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História Hello Neighbor - Let's play a game.


Escrita por: Anagassen

Notas do Autor


HELLOOOOOOOOOOOOOOO LIROU FRIENDIXXX!!

Como vocês estão? Espero que bem!! <3

Vamos aos avisos?

Este é o penúltimo capítulo de Hello Neighbor, então na semana que vem já é o final! E no dia seguinte vou lançar o bônus 1 (vão ser dois), então fiquem atentos! u.u

Aqui já teremos a primeira revelação! Será que vocês acertaram? :P

Queria muito saber se gostaram, então se possível deixem um comentário contando a reação! <3333

Lembrando: A revelação é do SK desorganizado!

Terminei o capítulo por agora, então se possível ignorem os erros de digitação!!

Uma boa leitura! <3

ps: Tem uma cena inspirada em Until Dawn! -q

Capítulo 13 - Let's play a game.


"Tão certo quanto a bala que rasga a carne, o órgão e o osso da vítima, é a quebra da imagem do homem que puxa o gatilho." – Max Payne.

 

O silêncio do local era desconfortante, dois pares de olhos procuravam desenfreadamente por duas pessoas que já não estavam ali. O pior é que não haviam demorado nem mesmo uma hora para se livrar de todas aquelas fotos. As duas mulheres pararam no caminho somente para deixar Jessica e Seulgi na casa da garota e então partiriam para uma conversa importante. O problema... É que tudo estava tão silencioso que chegava a ser estranho. Somente um abajur quebrado e algumas gotas de sangue espalhadas ao chão. Apesar de a porta estar fechada, todas as luzes estavam acessas. Tiffany fora para a cozinha e notou que tudo fora deixado pela metade, que somente tinham desligado tudo o que estava no forno. Porém fora um detalhe pequeno, mas extremamente bem posicionado que fizera ambas se entreolharem assustadas. Bem em cima do fogão estava escrito com uma caneta marca texto: “Ce”. Taeyeon apontara para a porta da cozinha, fazendo com que Tiffany lhe seguisse. Outro pedaço do recado, sendo o que parecia ser a continuação da palavra: “Lei”. As duas moças prestaram a atenção bem na mesinha da sala a última parte. “Ro”.

– Celeiro? – Tiffany indagara em um sussurro, tendo os olhos atentos para o resto da sala, procurando por qualquer outra pista. – Quem escreveu isso?

– Eu não sei, mas creio não seja o mesmo autor que quebrou o abajur e deixou as gotas de sangue. – Taeyeon franziu o cenho. – Não me lembro de muitos celeiros pela região... O único que conheço está abandonado há muitos anos.

– Tem gotas de sangue em uma região só... E tem um abajur quebrado. – A castanha aproximou-se do vidro, mas sem se abaixar.

– Abajur este que não tem uma única gota de sangue. – Completou com um tom de voz suave. – Quais são as chances do Nichkhun ou qualquer outra pessoa ter pegado os dois despreparados?

– Podem ter pegado um de cada vez... A pessoa que escreveu celeiro não iria conseguir fazer isso aqui sem que... – Fitou Taeyeon e engolira em seco. – Estivesse sozinha.

– Foi a Irene, pegaram o Sehun primeiro. – Taeyeon tinha a mesma linha de raciocínio da mais nova.

– Pegaram ele antes da gente voltar... Sabe-se lá quanto tempo antes. – Tiffany voltou a procurar algo pela sala e Taeyeon sabia muito bem o que era. O walk-talk. – Você tem ideia de onde fica esse celeiro?

– Tenho, mas é muito longe. – A morena lhe puxou a mão. – Não temos tempo para achar esse walk-talk. Um deles está lá há mais tempo... E se não nos apressarmos não vamos achar nenhum dos dois com vida.

– Vamos, no caminho eu ligo para Jessica. – E ambas saíram juntas e somente encostaram a porta. Não tinham tempo nem mesmo para trancá-la.

