História Heat - Chapter 3: Don't be shy, little bunny

Alguns dias haviam se passado, durante esses quatros dias após a festa, Jungkook e Taehyung começaram a conversar via mensagens. Era uma forma de deixar Jungkook mais confortável. Taehyung poderia ser o que fosse mas nunca faria algo que gerasse algum trauma a um adolescente ou qualquer pessoa, ele era muito sentimental e nunca poderia machucar alguém para conseguir algo. Jungkook agradecia na própria cabeça todos os dias por Taehyung não ter lhe apressado, estipulado um tempo para que a decisão fosse tomada. O homem estava sendo um grande cavalheiro e Jungkook queria negar mas as conversas estavam tirando o seu sono, sua mente só conseguia idealizar Kim Taehyung de todos os jeitos possíveis, fosse sorrindo daquela maneira que havia visto apenas uma vez ou lhe tocando e lhe proporcionando prazer.

É, Jungkook estava ficando louco, completamente alucinado por Taehyung. Até tentara faltar a aula para passar a amanhã inteira conversando com ele, mas precisava-se controlar e não deixar tão na cara o quanto estava caidinho pelo ator pornô. Felizmente os dias que passaram conversando só fizeram o interesse de Jungkook aumentar, estava conhecendo Taehyung. Ele lhe contara como começou a trabalhar como ator pornô, tudo por precisar de dinheiro, que estava se preparando para sair daquele ramo pois queria dedicar todo o seu tempo para a sua faculdade de Teatro e deixar aquele trabalho de lado que não o satisfazia mais. Taehyung lhe contara diversas coisas, das mais bobas às mais sérias. Todas muito importantes para fazer Jungkook deseja-lo mais ainda.

Em determinados momentos, por vezes bastante sutis, Taehyung soltaria alguns flertes que Jungkook, por estar no conforto de sua casa e protegido pelo aparelho de celular, devolvia da maneira que conseguia. Ele não costumava flertar, mas a sensação ao mesmo tempo que era deliciosa, também era terrível. Jungkook se via inseguro ao mandar as mensagens carregadas de ambiguidade para Taehyung, tinha medo do homem acha-lo leviano ou algo do tipo, estava se importando com a opinião de Taehyung.

As lembranças da festa atormentavam sua mente a todo instante, era impossível esquecer os lábios de Taehyung, sua voz rouca, seus olhos felinos, seus toques e sua respiração batendo em sua pele. Jungkook se sentia quente somente em lembrar daquele momento, a cada dia estava mais perdido por Taehyung e queria muito tê-lo, mas ainda precisava de coragem para conseguir ir até o fim.
Jimin tentava de todas as maneiras ajudar o amigo a levar à diante aquela história.

Taehyung era sempre um doce, perguntando como fora seu dia e o que Jungkook havia feito de interessante, era atencioso ao mesmo tempo quente. A mente de Jungkook estava pegando fogo e não era somente pelo desejo que nutria por Taehyung, mas por sentir que mesmo rapidamente estava se apegando ao homem e odiava a si mesmo por ser aquele tipo de pessoa. Conversavam por apenas alguns dias e Jungkook já estava roendo as unhas em ansiedade, esperando o celular vibrar com a notificação de mensagem, queria passar horas conversando e até dormira tarde para poder aproveitar mais, passava as aulas relendo algumas coisas que lhe arrancava sorrisos, tanto os alegres como os envergonhados por conta dos flertes vindo de Taehyung.

Jungkook queria muito, queria sentir Taehyung e tudo que o poderia lhe dar, não ousava duvidar da capacidade que ele tinha de fazer um homem perder a cabeça. Ele estava fazendo aquele jogo maligno com o pobre e virgem Jungkook. Se por mensagens já definhavam em ansiedade e medo, deixando que sua mente e seu corpo traiçoeiro tomassem conta de sua coerência. Sabia que não precisaria ter medo, que Taehyung não lhe faria mal, mas não era uma tarefa fácil se deixar levar, logo Jungkook que vivera toda sua infância e adolescência preso, com medo de fazer ruim, de decepcionar, de não ser suficiente e de nunca achar-se bom para alguém. Será que poderia fazer Taehyung sentir prazer, gemer e perder a cabeça da mesma forma que o homem fazia consigo? Ele duvidava muito de sua capacidade e era por conta de tais incertezas que ainda hesitava em aceitar de uma vez e deixar que seu corpo pertecesse a Taehyung, por uma noite ou milhares.

