1. Spirit Fanfics >
  2. Hello Neighbor >
  3. O primeiro emprego é sempre o mais emocionante.

História Hello Neighbor - O primeiro emprego é sempre o mais emocionante.


Escrita por: Anagassen

Notas do Autor


HELLOOOOOOOOOO LIROU FRIENDIX! <3

Como estão? Espero que bem!

Perdoem-me pela demora ): fiz esse um pouquinho maior e espero que gostem!!

ESTÁ ABERTA A TEMPORADA DE TEORIAS! (parei) HUAHUAEHUEAHUEAHUAE
Espero que gostem e por favor, relevem os erros de digitação! <3

Uma boa leitura!

Capítulo 2 - O primeiro emprego é sempre o mais emocionante.


A noite fora longa para a jovem Hwang. Tiffany ficou por pelo menos três horas naquela janela esperando que novamente avistasse Kim Taeyeon. Já era perto das quatro da manhã quando a baixinha retornou a casa do outro lado da rua. Desta vez Tiffany fingiu que já tinha ido deitar e desligou todas as luzes. Por que estava tão interessada no que sua vizinha fazia? Nem mesmo ela saberia responder. Apenas achava muito estranho que após todos esses sumiços que a mulher ainda saísse assim de madrugada e chamando a atenção. Deveria de ser muito audaciosa para não vir a se importar com o perigo. Tiffany ainda ficou uma boa meia hora analisando a janela antes de ter a total certeza que nada mais estranho iria acontecer por ali. O problema mesmo era que tinha combinado que estaria pronta às oito horas e a esperaria na frente de casa.

E pensativa do jeito que estava, se Tiffany havia conseguido dormir duas horas ainda era muito. Arrumou-se bem o suficiente para esconder as olheiras e não parecer tão sonolenta. Já até imaginava o climão que poderia vir a ser dentro daquela caminhonete, mas tentaria fingir que nada acontecera. E assim o fizera ao dar um leve sorriso para a mulher e adentrar a enorme caminhonete.

Provavelmente se Tiffany pudesse voltar no tempo, voltaria no momento em que aceitou a carona de Kim Taeyeon.

O automóvel conseguia ser tão sombrio quanto a dona, assim como as músicas que escutava. Música clássica! Aprendera com os filmes de terror, livros e outras leituras consideráveis como fanfics que aquilo nunca era uma boa combinação. Fitou-a com o canto dos olhos e dera um sorriso leve quando a mesma lhe fitou com a sobrancelha erguida.

– Algum problema? – Indagara ríspida para a mais nova.

– Por que você me ofereceu a carona mesmo? – Tiffany colocou o cinto e dera de ombros quando a mulher começara a dirigir.

– Não sei... Por que você estava me bisbilhotando de madrugada? – Taeyeon retrucou como quem nada quer. – Sabe que isso é invasão de privacidade, certo?

– Só é se eu invadir a sua propriedade ou seja lá o que for além disso, mas... – Tiffany dera um sorriso sacana. – Olhar pela janela não é invasão de privacidade... Não vou ser presa por isso. – Dera de ombros.

– Realmente não, mas é muito feio para uma menininha da sua idade estar bisbilhotando alguém a um ponto onde se espera sentada e atrás da cama até as quatro da madrugada. – Taeyeon tinha um tom muito calmo, mas exalava frieza com o olhar. – Muito, muito feio, Senhorita Hwang! – Semicerrou os olhos para a estrada.

– Mas estava tudo escuro! – Tiffany exclamara indignada. – Como você me viu, criatura? Aff! Não nasci pra ser investigadora!

– Definitivamente não. Você usou o celular para ver as horas e a luz refletiu no espelho, que refletiu na janela e que obviamente lhe denunciou. – A morena rira desdenhosa. – Você é muito iniciante, mocinha.

– Droga. – Cruzou os braços emburrada e notou a mulher dirigir quieta até a cidade. O que não fora de todo mal, é claro.

O centro da cidade não era lá muito grande, mas dava para sobreviver. Ao contrário do que imaginou, Taeyeon até que fora muito gentil com ela pois saiu do carro consigo e começou a lhe guiar para os estabelecimentos que estavam precisando de funcionários. Quando Tiffany falou do currículo ao qual se esquecera de fazer, a morena apenas rira da sua cara. Taeyeon lhe explicou com grande calma que os cargos da cidade, em sua maioria, eram preenchidos por indicações. E que como Tiffany era irmã de Sehun e o irmão da moça sempre ajudava Taeyeon a limpar a rua no outono, então ela viria a fazer aquele favorzinho por ele.

