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História Heaven - 28 - Poemas que eu colori.


Escrita por: M-1997

Notas do Autor


Hey, tem alguem ai ainda?
Gente... Vamos conversar?
Quando comecei a fic tinha tanta inspiração que postava um capitulo por dia e ainda me sobrava ideia, mas muitas coisas mudaram e nessas voltas que o mundo da, fui perdendo-a aos poucos e, como nada é definitivo, ela tem aparecido novamente timida por aqui. Ja peço desculpas de ante mão por essa demora e ja digo: Não falta muito pra ela acabar viu?
A musica é da Mari Nolasco - Poemas que eu colori.
Divirtam-se e comentem que to com saudade <3
E se quiserem ver o vestido de Ana procurem pelo Baile da Vogue de 2015

Capítulo 28 - 28 - Poemas que eu colori.


Fanfic / Fanfiction Heaven - 28 - Poemas que eu colori.

 

Ana Paula POV

A correria estava bem vinda novamente. As gravações para a segunda temporada de Masterchef haviam começado e terminado com todo o vapor  seu primeiro mes. Fevereiro. Mês curto e que se fez ainda menor pelo tanto de trabalho que estavamos desempenhado em si.

Junto  a ele, aos poucos,  veio a  normalidade. O relacionamento já não era mais a pauta principal de nenhum veiculo de comunicação. Era noticia velha, ultrapassada e até costumeira. Costume esse que devo confessar, amei. 

Aos poucos a vida cotidiana voltou. Sempre que algo se referia a Paola e a mim era bombardeado por um numero consideravel de pessoas nas redes sociais. Pessoas essas do bem, das quais torciam desmedidamente por nós duas juntas e o principal, nos duas felizes.

Estavamos cada dia mais entregues, cada momento mais perto. Eram raros os momentos em que Paola não estava comigo ou que Fran e nós não estivessemos juntas depois nosso passeio ao shopping. 

- Eu quero ver o vestido que você irá a festa, mulher. Para que esse suspense todo? - Paola roia as unhas de curiosidade e não havia me dado paz durante toda a semana.

Com o auge de Masterchef, o squad era sempre convidado para todos os eventos balados e aquele em especial me chamou atenção. Era bom uma vez ou outra sair para fixar a imagem, se divertir, circular. 

O Baile da Vogue era das festas que eu gostava. Discreto, fechadinho e comportado. Segue meu estilo e apesar de ter tentado convencer Paola a ir comigo, foi em vão. Ela estava presa demais aos planos de " noite dos amigos, sem Ana Paula ".

- Mas não ira.. - Digo saindo do banho em meu roupão com uma toalha em minha cabeça e me deparo com a imagem de Paola com aquela carinha de cachorro sem dono. - Nem me olha assim, Paola. Não vou te mostrar! - Digo me encaminhando até ela achando graça daquele charme e curiosidade toda.

- Jura? - Ela diz carregando de manha na voz e eu apenas confirmo com a cabeça. - Quando irei poder ver? 

- Quando eu voltar do Marco Antonio pronta e já vestida! - Digo e me jogo na risada inevitavel da expressão incredula de Paola. - Ninguem mandou você se recusar a me acompanhar! Ainda não superei viu? - Digo sentando ao seu lado na cama e lhe entrego o creme corporal para que ela espalhasse em toda minha perna.

- Acho que você não irá sair daqui... - E se eu não a conhecesse tanto, poderia deixar passar batido os toques mais firmes e mais ousados. O sotaque carregado. Os tons dos olhos mais escuros. O tesão ali. A bochecha que estava corada como de costume.

E eu apenas me deixo levar por toda aquela onda de sentimento. A vontade me assumiu e o meu corpo já não correspondia aos meus comandos e sim aos de Paola. Ali, era nossos corpos cada vez mais sincronizados se juntando e se transformando em um unico corpo. Eram nossos gemidos se misturando. Nossas mãos se encontrando e nossos gostos se fundindo.
Nos amamos por um longo tempo e ainda que tivesse sido horas, nunca parecia ser suficiente e nunca realmente eram. 

- Meu Deus, Paola!! - Digo em um pulo quando vejo a hora em meu celular. - Eu estou completamente  atrasada! Marco vai me matar! - Vou levantando e caminhando até o closet para vestir uma roupa facil e confortavel.

- Diga ao Marco que você estava ocupada, meu bem. - Paola me seca. Olha para mim da cabeça aos pes como se eu fosse sua presa e eu realmente era.