Na festa estava à mercê de Taehyung, vulnerável e domado. Gostou da sensação de estar tão perdido, de ser levado pelo momento e pela primeira vez na vida deixar algumas de suas corretes apertadas no meio do caminho e arriscar-se naquela loucura que beirava a luxúria. Queria sentir novamente, mais um pouco de exercícios de autoconfiança e, quem sabe, poderia se render aos rebuliços de sensações que arrancavam impenetrabilidade e o deixava indefeso.

Sua mente estava gritando contradição, ao mesmo tempo que queria, tinha medo de querer. Ao mesmo tempo que sonhava acordado com Taehyung por cima e lhe dando ordens, tinha medo de não fazer bem. Estava sentindo-se perdido, triste e incapaz de pensar em outra coisa que não fosse a bendita proposta de perder sua virgindade com um ator pornô. Era para ser indolor, uma fodinha qualquer, Jungkook perderia o que queria perder e poderia viver uma vida cheia de imoralidade sexual, mas não estava sendo como deveria. Jungkook ao invés de relaxado, ficava nervoso e ansioso e desejando ter Taehyung e desejando não arruinar tudo com suas burrices.

Ele fora chorar, literalmente, nos braços de Jimin que lhe dissera para abraçar aquela chance, além de ter conhecido um rapaz incrível que lhe trataria muitíssimo bem, também queria aquilo, então por que privar-se de sentir o que tinha direito de sentir? Jimin tinha toda a razão, como sempre tinha, Jungkook estava exercitando aquelas palavras do amigo praticamente todos os dias para que pudesse acreditar nelas cegamente e parar de temer.

Ele queria, se não fosse bom, poderia tentar novamente. Taehyung lhe dissera que sexo é sobre aprendizado, sobre dedicar a conhecer o corpo de seu parceiro, saber o tempo certo para agir, respeitar os limites, não era apenas sobre receber e sim sobre dar. Quando o desejo era mútuo tornava tudo mais gostoso e proveitoso, quando havia confiança e entrega o prazer era inevitável. Mesmo que a primeira não fosse boa, teria inúmeras oportunidades de tentar. Uma segunda, uma terceira e quantas vezes fossem necessárias para descobrir o que gostava e sentia confiança, no que era bom e claro, sentir-se realizado e satisfeito.

Jungkook adorava como Taehyung exibia sua confiança e conhecimento naquele assunto, parecia ser sua especialidade e era sensual como o inferno imaginar sua voz entoando as palavras, enquando olhava em seus olhos, daquele jeito intimidador, e divulgava o que sabia. Jungkook tinha certeza que Taehyung o faria sentir bem, que lhe libertaria de todas suas inseguranças e lhe apresentaria um novo Jungkook, mais livre em todos os sentidos da palavra.

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Era quase meia noite, Jungkook estava deitado de bruços e conversava com Jimin, que lhe contava como fora fazer sexo com Yoongi e Hoseok, alegava que era a melhor sensação do mundo ter dois homens lhe mimando. Uma nova notificação de mensagem fez seu coração acelerar, o nome de Taehyung era exibido na parte superior de seu celular e com rapidez o adolescente apertou na imagem para ter o chat aberto.

Taehyung
Oi, coelhinho. Você ainda está acordado a essa hora?

Jungkook riu, rolando na cama para deitar de costas e puxar o cobertor para esquenta-lo. Ele respirou fundo, pensando em alguma resposta engraçada para dar à Taehyung.

Jungkook
É sexta, hoje eu posso

Taehyung lhe respondeu quase que imediatamente.

Taehyung
Tudo bem, você tem toda razão. Então, como foi seu dia?

Jungkook abriu um sorriso maior ainda, achava que nunca iria acostumar-se com o suor nas mãos e o coração batendo todas as vezes que Taehyung era atencioso daquele jeito.

Jungkook
Chato ): tivemos prova surpresa de matemática e a merenda foi nojenta

Taehyung
Eu sinto sua dor, pequeno. Não vai perguntar como foi o meu?

Jungkook
Oh, me perdoe. Como foi seu dia, grandão?