 

--

 

A mulher estacionou o carro perto do celeiro, saindo rapidamente do mesmo e guardando as chaves no bolso da calça jeans. Seus olhos demonstravam um medo descomunal para o seu tamanho. Nem mesmo quando fora ameaçada nas duas vezes sentira aquilo que praticamente lhe destroçava por dentro. Procurava por outro carro, mas só conseguia avistar a enorme porta do celeiro entreaberta. Aproximou-se com um devido receio, tendo os ouvidos atentos a qualquer coisa próxima de si. Estava tudo tão escuro que a moça cogitava ligar a lanterna. Adentrou o local escuro e finalmente ligou o objeto. Seus olhos piscaram em grande confusão e sua reação inicial fora franzir o cenho e andar pelos cantos. Teria vindo ao celeiro errado? Achava isso ao menos até o momento em que notou marcas fortes que começavam da porta e que seguiam até o fim do celeiro.

Irene fora seguindo as marcas de longe, não tendo coragem de se aproximar. Parecia que alguém havia sido arrastado pelo chão e nitidamente havia sido recente. Passava por trás das grandes máquinas e sentia-se apreensiva por suspeitar de que havia alguém dentro de algum trator ou algo do gênero. Seus olhos estavam atentos, mesmo que a visão não estivesse das melhores naquele escuro. O local apesar de abandonado, estava lotado de coisas cortantes e enferrujadas. A jovem reparou que as marcas paravam no que parecia ser um chão sujo de feno e que curiosamente parecia ser a única área com aquilo. Engolira em seco ao se aproximar e arrastar com o pé um pouco do feno, avistando uma fechadura velha e enferrujada. Quando havia se abaixado para puxar o que quer que fosse, eis que uma luz muito forte se acendera no que seria um segundo andar do celeiro. Era uma sala com janelas de vidro e que parecia ser algum tipo de escritório. A jovem rira pela respiração, mas não por muito tempo... Seus olhos se arregalaram ao avisar alguém.

Era Sehun.

O rapaz tinha uma mordaça nos lábios e os olhos bem arregalados. Seu olho estava roxo e nariz torto, tendo um pouco de sangue seco na região. Balançava a cabeça rapidamente, como se dissesse para a garota recuar ou lhe alertasse de algo que estava por vir. Sua teimosia fizera a moça apontar a luz para uma escada e começar a correr rapidamente até lá.

O que não imaginava, era que isso lhe salvara de levar com uma pá bem no meio de sua nuca. A pessoa com a pá não apenas errou, como também fizera o barulho que não queria. E aquilo certamente que chamou a atenção da moça, que pulava os degraus com pressa. Tentou abrir a porta, mas esta estava muito bem trancada.

– Droga. – Sussurrou para si mesma e fechando os olhos com força ao perceber que os passos na escada pararam. A pancada que viera a receber na nuca fora tão forte, mas tão forte que a moça dera com a cara na porta de metal velho.

No lado de dentro da sala, eis que ouvindo tudo isso, Oh Sehun começara a tentar se soltar de todas as formas, tendo o desespero dentro de si a crescer muito. Seus gritos foram abafados pela mordaça e o rapaz sentira alguém lhe segurar os ombros com força.

– Abra a porta. – A pessoa no lado de fora dissera com uma tonalidade fria. Calmamente a criatura dentro da sala se desprendera dos ombros alheios e destrancou a porta, notando seu parceiro carregar a moça desacordada.

– Ela corre mais que você. – Dissera com um sorriso cínico nos lábios e estendendo a mão. – Me dê a pá, o querido acordou e você não comprou nada para apagá-lo caso acordasse.

– Poderias vir a fazer algo ao invés de só reclamar! – Respondera-lhe sem paciência e encostando a garota em uma parede. Voltou para as escadas somente para pegar a pá e nem mesmo esperou a resposta, entretanto fizera diferente. Ao invés dar com a pá, eis que o ser dera-lhe um soco no mesmo olho de mais cedo...

 

--

 

Taeyeon dirigia desesperadamente pelas ruas mal iluminadas, enquanto Tiffany discava o número de Jessica. Já havia errado aquele bendito número três vezes e ficava cada vez mais nervosa com aquela situação. O telefone da polícia estava fora de área e alguns postes de energia elétrica estavam caídos pelo caminho. Era assustador pensar que iriam chegar lá sozinhas e tendo de arrumar um plano de salvá-los também sozinhas. Taeyeon em um determinado momento do caminho reduziu a velocidade, reparando em um carro destroçado e abandonado logo ao lado da estrada. Ambas sabiam de quem era aquele automóvel e fitaram-se assustadas.