Dez minutos depois, estava dentro do meu carro correndo pelas ruas de São Paulo o quanto podia para que ao menos pudesse acelerar um pouco. Liguei para Marco do carro mesmo e carregada nas mais diversas desculpas esfarrapadas, disse que chegaria em outros dez minutos.

- Não adianta você inventar desculpas, meu amor. - Marco vem com todo aquele sorriso e assim percebo que desculpa nenhuma colaria. - Que pele é essa? 

- Me rendo! - Digo envergonhada. Marco me conhecia desde sempre e sendo assim, tinha bagagem para me reconhecer e saber da verdade - Você esta certo senhor, Marco Antonio. - Digo por fim me sentando na cadeira e me entregando aos cuidados de Nyl.

O salão estava lotado como sempre era em dias de grandes festas. Muitas celebridades andando de um lado para outro buscando a beleza inatingivel. Boa parte se deu ao trabalho carinhoso de vir até mim para desejar felicitações pelo novo relacionamento.

Outra, amigas mais proximas do qual eu não possuia tanto contato, pararam para realmente conversar e saber de fato como foi que aquela loucura toda começou e o tempo passou rapido. Sempre que falava de Paola o tempo parecia escorrer pelos  vãos de meus dedos. Era algo que eu realmente sentia prazer em fazer. 

Sai do salão por volta das 20. Havia marcado para que o Uber me pegasse em casa as 21. Tinha uma hora para chegar em casa, matar a curiosidade de Paola que a essas horas deveria ter terminado de roer todas suas unhas e ir para o Baile.

- Olá. - Digo assim que a porta se abre e deixa a minha vista uma Paola estatica. Pasma. - Me disseram para vir ver uma argentina. Ela se encontra? - Digo abusando da sensualidade que aquele vestido me dava. Me sentia ainda mais poderoza e bonita do que eu era.

- Dios mio... - Paola tentava e todas as tentativas de se controlar foram em vão. Ela não tinha palavras e isso estava exposto em seu rosto. 

- Eu posso entrar? - Digo rindo da reação que causei em minha propria mulher que já havia me visto de muitas formas. - Vou tomar esse silencio como um sim! - Digo passando por ela que estava tambem muito bem arrumada e linda. 

Paola sempre abusava da sensualidade disfarçada. Adorava como ela era tão ela. Simples e ainda sim tão sexy. Poderia me perder em mais amores ali mesmo e ainda sim, como sempre, iria querer e desejar mais. Suas pernas de fora por conta de um vestido me davam calor, os cabelos bagunçados, a forma de falar..

- Você esta deslumbrante, Ana Paula. - Ela dizia segurando minhas mãos enquanto me observava pela milesima vez. Agora as palavras voltaram com força e minha audacia jornalistica me permitia ter a certeza de que o que ela sentia era orgulho. Orgulho de ter ao lado uma mulher assim, como eu, como ela sempre fazia questão de dizer.

O Baile da Vogue estava deslumbrante. O cenario por si era um  cenario envolvente e intimidador. Era a primeira vez em que eu pisaria no tapete vermelho depois de assumir meu namoro com Paola. A primeira vez que eu falaria mais do que as coisas de sempre aos entrevistadores quando me perguntassem sobre.

- Você esta preparada? - Paola estava comigo ao telefone e sua voz transmitia a calma e coragem que eu sempre precisava antes de fazer coisas assim. 

- Seria deselegante se eu fosse embora antes mesmo de entrar? - Sentia o gelo da minha barriga aumentar com o passar dos minutos e a segurança crescer timida. Paola sorria do outro lado da linha como se encarar cem cameras fosse algo tão facil feito fritar um ovo.
- Você irá arrasar como sempre, meu bem.. Desce e me mate de orgulho! - E assim fiz.

Desci com a ajuda do motorista na porta do evento. Muitos flashs me sobressaltou assim que coloquei meu corpo para fora do carro ainda ali na calçada e a medida que eu caminhava em direção a entrada do evento, o frio na barriga continuava e a confiança que era minha velha companheira deu totalmente as caras.

Já no tapete vermelho, posei para mais de cem cameras que haviam em minha frente, abusei do carão e ainda me permiti posar fora do habitual. Estava muito feliz. Me sentindo a mulher mais realizada e poderosa do mundo e isso transcendia.