Ele, é claro. Pois a baixinho deixou bem claro que achou  Tiffany uma “patricinha babaca e metida na vida dos outros.”, bem nestas palavras.

Parara em frente a uma velha farmácia cujo os dizeres das placas já estavam perdendo a tinta. Que por um acaso era em um vermelho forte. Lá de dentro se dava para escutar uma suave melodia de música clássica e cristã. Taeyeon apontou para a porta e enquanto ia levantando a mão para abrir a porta, eis que fora impedida por uma Tiffany muito séria.

– Não.

– Por que não? Eles precisam de um caixa! É fácil isso, você vai passar o dia sentada! – Taeyeon parecia incrédula. – O cara tá trabalhando sozinho, coitado!

– Li em uma fanfic por aí onde o serial killer era um farmacêutico muito psicopata e que envenenava as pessoas. E ele ouvia música clássica. – A garota erguera o queixo e voltou a andar para a loja seguinte, deixando uma Taeyeon resmungante para trás.

– Sério mesmo que você vai rejeitar-

– Cala a boca! – Tiffany dissera seriamente e notou-a lhe fitar mortalmente. – Quer dizer...

– Não brinque com fogo, garota. Ou eu te faço voltar andando! – Taeyeon dissera grosseiramente e dando uma cotovelada na moça. – Se você não quer trabalhar na farmácia, então tenta na cafeteria.

– Mas eu não sei manusear muitas xícaras, eu sempre deixo-as cair- – Tiffany fora calada com o dedo indicador de Taeyeon em sua boca, tendo a mulher um olhar deveras assustador para si.

– Se achar ruim, então vai trabalhar como estagiária em um cemitério!

E a resposta automática de Tiffany foi abrir a porta da cafeteria com os olhos bem arregalados.

 

--

 

O rapaz terminava de recolher os exercícios dos alunos e dava tchau com a mão para todos. Esperou até o último sair para finalmente guardar os documentos em sua pasta e se levantar com grande calmaria. Olhou em seu relógio de pulso e constatou o óbvio. Era perfeito com números a um ponto em que sempre adivinhava quando seus aluninhos iriam terminar as atividades ou as provas. Sabia o perfil de cada um e tomava muito cuidado para conseguir explicar de um jeito que até o pequeno com maior dificuldade conseguia entender. Certificou-se que apagou todas as luzes e deixou a sala arrumada. Certamente que não queria dar trabalho as senhoras da limpeza que sempre eram tão gentis com o jovem professor. E era provável que Sehun iria direto para a sala dos professores deixar as chaves e quiçá começar a corrigir por ali mesmo.

Iria.

Parou em frente a sala de literatura e reparou que sua vizinha, Kim Irene, ainda dava calmamente sua aula. Aproximou-se cuidadosamente para ouvir a explicação da vez. Adorava ouvi-la exclamar com tamanha dedicação, podia até mesmo sentir a emoção vinda de sua sutil tonalidade de voz. E no escuro ele sempre ficava para não ser notado e poder olhá-la em paz. Tinha grande receio de o fazer pessoalmente, apesar de realmente ser apaixonado por aquela mulher.

Assim como era gritante a dificuldade que obtinha sempre que pensava em ir falar com a mesma de outra forma. Não se imaginava em momento algum chamando aquela mulher para sair. Não se achava nem mesmo perto do nível de Irene, assim como acreditava fielmente que a mesma deveria ter um namorado ou alguns casinhos. Observar de longe e onde não podia ser visto jamais fora um problema.

Ao menos até ser pego algumas vezes pelo diretor do colégio. E era sempre aquele mesmo problema.

– Professor Oh? – A indagação fria ao seu lado lhe fizera dar um pulo e quase jogar a pasta com os exercícios das crianças para o alto, mas conseguira se controlar a tempo. – Não tens o mínimo de escrúpulos? – A sua frente estava o Diretor do colégio, o Senhor Do Kyungsoo. Era baixo, porém sempre deixava o jovem e encabulado Sehun muito assustado.

– E-eu... – Engolira em seco e sorriu nervosamente. – Estava indo para a sala dos professores, Senhor Do. – Tentou se explicar com um tom de voz calmo.

– Oh sim... E se perdeu no caminho, não é mesmo? Melhor! Perdeu algo na porta da Senhorita Kim? – Rira desdenhoso para o funcionário. – Pois o Senhor estava parado sem a mínima pretensão de sair.

