lanche e olhando para um Jungkook com cara de sono.

— Não — negou prontamente. Ele estava ponderando aceitar a proposta, não sentia-se seguro para enfrentar Taehyung cara a cara.

— Você vai e ponto final — afirmou sem deixar espaço para contradições e lançando um olhar irritado para o mais novo que queria negar e fazer manha.

— Eu não estou pronto ainda — confessou, levando a unha a boca e começando a roer em um sinal claro se nervosismo.

O que iria falar para Taehyung? Eles iriam transar logo quando se conhecessem? E se o cara fosse um completo idiota e toda a atração desenvolvida por Jungkook, após assistir os filmes pornôs protagonizados por ele, simplesmente fosse embora? E se Jungkook não quisesse mais perder a virgindade daquele jeito? E se o arrependimento batesse na porta na manhã seguinte?
Tantos "e se" e Jungkook sentia que iria vomitar a qualquer momento. Ele era patético.

— Vocês só vão se conhecer. Aproveita pra tirar algumas conclusões, alimentar as fantasias e o desejo. Vai que uma tensão é despertada e tudo fica mais gostoso? — propôs com um sorriso complacente no rosto. Apesar de querer que Jungkook perdesse a virgindade, ele não queria que fosse de um jeito para deixa-lo traumatizado.

Jungkook ponderou as palavras, sentindo-se ficar mais calmo ao perceber que Jimin tinha razão e ele que estava perdendo o controle por nada, tudo culpa de sua ansiedade exacerbada. Ele poderia avaliar o terreno, tomar as conclusões se iria ou não aceitar ter uma noite de sexo com Taehyung. Se ele fosse um completo idiota, era só dizer adeus a chance da sua vida de ficar com um cara maravilhoso. E se tudo conspirasse para seu bem, ele faria o que queria e ao mesmo tempo temia.

— Só conhecer, certo?

— Eu quero isso, talvez mais que você, mas não vou te deixar fazer isso com tantas inseguranças. Quero que tenha cem porcento de certeza — explicou. Jungkook abriu um sorriso sincero, se sentindo menos pressionado e mais aliviado por saber que Jimin não lhe deixaria cair nas garras de alguém indecente.

Ele parou por alguns minutos, pensando com calma nas opções e levantando os prós e contras de cada uma. No fundo ele queria tentar, mas o medo de fazer besteira estava tomando conta e prevalecendo. Tudo que Jungkook queria era ser mais como Jimin que não tinha medo em correr atrás do que queria.

— E se eu fizer besteira? — indagou, corando ao pensar nas trapalhadas que poderiam vir acontecer por culpa sua. O pensamento fazia a sua barriga doer em aflição.

— Jeon, não é você que vai comandar. Você não precisa saber muito, apenas relaxar e se deixar ser guiado por quem entende. Eu já disse que o Taehyung é de confiança e posso garantir que sabe o que fazer — suspirou, parando para ler a expressão de Jungkook — Se você aceitar, te garanto que vai estar em boas mãos.

Jungkook engoliu à seco, a sua cabeça de adolescente na puberdade imediatamente plantando diversas possibilidades do que poderia acontecer, do que Taehyung poderia fazer consigo. Ele poderia ser virgem e tímido, mas não era inocente a ponto de ser um completo leigo. Ele não tinha experienciado nada manualmente, mas sabia a parte teórica muito bem.

— Tudo bem, eu vou nessa festa. Só para conhecer — deixou evidente, suspirando por estar se rendendo àquela ideia.

Ele havia passado a semana anterior inteira sem conseguir pensar em outra coisa, fez até uma planilha de levantamento para a loucura que estava mesmo quase aceitando.

 

___________

 

Domingo chegou num piscar de olhos, Jungkook sentia o estômago dar voltas a cada dia que passava e quando o bendito dia chegara, o dia da festa, ele estava avaliando jogar todo para o alto e ficar tomando sorvete e assistindo algum drama, ao invés de ir para a festa e conhecer Taehyung. No entanto, Jimin não deixou Jungkook fugir. Ele dormiu no sábado na casa do melhor amigo e passaram o domingo cuidando da beleza. Quanto mais o horário da festa aproximava, mais Jungkook sentia que iria morrer.

