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História Heavy In Your Arms - Broken Soul


Escrita por: poisonquinn e Cricket

Notas do Autor


Ophelia -> Olá pessoal! Como vocês estão? Sim, olha eu aqui de novo postando mais cedo -q Esse capítulo em específico vai responder uma perguntinha que todo mundo vem me fazendo. Caso vocês tenham alguma dúvida, eu coloco um apêndice depois explicando a nossa ideia pra ficar tudo bem claro :) Enfim! Espero que gostem do capítulo! Beijão e nos vemos lá embaixo :D

Capítulo 24 - Broken Soul


Fanfic / Fanfiction Heavy In Your Arms - Broken Soul

Dark twisted fantasy turned to reality              
Kissing death and losing my breath 
Midnight hours cobble street passages
Forgotten savages, forgotten savages 

 

Qualquer movimento brusco que fazia, Claire sentia-se observada pelos policiais do outro da sala de interrogatório, que mexiam nos coldres como se esperassem que ela tirasse uma bomba de algum lugar (mesmo estando algemada). As algemas tinham sido colocadas independentemente de sua cooperação, e o agente McCall reiterava que sua ligação com uma família de assassinos psicopatas poderia tê-la tornado parecida com eles o suficiente para que explodisse a delegacia para fugir.

Ouviu a porta ser aberta e soltou o ar pela boca ao ver o agente McCall com um envelope pardo nas mãos, parecendo tranquilo até demais para o gosto de Claire. Ele puxou a cadeira despreocupadamente, sentando-se e passou a esvaziar o envelope, espalhando fotografias e alguns arquivos em letras miúdas com selos oficiais.

— Então... Senhorita Winchester. — Ele comentou ao apanhar uma das folhas escritas. — Nascida no dia 01 de outubro, em Queens, Nova York. Filha de Melissa Darrow, falecida. Era professora do nível elementar na escola Francis Lewis. — O homem fez uma pequena pausa. — Não há indícios de quando a senhora Darrow entrou em contato com John Winchester, mas é sabido que recebia uma quantia em dinheiro dele, vinda com nomes falsos após seu nascimento e quando veio a falecer, ele passou a ser seu guardião legal.

Claire permaneceu em silêncio, observando o agente com cautela assim que este folheou mais alguns papeis e limpou a garganta.

— Seu penúltimo guardião legal foi Robert Steven Singer, que mora na Dakota do Norte num ferro velho, ele é viúvo. Suas notas são altas e..... Devo continuar, senhorita? Oh sim.... Onde está.... Bem aqui. — Comentou com um pequeno sorriso. — Há alguns meses, foi presa juntamente com Sam e Dean Winchester graças a uma dica anônima, porém, a delegacia onde foram mantidos fora inexplicavelmente atacada. Seis oficiais foram mortos, uma jovem secretária e o agente Victor Henriksen. — Ele estalou a língua. — Henriksen era um bom homem, pai de família, um excelente agente, que infelizmente entrou no caminho dos seus irmãos.

Claire respirou fundo. — Se o senhor já sabe de tudo isso, por que estou aqui?

— Porque pessoas estão sendo mortas e devido ao seu passado um tanto quanto duvidoso, você é uma suspeita. — O investigador comentou de maneira seca, encarando a garota ruiva com um desprezo e uma raiva que não eram estranhas para ela.

Claire suspirou. — Eu não sei nada sobre isso.

O agente McCall a encarou com desprezo. — Você é exatamente como seu irmão mais velho, pelo que o agente Henriksen me descreveu. Despreza regras e tenta dar uma de espertinha.

A ruiva enrugou a testa. — Agente, não estou tentando fazer nada, só estou constatando que não sei nada sobre isso.

O mais velho apoiou as mãos na mesa e a encarou com um tanto de raiva, porém, não conseguiu nem dizer o começo de sua frase, já que a porta fora aberta de maneira abrupta.

— Claire, não diga nada. Vou tirar você daqui. — Mikael comentou de maneira confiante e entrou, dando a volta para poder observar a amiga de sua filha. — Você a algemou, McCall, sendo que ela veio voluntariamente e não ofereceu qualquer tipo de resistência? — O advogado dissera irritado.

— Levando em consideração o histórico mental da família dela, foi uma medida preventiva. — O agente disse encarando o homem loiro a sua frente sem demonstrar hesitação, na verdade, só parecia ainda mais irritado.