Era de Nichkhun Horvejkul.

Ambas pararam saíram da caminhonete no mesmo instante em que Taeyeon parou. Observavam receosamente que seja o que estivesse fazendo... Nichkhun não apenas saiu bem e provavelmente andando, como também levou o que lhe interessava. O porta-malas estava aberto o que causava certo alvoroço em ambas. Tinha gotas de sangue espalhadas por todo o local, assim como no chão perto do carro.

– Ok... – Taeyeon murmurou. – Quais são as chances do monocelha além de ter batido no seu irmão, sequestrado ele... Ainda ter batido o carro e saído tranquilamente com Sehun no colo?

– Sehun é alto... Consequentemente não é tão leve assim pela estrutura física. – Tiffany andou até a porta do motorista, notando que tinha sangue dentro do carro. – Tae...

– Espera aí... Ele além de bater, sequestrar, sofrer um acidente e sair levando um Sehun desacordado nas costas... O monocelha demoníaco ainda por cima se encontrava machucado? Caramba... Se for ele, o cara é bom mesmo. – O tom de voz da baixinha era de completo horror. – E o cara ainda por cima ameaçou a minha irmã! Vamos, Tiffany! Vamos aproveitar que o monocelha sequestrador, assassino e nojento que tenta roubar a Crush das vizinhas está todo machucado! Vou acabar com ele! – Já saíra puxando a garota rapidamente para de volta a caminhonete. A castanha adentrou antes mesmo que a morena e tornou a tentar efetuar a ligação para Jessica, finalmente conseguindo!

– Vocês estão bem? – Indagara seriamente e notando Taeyeon pisar no acelerador.

Sim, nós estamos bem! Menina, tem até uns babados fortes que já ocorreram por aqui, a família dela me chamou até para o jantar! – Jessica parecia animada, enquanto a amiga apenas suspirou se sentindo culpada por aquilo. Sabia que o “rolo” da loira ia muito bem, mas aquele momento era crítico. Não tinham ideia do que havia tirado Irene de casa tão rápido ao ponto de só deixar uma mensagem escondida. – E aí? Está tudo bem?

– O serial killer levou o Sehun! – Exclamara com um tom de voz mais fraco, ouvindo um grito em resposta.

O QUÊ?

– É isso mesmo que você ouviu, Jessie... Nichkhun ou quem quer que seja levou o Sehun e deixou alguma coisa indicando que a Irene tinha de ir atrás. – Tiffany explicou e deitou a cabeça no vidro do carro. – O sinal está horrível, como você deve ter notado. Demorou um bom tempo até conectar a chamada contigo.

Você precisa que eu vá até a delegacia? Não conseguiu ligar para lá, certo? – A castanha pudera ouvir a loira fazer algum barulho no outro lado.

– Exatamente, eles estão sem telefone. A ligação cai direto!

Vou descer um barraco com eles! Só preciso do endereço e do local... Preciso que você me passe o que exatamente vocês viram, tudo bem?

– Tudo bem!

 

--

 

Lentamente a moça fora abrindo seus olhos, tendo uma tontura a lhe acarretar uma terrível dor de cabeça. Tentou inicialmente enxergar o que tinha bem a sua frente e surpreendera quando se dera conta que era justamente Sehun. Este agora não tinha mais a mordaça na boca e estava sem os óculos. Fitaram-se silenciosamente até a moça tentar mexer as pernas e notando estar bem presa na cadeira de madeira. Curiosamente uma de suas mãos estava solta, enquanto a outra estava presa na cadeira. Irene fechou os olhos com força e os reabriu pouco tempo depois. Respirou fundo e começara a tocar as correntes que lhe prendiam na cadeira, vendo se por um acaso não tinham feito o favor de não prendê-la direito. E para o azar do casal não tiveram lá muita sorte.

– Não adianta... – Sehun sussurrou. – Eu já tentei.

– Por que deixaram um braço solto? – A jovem fizera careta. – Não tem lógica.

– Tem... Se você olhar por trás de mim e para trás de você. – Dera-lhe um sorriso conformado. – É o fim da linha.