– Gosto da oratória da Senhorita Kim. – Sehun abaixou a cabeça envergonhado. – Ela tem uma voz muito bonita, aprecio o método dela de dar aula.

– Eu deveria demitir você... – O homem cerrou o punho, mas ambos tiveram a atenção tomada quando Irene colocou a cabeça para fora da sala.

– Olá! – Dera um leve sorriso. – Algum problema aqui?

– Não há problema algum, Senhorita Kim. Só estava convidando meu amigo Senhor Oh para ir a direção. – O olhar do homem para Sehun era de dar medo, mas seus olhos grandes e negros brilhavam!

– Eu... Eu tenho compromisso e era isso que estava tentando a falar o Senhor Do. – Sehun tentou não gaguejar e nem ficar vermelho.

– Poxa vida! Que pena, não? – Irene dera um sorriso doce para Sehun e em seguida para o chefe. – Pedi para o Sehun observar um pouco a minha aula e me esperar. Meu carro quebrou... – Fizera um biquinho pedinte ao homem. – E como a minha irmã está dando carona para a sua, eu pensei...

– Posso lhe dar uma carona, Senhorita Kim! – O diretor Kyungsoo exclamara com um leve sorriso.

– Já tenho carona, não tenho Sehunzinho? – A moça ampliou o biquinho pedinte, notado o rapaz calado em questão rapidamente assentir. – Ótimo! Mas obrigada mesmo assim, Senhor Do! Vou dispensar as crianças e vou pegar a minha bolsa. – E antes de sair, obviamente que dera uma leve e sutil piscadela para Sehun.

– Por hoje você passa, Oh... Por hoje você passa! – Kyungsoo exclamara rancoroso. – Mas se é guerra que você quer, é guerra que você vai ter! Nerd insolente... – O diretor fitou-o de cima para baixo antes de erguer o queixo e sair andando. Sehun deixou o queixo cair e arrumou os óculos em sua face. Apenas observou quieto as crianças saírem da sala e notou Irene arrumar as pastas.

Aquela seria definitivamente a carona mais difícil de toda a sua vida.

 

--

 

Tiffany havia conseguido o emprego de primeira, bastou uma conversa de dez minutos de Taeyeon com o dono do estabelecimento nos fundos da cafeteria. E castanha até suspeitava que a mesma tinha oferecido dinheiro ao homem, mas duvidava realmente que ela investiria algo na jovem. A única coisa que lhe deixou frustrada é que uma cliente adentrara faltando dez minutos para o seu turno acabar.

E quem era a individua?

Isso mesmo! Kim Taeyeon, é claro. Olhava muito torto quando fora pela quarta vez encher aquela maldita xícara de café. E todas às vezes aquela mulher lhe dava um sorriso divertido em troca.

– Belo uniforme. – A morena arqueou a sobrancelha direita.

– Obrigada. – Forçou um sorriso em resposta para a baixinha. – Já é hora de terminar o café, não? – Ampliou o sorriso falso.

– Quero bolo de chocolate. Pegue o bolo de chocolate. – Taeyeon apenas cruzou as pernas e abrira um jornal calmamente. – A propósito... Seu chefe saiu mais cedo e deixou a chave comigo, então a neném está trancada aqui comigo até a hora que eu quiser. – Dera de ombros.

– Vac- – Tiffany nem terminou de falar, pois a baixinha erguera o indicador.

– Pense bem no que você vai me dizer.

– Arrgh! – Exclamara a castanha irritada e indo atrás do tal do bolo de chocolate.

 

--

Já eram perto das oito horas quando Tiffany abrira a porta do quarto e pudera cair de cara na cama. Gritou frustrada e dera um tapa no colchão. Aquela baixinha do outro lado da rua era terrível! Aquilo fora horrível e tudo o que a moça gostaria no momento era de falar com alguém. Notou que Sehun estava concentrado na sala corrigindo algumas coisas e decidiu por apenas dar oi e subir. Puxou o celular e olhou toda a sua lista de contatos, lembrando-se então da única pessoa ao qual não avisou que chegara bem. E eis que mal pensara na criatura e notou que estava recebendo uma ligação da individua. Engolira em seco e fizera o sinal da cruz, atendendo cuidadosamente o celular.

– Oi Jess... – Tiffany dera um sorrisinho nervoso e agradecera aos céus por Jessica estar muito longe para vê-lo.

OI JESS É A MINHA MÃO NA SUA CARA, SUA SAFADA! COMO ASSIM VOCÊ CHEGA NESSE FIM DE MUNDO E NÃO AVISA A SUA MELHOR AMIGA QUE CHEGOU BEM? SUA DESCARADA!