— Bem, você pode contar que essa medida preventiva vai aparecer em forma de processo na sua carreira “impecável”. — Mikael retrucou ácido. — Solte-a.

O agente McCall riu pelo nariz. — Isso é algum tipo de ódio pessoal, Fletcher?

— Claramente existe uma pessoa nessa sala que está deixando se levar por sentimentos pessoais, mas não sou eu, McCall. — Mikael devolveu, encarando o homem à sua frente enquanto erguia uma sobrancelha.

— Vou ficar de olho em você, senhorita Winchester. — Ele dissera, encarando a ruiva que desde a chegada de Mikael, permanecia quieta. O agente, por fim, tirou a chave das algemas do bolso do paletó e soltou a garota.

Mikael respirou fundo, acompanhando Claire para fora da sala de interrogatório e não precisou de muito para ver que Sophie já estava ali, acompanhada por um Stiles tão, ou mais ansioso do que ela.

— Deus! Pensei que vocês não iam sair daquela sala nunca! — A morena disse um tanto quanto contrariada e logo depois puxou a amiga para um abraço apertado.

— Pelo amor, ele te algemou? — Stiles olhou incrédulo para as marcas finas e vermelhas ao redor dos pulsos dela.

— Sim, mas está tudo bem. — A garota ruiva respondeu sorrindo quando Sophie se recusou a sair do abraço.

— Tudo bem nada! — A morena disse completamente irritada e se afastou apenas o suficiente para encarar a amiga com uma linha de raiva entre as sobrancelhas. — Vamos meter um processo nas fuças dele!

— Com certeza vamos. — Mikael comentou alto o suficiente para que o agente McCall escutasse quando este passara. — Ok, Claire você prefere que eu ligue para o Brian ou...

— Podemos não envolver o Brian nisso? — Claire pedira um tanto embaraçada. — Sério, eles estão preocupados com o Dallas e a última coisa que precisam é descobrir que eu quase fui presa.

— Eu acho que eles vão saber de qualquer jeito. — Stiles comentou fazendo uma leve careta e coçou a sobrancelha com um dedo, parecendo nervoso.

— E tem o quase, você não foi presa. — Sophie riu baixo ao soltar Claire, pegando em suas mãos para conferir a marca vermelha de algemas ao redor de seus pulsos, possivelmente por conta da garota ser pálida demais. — Vamos só sair daqui, certo?!

Claire assentiu, sorrindo de lado para a garota a sua frente e a seguiu na direção da saída sendo acompanhada de lado por um Stiles ainda nervoso enquanto Mikael ia na frente dos três parecendo pensativo.

— Nosso professor de História sumiu. — Sophie comentou em baixo tom para a ruiva. — O senhor Westover, e temos quase certeza de que ele foi levado para ser o segundo sacrifício.

Claire enrugou a testa. — Mas qual a ligação entre ele e a policial?

— Tara foi professora antes de entrar para polícia. — Stiles diminuiu um pouco o passo para poder participar da conversa. —.... Então.... Mais um professor. — Falou e Claire podia até mesmo ouvir as engrenagens na cabeça do garoto movendo-se como se ele fosse uma máquina. — Há dúzias deles na escola, como vamos saber qual vai ser?! E outra, em algumas horas eles estarão todos em casa...

Sophie arregalou os olhos. — O concerto!

— Concerto? — Claire perguntou confusa.

— Por conta das perdas na escola. — Sophie exclamara, segurando o braço de Claire enquanto iam até o carro de Mikael. — Nós vamos para a escola.

— Vocês vão para a escola, eu vou falar com meu pai. — Stiles comentara e, ao ver que Mikael não estava olhando, roubou um beijo de Sophie. — Até mais tarde!

Claire apenas riu pelo nariz quando o garoto voltou para a delegacia apressadamente, notando o rubor nas bochechas de Sophie. — Vocês são muito fofos.

— Cala a boca! — Ela riu.

Sophie fora na frente, ao lado do pai e Claire no banco de trás, permanecendo em silêncio enquanto sua amiga mexia no rádio e em seguida no próprio celular. Mikael ligou o carro e dera ré, pegando a estrada principal que o levaria até o caminho da escola.