– Como? – Irene esticou-se para tentar enxergar o que havia atrás do rapaz, deixando seu queixo cair ao perceber uma serra enorme em uma máquina duvidosa. Pareciam aquelas serras enormes de cortar madeira, mas estavam posicionadas ali delicadamente, pois o espaço não era tão grande assim. Virou um pouco o rosto para o lado, tentando enxergar o que havia atrás de si e notando outra serra da mesma máquina. Rira pela respiração. – Não...

– Olha pra mesa. – Sehun não parava de lhe fitar em momento algum. – Ele não precisou falar, é meio óbvio o que ele vai te mandar fazer. – Nitidamente tentava manter a calma. Irene se focou no objeto em cima da mesa e em seguida no ambiente todo, estranhando-o. Parecia a sala branca da casa de Nichkhun, mas era ainda pior. Não tinha janelas e era realmente muito frio. A jovem observava o objeto sobre a mesa e balançava a cabeça sem acreditar naquilo.

– Eu não vou fazer isso. – Sussurrou sem muita paciente e rindo pela respiração.

– Parece que a Princesinha acordou, não é mesmo? – Pudera ouvir a voz vinda de uma caixinha de som que estava em outra mesa. O casal estava bem no centro da sala, separados somente por uma mesa de metal que mais parecia uma maca... – Eu quero utilizar de um jogo muito interessante com vocês. – A voz saía distorcida, não dava para saber bem de quem era, entretanto a única certeza de ambos é que era de um homem.

– Eu não vou fazer isso. – Irene repetiu a mesma frase e ainda mais incrédula.

– É tudo muito simples, meus caros. Ou Irene atira no Sehun e mata o namoradinho... – A pausa dramática fazia tudo ficar pior. – Ou atira em si mesma. – A risada causava calafrios em ambos. – Ou...

– Eu não vou fazer isso! – Dissera agora entredentes.

– Ambos morrem com a serra. – O tom de voz se tornou estupidamente frio. – A serra vai cortar um dos dois de certeza, quem levar o tiro vai perder a cabeça. – Explicou com uma falsa tonalidade calma. – Você tem um minuto para decidir, querida.

 

--

 

As portas da delegacia foram abertas por uma loira sem um único pingo de paciência. Logo atrás de si vinha uma moça atrapalhada e que tentara lhe convencer que não era seguro sair assim na rua por aquela hora, ainda mais depois do que tinha acontecido. Era melhor esperar e tentar ligar de casa, mas Jessica Jung definitivamente não era aquele tipo de pessoa que esperava o pior acontecer para agir. Se tivesse de por a delegacia para baixo para mandarem gente até o endereço em suas mãos... Iria! Parou em frente a um balcão e reparou que ninguém estava ali. Boa parte da cidade estava sem luz devido a um problema nos postes por causa de alguns acidentes ocorridos nos últimos dias. Jessica reparou em um pequeno sino de campainha no enorme balcão e sorriu divertidamente. Começara a apertá-lo várias e várias vezes, dando um susto até na pobre Seulgi que estava ao seu lado.

– NÃO É POSSÍVEL QUE NÃO TENHA UMA ÚNICA ALMA VIVA DE PLANTÃO! – Gritou indignada e notou um policial vir correndo na direção de ambas.

– O que aconteceu? – O homem questionou ainda assustado. – O que as Senhoritas desejam?

– Olha, o que eu desejo mesmo não posso ter, viu? Que é passar UMA noite nessa cidade sem me incomodar. Ô cidadezinha encapetada, viu? – A loira estava com as mãos na cintura. – Mas o que temos para hoje é que assim...

– O irmão da melhor amiga dela foi sequestrado por quem está matando loucamente nessa cidade e provavelmente a irmã da Crush da melhor amiga dela foi seduzida para seguir e tentar achar sozinha o rapaz. – Seulgi falou tão rapidamente, que até mesmo Jessica lhe fitou assustada.

– Quê? – O policial arregalou os olhos. – Você tem os nomes das pessoas sequestradas?

– O da moça é Kim Irene e o do rapaz é- – Jessica falava calmamente até ser sutilmente cortada por Seulgi.

– Oh Sehun. – Falara tão naturalmente que a loira lhe fitou assustada de cima para baixo. – Estão nesse endereço aqui. – Puxou o papel das mãos da jovem e entregou ao policial. Este fora para dentro chamar uma viatura e a mais nova apenas fitava a loira curiosamente. – Algum problema?