No final ele estava dentro do carro de Namjoon, a caminho da festa, vestindo uma calça preta, que ficava tão colada às suas coxas que era possível notar com clareza o quanto eram torneadas, também vestia uma blusa branca com estampas tropicais e um coturno nos pés. Jimin aparentava estar muito feliz pelo resultado final, cantarolando o quanto Jungkook estava gostoso com aquela roupa. Realmente, Jungkook estava se sentindo bem.

Um pensamento surgiu durante o caminho, esse qual Jungkook fizera questão de amassar e jogar fora, onde já se viu desejar que Taehyung também lhe achasse atraente.

— Está animado? — perguntou com entusiasmo e preocupação, tudo ao mesmo tempo. Jungkook não conseguiu responder, sentia as mãos suarem, o coração bater em descontrole, zunindo sangue para os seus ouvidos e a ansiedade tomando conta.

— Eu preciso beber um pouco pra conseguir ficar animado — riu sem humor, olhando de lado para Jimin e sentindo quando ele entrelaçou seus dedos e lhe sorriu com condescendência.

— Vai ficar tudo bem — assegurou. Jungkook abraçou aquelas palavras e as continuou repetindo no fundo da sua mente como uma reza, sentindo-se acalmar um pouco com o passar do tempo. Mas tudo voltou quando o carro parou em frente à um casarão bem iluminado, uma música animada reverberava naquela distância.

Eles entraram juntos na festa, sendo recebidos por aquele que apresentou-se como Min Yoongi. Jungkook o reconheceu como o amigo de Jimin que havia lhe apresentou Taehyung. Foi estranho para Jungkook quando Jimin lhe deu um selinho e Hoseok não fez nada além de beijar o pescoço do garoto branquelo.

— Vamos beber alguma coisa — Jungkook pediu à Jimin, ainda sentindo incomodado e fora de órbita no meio daquela festa com vários desconhecidos. Tudo bem, haviam algumas pessoas que Jungkook já fora apresentado mas ainda assim eram completos estranhos.

Jungkook precisava primeiramente de uma dose de tequila para se soltar. E fora isso que fizera, ele tomou todo o conteúdo no copinho, sentindo o gosto e ardência descendo pela sua garganta e depois deu uns leves tapinhas na bochecha, enquanto repetia a palavra "coragem" em sua mente diversas vezes. Jimin continuou ao seu lado durante um bom tempo, ficaram conversando e avaliando a festa, falaram com alguns estranhos e Jungkook fora apresentado a mais pessoas. Estava no quinto copo daquela bebida com conhaque, e alguma outra coisa que não sabia o nome mas que era saboroso. Sentia seus movimentos lentos e teve certeza que estava alto, mas não bêbado, só um pouco no brilho.

Jimin já havia sumido, provavelmente para algum lugar com Hoseok e Yoongi. Namjoon distanciou-se do grupo logo quando chegaram, havia falado anteriormente que estava interessado em um rapaz chamado Seokjin. Agora, Jungkook estava sozinho naquela festa, meio alto e olhando para todos os lados a procura de Taehyung.

Chegou um momento em que cansou de esperar, a bebida em sua mão já estava ficando quente e nada de encontrar Taehyung. Ele resolveu procurar pelo banheiro e saiu passando pelas pessoas e corpos dançantes até encontrar uma fila grande. Jungkook estava ficando deprimido, o álcool no sangue provocando ainda mais, não costumava ser o bêbado deprimido mas nas circunstâncias atuais era impossível não ser.

Ele estava tão decidido, pelo menos acreditava estar. Havia criado milhares de diálogos e de personalidades para Taehyung, afim de não surpreender-se tanto caso ele fosse um completo babaca ou o cara perfeito. Mas aonde ele estava afinal? Jungkook tinha perdido as esperanças de conhecer Taehyung e de tratar cada uma de suas curiosidades crescentes, contudo quando mais bebia e menos tinha ideia de onde estava o ator pornô, mas deprimido ficava, era um ciclo vicioso.

— Você deveria parar de beber — um desconhecido sussurrou contra seu ouvido e Jungkook bufou, ficando irritado pela fila não andar e ainda ter de aguentar um encosto — Jimin me pediu para cuidar de você.