- Ana, Ana Ana. - O primeiro pedido veio e eu me encaminho até o moço. - Boa noite, Ana. Podemos perceber que hoje  você estrapolou todos os padrões. - Aquele trocadilho. Por um momento me coloquei no lugar dele e sorri. Jamais faria esse tipo de pergunta.

- Esse sera o trocadilho de minha vida, amigo! - Digo sorrindo, passando a bola para que ele continuasse. Torcendo para que as perguntas fossem leves. O meio era cheio de incoveniencias para tirar de toda forma, um furo de reportagem.

- Bom, sabemos que a segunda temporada do Masterchef esta por ai. O que pode nos contar sobre? - Boa, segue por esse caminho...

- Sim. Começamos as gravações no começo de Fevereiro e ele provavelmente estreia em Maio. - Digo orgulhosa do trabalho que estavamos desenvolvendo.

- Você é muito feliz quando fala-se de Masterchef, né? - E o caminho pessoal estava dando as caras tambem naquela entrevista. Apenas confirmo com a cabeça. - A pouco tempo, você e Paola Carosella, assumiram publicamente o relacionamento de vocês. - Sigo confirmando com a cabeça, receiosa. - Como esta sendo? 

- Bom. É impressionante como nos quatro nos damos bem, então você pode esperar uma temporada muito boa. - Vou com calma, escolhendo e arquitetando minha frase para que nada saisse fora do contexto e fosse mal interpretado. - Esta sendo uma loucura né? - Digo sorrindo. - Mas esta tudo muito bem, estou muito feliz!

- Ela não veio com você, podemos acreditar que esta tudo realmente bem? - E o primeiro inconveniente da noite apareceu. Me tirou do prumo e a suposição me deixou realmente brava. O rapaz era cara de pau.

- A Paola e um dos grandes papos da vida, sabe? - Me permito sair do scripit e colocar o coração pra jogo. - Ela tem a intensidade que qualquer mulher deveria ter... - Sinto meus olhos marejarem e o sorriso nascer em meu rosto. O moço, embasbacado por estar tendo uma declaração de Ana Paula Padrão. - Ela é inteligente, ela é nem informada e ela tem coragem. Algo que poucos tem. Estou muito feliz por estarmos juntas. - Concluo-o e digo obrigada me afastando e deixando o martirio para os outros.

- E ela no esta sozinha...  - Sinto as mãos que já conhecia tão bem e o perfume já meu velho amigo da pessoa mais importante da minha vida. 

- Não estou acreditando nisso!! - Paola estava linda.. Muito diferente do que estava em casa. Os cabelos ainda eram os mesmos e a maquiagem leve tambem, mas o vestido estava de matar, ela tinha me enganado. Apenas a abraço.

- Não deixaria você sozinha com os leões. - Ela dizia enquanto segurava minhas mãos. - 
- Paola. Paola. Poala. Por favor, uma entrevista rapida. - O mesmo moço que fez minhas perguntas foi o ferlizardo entre tantos que pedia.

-  Si - Sigo ao lado de Paola admirada por sua beleza e cara de pau por ter me enganado na cara dura.

- Ana Paula acabou de dizer que você é uma mulher de coragem. - E era. Paola segurava minha mão em frente a cem fotorafos, isso jamais passou pela minha cabeça. Ela não gostava daquele circo midiatico. - E você? O que tem a dizer sobre Padrão?

- Oh Deus... Falar sobre Ana? - Ela diz sorrindo fechando os olhos por um minuto e apertando minhas mão. - Eu preciso falar uma coisa, eu quando conheci a Ana, não era uma mulher feliz. - Ela diz suspirando e enchendo meus olhos de lagrimas.. Todos pararam para ouvir e gravar aquilo como fizeram comigo. - Hoje, sou a mulher corajosa e feliz que ela sempre diz. Eu tenho muito orgulho de ela ter me acolhido. - Poala termina olhando para os fotografos e entrevistadores. - Eu tenho muito orgulho de você.. - E ali, todo o mundo para, nossa bolha é criada e um abraço leve e unico acontece.

Paola era uma das poucas pessoas que falavam sobre mim e eu realmente me sentia privilegiada e amada em cada uma das palavras. Sempre administrei bem meus sentimentos mas pessoas como ela, tinham um botão que me desarmava por completo quaisquer que fosse a situação ou as palavras. Podia ser uma grande declaração ou uma pequena coisa. Era sempre muito intenso.
Seguimos para dentro do baile e no demos o direito de curtir a atmosfera do carnaval que eu particularmente achava uma das coisas mais gostosas de se fazer apesar de não ser da folia, da noite.