– Tive problemas técnicos e não consegui lhe contatar...

ALÉM DE VACA É MENTIROSA!

– Mulher, me escuta. Eu cheguei aqui e já tive que arrumar tudo e ir jantar na casa da vizinha com o Sehun. – Apoiou o rosto em um travesseiro e deitou de barriga para cima. – Inclusive, meu irmão tem crush na vizinha bonitona.

Estamos falando do mesmo Sehun que já passou o natal inteiro lendo gibis e fazendo recortes de fotos de super heróis para colar no caderninho? – Jessica rira divertidamente do outro lado da linha. – Que bonitinho ele! A vizinha bonitona também gosta dele?

– Eu não sei, mas parece que sim. – Tiffany dera de ombros. – O meu problema não é a vizinha bonitona que é bem legal até, mas sim a irmã mais velha e louca dela.

Já sei que já deu ou vai dar merda. – A mulher do outro lado da linha bufou. – Tiffany... Você não desafiou a mulher na casa dela, né?

– Talvez...

TIFFANY!

– Foi mais forte do que eu! – Exclamara a castanha indignada para a amiga.

Mas ain-

– DEIXA EU CONTINUAR!

TÁ!

– Então, como eu ia dizendo... Tem a vizinha legal e bonitona e tem a vizinha irritante e estranha. E hoje a vizinha estranha resolveu me dar uma carona pra cidade pra me ajudar a encontrar um emprego. – Tiffany forçou um sorriso para o teto. – No meu segundo dia aqui.

QUE UÓ!

– NÉ? – Dera um soco na cama e suspirou. – Só que ela é bem louca. Tipo... Tão dizendo que por aqui está sumindo algumas pessoas de todas as idades, sabe? Nessa cidade e nas cidades vizinhas. Isso é bem estranho... E a louca da vizinha, que além de velha também tem nome de velha, saiu de madrugada levando algo estranho no carro.

Qual é o nome dela?

– Taeyeon.

QUE UÓ!

– Exato.

E essa Taeyeon é bem louca de sair assim de madrugada? Cruzes amiga, eu já vi esse filme antes...

– CALA A BOCA, EU NÃO QUERO MORRER!

MENINA EU SÓ NÃO BROTO AÍ PORQUE A LOIRA GOSTOSA É SEMPRE A PRIMEIRA A MORRER! – Jessica gritou no telefone e a castanha tinha certeza que a loira estava com os olhos arregalados.

E nem tivera muito tempo para responder, pois assim como a luz, a ligação também caíra do nada. Tiffany se encolheu sobre a cama e engolira em seco, pegando seu urso rosa de pelúcia e o abraçando com força. Notou que as luzes da rua também estavam apagadas e sentira um frio na espinha. Soltou um alto e fino grito quando ouviu a porta de seu quarto ser aberta com tudo, jogando com uma mira de ouro o raio do ursinho na pessoa na porta, que também começara a gritar alto! Tiffany mirou a luz do celular pra pessoa da porta, notando um Sehun assustado e com os olhos bem arregalados. Agora era o irmão quem segurava o ursinho com força.

– A luz... – O rapaz começara a falar baixinho.

– Eu vi... – Tiffany tinha um enorme biquinho, levantando-se e indo até o irmão. – Temos velas?

– Acabaram na semana passada e eu me esqueci de comprar... – Sehun andou até a cama com um sorriso conformado e se sentou na ponta. – Você também não é fã de escuro, não é?

– Não sou fã de escuro e sou ainda mais hater quando se tem um serial killer lá fora esperando para pegar as menininhas indefesas. – Tiffany se arrastou até o irmão e sentou-se ao seu lado.

– O que nós vamos fazer se a luz não voltar? – Engolira em seco e esticou-se um pouco para olhar pela janela. – Hum... Parece que no outro lado da rua há luz.

– Mas os postes...

– Velas, Tiffany. – Sehun soltou o ursinho na cama e se levantou. – Vou lá perguntar se não podem nos emprestar algumas.

– Está tudo escuro, é muito tarde pra você sair sozinho! – A garota se levantou em seguida.

– Eu prefiro que você fique e eu só vou atravessar a rua, está bem? – Dera-lhe um tapinha no ombro e pegou o celular para iluminar o caminho. Tiffany apenas lhe fitou sair e suspirou pesadamente. Quando ouvira Sehun fechar a porta da frente, a moça andou até a janela e tentou enxergar o irmão atravessando a rua. Ouvira o telefone tocar e automaticamente atendera.