Jungkook tencionou os as costas, os dedos pressionaram o copo plástico fazendo a bebida derramar em sua camisa e calça. Ele xingou mentalmente, tremendo de medo de encarar o dono da voz que tinha suas suspeitas de quem pertencia.

— Droga — reclamou, colocando o copo em qualquer coisa e tentando limpar a roupa molhada. Ele sentia o calor do corpo alheio, suas costas queimando por saber que estava sendo observado e sentia-se incapaz de respirar normalmente.

— Vem comigo — a voz masculina pediu, passando à frente de Jungkook que pôde encarar suas costas abrigadas pela jaqueta de couro preta, os ombros e sua altura. Não conseguia mexer as pernas, talvez pela apreensão ou por estar se sentindo meio perdido — Vamos — chamou mais uma vez, virando para encarar Jungkook, que continuava pregado no mesmo lugar. O adolescente quase desmaiou. A bebida deveria estar fazendo um grande efeito em sua visão porque não tinha condições de ser Taehyung à sua frente, muito mais bonito pessoalmente que por uma câmera.

Quando percebeu que Jungkook não moveria um passo, Taehyung agiu, meio incerto se deveria ou não puxar o adolescente pela mão, mas tomou cuidado para que não o machucasse enquanto levava-o escada a cima para o outro banheiro, onde os demais convidados não poderiam subir, mas aquela era a sua casa afinal.

— Pode usar esse banheiro — apontou para a porta, abrindo-a e acendendo a luz — Eu vou estar aqui quando sair.

Jungkook não disse nada, nem conseguia abrir a boca para responder. Ele entrou no banheiro, fechando a porta e trancando-a só por segurança e encarou o próprio reflexo no espelho. Não queria ir no banheiro de verdade, só não tinha o que fazer e ficar numa fila parecia um bom passatempo, ou talvez ele estivesse mais alto do que dizia estar. Demorou alguns segundos para Jungkook lavar o rosto e respirar umas dez vezes em contagem regressiva, lembrando a si mesmo que aquele homem lá fora era só mais um no meio de vários outros e não havia porque agir tão desesperado.

— Jungkook, você está bem? — Taehyung perguntou em um tom preocupado, do outro lado da porta, batendo levemente e tentando forçar a maçaneta para que fosse aberta. Jungkook só conseguiu fechar os olhos e apreciar como a voz de Taehyung ficava bonita quando chamava seu nome.

Ele nem sabia o que estava acontecendo consigo, resolveu culpar a bebida porque era a opção mais óbvia, nunca na terra enquanto sóbrio Jungkook teria um pensamento como aquele.

— Eu estou bem — sussurrou alto o suficiente para ser ouvido do outro lado e encostou a testa na porta, tentando acalmar a respiração e o rubor em suas bochechas tanto pelos pensamentos fora de hora que estava tendo e pela bebida. Quando a respiração normalizou, ele conseguiu abrir a porta e teve a visão de Taehyung recostado na parede com as mãos dentro dos bolsos da jaqueta de couro. Ele murchou em alívio ao encarar o adolescente surgindo na porta, a luz do banheiro iluminava aquela parte do corredor escuro.

— Jimin me mataria se algo te acontecesse - disse em um tom brincalhão, aproximando de Jungkook mas mantendo uma distância segura — Você deve estar confuso, sou Kim Taehyung amigo do Jimin.

— Jeon Jungkook — apresentou-se com a voz levemente trêmula, suas mãos foram para os bolsos traseiros na calça porque não sabia o que fazer com elas. Estava se sentindo meio idiota e tudo que falava parecia errado, como se estivesse deixando o clima estranho. Ele estava inseguro.

— É um prazer finalmente conhecê-lo, Jungkook — sorriu com simpatia, estendendo a mão para o adolescente que sentiu-se confuso. Coreanos não cumprimentavam com um aperto de mão. Taehyung por pouco a retirava, quando Jungkook lhe estendeu e teve as costas da mão beijada. O rubor em suas bochechas era possível de ser visto a quilômetros de distância. Queria poder esconder atrás de uma porta e bater a cabeça contra a madeira por ter ficado vermelho daquele jeito constrangedor e por ter gostado de sentir a maciez dos lábios de Taehyung contra sua pele.