- Não acredito ainda que você mentiu pra mim, Paola! - E não acreditava. Paola tinha a cara de pau que poucos tinham no mundo. Francesca era sua copia descarada naquele aspecto. 

- Era uma supresa, mi amore. Uma hora ou outra isso ira acontecer e eu não queria deixa-la sozinha nessa.  - Paola instalou um carinho acalentador em meu rosto e me beijou. Beijou como se nada estivesse ao nosso redor e realmente não tinha ou se tinha, não importava.

- Eu acho que te amo até ama-la mais.. - Disse assim que nos separamos e vi em seu rosto um sorriso lindo surgir. Era a melhor coisa que havia conhecido. A cada dia era uma certeza maior de que Paola era a pessoa que eu queria amar para o resto de minha vida.

A festa correu e nos sendo quem somos, fomos abordadas muitas e muitas vezes. Eram muitas felicitações e muitos desejos positivos para o novo velho casal. Ainda que, os olhares negativos não tenham passados despercebidos. Eram interessante como demoravamos a reconhecer alguém que venha até nos e nos olhe positivamente mas era tão natural batermos os olhos em alguem e tirar daquilo a visão negativa. O preconceito. Era ele. Era ele que pude reconhecer em muitos rostos que passaram por nos, coisa que devo confessar, mesmo viajando muito e possuindo o conhecimento de tantas sociedades que eu possuo, não me acostumaria nunca.

- Um dia, espero que não muito longe pois já estou velha, tenha a oportunidade de dividir uma casa com você. - Paola dizia olhando em meus olhos com aqueles olhos de ternura, os mesmos despretenciosos e sonhadores que eu tento amava ver.

- Um dia, não muito longe, você vai ter muito mais do que uma casa comigo, argentina. - Digo sorrindo largo ao ver o sorriso nascer em seu rosto a cada palavra que eu lançava ao vento. 

- Promessas são dividas que temos de honrar, Ana.

- Algum dia você me viu quebrar alguma das minhas, Carosella? - Possuia tanto prazer em realiza-la que quebraar não estava nos planos.

Paola POV

Aos poucos minha casa foi ficando cada dia menos habitada e a de Ana consequentemente cada dia mais movimentada com nós três felizes. 

Era isso. Felicidade. Todas sabiamos como nos sentiamos. Se antes Fran era o Sol, hoje ela brilhava ainda mais do que ele e nos iluminava mesmo que não precisassemos.

Ana Paula havia me convidado para um baile de carnaval chique que aconteceria no em um dos hoteis mais caros da cidade. Passou a semana inteira insistindo que nos precisavamos ir juntas pois separadas já não tinha mais tanta graça.

- Mi amor... Não gosto de festas assim... - Era manhã. Ana estava emburrada por eu estar simplesmente irredutivel em minha resposta e aquela carinha emburrada me amolecia mesmo lutando com todas as forças para que não.

- Paola, é só um baile, poxa. Eu queria sua companhia. - Aqueles olhos de cachorro que caiu da mudança.

- Você sabe que combinei com o pessoal uma reunião aqui em casa.. Não da, Aninha.

A verdade era que Ana e eu estavamos vivendo cada dia mais juntas e todas as oportunidades de surpresas ficavam cada dia menores. Aquele dia seria o primeiro dia em uma festa grande que ela apareceria depois de nos assumirmos e deixa-la sozinha não era opção.
Havia combinado com um dos cabelereiros de Marco para qu fosse ate " nossa casa " enquanto Ana estivesse fora apenas dar um tapa em meu visual para que ela não percebesse nada. O vestido já estava escolhido e bem escondido e Ana Paula ainda fazia birra.

- Eu quero ver o vestido que você irá a festa, mulher. Para que esse suspense todo? - Ana havia mandado fazer um vestido especialmente para aquela dada e o suspense que a mesma exercia sobre isso era enorme.

- Mas não ira... Nem me olha assim, Paola. Não vou te mostrar! - Estava aprendendo a fazer chantagem emocional com a melhor professora e ainda sim estava longe de ter sucesso.

- Jura? Quando irei poder ver? - Ana estava linda... A cada dia o brilho em seu rosto revelava-me uma Ana Paula cada dia mais estonteante.

