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História Heavy - Capítulo Único


Escrita por: Mrs_Darcy

Notas do Autor


VOLTEEEEIIIII.
Essa é inédita gente.
Quando fui fazer essa one shot com o Hobi eu pensei em fazer alguma coisa bem louca e divertida e usar a personalidade incrível que ele tem.
Mas ouvindo a Heavy do Linkin Park e depois de saber que o Chester morreu eu pensei e fazer algo mais no sentido dessa música pra mostrar que mesmo tendo pessoas brilhantes assim como o Hobi as vezes todo mundo passa por problemas e precisa de ajuda, e que a gente tem que prestar atenção nas pessoas a nossa volta pra notar se tá tudo certinho.
Já falei de mais, vamos a leitura.
*-* enjoy *-*

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Heavy - Capítulo Único


Eu não gosto da minha mente agora, empilhando problemas que são tão desnecessárias. 
Odeio essa sensação de que tudo é sobre mim e então só enloqueço. 
Já visitei alguns médicos e todos acabam no mesmo diagnóstico. Crises de ansiedade que beiram a depressão que só pioram graças ao fato de eu ser extremamente acelerado e meu vicio em energéticos.  
Poucas pessoas sabem desse meu pequeno problema e ninguém nunca chega a desconfiar que eu tenho algo. 
Antes dessa enxurrada de problemas eu costumava ter uma personalidade que poderia ser descrita como brilhante. Você nunca seria capaz de encontrar alguém mais animado do que Jung Hoseok. 
Pois é, eu aprendi a atuar minha antiga personalidade e fingir que eu estava vivendo bem e saudável como deveria ser. 
A única coisa desconfortável que fui obrigado pela minha família a fazer era frequentar um grupo anônimo de auto ajuda. 
Bem ridículo, mas era um preço baixo a se pagar. Todo sábado, mesmo lugar, mesmas pessoas cheias de problemas que elas jamais seriam capazes de resolver. 
-Eu realmente quero deixar para lá, mas sabe...- continua a garota nova no grupo. - Há certo conforto no pânico, então eu continuo segurando, mesmo sendo muito mais do que eu possa carregar. 
Ela solta um suspiro alto antes de continuar e eu acabo preso nas palavras dela, é como se eu tivesse decidido desabafar e as sentenças saíssem pela boca de outra pessoa. 
-É como a gravidade sabe, não da pra escapar. - termina. 
Deixo meus olhos passearem por ela demoradamente apreciando a forma que seu rosto fica harmonioso com a armação marrom dos óculos. 
Acho interessante também o modo como ela se veste, é casual, diferente e continua sendo bonito. 
Apertando os olhos para poder enxergar um pouco melhor o crachá distante dela, posso ler em uma grafia caprichada que ela se chama YeoJin. 
Eu com certeza investiria nela se já não fosse tão difícil lidar comigo mesmo. E pelo visto ela também não era lá tão fácil. 
Vou embora assim que a sessão acaba, saindo antes de poder participar do lanche e confraternização que sempre fazíamos. 
Não queria correr o risco de ceder à tentação de falar com a garota YeoJin. 
Já estou alguns quarteirões distante do local de encontros quando alguém chama meu nome parecendo meio incerto. 
-Ahn, oi.- o cumprimento sai vergonhoso por entres os lábios rosados da moça.- Falei seu nome certo né? Jung Hoseok. 
-Sim.- respondo e finjo que estou lendo o crachá dela pela primeira vez.- YeoJin. 
-Eu sei que você vai me achar bem estranha mas...- respira fundo.- Lá dentro enquanto eu falava pareceu que você entendia bem o que eu estou passando. 
-Acho que essa é a intenção do grupo. - afirmo lentamente. - Falar sobre você com gente que entende as suas experiências. 
Ela estala a língua e parece constrangida. 
-Tem razão, eu só achei que você fosse mais parecido comigo. - solta começando a andar para trás de costas. - Achei que você soubesse como é isso de querer desacelerar as coisas. 
Ela me dá as costas e segue em direção ao local de encontro do grupo. 
-Deve ser essa minha paranoia de achar que é tudo sobre mim.- termina já distante de mim. 
Respiro fundo e sei que sou extremamente fraco quando decido correr atrás dela. 
-Eu sei que não sou o centro do universo. - tomo fôlego. -Mas eu tenho certeza que o mundo quer me pegar. 
YeoJin me encara diretamente nos olhos antes de talvez decidir que eu estava falando a verdade. 
Passamos aquela e muitas outras noites conversando sobre nossos problemas. Parecia que quanto mais eu me abria para ela e a deixava fazer o mesmo comigo minha personalidade animada e feliz voltava pouco a pouco. 
Aquele conforto no pânico ainda existia, mas era mais divertido ficar com ela. 
Isso até eu encontrar ela toda em branco em uma clínica psiquiátrica dizendo para alguém no mesmo tom que falava comigo. 
-Não é como se escolhemos deixar nossa mente ficar essa bagunça. - ela abre um sorriso gentil e escreve algo em uma prancheta. 
Pisco alguns vezes me negando a ver a realidade. 
-Hobi?- pergunta quando acaba virando a cabeça na minha direção. 
Balanço a cabeça negativamente para ela e saiu da clínica incrédulo e derrubando algumas lágrimas de raiva.  
Como eu pude ser tão burro? 