Jungkook engoliu à seco, puxando na mão e desviando o olhar no mesmo momento. O local beijado formigava, assim como a boca do seu estômago e conseguir respirar era uma tarefa difícil.

— Tenho ouvido muito sobre você — disse, começando a andar e Jungkook não teve outra chance a não ser segui-lo. Não estavam voltando para o andar debaixo, o caminho para as escadas era o contrário. Os dedos de Jungkook contraíram uns nos outros e suas pernas tremeram. Para onde estavam indo? Será que Taehyung queria fazer naquele momento?

— O que exatamente? — conseguiu perguntar mesmo que trêmulo e incerto de suas palavras. Na sua cabeça tudo que vinha para ser dito era insuficiente e ele acreditava que Taehyung iria acha-lo infantil.

— Muitas coisas, mas somente coisas boas — acrescentou, olhando Jungkook por cima do ombro e mantendo o sorriso pequeno simpático no canto da boca. O corpo do adolescente parecia estar correspondendo muito precisamente a todas nas palavras e movimentos de Taehyung, seus olhos inspecionavam cada um de seus movimentos. Pôde notar a maneira como Taehyung andava, assemelhava-se a um felino, com extrema elegância e volúpia — Jimin também falou de mim?

— Sim — disse monossilábico. Era a única coisa que vinha em sua mente nublada.

— Me conte — pediu com certa animação, abrindo uma porta de correr e dando passagem para Jungkook primeiramente. Era uma varanda, privilegiada com um beleza visão da noite de Seul, iluminada em vários pontos das diversas cores. Uma vista de tirar o fôlego. Jungkook sentiu alívio ao ver que Taehyung não parecia querer apressar as coisas.

— Sua profissão... — disse, arregalando os olhos e tampando a boca pelo que havia dito. Ousou olhar para Taehyung só para vê-lo irritado ou algo do tipo, mas não havia nenhum resquício parecido em sua expressão, era apenas neutra — Me desculpe.

— Pelo? — perguntou com confusão, sentando em uma cadeira reclinável confortável e Jungkook fora fazer o mesmo, escolhendo a que estava em frente a de Taehyung. Parecia mais seguro e mais distante.

— Por ter mencionado seu trabalho — explicou, corando e olhando o céu. Não conseguia encarar Taehyung, além de seus olhos parecem querer lê-lo, a vergonha falava mais alto.

— Eu sou ator pornô não um assassino — riu da situação — Não precisa se preocupar.

Bem que Jungkook queria conseguir tal proeza, ele estava perdido em devaneios e em sensações estranhas que tomavam seu estômago e sua mente consecutivamente. A presença de Taehyung era diferente das demais e não era a mesma coisa de conversar com os outros caras nos quais Jungkook já se interessou, talvez por aquele à sua frente ser um candidato a tirar sua virgindade.

— Eu não estou num set de filmagens cheio de pessoas, então não pense na minha profissão quando está comigo. Sou apenas Taehyung, um amigo do seu amigo e apenas.

Poderia ser apenas isso se Jungkook não tivesse assistido os filmes, se não estivesse pensando muito seriamente e querendo aceitar a proposta de Jimin e simplesmente dar pra Taehyung. Poderia mas não era.

— Okay, me desculpe — pediu, novamente corando e odiando seu sangue por concentrar-se em suas bochechas daquele jeito constrangedor. Jungkook atreveu-se olhar para Taehyung e esse lhe encarava com curiosidade nos olhos — Algum problema?

— Não — respondeu com um minúsculo sorriso — Eu só estou tentando achar o que Jimin me contou sobre você.

Que sou um virgem e estranho?

— Não escute o que Jimin fala — pediu.

Jungkook não queria que tudo que Taehyung soubesse fosse a base do exagero de Jimin. Por mais que amasse seu melhor amigo, sabia o quanto ele tinha mania de aumentar ou fatos. Só de imaginar o que Taehyung estava pensando, quais eram as opiniões sobre ele, Jungkook sentia a garganta ficar seca e a vontade de sair correndo aumentar. Não tinha como ficar mais envergonhado. Ele iria falar com Jimin para nunca mais falar dele para algum amigo, seja lá quem fosse esse.