- Quando eu voltar do Marco Antonio pronta e já vestida! Era realmente serio aquilo? Ana Paula, Ana Paula. - Ninguem mandou você se recusar a me acompanhar! Ainda não superei viu? 
Eu nunca superaria cada vez que Ana pedisse para eu passar o creme em si. O protetor. O perfume...

- Acho que você não irá sair daqui... 

Sempre parecia pouco o quanto nos amavamos. Poderia acontecer varias vezes ao dia e ainda sim eu falaria que era pouco. Pouco pois quando acontecia era sempre o encontro de nossos corpos, nossas mentes e nossos sentimentos. Era transcendental. Uma formaa caada vez mais clara de dizer que nos amavamos e amavamos tudo que tinhamos em nos. 

Ficamos horas em nosso mundo unico. Eu sempre me perdia nos carinhos que eu mesma fazia em Ana... Eu amava passear com meus dedos em sua pele e ela amava quando eu fazia. 

- Meu Deus, Paola!! Eu estou completamente  atrasada! Marco vai me matar! - Ana corria de um lado para o outro tendando assim fazer com que o tempo de atraso fosse menor, o que era em vão e completamente raro para uma pessoa tão controladora como ela.

- Diga ao Marco que você estava ocupada, meu bem. 

Enquanto Ana Paula saiu pra ir ao salão, eu deixava as coisas em ordem ara que eu não precisasse perder tempo. Ana Paula passaria em casa antes de ir e eu teria pouco tempo para me enfiar dentro do vestido e seguir para o lugar.

- Jhimmy! - Digo assim que abro a porta depois de uma pequena espera - Sabe que não temos muito tempo, não é?

- Para, dona Carosella. Me conta, que pele é essa de nenem? - Estava literalmente tão na cara assim? - Quero saber de todo esse babado!

- Ah, o que posso dizer? Me apaixonei... - Digo fechando os olhos para o inicio da maquiagem. - Na verdade, quando me dei conta ja estava completamente entregue e sem ter como voltar. 

- Ela é Ana Paula Padrão, né meu amor? Até eu! - Ele diz rindo e vejo o quando o efeito dela era enorme em todo mundo.

-  Olha lá ein. Não vai roubar minha namorada.

Enquanto estavamos ali, Jhimmy e eu conversavamos sobre tudo. Era sempre uma felicidade flar de como tudo entre nos havia acontecido tão rapido e de uma forma tão inegavel. 

Assim que ele se foi, me permiti perder um tempo na frente do espelho. Eu estava linda e a cada vez que eu dizia ou pensava essas três palavras vejo o quanto Ana Paula foi importante para mim. Antes de conhece-la, eu não era metade da mulher que sou. Sem segurança. Sem amor proprio. Sem brilho.

-  Olá. - Assim que coloquei os olhos em Ana Paula e ouvi aquela voz, eu perdi completamente o rumo e a consciencia de onde eu estava. - Me disseram para vir ver uma argentina. Ela se encontra? 

- Dios mio... - Eu demorei minutos para dizer apenas essas duas palavras pois todas a outras tinham corrido para longe. Bem longe.

- Eu posso entrar? - Eu so conseguia olhar para Ana Paula e pensar em como ela conseguia ter esse efeito enorme sobre mim. - Vou tomar esse silencio como um sim! 

- Você esta deslumbrante, Ana Paula. - Apos o choque, tudo que havia em mim era orgulho, Ana Paula era uma mulher com M maisculo. Linda. Forte. Unica. Te-la ao meu lado era um presente da vida que jamais irei sabem como agradecer.

Assim que Ana saiu de casa, coloquei meu vestido, arrumei o que faltava e entrei em meu carro rumo ao seu encontro e a surpresa que ela teria em me ver ali. Enquanto dirigia, liguei para ela do carro. A conhecia bem para saber que aquele caminho seria de uma tortura inegualavel.

- Você esta preparada? - Eu não mas com ela, sempre ficava tudo bem.

- Seria deselegante se eu fosse embora antes mesmo de entrar? - Eu podia ver a cara de apavorada de Ana mesmo sem ve-la e ja estava me matando mentalmente por essa ideia. Seria mais facil se eu estivesse com ela.

- Você irá arrasar como sempre, meu bem.. Desce e me mate de orgulho! 
Ana Paula se despediu e desligou o celular. Eu coloquei uma music e segui para o evento para encontra-la e ainda que eu não estivesse tão longe, havia uma movimentação enorme por conta da festa. Eu me atrasaria.