– Você acertou o nome dele. – Jessica murmurou incrédula enquanto Seulgi rira divertidamente.

– Você realmente acha que eu não sei falar o nome dele? Eu erro de propósito na maior zoeira mesmo. – Dera de ombros. – É engraçado, porque ele fica todo irritado. – Dissera como quem nada quer.

 

--

 

A tensão naquela sala somente aumentava, tendo Irene a fitá-lo fixamente. Sehun lhe fitava ainda tentando sorrir, mesmo sabendo o que viria a seguir. A moça parecia perdida dentro de seus próprios pensamentos, o olhar era vago e ficava cada vez mais pálida. Lentamente esticou o braço para pegar a arma e segurá-la com firmeza. Respirou fundo antes de finalmente vir a falar algo.

– Eu tenho que te dizer algo. – O tom de voz era estranhamente calmo.

– Irene... – Até tentou começar um discurso do porque ela tinha de atirar nele e depois sair correndo na primeira oportunidade, mas a moça não lhe deixou continuar.

– É importante, então escute com atenção. – Pendeu a cabeça para o lado. – Mais cedo você me falou sobre uma garota que gostavas e que todo natal ou época de natal vinha visitar a família da Hyuna... – Seus olhos marejaram e curvou a boca com um leve sorriso. – Você achava que ela não era real, mas... – O queixo do rapaz caiu no mesmo instante. – Ela era... – Engolira em seco. – Eu sou real.

– Você... – O queixo do rapaz tremia bastante e seus olhos marejaram no mesmo instante, mais que os da moça. – Atire em mim.

– O que eu quero dizer é que... Você também foi o meu primeiro beijo e consequentemente foi o meu primeiro amor. – Segurou com a firmeza a arma, tendo um olhar diferente. – As minhas melhores lembranças do tempo que tinha que conviver com aquela babaca... São justamente com você. Na verdade... Na maior parte das minhas melhores lembranças você está presente. – Ouviram um barulho vindo do andar de cima, mas nenhum dos dois quebrou o olhar. – Me perdoe por isso. – Sorriu tentando confortá-lo. O rapaz apenas se encolheu e fechou bem os olhos.

– Tudo bem, pode atirar.  – Dissera tremulo.

– Sehun. – Irene chamou-o. – Entre te matar ou cometer um suicídio...

– Tudo bem, eu compreendo. – O rapaz engolira em seco, fitando-a mais corajoso.

– Eu prefiro morrer. – Sussurrou a última parte antes de destravar a arma e apontá-la para a própria cabeça.

– NÃO!

O grito em completo desespero de Sehun fora a última coisa a ser ouvida antes do barulho ensurdecedor do tiro ecoar por toda a região.

 

--

 

O barulho do tiro fora tão alto que conseguira assustar as duas mulheres no lado de fora do celeiro. Bem naquele momento estavam vasculhando o carro de Irene em busca de alguma coisa as levasse até a mulher. Porém com todo aquele alvoroço as duas imediatamente se afastaram do automóvel. Tiffany fora a primeira a correr para o lado de dentro, mas puxada imediatamente para o canto. Taeyeon silenciosamente tampou a boca da mais nova com a palma da mão e apontou para a figura que descia as escadas a passos firmes e barulhentos. Não parecia nada feliz e o casal nem mesmo tinha ideia de quem podia ser. Estava tudo tão escuro que até sobre a altura estavam em dúvida. Entreolharam-se assustadas e decidindo por se aproximar lentamente da escada que levava até a sala.

– O tiro veio de lá? – Tiffany sussurrou assustada e notando Taeyeon negar a cabeça.

– Se fosse de lá, teria sido muito mais alto... O tiro parece de vindo daquele local. – A morena apontou discretamente para o local que estava sendo destrancado por aquele ser ao qual nenhuma das duas tinha coragem de se aproximar.

– Subimos ou descemos? – A indagação até seria respondida, se por acaso não tivessem ouvido algo próximo delas. Movimentaram-se adiante e repararam que não muito longe tinha outra pessoa. – São dois, Taeyeon! Dois!

– Merda. – Dissera entredentes irritada. Avistou algo curioso perto da escada. – Olha!