– Oi, Jess... – O tom era suave, mas ainda estava concentrada na rua. Tão concentrada que nem percebeu que atendera uma ligação desconhecida.

Da próxima vez que você me chamar de louca, pirralha, eu acabo com a tua raça. NÃO. ME. IRRITE! – E desligou logo em seguida, fazendo Tiffany olhar para o telefone com os olhos arregalados. Aquela era nitidamente a voz de Kim Taeyeon...

 

--

 

Sehun batera na porta com força e olhou para a rua escura. Estava com medo? Claro que sim! Era óbvio! Era um verdadeiro garoto assustado, só tinha tamanho mesmo. E esperou até que alguém viesse fazer o favor de lhe tirar da rua. Notou Irene abrir a porta e só colocar o rosto em amostra, dando um leve sorriso e então fechando a porta e destrancando a trava adicional da porta. O rapaz timidamente adentrou a casa da colega de trabalho e colocou as mãos nos bolsos, notando que a moça estava de pijama e com um robe. Estava com os cabelos levemente molhados e penteados bem para trás. A moça segurava uma xícara de chocolate quente.

– Você esqueceu de comprar as velas, Sehun? – Irene indagara naturalmente e oferecendo a xícara pra o mesmo, notando-o negar com a cabeça.

– Digamos que tive problemas técnicos para comprar as velas. – Tinha um sorriso conformado e fitava o chão. – Terias velas sobrando, Irene?

– Claro! Venha comigo e já lhe passo algumas. – Andaram até a cozinha e a moça se abaixou para pegar as velas na parte baixa do armário.

– Irene...

– Sim? – A moça somente levantou a cabeça, arqueando a sobrancelha.

– Obrigado por hoje, de verdade. – Sentou-se uma das banquetas altas. – Eu acho que ele realmente iria me demitir desta vez.

– Sabe, Sehun... – Irene se levantou com as velas em mãos e dera o saco para o rapaz. – Eu não gosto do jeito que algumas pessoas lhe tratam. És um homem muito gentil e prestativo, és uma boa pessoa. Gosto do jeito que você me trata e até hoje fostes uma das únicas pessoas ao qual eu nunca me incomodei após aquilo que aconteceu com a minha família. – Sentou-se na banqueta ao lado. – Então não é problema algum lhe livrar de algo que seria muito injusto. – Suspirou pesadamente e colocou a mão no ombro do mais velho. – E além do mais... Não quero que o Senhor Do afaste você da escola, já sofro muita incomodação com ele estando você lá por perto... Imagina se você for demitido? – O desabafo fizera Sehun fechar os punhos com muita força e olhar fixamente para o chão. E não fora somente ele...

Pois nenhum dos dois percebera que alguém ouvia a conversa em outra sala. A morena baixa se encontrava brincando com um canivete e olhando para o mesmo, tendo de uma feição séria ao receber aquela informação. Quiçá... Estivesse tão ou mais irritada que Sehun. Taeyeon estava na parte escura da sala, atrás da parede da cozinha e bem ao lado da porta. A morena rira baixo com a respiração e estralou o pescoço, saindo silenciosamente de perto.

– Bem, vamos falar de coisas boas! – Irene exclamara agora alegre e com um lindo sorriso. – Já alugou o filme?

– Filme? – Sehun piscou em confusão.

– É o filme de amanhã! – Rira divertidamente.

– O FILME! – Sehun gritou assustado e com os olhos arregalados ao se tocar que havia esquecido completamente que o dia seguinte era sexta e que ainda não havia locado o filme. – O filme, o filme, o filme! Boa noite, Irene, obrigado pelas velas. – Levantou-se em um pulo e andou atordoado para fora.

Teria de locar aquele bendito filme ainda naquela noite.

--

Mal Sehun piscou dentro de casa e a luz voltara, o homem fora correndo até o quarto da irmã e olhou o relógio de pulso. Eles ainda tinham vinte minutos antes da locadora fechar. Naturalmente o rapaz fizera a irmã colocar um casaco e fora arrastando-a para o carro, ouvindo os resmungos de uma Tiffany irritada.

– O filme, o filme, o filme...

– E tem que ser agora? – Retrucou a castanha após colocar o cinto e observar o irmão ligar o carro rapidamente.

– O filme, o filme, o filme...

– Travou, hein? – Tiffany cruzou os braços emburrada. – E que filme você vai locar?