— Mas ele me disse coisas boas — afirmou, abrindo um sorriso retangular que fez o coração de Jungkook enviar sangue para suas orelhas e bochechas. O sorriso era lindo e encantador, tirava um pouco da aparência séria e impenetrável que Taehyung exalava quando não o tinha preso nos lábios. Jungkook gostou dos dois lados; o que parecia transbordar dominância e o que era agradável a ponto de fazê-lo relaxar minimamente na cadeira.

— Por exemplo? — perguntou cruzando as pernas, agarrando o tecido do estofado da cadeira no instante que Taehyung sentou-se no canto da mesma, ficando mais perto de Jungkook. Ver Taehyung assim de perto era fascinante, o brilho presente nos olhos do mais velho era selvagem e ele nem estava olhando para Jungkook com desejo, era apenas um olhar comum, contudo, era tão forte a intensidade que as orbes transpassavam. Deixava Jungkook desprotegido, mais do que já estava. Ninguém nunca o olhara tão diretamente nos olhos, não daquele jeito que Taehyung fazia, o deixava com o coração palpitando, estômago doendo em ansiedade e o calor queimando seu sangue da forma mais doentia possível. Era inebriante sentir aquela adrenalina.

— Que você é um dos melhores alunos da escola, pretende cursar Jornalismo na faculdade — ele coçou o queixo com os dedos, olhando para Jungkook de soslaio. O adolescente não conseguia despregar os olhos de Taehyung, somente aquele ato de levar os dedos ao queixo parecia gritar sensualidade — Que teve muitas experiências frustradas e vergonhosas — acrescentou. Ele não usava um tom jocoso, estava apenas comentando sobre, sem nenhuma intenção de humilhar Jungkook, mas esse sentia as bochechas ficando mais quentes por ter tido a certeza de que Taehyung sabia de suas presepadas.

— Oh, por favor... — choramingou, esfregando as têmporas e arquitetando um plano para fugir daquela situação sem ficar muito óbvio. Poderia fingir um desmaio? Taehyung riu com bom humor e Jungkook se sentiu mais idiota Definitivamente estava queimando seu filme com aquele homem lindo. No final da noite Taehyung só conseguiria olha-lo como uma criança, ou seja, nada de tensão sexual.

— Relaxe, Jungkook. Todos nós já tivemos nossa cota de momentos constrangedores, não tem porque ficar envergonhado — afirmou, continuando a manter o sorriso bem humorado no rosto. Ele estava achando Jungkook extremamente adorável e o rubor presente em suas bochechas o fazia subir vários degraus na escola da fofura.

— Duvido que já tenha passado por algo do tipo — disse com indignação de si mesmo, um bico chateado formando em seus lábios. Taehyung riu novamente, dessa vez uma gargalhada agradável de ouvir. Jungkook encarou o homem com olhos arregalados, meio embasbacado pelo som bonito da risada e querendo esconder o rosto por ter feito Taehyung rir da sua cara.

— Garoto, não duvide — disse risonho, levantando o olhar para prendê-los nos de Jungkook, dessa vez queria que o adolescente não desviasse, queria olha-lo nos olhos por tempo suficiente. Taehyung aproximou-se mais um pouquinho, abaixando a voz como se contasse um segredo e a realização daquilo fez Jungkook sorrir involuntariamente por Taehyung ser engraçado — Eu já tive a pior primeira vez de todas.

Jungkook mordeu o lábio inferior. Ter os olhos de Taehyung ligados ao seu daquela forma era surrealmente bom. Seu corpo respondia aquele olhar ao queimar intensamente, deixando o garoto com mais vergonha e excitação passando pelos poros. Ele nunca havia sentido atração física ou tensão sexual, mas sabia que entre ele e Taehyung era isso que estava sendo construído. Estava claro até para uma criança.

— Me conte — pediu com o tom baixo, tanto por Taehyung estar próximo e por vergonha. Jungkook não deveria ter ideia de como sua voz daquele tom arrastado e calmo ficava desejosa.