Jungkook mordeu os lábios, relendo a mensagem só para ter certeza do que havia escrito. Ele sempre chamava Taehyung de grandão quando o mesmo lhe chamava de pequeno. Jungkook adorava o apelido, queria ouvi-lo da boca de Taehyung.

Taehyung
Animado. Eu passei no teste que havia comentado

Jungkook
Woah, parabéns. Eu sabia que você era capaz

Jungkook estava feliz  e orgulhoso, Taehyung havia lhe dito que estava se preparando para um teste de um musical. Era um grande sonho seu participar de alguma peça teatral e Os Miseráveis era o sua favorita. Jungkook ficou ao seu lado e tentou dar o maior apoio, Taehyung era grato pelo adolescente ser um maravilhoso estimulador.

Taehyung
Acho que mereço ganhar uma recompensa

Jungkook
O que você tem em mente?

Jungkook respirou fundo, sentindo as bochechas corarem por ter captado a ambiguidade na frase enviada por Taehyung.

Taehyung
Você pode me dizer como está vestido? Quero te imaginar

Jungkook mordeu os lábios e olhou por debaixo do cobertor para avaliar as roupas que vestia. Iria seguir o que sua mente já havia aceitado e sua corpo também. Chega de correr.

Jungkook
Quer que eu mande uma foto?

Taehyung
Não, apenas me diga como está vestido. Quero deixar minha mente viajar

Jungkook
Estou vestido uma blusa folgada, calça de moletom... e sem cueca

Ele encarou a mensagem, sentindo-se no ápice da ousadia por ter enviando uma mensagem como aquela. Estava adorando o calor subindo pelo seu corpo, já não precisva mais do cobertor, bastava Taehyung para esquenta-lo.

Taehyung
Você está lindo, coelhinho. Consigo te imaginar muito bem.
 
Jungkook
E você? Como está vestido?

Taehyung
Só com uma roupa íntima, eu estou pegando fogo, não aguentava mais o calor

Jungkook
E como você ficou assim? É culpa minha?

Taehyung
Oh, sim. Ainda que você sabe. Eu fiquei pensando em você o dia inteiro, em como seria beijar a sua pele macia

Jungkook
Tae... Eu quero você

Taehyung
Realmente? Como você me quer, Jungkook?

Jungkook
Eu tenho vergonha

Jungkook corava e tentava não ter uma ereção, naquela altura havia voltado a deitar de bruços e colocada o travesseiro sob seu quadril. Ele conseguia imaginar tão facilmente Taehyung falando em seu ouvido cada uma das palavras que escrevia, mas imaginar não era suficiente, ele queria ter ao vivo.

Taehyung
Não tenha vergonha, coelhinho. Vamos lá, me conte como me quer

Jungkook respirou fundo, escrevendo a frase mas hesitando antes de envia-la. Ele estava mesmo certo de tudo aquilo, mas nunca feito algo daquele tipo, sentia-se verdadeiramente envergonhado e excitado.

Jungkook
Eu quero te sentir... bem fundo

Taehyung
Eu vou fazer um estrago em você

Jungkook
Faz um estrago, por favor. Eu quero muito

Taehyung
Oh, merda. Eu estou duro, veja só o que você está fazendo comigo, Jungkook. Está me enlouquecendo, tem noção disso?

Jungkook
Eu estou?

Ele realmente não fazia noção de que causava aquele efeito em Taehyung, saber daquilo o deixou mais seguro para prosseguir com àquela loucura.

Taehyung
Oh, sim. Está me deixando louco pra te foder tão fundo e duro. É uma promessa, ninguém nunca vai te satisfazer como eu irei

Jungkook
Eu não duvido, Tae. Mesmo nunca tendo feito nada com ninguém, eu sei que você vai ser o melhor de todos

Taehyung
Consegue me sentir beijando o seu pescoço? Eu estou passando minha língua pela sua clavícula nesse momento

Jungkook prendeu a respiração, esfregando involuntariamente a ereção entre as pernas no travesseiro. Estava tão duro com apenas palavras e sua imaginação. Nunca na vida pensou que aquele tipo de coisa seria tão prazerosa. Ele conseguia imaginar muito precisamente Taehyung sobre seu corpo e lhe tirando a sanidade.

Jungkook
Eu vou te beijar, Tae. Você me deixou com vontade desde aquela festa

Taehyung
Eu quero fazer muito mais que apenas te beijar Jungkook, vou passar minha boca em cada espaço do seu corpo. Isso é bom pra você?