– O filme, o filme, o fil-

– QUE FILME?

– Tenho medo de pegar amor clichê e a Taeyeon me dar um tapa. – Sehun comentou abismado e dirigindo dentro dos limites pela estrada escura.

– Pega de terror então pra agradar aquela demônia! – Tiffany exclamara naturalmente.

– Terror! – Sehun tinha os olhos bem arregalados e logo assentindo. – Agradar, agradar, agradar...

– Tá nervoso, hein? Você só vai um filme com a sua vizinha-crush, sua irmã maravilhosa e a outra vizinha louca, nem é mesmo um encontro, mas... – Olhou o irmão fazer a curva com cuidado e estacionar de qualquer jeito em frente a locadora. – Até parece que nunca teve um encontro! – Rolou os olhos e então notou o irmão olhar para o volante e franzir o cenho.

– Eu nunca tive um encontro. – Constatou mais para si mesmo do que para a mais nova. E a reação de Tiffany fora abrir e fechar a boca algumas vezes, decidindo por manter a boca fechada. Era melhor.

Ambos adentraram silenciosamente a locadora e foram direto para a sessão suspense/terror. Sehun pegou o primeiro cuja a capa ele achou mais bonitinha e menos traiçoeira. Silent Hill. Levou até o caixa e retirou o dinheiro da carteira.

– No nome de quem? – A atendente indagara sem muito ânimo.

– Oh Sehun. – O rapaz respondera naturalmente.

– Oh? – A mulher indagara incrédula.

– Sehun! – O pobre Sehun respondera ainda muito distraído com o dinheiro.

– Oh! – A jovem atendente dera de ombros.

– Sehun! – Sehun levantou a cabeça e fitou-a com a sobrancelha erguida.

– E como se soletra isso?

– S, e, h, u, n! Sehun! Se-Hun! – O castanho colocou o dinheiro em cima do balcão.

– Não, Senhor! O sobrenome! – A mulher parecia perder a paciência.

– Oh! O, h!

– Oh! – Retrucou já irritada.

– Não, moça... O sobrenome dele é realmente Oh. – Tiffany dera um tapa na testa quando a mulher exclamara um “Ahhh!”.

– Devolução até sábado a noite. – Entregou o ticked do rapaz e pegou o dinheiro. – Uma boa noite para a Senhorita e para o Senhor Hun Seoh! – E tivera a mais nova de ir arrastando seu irmão de quase um metro e noventa de altura para que este não viesse a gritar com aquela atendente...

 

--

 

No dia seguinte ambos se levantaram as seis e meia da manhã, tendo Sehun a bater várias vezes na porta da irmã e ligar para o telefone da mesma por pelo menos quinze vezes... Mas conseguira! Ambos agora tomavam café calmamente na cozinha enquanto assistiam o noticiário.

– Já deu uma olhada no filme que você alugou? – Tiffany indagara curiosamente ao mais velho.

– Não e só quero descobrir se é muito pesado quando formos ver.

– Não me diga que você tem medo de filme de terror... – Rolou os olhos.

– Claro que não! – Exclamara o rapaz indignado. – Só um pouquinho.

– Sei...

– Aumenta o volume! – Sehun exclamara ao ver que estava passando um noticiário diferente do comum. Tiffany pegou o controle e aumentara o volume e franziu o cenho.

“O Senhor Evans foi encontrado nesta manhã quando lojistas vizinhos perceberam que o mesmo não abrira a farmácia no horário pontual como em todas as manhãs. O corpo estava muito deformado e acharam lama espalhada junto ao sangue.” – Tiffany arregalou os olhos. Aquela era a farmácia onde Taeyeon queria que ela fosse trabalhar! A repórter falava tudo com grande seriedade. – “Devido o grau de maldade usado no caso, a polícia interceptou as lojas vizinhas para que ninguém se aproximasse muito, mas chegou a informação que o Senhor Evans fora decapitado.” – Tiffany quase se engasgou com o café e principalmente... Quando ouvira alguém bater na porta da cozinha.

– Pode entrar! – Sehun exclamara.

– Bom dia, vizinho. – Taeyeon adentrara a cozinha com um leve sorriso. – Esquecemos de novo do açúcar. – Dera de ombros. – Teria? – Estendeu a xícara para Sehun, que assentira calmamente. O problema mesmo é que Tiffany não conseguia desprender os olhos dos tênis de Taeyeon.

Estavam sujos de lama. 


Notas Finais


ATÉ A PRÓXIMA, LIROU FRIENDIX!!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...