— Foi com um primo que nunca via, mas quando via sempre flertávamos. Eu estava desconfiando ser gay e pensava que fazer sexo com um homem era a única maneira de descobrir. Nós acabamos fazendo sexo no banheiro, morrendo de medo de alguém suspeitar de algo — disse com normalidade. Jungkook assentia ao escutar suas palavras, ainda com o lábio inferior preso nos dentes, seus olhos eram inocentes e arregalavam por vezes com a história constrangedora. Taehyung estava começando a acreditar que Jungkook não era tão ingênuo como parecia e que seus atos eram todos pensados, não havia condições daquele garoto ser tão atraente.

— Deve ter sido horrível — disse, fazendo uma careta inevitável ao repensar nas palavras proferidas. Era apenas isso que ele conseguia falar?

— E foi, eu não consegui sentir nenhum prazer e meu primo estava muito mais ligando a receber do que dar — as palavras fizeram Jungkook ficar nervoso e imaginar uma situação parecida, onde sua primeira vez seria horrível.

Taehyung pensou bastante se deveria ou não tomar aquela iniciativa, não estava nervoso, só não queria assustar Jungkook e fazê-lo recuar logo agora que o garoto parecia estar começando a ficar confortável. No fim acabou levando uma das mãos até o joelho de Jungkook, seus olhos incapazes de encarar qualquer coisa que não fosse as coxas do adolescente. Jungkook precisou fechar os olhos com o toque, mas tratou de abri-los para não deixar tão na cara que estava se deleitando com o calor da palma de Taehyung e que estava vulnerável. Não podia mostrar-se tão submisso à um completo estranho.

— Você foi...? — ele corou quando percebeu que não conseguiria terminar a frase.

— Passivo? — Jungkook assentiu, soltando o lábio dos dentes e inclinando minimamente para frente, para que pudesse olhar nos olhos de Taehyung com facilidade e proximidade. Ele iria culpar o álcool que saia de seu corpo, mas ainda estava presente a ponto de fazê-lo tomar aquela iniciativa — Sim, eu faço o tipo versátil.

— Qual você prefere? — perguntou antes que pudesse refrear as palavras. Aquilo parecia um flerte, na verdade eles pareciam flertar desde que Jungkook saiu do banheiro, fosse com o olhar ou com as palavras, somente agora Jungkook notara o rumo da conversa. Ele sentia-se indomável naquele momento, quem poderia imaginar Jeon Jungkook flertando?

Taehyung arqueou uma sobrancelha, sorrindo com uma malícia contida. Ele acariciava o joelho de Jungkook e observava com os olhos atentos as reações imediatas do corpo do adolescente, se deliciando com aquilo e desejando ter aquele garoto para si. A expressão no rosto de Taehyung era incontestavelmente sensual e linda, ele franzia o cenho em curiosidade e seus olhos possuíam aquele brilho característico próprio juntamente com o desejo. Jungkook percebeu com facilidade e tratou de retribuir o olhar, ainda que corando furiosamente.

— Eu gosto dos dois, mas prefiro ser ativo — sanou a curiosidade do adolescente. Jungkook assentiu, mordendo os lábios novamente e tentando respirar com calma. Taehyung não parava de encara-lo e cada uma de seus atos eram de tirar o fôlego.

— Como funciona essa coisa de dominação e submissão? — perguntou curioso, ainda sussurrando por não ter coragem de falar alto, mas não havia necessidade pela proximidade. Taehyung abriu um sorriso ladino, subindo os dígitos até metade da coxa de Jungkook, fazendo o garoto prender a respiração e tentar não fazer nada que o envergonhasse, como gemer ou suspirar. O melhor era agir como se não estivesse gostando.

— É apenas um instinto próprio. Esse tipo de relação pede muito respeito, assim como qualquer outra. É tudo sobre se dar inteiramente a alguém deixa-la te guiar — Taehyung diminuiu ainda mais a distância, ficando levemente próximo ao rosto de Jungkook, as respiração podendo ser sentidas com facilidade, o calor dos corpos sendo emanados e o coração do adolescente batendo alto e descontrolado.

— Você é sempre dominante? — Jungkook nem sabia ao certo de onde vinha a coragem ao fazer todas aquelas perguntas, mas estava tão curioso e a proximidade de Taehyung fazia sua mente ficar branca, incapacitando-o de pensar naquilo que fazia.