E por mais que quisesse participar da conversa de Sophie e Mikael que se iniciara, Claire estava distante, de volta a Nova York, com onze anos no banco de trás do carro de sua mãe a caminho do colégio quando um caminhão batera de frente com o veículo.

Fechou os olhos. Ainda ouvia as sirenes dos carros de polícia, dos bombeiros e da ambulância numa sinfonia cacofônica em sua memória confusa de criança. Também se lembrava do sangue, das vozes e do policial que a tirou do carro acidentado, carregando-a até uma ambulância.

Assim que o pai de Sophie os deixou na escola, as duas se ocuparam com teorias sobre quem poderia ser o Darach. Scott se juntou a elas na biblioteca, embora se limitasse a mexer em seu próprio celular enquanto Sophie procurava num livro e Claire no diário de seu pai.

Quando anoitecera, os três seguiram até o ginásio, sendo recepcionados pela professora Blake. Lydia se juntou a eles de maneira silenciosa, trocando algumas palavras com Scott enquanto Sophie ia até Danny e Ethan para cumprimentar o garoto moreno e lhe desejar boa sorte, já que ele ia tocar aquela noite junto à orquestra.

Claire cruzou os braços e permaneceu em silêncio, dando um pouco de espaço para Sophie quando ela chegara perto de si, enquanto os alunos e os professores já estavam todos sentados, os músicos e o maestro pareciam posicionados no palco e a música iniciara, primeiramente suave, prendendo a atenção dos espectadores.

A porta atrás de si fora aberta e, junto com outros alunos atrasados vinham Allison, o pai dela e Isaac. A morena sorriu nervosa para Scott e parou aonde tinha espaço, já que as cadeiras estavam todas ocupadas. Stiles chegara logo em seguida, parando perto de Sophie um tanto apressado e costumeiramente ansioso.

No entanto, a música com o passar dos minutos se tornara estranha. Claire sentiu todos os pelos de sua nuca eriçados à medida que a melodia se tornava cada vez mais macabra, porém quando o coral se uniu aos instrumentos, sua boca se moveu.

— Merda... — Murmurou, olhando de lado e notou que Lydia não estava mais ali.

— Cadê a Lydia? — Sophie sibilara, procurando pela outra garota. Stiles e Scott arregalaram os olhos exatamente ao mesmo tempo antes do beta empurrar alguns alunos aglomerados na porta e Stilinski segurar a mão de Sophie para puxá-la, levando-a consigo.

Claire não teve nem tempo de segui-los, embora conseguisse sair do ginásio, pegando caminho das salas de aula. Empurrou a porta do largo corredor escuro e dera alguns passos, porém um grito a fizera tapar os ouvidos quase instintivamente por ser tão agudo e macabro quanto aquela música que ecoava pelas paredes.

A ruiva travou o maxilar quando o som diminuíra e entrou na primeira sala à direita do corredor.

— Uma banshee bem diante dos meus olhos. — Disse a senhorita Blake para uma Lydia completamente apática, com um corte na testa ocupando uma cadeira com uma corda fina ao redor de seu pescoço. A professora de Inglês olhou para a porta quando se sentiu observada e sorriu. — Olá, Claire.

— Você é o Darach. — As palavras rolaram de sua boca quase automaticamente.

Jennifer assentiu com suavidade. — Levei algum tempo para perceber, mas.... Você e eu, Claire.... Somos irmãs. — Comentou com uma pequena ruga entre as sobrancelhas, deixando Lydia atônita na cadeira. — Passei tanto tempo solitária que me esqueci completamente como posso ser mais forte quando tenho apoio.

— Do que você está falando?

A mulher se aproximou. — Você sabe do que estou falando. Na verdade.... Você tem escrito isso nos seus cadernos e nem ao menos se deu conta. — Ela riu baixo, dando as costas para a ruiva antes de atar Lydia a cadeira. — Você pode sentir, não pode? O último filósofo.

— NÃO! POR FAVOR! NÃO! —Lydia implorou, debatendo-se inutilmente quando Jennifer apertou o garrote em sua garganta e encostou a lâmina de uma adaga um pouco acima da corda.

Claire correu até a mulher, sentindo algo bater em seu corpo como se fosse um vento forte, porém não a derrubou e possibilitara que se aproximasse e arrancasse Jennifer de perto de Lydia, empurrando a morena com força no quadro negro. E sem pensar duas vezes soltou um dos pulsos da Martin, embora não tivesse como fazer o mesmo com a outra mão já que a professora viera para cima dela.