Pensando melhor agora estava na cara que YeoJin não era nada psicologicamente instável. 
Ela sempre carregava aquela droga de sorriso confiante e estava sempre extremamente amavel e compreensiva. Eu achei que tudo isso era por que ela estava passando pelo mesmo que eu mas ela era só mais uma droga de médica testando seus métodos alternativos em um paciente qualquer que fosse louco e idiota o suficiente para cair na conversa dela. 
E dessa vez não era só a minha mente tentando me deixar louco achando que tudo era sobre mim por que isso realmente era sobre mim. 
Isso com certeza era mais do que eu poderia carregar. É claro que a única coisa boa para mim em anos seria uma mentira. 
Nas semanas que seguem a minha descoberta eu desisto de atuar minha boa personalidade e deixo que a porra de bagunça que é a minha cabeça transpareça. 
Sou bem sucedido em me isolar afinal ninguém quer ficar perto de um descompensando.  
É incrível como o mundo parece disposto a ser seu amigo quando você está apoiando todos, suportando os problemas deles, sendo otimista e bem humorado. 
Também é ótimo ver que ninguém está disposto a ficar ao seu lado quando você nota que é incapaz de manter um sorriso vinte e quatro horas no rosto. 
Por que é tudo tão pesado?
Só de lembrar de como eu me deixei apoiar nos ombros daquela mentirosa que atendia por YeoJin e a deixei apoiar algo que não existia em mim também me deixava enjoado. 
Ela tinha me dado aquele apelido ridículo por isso, Jhope por que eu era a esperança dela. 
Só se for a esperança de um aumento no salário. 
Um mês depois e minha família volta a me obrigar a participar dos grupos de apoio. 
A primeira coisa que vejo dentro do salão consideravelmente cheio é o rosto bem conhecido por trás da armação marrom dos óculos de grau relativamente fortes. 
YeoJin abre um sorriso para mim que viro o rosto irritado para direção oposta à dela. 
Estou com tanta raiva que não aguento a seção acabar e me levanto no meio dela. 
Acabo no banheiro do salão e resolvo não segurar minha ânsia por sair na porrada comigo mesmo. 
Talvez eu tenha piorado consideravelmente nesse último mês. 
Em quanto me acerto no rosto e quebro metade do banheiro sei que todo mundo ali está do lado de fora se perguntando o que está acontecendo ali dentro. 
Quando já estou cansado demais para esconder minha frustração me jogo no chão e encosto as costas na parede cheira de poeira com o rosto apoiado nas mãos. 
Ouço alguém entrar ali e se sentar ao meu lado. Eu sei quem é mas decido ignorar sua presença e deixar as lágrimas que tenho reprimido a séculos cair por meu rosto. 
-Você continua carregando o que te derruba consigo.- começa. - E aí tem aquela sensação desconfortável de que você poderia se libertar caso soltasse tudo. 
-Eu não preciso do seu diagnóstico doutora. - queria conseguir disfarçar o ressentimento em minha voz. 
-Não é o seu diagnóstico. - retruca.-Era o meu. 
-Já pode parar de mentir agora. - informo. 
-Pode deixar de ser tão cabeça dura e me ouvir?- ela interpreta meu silêncio como um sim. - Há alguns anos eu tive uns problemas psicológicos. Desenvolvi um distúrbio de personalidade. 
"Eu fiz uma amizade que você com certeza me diria que não era boa para minha cabeça e a gente começou a se encontrar para brigar, o tipo de briga que as duas saiam sangrando. 
Era para descansar do stress do dia a dia, aquela garota com certeza não era boa influência. 
Um pouco antes de quase cometer suicidio eu notei que não existia nenhuma amiga e que aquela garota má era uma versão minha que conseguia lidar com o mundo já que não tentava ser certinha e legal o tempo todo."
Ela passa a mão na nuca e eu percebo que eu a estava encarando atônito. 
YeoJin não poderia estar inventando aquilo certo?
-Eu procurei ajuda, não queria mais ser duas. Me ensinaram como compilar a garota má e a legalzinha em uma só e viver como um ser humano saudável deveria.- ela solta um suspiro e demora um pouco antes de terminar. - Depois disso eu decidi me formar e ajudar pessoas igual a mim. Mas se está pensando que eu te enganei por que estava testando algum método em você está errado. Cada palavra foi de verdade, eu teria cobrado consulta se não quisesse ficar com você durante todo aquele tempo. 
-Então você só estava sendo uma amiga de verdade esse tempo todo?
-Talvez eu estivesse tentando ser um pouco mais.
 Ela abre um sorriso constrangido e deita a cabeça no meu ombro provavelmente para esconder o rubor que subiria a suas bochechas. 
-Você disse que gostava de dançar. - comenta. - Pode me ensinar?
-Claro. 
Cedi aos argumentos dela e voltei a me deixar apoiar sobre ela, de forma a deixar que ela também pudesse ter meus ombros para tomar apoio quando precisasse. 
As coisas não pareciam tão pesadas quando YeoJin estava por perto. 
 


Notas Finais


E foi isso gente, vocês gostaram?
Comentem me dizendo e não esqueçam de favoritar que isso deixa a tia muito feliz.
Beijinhos 💙


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