— Sim, sempre — afirmou, a respiração batendo contra a bochecha corada de Jungkook e seus dedos subiram da coxa para a cintura do garoto, puxando-o com delicadeza e lentidão para mais perto. Jungkook não interveio em nenhum momento, seu corpo já não parecia mais seu e densidade do clima entre eles colaborava para que se sentisse tão entregue. Não havia mais as inseguranças rodeando sua mente, os medos ou qualquer incerteza, só havia ele e Taehyung e o sentimento desperto — Algumas pessoas cometem esse engano de acharem que quem é ativo sempre será dominante e quem é passivo o submisso. É tudo sobre ter poder ou submeter as ordens de alguém, sobre se sentir vulnerável e adorar a sentimento de receber ordens, não tem nada relacionado ao seu posicionamento na hora do sexo. Dificilmente quem é dominante também é submisso e vice versa, já que o prazer é encontrado resumidamente em dar ordens ou receber. Claro que em todo lugar existe as exceções, mas é a minoria, está me entendendo?

— Sim — Jungkook queria dizer que não para Taehyung continuar falando sobre aquele assunto, era muito muito melhor ouvi-lo falar do que ler as matérias na internet. A voz de Taehyung era ao mesmo tempo que suave, era grave e sua língua parecia enrolar em determinadas terminações, fazendo com que as palavras fossem proferidas com lentidão e não havia coisa mais sensual, para Jungkook, que observar o contorno rosado dos lábios de Taehyung abrirem e fecharem, principalmente quando o homem os lambia com vontade, deixando uma resta de saliva. Jungkook estava hipnotizado e morrendo para sentir o gosto daquela boca.

— Mais alguma pergunta? — brincou, aproximando ainda mais o rosto do garoto, seus lábios poderia tocar-se caso fizessem mais algum movimento, contudo Jungkook não conseguia se mexer, seu corpo parecia ter sido petrificado, era o efeito Taehyung, quase imediato. Ele queria sentir aquilo de dar-se inteiramente alguém, esperava no fundo do âmago que esse alguém fosse Taehyung e que o homem tomasse iniciativa e lhe dominasse.

— Não — sussurrou com a respiração pesada e levemente ofegante. Ele conseguia sentir o hálito quente de Taehyung contra seus lábios, era hortelã e melancia ao mesmo tempo. Jungkook desconhecia aquele lado seu que estava dando as caras com Taehyung, mas sua vontade era de suplicar por um beijo.

Taehyung percebia o quanto o corpo e os olhos de Jungkook gritavam "me beije" mas ele não iria fazê-lo naquele momento, queria apreciar mais e alimentar o próprio ego pela forma que estava fazendo aquele garoto inexperiente se sentir. Era mais que claro a vulnerabilidade e a entrega, estava escrito em cada um dos movimentos daquele pedaço de adolescente mais pecaminoso e atraente que Taehyung já havia posto os olhos. Não fazia sexo com adolescente, mas um pedido de Jimin e umas informações que lhe aguçaram a curiosidade o incapacitou de negar conhecer Jungkook. Claro que saber que o garoto era virgem lhe deixou com o pé atrás, não tinha intenção de fazer alguma idiotice, mas agora que tinha Jungkook sem nenhuma armadura, propício as suas ordens, só conseguia pensar no quanto queria meter nele.

— Posso te falar algo, Jungkook? — perguntou. Os dedos saíram da cintura, para subir pela linha da coluna, Jungkook precisou descruzadas pernas para que Taehyung o trouxesse para tão próximo que era possível ficar entre as pernas do adolescente. Fora inevitável continuar com elas fechadas, Jungkook não sabia o que estava acontecendo com seu corpo, ele criou vida própria e o desejo já falava mais alto que sua consciência.

— Por favor... — pediu suplicante, respirando ofegante e por pouco não chegou a arfar com o toque de Taehyung sendo posto por debaixo de sua camisa, os dígitos tocavam sua epiderme sem nenhuma objeção. Jungkook estava perdendo o ar, não era asmático mas acreditava estar desenvolvendo a doença naquele instante em particular. Não sabia ao certo o que suplicava, era para ouvir o que Taehyung teria para lhe contar ou sentir de uma vez por todas o toque íntimo de suas bocas?