– Uma pá? – Tiffany retrucou incrédula. – Você quer usar isso de arma?

– Não só quero, como vou! – Murmurou antes de literalmente sair correndo até a escada. E com o barulho, eis que chamaram a atenção de quem estava de vigia. Tiffany saíra correndo logo atrás da namorada e já a puxando para subir as escadas e adentrar aquela sala. A criatura vinha correndo rapidamente até elas, mas tivera a porta fechada bem em sua cara. Taeyeon empurrava com o corpo a porta e a mais nova já ia puxando uma mesa para tampar.

– POR QUE COM VOCÊ TEM QUE SER TUDO NO AGORA OU NUNCA? – Tiffany gritou irritada a notando soltar a porta para lhe ajudar a encostar a mesa. – Droga, droga, droga... – Olhou desesperada pela sala e notando um sistema de câmera montado no canto. – Tae...

– Foi por isso que esse pedaço de bosta tirou tudo de casa? – A baixinha já fora se aproximando com a pá em mãos e então se perdendo com a visão de uma das câmeras. – Tiffany...

– Meu Deus. – O queixo de ambas caíra ao perceberem o que acontecera dentro daquela pequena salinha.

 

--

 

Após o tiro tudo o que podia se ouvir naquela sala era a respiração descompassada de Oh Sehun e este se encontrava realmente muito pálido. A mulher a sua frente tinha a testa franzida, olhando incrédula para a arma em questão. Quando observaram o homem descer as escadas com raiva, fora o momento em que Irene erguera novamente a arma e puxou o gatilho várias vezes contra o mesmo, mas nada acontecia. Nada! Apenas saíam os sons de tiros, fazendo o casal se entreolhar surpresos. A criatura batia palmas ironicamente, tendo aquela estranha risada a sair por trás da máscara que lhe escondia o resto.

– Isso foi... – A voz ecoou por toda a sala. – A coisa mais ridícula que eu já vi na minha vida! – Exclamara enojado e arrancando a arma da mão da mulher, mostrando quase colada no belo rosto. – Essa merda é falsa! – Chutou a mesa com força, fazendo com que ambos se encolhessem. – POR QUE VOCÊ SIMPLESMENTE NÃO ATIRA NELE, SUA IDIOTA? – Segurou-lhe as bochechas com violência, deixando as marcas de seus dedos na pele da moça.

– Deixa ela em paz! – Sehun vociferou irritado e fitando-o friamente.

– Ou o quê? – A criatura soltou-a e se focou no rapaz. – O que você vai fazer, Sehunzinho? Oh! Ele não pode fazer nada! – Rira maldosamente. – Porque está preso! – Balançou a cabeça em negação e jogou a arma longe. O casal lhe fitava friamente, causando surpresa no serial killer. – Vocês realmente tem essa audácia?

– Tira essa merda de máscara de uma vez! Deixa de ser covarde! – Sehun forçou um sorriso estranho. – Só tem coragem quando quer atacar os outros pelas costas, certo? Você se acha esperto... Mas é só um babaca que acha que pode tudo!

– E você é só um idiota que acha que é inteligente, mas é só um nerd perdedor que acha que pode e que vai ficar com a coleguinha... Mas não vai. – Dera as costas para o maior, fitando a jovem e lhe segurando os ombros. – Por que? Diga-me o motivo destes belos olhos castanhos só se focarem no nerd desengonçado? Achas que tem que ficar com ele só por causa do passado, Irene? Estes lindos olhos castanhos deviam se focar... NA MINHA PESSOA! – Gritou indignado.

– O que eu faço ou deixo de fazer da minha vida... É unicamente problema meu. – Forçou um sorriso cínico antes de fechar a mão com força e dar um soco muito forte na região do homem de pé, que gritou realmente alto.

 

--

 

A tática usada por Tiffany e Taeyeon para sair daquela sala não fora lá das melhores, já que resolveram sair justamente pela mesma porta que entraram. Perceberam que curiosamente aquela pessoa não estava mais ali. Arrastaram a mesa com cuidado e ligaram as luzes pelo gerador que ficava ali dentro. Nenhum sinal de vida por ali em cima, então cuidadosamente o casa saiu e descera as escadas. Não conseguiam ouvir muito da discussão vinda do “andar” abaixo, apenas alguns ruídos. Taeyeon erguera a pá ao se aproximar do buraco grande.