Jungkook
Não é suficiente. Eu quero mais

Taehyung
Está ficando exigente? Então me diga o quer e eu vou te dar

Jungkook
Eu não sei nada sobre isso, Tae. Você precisa me ensinar, pode ser meu professor?

Taehyung
Tem ideia do quanto eu quero te colocar de quatro e te comer até você chorar?

Jungkook
Eu estou excitado, Tae. O que faço?

Taehyung
Você sabe o que fazer, se toque para mim

Jungkook
Você também está excitado, Tae?

Taehyung
Você não faz ideia do quanto. Eu não consigo tirar da cabeça quão bom é o seu cheiro e quão branquinha é sua pele

Jungkook
Você pode deixar marcas em mim?

Taehyung
Posso deixar quantas você quiser e nos lugares que quiser

Jungkook
Oh, Tae. Eu vou sentar no seu colo e me esfregar em você, quero sentir o quão duro você está só pra mim

Jungkook já não conseguia mais aguentar, as esfregadas, que dava sobre o travesseiro, o frustava por não serem o suficiente para conseguir aliviar todo o tesão crescente em seu sangue. Estava com medo de se tocar, sua mãe estava em casa e mesmo que estivesse dormindo, Jungkook não queria passar vexame.

Taehyung
Posso te ligar?

Jungkook
Por favor

Jungkook respirou fundo, colocando o celular na cama e arqueando o quadril para descer a calça de moletom, deixando-a na metade de suas pernas. Como iria explicar caso sua mãe entrasse e lhe pegasse se musturbando com a bunda empinada?

Taehyung ligou dois minutos depois. Jungkook atendeu, com medo e envergonhado de falar algo, mas o homem tomou iniciativa como era de costume.

— Jungkook? — chamou de forma sussurrada, seu tom era rouco e arrastado. Fora suficiente para Jungkook soltar um suspiro e fechar os olhos em vergonha. Como poderia estar tão necessitado daquele jeito?

— Tae... — choramingou. A ereção ainda estava intocada mas latejava, seu membro pulsava com sua imaginação fértil e pela respiração pesada de Taehyung sendo imitada em seu ouvido.

— Oh, droga. Eu não consigo parar de pensar em te prensar contra a parede e te chupar — Jungkook deixou um gemido escapar, sem conseguir aguentar mais, desceu uma mão pelo abdômen até tocar o próprio membro e aperta-lo para sentir a pulsação em sua palma. Doía como um inferno e ele não sabia se iria aguentar, estava quase gozando com as palavras e com Taehyung o enviando para a loucura — Você está se tocando?

— Ainda não comecei — respondeu com dificuldade, tanto por estar excitado demais para pensar em algo para dizer e por estar morrendo de vergonha. Taehyung era verbal durante o sexo e Jungkook estava gostando daquela experiência, mas ainda era um mundo novo para ele, um no qual ele ainda era amador.

— Vamos começar juntos — propôs. Jungkook murmurou em concordância, esperando o próximo comando de Taehyung. Ele imaginava o homem da maneira que havia dito, apenas com uma cueca, deitado sobre a cama em meio a lençóis brancos e apertando sua ereção sem pressa, os olhos fechados em deleite e sua respiração daquele jeito que Jungkook estava escutando no momento. Era o auge da sensualidade — Conheça o seu corpo, Jungkook. Sabe me dizer onde é sensível?

— Na parte interna das coxas, na nuca e pela coluna — disse, começando a bombear devagar o próprio membro, fora inevitável a onda de prazer batendo forte contra seu corpo. Ele gemeu arrastado, apertando os olhos e mordendo os lábios para contê-los.

— Isso é ótimo — murmurou lânguido, Jungkook estava salivando com a imagem formulada em sua mente — Eu quero você — a confisão fez Jungkook apertar ainda mais o pau entre a mão e soltar um gemido alto, tampando a boca com a mão livre para não fazer um escândalo. Taehyung também o queria, era suficiente para deixa-lo a beira de um orgasmo — Você sabe que eu quero você, não sabe?

