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História Helena - Segundo


Escrita por: JonhLEH

Notas do Autor


Mais um capítulo empolgante. Espero que gostem!

Capítulo 2 - Segundo


Fanfic / Fanfiction Helena - Segundo

 

   Seu quarto por hora estava silencioso. Havia uma confusão meio que provocada: Lenções largados ao chão, travesseiros lançados nos pés de uma cômoda que fazia parte da simples decoração, um pequeno abajur fora da mesinha de cabeceira. Helena estava frente à janela, em volta a um lençol fino e branco. Uma luz suave que permeava o quarto revelava suas curvas delicadas por trás do tecido. Seus cabelos presos deixavam exposto seu pescoço, de pele fina e afrodisíaca. Não era atoa que passou a ser a preferida entre as damas, após aceitar àquela condição.

   Ouve-se forte batidas na porta, logo após ela é escancarada por Lucia.

- Bom dia princesa. Como passou a noite? – Ela fala enquanto observa todo interior do quarto. – Ora, ora... Parece-me que você fez boa caçada! – A mulher rir alto.

Helena mal direciona seu olhar à Lucia.

- Espero ter deixado seus clientes satisfeitos.

- Oh sim, tenho certeza que sim. – Responde ironicamente Lucia. – Meninas! Hora de arrumar a bagunça! Vamos Helena, o lazer já passou minha querida, agora é a hora do trabalho duro.

Ela retira-se e antes que Helena pudesse trancar a porta Millena intervém. A garota de cabelos ruivos e olhos esverdeados envolventes segurou com toda a força a porta, assustando Helena que ao perceber sua presença forçou ainda mais para trancá-la.

- Essa farsa não vai durar muito bonitinha! – Diz Millena em tom de ameaça.

- Você não tem nada a ver com isso! Estou deixando o caminho todo livre pra você. Vá! Aproveite.

- Só estarei sossegada quando te ver fora daqui! Mais cedo ou mais tarde a madrinha vai ficar ciente do que está fazendo.

A garota ruiva rir e sai saltitante no corredor. Helena logo após tranca com força a porta, e irada bate firme na madeira várias vezes.

   Lucia não sabia muita coisa sobre Helena. Encontrou a garota largada na rua, lhe fitou por alguns instantes: Cabelos longos, castanhos, pele morena clara, sem marcas. Olhos, extensões de seus cabelos, também castanhos quase mel. Lábios delicados e atraentes. Teve tempo suficiente para fazer uma análise da garota suja na calçada antes de se aproximar.

- Olá! - Disse-lhe Lucia com um bom semblante.

- Oi. - Helena mal a observou, respondendo com os lábios semicerrados.

- O que você está fazendo aqui, no chão, toda suja? De onde você é?

- Eu não venho de tão longe. Hoje, não venho de lugar algum.

   Lucia era perspicaz ao sondar a garota. Sentou-se ao lado dela na calçada.

- E sua família?

   Quando Helena ouviu aquela palavra sentiu uma pontada na cabeça, um grito no mar profundo de suas memorias... Mãe!...

Logo baixou a cabeça, derramou algumas lagrimas.

- Eu não tenho ninguém.

- Calma. Calma garota. - Lucia a abraçou. - Você não está tão só. Eu estou aqui. Eu sei que você não me conhece, e que deve está assustada, mas eu posso te ajudar.

   Helena ouvira suas palavras sem entender, porém encontrava-se em um péssimo estado para questiona-las, perdida, sem rumo, desistindo de viver.

- Meu nome é Lucia. Tenho um estabelecimento na cidade, posso lhe ceder abrigo, onde irá encontrar comida, um quarto, roupas limpas... O que me diz?

   Helena agora olha de verdade para Lucia. Uma mulher forte, cabelo negro cacheado, curto e preso. Um rosto pouco arredondado, olhos negros, pele clara. Lábios grandes e um sinal, uma pinta ao lado esquerdo do canto da boca. Uma mulher até então simpática, que estava lhe ofertando ajuda, por motivos que ainda não lhe ficaram claros. Mas Helena não sentia mais nenhum impulso em sua vida, parecia estar se esquecendo de quem era, de onde veio, das pessoas que amava, e da Mafalda, presente de sua mãe, a boneca que deixou caída aos pés da árvore em frente à casa, antes de sair correndo chorando após seu pai bêbado lhe ter acusado de coisas terríveis e ter tentado contra sua integridade.

- Pode ser. - Respondeu Helena ás investidas da mulher.

- Que bom! Espero poder ajudar muito, e com certeza já sei que vou. Agora levante-se, vamos, apresse-se, deve tomar um banho e ter uma boa refeição urgente.

   Tomou Helena pelo braço e a guiou pela cidade até o Reis e Rainhas.

   Chegando ao destino, pararam as duas frente aos portões. Lucia deu um grande suspiro comtemplando o que era seu, e o apresentou a nova moça da casa.

   - Aqui está! Não é lindo?

   Helena definira que seria quase um prédio ou pensão. Podia-se observar um primeiro andar adornado por janelas. Mesmo após estas, a estrutura continuava a crescer. Agora com um paredão liso, o que o tornava bastante robusto. Por recepção, portões altos de cor esverdeada, com setas nas pontas e círculos brancos entre as barras de ferro, criando uma sequência ondulada.

Logo após havia um jardim muito bem cultivado. Diversas flores e rosas coloriam ainda mais o distinto local, numa pequena área que circundava a entrada do estabelecimento. Formando quase uma mine praça. As portas de entrada do prédio eram de fato convidativas. Localizavam-se exatamente ao meio, olhando-se de um canto a outro. Com uma breve sequência de degraus que cresciam largos, de ponta a ponta, e em seguida estreitando-se, formando uma bela silhueta cada vez que mais próximos da porta. Até se encontrarem por igual. A porta por sua vez de madeira bastante amarronzada, com rosas entalhadas. Também possuía no centro de cada uma delas, vidraças, mais uma vez contendo rosas desenhadas. A cor do prédio acompanhava ás dos portões. Um branco quase bege e marcado pelo verde nos recantos da porta e de cada janela.

   Com certeza pôde observar que aquele lugar era singular.

Por fim, uma imponente placa... Reis e Rainhas.

- Bem vinda! - Disse Lucia abrindo os portões, e indicando a entrada com o braço estendido.

   Helena, incerta, inclinou-se e passou os portões. Já estava dentro quando percebeu que Lucia os trancava atrás dela.

- Boa garota. - Disse Lucia.

Sucederam-se os passos. E então se abriram as portas do luxuoso local. Helena encontrou-se boquiaberta com o interior do prédio. Era simplesmente majestoso e retocado em seus mais íntimos detalhes. Um salão onde se destacava o marrom das mesas, cadeiras e piso, todos em madeira. Um lustre suspenso deslumbrante incendiava-se no centro do espaço. Passeava seu olhar curioso, quando percebeu um largo balcão à esquerda em frente a uma estante que empilhava séries de garrafas de bebidas.

Ela me trouxe para um bar?!  Perguntou-se Helena.

- Meninas! - Disse Lucia em voz alta, como quem convoca uma tropa.

   Após seu reclame, começara a ouvir algumas vozes e passos. Helena começou a buscar cada um por aquele grande espaço.

- Vamos garota! Venha, não tenha medo. Afinal você já está dentro.



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