Jennifer a encarou, entre irritada e definitivamente interessada. — Eu sabia que você era forte. — Rira girando o punhal que cortaria a garganta de Lydia numa das mãos, atirando-o no ombro da ruiva que caíra no chão com um ganido. — Bem forte.

— NÃO SE MEXA! — A professora olhou com um ar de divertimento ao ver o xerife Stilinski entrar na sala com a arma apontada para si. Jennifer moveu a mão e a pistola escapara, e em seguida o xerife fosse empurrado e caísse. — Havia uma garota... Há anos que encontramos na floresta, com o corpo e o rosto totalmente desfigurados.

— Eu devia ter começado com os filósofos... Conhecimento e estratégia. — Falou a mulher de maneira entediada.

Claire contou até dois e puxou a adaga que estava em seu ombro, usando uma mesa para se apoiar antes de usar a arma branca e jogá-la na perna de Jennifer quando ela avançou para o xerife, dando tempo o suficiente para que ele esticasse a mão e apanhasse a pistola.

O uivo que veio da porta fez a ruiva desviar o olhar e encontrar um Scott, já transformado pegando impulso numa mesa para atacar Jennifer, que se desviara dele com facilidade, atirando-o contra o quadro negro após alguns golpes. Blake olhou para a porta aberta, empurrando a mesa de professor para trancá-la momentos antes que Sophie e Stiles pudessem entrar.

— Curandeiros. — Jennifer puxou a adaga da parte de trás da perna, levando um tiro xerife. O buraco de bala em sua perna fechou quase instantaneamente. — Guerreiros. — Falou ao segurar o pai de Stiles pelo pescoço e prensá-lo contra as carteiras empilhadas. — Guardiões. — Puxou o distintivo que o mais velho tinha no peito, amassando-o e jogando-o no chão.

Se tivesse parado para pensar no que fazia, Claire não teria avançado daquela maneira e ultrapassado a estranha barreira que mais parecia um vento forte que emanava da professora e a puxado pela parte de trás do casaco utilizando toda sua força naquele ato, somente para que a encarasse por uma fração de segundo e lhe desse um murro, fazendo com que o Darach atingisse o chão.

O piso arrebentara com o impacto. Seu rosto contorceu-se numa carranca e ela ergueu as mãos, utilizando-se do vento forte para se erguer numa espécie de levitação saída de algum filme de terror.

— Virgens. — Sua boca se moveu levemente e seu rosto de aparência humana se desfigurou através do que parecia ser uma névoa, mostrando-a como realmente era. A figura encapuzada que Claire vira no motel quando Scott tentou se matar.

A figura se utilizou daquele mesmo poder para afastar a ruiva de si, fazendo-a cair perto de onde Lydia Martin estava em um completo estado de choque, encarando o nada com uma mão solta da fita e a outra ainda presa.

O pai de Stiles gritou quando Jennifer o puxou pela camisa e atravessou a janela, momentos antes que Sophie e Stiles conseguissem invadir a sala de aula.

— PAI?! — Stiles gritou ao ver o buraco pela janela.

Sophie tapou a boca com uma das mãos, enquanto Scott e Stiles ainda encaravam o buraco da janela de maneira atônita. — Claire! Meu Deus... Claire! — A morena deixou os garotos e fora até a amiga, que apesar de desnorteada usava o próprio sangue para fazer um pequeno desenho no piso. — O que você está fazendo?

—.... Eu sei o que esse símbolo significa. — Comentou em voz baixa.

Sophie se abaixou perto dela e encarou o nó de cinco voltas. — Druida. — A morena falou em voz baixa e Claire ergueu os olhos, assentindo.

— Eu sou Druida.

 

Fantasia obscura e distorcida transformada em realidade         
Beijando a morte e perdendo meu fôlego
Nas vielas à meia-noite
Selvagens esquecidos, selvagens esquecidos

(Bones – Mr Ms)       


Notas Finais


Acalmem vossos corações, teremos uma explicação bem linda no próximo capítulo ;D

PLAYLIST ATUALIZADA: https://open.spotify.com/user/timelady93/playlist/4PyjID7lPR4EDAlXupogi4


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