— Uhummmm — gemeu em meio a resposta, se virando numa posição mais confortável e deitando de costas. Sua mão ficou mais rápida e os movimentos mais precisos, queria terminar de uma vez aquilo e sentir o ápice. Os suspiros e gemidos roucos, as vezes altos, de Taehyung eram eróticos e tão gostoso, nublava a mente do adolescente, fazendo-o enxergar apenas a necessidade que tinha de gritar o quando estava louco para ser fodido por Taehyung.

— Todos esses dias após a festa em tenho pensado em você, me tocando com a lembrança da sua pele e do seu cheiro. Eu não aguento mais esperar — Taehyung estava tão necessitado quanto. Não lembrava a última vez que desejou tanto ter alguém em sua cama, em proporcionar prazer a outra pessoa. Jungkook estava despertando sensações esquecidas em seu corpo e coração, era avassalador sentir tanto tesão por alguém, logo um garotinho inocente qu aguçava seus sentidos mais infames.

— Por favor... Você não precisa esperar, eu já disse que quero você — reclamou exasperado, meio porque a sua mão não fazia justiça ao que seria o pau de Taehyung ou a boca. Jungkook já não estava mais ligando para a vergonha, só precisava sentir o orgasmo que parecia estar preso em algum lugar, o deixando tão choroso e desesperado — Eu não consigo, Tae.

— Eu estou quase lá, Jungkook. Você também consegue — encorajou. Na mente de Taehyung tudo que ele via era Jungkook dentro de seu quarto, as calças no meio das pernas, o rosto corado em vergonha, aquele olhar de inocência velada e preparada para ser jogada fora, choramingando e se masturbando com força para chegar de uma vez ao ápice — Eu quero ouvir seu gemido de orgasmo.

Jungkook estava tentando segurar os gemidos de frustração e prazer. Não costumava se tocar frequentemente, não sabia como fazer aquilo e parecia quanto mais tentava, mais se distanciava de conseguir o que queria. As lágrimas nos cantos dos olhos eram uma surpresa para ele, nem acreditava que estava chorando de verdade por aquilo, que chorava em desespero e súplica.

— Tente se tocar daquele jeito, eu vou esperar por você — Jungkook corou por Taehyung ser lindo até por telefone, esperando para que pudessem chegar juntos, e porque havia entendido muito bem o que ele queria dizer com tocar daquele jeito.

— E-Eu nunca fiz isso, Tae. Por favor — ele nem sabia o que estava falando, para eles algumas palavras eram proferidas erradas, como se tivesse algum problema de dicção mas não era o caso, ele só não sabia o que pensar naquele momento além do quanto queria Taehyung.

— Faça isso para mim — pediu lentamente. Jungkook gemeu com aquela voz, levando o dedo até a boca, sem antes ajeitar o celular na orelha para que ele não caísse, chupou toda a extensão até que estivesse molhado o suficiente e posicionou-o rente a sua entrada.

— É só um dedinho — disse com manha. Taehyung exasperou do outro lado, desejando estar vendo Jungkook no conforto de seu quarto naquela situação tão pecaminosa. O garoto não deveria ter noção de como estava mexendo com o psicológico de Taehyung.

Jungkook ficou calado por um tempinho, apenas escutando a respiração ofegante de Taehyung. Ele deslizava o dedo para dentro de sua entrada, soltando interjeições desconexas ao sentir o incômodo, não era uma dor insuportável mas ainda era estranha a sensação de estar sendo invadido. Se permitiu movimentar o dedo com lentidão para acostumar-se com a sensação, após alguns segundos começara a ficar confortável, estava relaxando sobre a cama e os incentivos de Taehyung em seu ouvido eram tão gostosos, lhe deixava mais confiante para prosseguir pressionando o dedo mais fundo.

— Isso é tão bom, Tae — revelou sem nenhuma vergonha de soltar um gemido alto. Ele precisou morder a almofada para não começar a gritar e acabar acordando sua mãe. A sensação era tão gostosa, ele não acreditava que nunca havia tentado aquilo antes. Naquele momento tinha mais certeza que era passivo, que nada poderia ser tão bom do que ser preenchido, somente ser preenchido pelo pau de Taehyung.

— Se só o seu dedo é bom, imagine quando for meu pau te tomando inteiro — arfou em meio as palavras, o abafado evidenciava que Taehyung voltara a se masturbar. Jungkook estava chegando ao céu, seu dedo ia fundo o suficiente para ser imensamente deleitoso, em algum momento acertou um ponto sensível e fora impossível guardar o gemido lânguido e alto que entonava e vibrava pelo seu quarto.