Taehyung riu com malícia, ar tocando o rosto de Jungkook que imediatamente fechou os olhos. Jungkook sabia muito bem como fazer um homem se sentir bem. A culpa era do álcool, amanhã poderia gritar de arrependimento, mas agora ele só queria o que Taehyung poderia lhe dar.

— Não faça nada que não queira, eu me arrependo de como perdi minha pureza e não quero que passe pela mesma situação — disse com sinceridade, por mais que quisesse meter em Jungkook até que o belo adolescente esquecesse quem era, ainda lhe sobrava uma integridade moral e a última coisa que esperava era ser o culpado por tirar algo que um garoto jovem que iria arrepender-se na manhã seguinte. Ele não iria perder nada, diferentemente de Jungkook.

— Eu quero — falou com pressa. Taehyung não poderia pensar que Jungkook não queria, depois de ter sentido todas sensações que foram despertas em seu corpo por culpa daquele homem, Jungkook acreditava que não conseguiria mais viver normalmente se não sentisse como era ser de Taehyung, mesmo que por uma noite. A necessidade de senti-lo só havia sido plantada e não tinha mais como arrancar a raiz. Jungkook não queria arrancar.

— Você está sob efeito do álcool — disse, subindo a mão da coluna à nuca de Jungkook, puxando-a e virando o rosto para que sua respiração pudesse bater contra o pescoço e mais precisamente a orelha de Jungkook — Não diga que quer algo dessa forma, coelhinho — em outras situações o apelido poderia causar desgosto no adolescente, mas enquanto fosse proferido por Taehyung seria o sinônimo para erotismo.

Jungkook precisou agarrar o braço de Taehyung para não desmanchar da forma mais vergonha na frente do homem. A respiração quente e pesada batia contra sua pele, a deixava completamente arrepiada e lhe arrancava pequenos suspiros deleitosos. Estava ficando louco e a culpa era exclusivamente de Kim Taehyung por excita-lo daquela forma nunca sentida, por falar em seu ouvido com aquela voz rouca e por toca-lo da forma mais deliciosa possível. Exalava dominação e Jungkook estava de fato sentindo-se como um coelhinho preso em uma armadilha, mas o diferencial era que ele estava adorando sentir-se encurralado.

— Eu quero — repetiu com manha, retirando a mão do braço de Taehyung para que, em um momento de insanidade, fosse levada à nuca do homem. Taehyung precisou juntar todo seu senso moral para não fazer o estrago que queria fazer em Jungkook. Ele sentiu uma vibração no bolso traseiro de sua calça e viu como a deixa para com, muita tristeza e relutância, se distanciasse de Jungkook. O garoto tinha um bico tão manhoso e um olhar necessitado quando o calor de Taehyung deixou de esquentar seu corpo.

— Você me passa seu número e nós conversamos durante essa semana. Você tem todo o tempo para decidir — propôs por fim, tirando o celular do bolso e o entregando a Jungkook. O adolescente, ainda trêmulo, digitou os números, foi muito mais ousado ao salvar o contato como "bunny" e colocar um emoji de coelhinho. Ele estava corado pela atitude infantil mas arrecadou uma risada gostosa de Taehyung, então não fora tão mal assim — Eu falo com você — e dizendo as quatro palavrinhas, Taehyung deixou um selinho rápido nos lábios de Jungkook e lhe deu as costas, saindo da varanda. O toque singelo fez o garoto explodir em milhares de pedaços como fogos de artifício.

Jungkook deixou o corpo cair na cadeira, olhando para o céu, levou a mão até o meio das pernas e constatou; estava duro como nunca antes. Havia ganhado uma ereção com apenas olhares, respiração e palavras e estava se sentindo dolorido mas nem chegou a ter uma forte investida. Jimin tinha razão quando dissera que Taehyung sabia o que fazer, Jungkook já estava ficando louco e incoerente, sua mente estava tendo um curto circuíto. Ele tinha o veredito, não tinha para que negar, depois do pequeno sneakpeak do que poderia sentir com Taehyung, Jungkook iria até o fim e deixaria aquele homem ser o responsável por lhe desprender de cada um de seus medos e liberta-lo.



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