– Vou matar esse desgraçado se ele tocou na minha irmã. – A baixinha sussurrou mortalmente e com um olhar de dar medo. Desceram lentamente as escadas e perceberam um pequeno corredor com uma porta entreaberta. Fitaram-se desta vez em silêncio e se aproximaram. Quanto mais chegavam perto... Mais podiam notar que aquela sala era estranhamente branca e bem cuidada. No canto que dava para ver pela porta, ambas podiam observar um quite de coisas de médico e alguns quites com lâminas muito afiadas.

– VAGABUNDA! – Ouviram o grunhido em raiva do que quer que fosse e Taeyeon não esperou nem mais um segundo. Chutou a porta com tudo e já fora para cima de quem quer que fosse, batendo-lhe muito forte com a pá. – QUE MERDA É ESSA?

– VOCÊ ACHA QUE PODE SEQUESTRAR A MINHA IRMÃ, SEU PEDAÇO DE BOSTA? – Gritou enfurecida enquanto Tiffany corria para o irmão e a cunhada, soltando-os na maior velocidade que conseguia. – E AINDA POR CIMA OFENDÊ-LA ASSIM?

– A máscara, tira a máscara! – Irene exclamara nervosamente e logo ajudando Tiffany a levantar Sehun. Após tantos socos o rapaz nem conseguia se manter de pé sozinho. Taeyeon puxou a máscara do homem no chão, fazendo o queixo de todos caírem. Ou nem tanto... Ao menos a feição de Sehun era mortal e a de Irene era de horror. – Você...

– EU VOU TE MATAR, SEU DIRETORZINHO DE MERDA! – Gritou enfurecido o rapaz que se atirou no chão em cima de Kyungsoo. E até mesmo partiriam para uma briga mortal...

Partiriam caso não tivessem ouvido alguém atirar para cima com um revolver. E pelo barulho e por algo ter caído do teto... Aquela arma era de verdade. Uma mulher os fitava com deveras ódio e um sorriso forçado.

– Afasta o nerd. – A voz de Kim Hyuna se fizera presente, assim como aquele sorriso forçado e extremamente maldoso. Irene e Tiffany rapidamente puxaram Sehun para que este ficasse perto delas. – Levante-se, Kyungsoo. – O homem levantou-se com dificuldade e tonto, mas com um sorriso irritante nos lábios. – Acho que o combinado era de que você não poderia contar a ninguém, Kim Perfeitinha. – Direcionou a mira da arma para a própria prima. – Sabe que... Até que foi bonitinho você contando a verdade? – Indagara ironicamente. – Fiquei comovida! – Irene nada falava, apenas a fitava fixamente.

– Qual dos dois fazia as ameaças? – Sehun indagara seriamente.

– Você é idiota ou quê, Oh? É claro que sempre fui eu! – Kyungsoo rira debochadamente e sorria largo, mostrando que o interior de sua boca estava sangrando bastante devido a surra que levou de Taeyeon. – O trato foi bem claro, Irene... Mas é como dizem aqueles clichês básicos, sabe? – Pegou educadamente a arma das mãos de Hyuna. – Eu até mataria o seu namoradinho, mas se você vai não ficar comigo...  Se eu não posso desfrutar destes lindos olhos acastanhados... – Apontou para a mais nova, que arregalara seus olhos e acabando por travar no mesmo local. – Então ninguém mais pode.

Nem mesmo se importou de esperar. Somente destravou a arma e puxou o gatilho. O que não contava... Era que em meio ao seu discurso a polícia chegasse e sua parceira desse no pé. O tiro que iria atingir a moça fora disparado, mas para o azar de Do Kyungsoo, eis que Sehun se colocou na frente de última hora, levando um tiro nas costas e abraçando-a com força. Em meio a isto, eis que Taeyeon o empurrou e a polícia finalmente dera as caras, após uma longa demora.

Fora coisa de um minuto para que gritassem por uma ambulância e que prendessem o Diretor após o prensarem no chão. O desespero de Tiffany e Irene era notável, uma vez que tentava a todo custo parar o sangramento do rapaz.


Notas Finais


ATÉ A PRÓXIMA, AMIGUINHOS!


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