— Eu estou perto, Tae... — disse com dificuldade, as palavras saíam meio cantadas pelas gemidos, ele não conseguia segura-los. Não acreditava que fazia o tipo  na hora do sexo, ele nunca esteve tão necessitado. Era aquele momento e situação em particular que os desprendia de todas suas dúvidas, era Taehyung o libertando.

— Eu também estou — brandiu em meio a gemidos. Taehyung se masturbava com força, o polegar pressionado a glande e os outros dedos ao redor de seu pau, bombeando-o em precisão e sem vacilar por um segundo. Jungkook estava respirando com dificuldade, os gemidos de Taehyung eram como música e ele tentava acompanha-la sem fazer muito baralho, apesar de ser uma tarefa difícil. Havia levado a mão livre novamente para o membro duro e recomeçou o que fazia anteriormente, dessa vez sendo uma tarefa mais fácil por estar sensível e sentindo os tremores tomando seu corpo, o revirar na boca do seu estômago e aquela sensação inexplicável, o cegando temporariamente de qualquer coisa, tudo que conseguia enxergar, com os olhos fechados, era imagem construída em sua mente de Taehyung da mesma forma, tremendo  gradativamente com a chegada do ápice. Era uma tarefa difícil não se entregar àquela sensação e aos gemidos cada vez mais roucos e tênues de Taehyung.

— Tae... — gemeu em alto e bom som, alto o suficiente para que sua mãe ouvisse, quase como um grito. Taehyung tambem chamara seu nome ao deixar ser levado pelo orgasmo, se Jungkook se sentia envolvido pela voz do homem ao ouvi-lo falar, não tinha comparações de como era seu gemido de orgasmo. Sua porra fora jogada para fora em jatos fortes, acabara de ter o melhor orgasmo da sua vida, estava se sentindo arrebatado e jogado à uma onda de prazer impossível de ser descrito. Seu corpo dava adeus aos poucos aos espasmos, a respiração parecia que nunca iria se acalmar.

— Eu estou tão orgulhoso, coelhinho. Você se saiu tão bem — elogiou com doçura, era possível sentir o sorriso em sua voz ao dizer tais palavras. Jungkook jogou a cabeça para trás, retirando o dedo de seu orifício e suspirando ainda bastante sensível pela intensidade de sentimentos a flor da pele. Ele desconhecia aquele Jungkook, desconhecia as sensações, mas estava as adorando tão profundamente que não conseguia explicar, não haviam palavras certas para descrever o que acontecia em seu corpo.

— Obrigado, Tae — agradeceu corado, levantando para ir ao banheiro se limpar. Não queria dormir sujo — Você também foi... fantástico — confessou, pegando algodão e o molhando para limpar o gozo em sua barriga.

— Você incentiva o melhor de mim — brincou com certa malícia na voz. Jungkook riu, enquanto corava mais ainda. Estava gostando de ter uma conversa descontraída após o que tiveram feito, ajudava para que ele não ficasse envergonhado demais e até arrependido do que havia feito, mas não iria acontecer, Jungkook estava certo de sua decisão.

— Você deve estar com sono, Tae — retrucou, fingindo arrogância no tom e ganhando uma risada deliciosa de Taehyung. Jungkook precisou morder os lábios para não suspirar, mas não conseguiu conter o coração disparando.

— Eu estou mesmo, você me destruiu, Jeon — assumiu brincalhão, usava um tom zombeteiro mas falava a mais pura verdade, Jungkook fora o responsável por drenar suas forças.

— Vá dormir, Kim — disse por fim, voltando para o quarto e deitando sobre a cama, puxando o cobertor para cima de seu corpo e se aconchegando.

— Vamos ficar assim até pegarmos no sono, não quero ficar sozinho — pediu com calma e cautela na voz, não queria parecer pegajoso, só gostava da companhia de Jungkook e da voz pacífica do garoto e de como sua respiração emanava calmaria. Jungkook precisou afastar o celular da orelha para conter um grito, ele não conseguia acreditar que aquilo estava mesmo acontecendo.

— Tudo bem — respondeu como se não estivesse quase tendo uma hemorragia nasal — Boa noite, Tae.

— Boa noite, coelhinho.