Para passar o tempo, liguei o radio e me perdi nas mil musicas que me levaram diretamente a minha mulher. Coisa de gente boba e apaixonada. Me sentia uma adolescente.

O transito seguiu e eu consegui chegar ao evento. 

Apesar dos inumeros fotografos prontos para um clique, não me senti desconfortavel. A nova Paola segura de si estava ali e encontraria a pouco com a mulher de sua vida, a mesma que havia mostrado o quanto ela poderia ser emponderada e dona de si.

Poso logo antes de entrar para o evento para inumeras fotos e me resguardei. Não queria falar nada sobre meu relacionamento ali, estava apenas por Ana.

Subo as escadas e a vejo linda, segura e forte como sempre conversando com um dos entrevistadores que ali estavam. Algo que eu realmente não esperava mas que eu estava adorando observar de longe.

- E ela no esta sozinha...  - Digo chegando perto e abraçando-a. Senti seu corpo se acolher no meu como um comodo em uma casa. Como uma flor em um vaso.

- Não estou acreditando nisso!! - Aquela expressão surpresa e feliz era o que eu estava tanto buscando.. Os olhos brilhando..

- Não deixaria você sozinha com os leões. - 

- Paola. Paola. Poala. Por favor, uma entrevista rapida. - Pensei duas vezes antes de sentir a mão de Ana passar conforto a mim, e fui. 

-  Si - Senti a barriga gelar mas Ana estava ali. Ela sempre estava.

- Ana Paula acabou de dizer que você é uma mulher de coragem. - Ouvir que Ana disse aquilo sobre mim em uma entrevista que iria ser exibida em rede nacional era de longe a maior prova de amor que eu  havia recebido em minha vida. E era. Paola segurava minha mão em frente a cem fotografos, isso jamais passou pela minha cabeça.  - E você? O que tem a dizer sobre Padrão?

- Oh Deus... Falar sobre Ana? - Eu sempre tinha tanto pra falar sobre ela que ficaria horas ali. - Eu preciso falar uma coisa, eu quando conheci a Ana, não era uma mulher feliz. Hoje, sou a mulher corajosa e feliz que ela sempre diz. Eu tenho muito orgulho de ela ter me acolhido. Eu tenho muito orgulho de você.. 

Ana Paula Padrão falava das mulheres e falava de mim com tamanho amor que eu poderia sentir em meus ossos. Meu corpo se sentia imensamente acolhido por todo aquele respeito e quela entrega que ela tinha me dado e doado. Era assim. Nunca houve se quer uma vez que ela não tenha me puxado de lado e me pedido para sorrir e ir viver mais. Demorei a aprender o que significava essa tal coisa que ela desejava com tamanho querer que eu fizesse e talvez eu esteja procurando e aprendendo ainda, mas Ana havia me modificado. Ela havia me mudado.

- Não acredito ainda que você mentiu pra mim, Paola! - Ela tentava com muito empenho fazer cara de brava mas não conseguia e eu achava aquilo tudo lindo. 

- Era uma supresa, mi amore. Uma hora ou outra isso ira acontecer e eu não queria deixa-la sozinha nessa.  - E como se eu estivesse em casa, onde ninguem nos veria, eu a beijei. Com todo o amor que havia crescendo dentro de mim

- Eu acho que te amo até ama-la mais.. 

Apesar de não gostar de festas e de todo aquele circulo de pessoas famosas tentando ser umas melhores do que outras, o tempo em que eu e Ana ficamos uma ao lado da outra valeu por tudo. Dançavamos e brindavamos a felicidade que estava tão presente em nossas vidas sempre que podiamos. Recebemos felicitações e a cada pessoa que nos abordava para tal eu ficava um tanto mais feliz por não ter sido assim tão prejudicial para nossa vida e apesar dos olhares preconceituosos que tambem apareceram  nos estavamos felizes demais sendo quem eramos e nos amando como nos amavamos. Isso era tudo! 

- Um dia, espero que não muito longe pois já estou velha, tenha a oportunidade de dividir uma casa com você. - Apesar de estarmos, Fran e eu, quase morando com Ana, eu queria a nossa casa, algo definitivo.

- Um dia, não muito longe, você vai ter muito mais do que uma casa comigo, argentina. 

- Promessas são dividas que temos de honrar, Ana.

- Algum dia você me viu quebrar alguma das minhas, Carosella? - Nunca
 



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