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História Hello, Shooting Star - Ursa Menor; Levítico 18:22


Escrita por: Writer_John

Notas do Autor


OI GENTE.
Eu tenho que seriamente parar de trazer fanfic nova a cada mês né gente? Mas não se preocupem que essa aqui vai ficar até acabar ok?

Como já devem saber, XiuChen é meu OTP e esse meu plot eu já tinha a muito tempo, porém desisti dele depois de alguns dias. Mas logo eu repensei nele e aqui estamos.

Obrigado a @Oppayoongi por ter feito a capa, está muito bonita

A história retratará de religião, astronomia é astrologia. Além de Tribos Urbanas, ou seja, muita coisa… além de Crossdresser né gente 🌞

Espero que gostem e boa leitura!!

(A foto de capa foi um print que eu tirei de um aplicativo Night Sky 4, recomendo ele, ele é muito bom mesmo)

Capítulo 1 - Ursa Menor; Levítico 18:22


Fanfic / Fanfiction Hello, Shooting Star - Ursa Menor; Levítico 18:22

Ursa Menor

O dia começava mais uma vez, era uma manhã de domingo e o vento lá fora batia forte. O rapaz de cabelos escuros segurava um rosário em mãos enquanto lia a Bíblia assim como as demais pessoas dentro da igreja.

Quando a missa terminou, o rapaz respirou fundo e fez o sinal do Espírito Santo, sentou-se no banco de madeira e pegou seu celular, para ver o que haviam enviado para si naquela uma hora em que ficou longe das redes sociais. Percebeu que só havia uma mensagem de seu amigo Chanyeol, provavelmente reclamando de algo, bem coisa do mesmo.

Riu ao ler a mensagem e bloqueou a tela do celular, guardando-o novamente no bolso. Olhou ao redor a procura de algo interessante e deixou seu olhar em direção a um garoto que estava de cabeça baixa. Ele se encontrava sentado olhando para os próprios pés, sem muito interesse em estar ali, pelo menos foi isso que Jongdae deduziu.

Kim Jongdae é um rapaz muito educado, além de seu sorriso elegante, ele era um partidão entre as garotas. Porém, não se interessava por ninguém. Seus pais lhe ensinaram a ser um cavalheiro com todos e ajudar aqueles que forem necessitados de sua ajuda, assim como aceitar ajuda dos outros em momentos difíceis. Resumindo, é alguém confiável.

Jongdae continuou a olhar em direção ao garoto. Os cabelos castanhos penteados para baixo, as bochechas rechonchudas e coradas, além dos lábios carnudos em formato de bico. O rapaz achará aquele garoto a coisa mais adorável em toda a sua vida, e de repente sentiu seu coração bater rápido, colocou a mão no peito e sentiu o batimento cardíaco acelerado com certo sentimento confuso. Balançou a cabeça afim de esquecer isso e pegou a bíblia e o rosário que estavam ao seu lado do banco e levantou-se indo a procura dos pais que haviam saído da igreja para conversar com o resto das pessoas.

Saiu da construção e espreguiçou o corpo, encontrou os pais conversando com um casal e foi até eles, o casal viu o filho chegar e logo o Sr. Kim puxou seu único primogênito para mais perto de si, em um abraço pelo ombro, com um sorriso imenso no rosto.

— Meu filho, esses são os Sr. Kim e a Sra. Kim… só não vá se confundir também por favor — Seu pai disse ainda com um sorriso no rosto fazendo todos gargalharem ali, por possuirem o mesmo sobrenome. 

Jongdae cumprimentou o casal educadamente e a mulher falou o quanto ele era um cavalheiro, o rapaz corou e sua mãe fez apenas concordar com a outra moça. Seu filho era uma pessoa muito cavalheira e sorria orgulhosa por ter criado um garoto tão bem como ele.

O garoto olhou para o casal a sua frente e viu que eles não pareciam tão velhos, não tinham quaisquer quesito de serem pessoas idosas, eram jovens provavelmente mais novos que os pais de Jongdae. E isso tranquilizou um pouco Jongdae, que até agora pouco se sentia pressionado por conta do pai lhe apresentar pessoas que ele jamais havia visto na vida.

— São nossos novos vizinhos — Comentou o pai de Jongdae alegre, o sorriso ainda estampado em sua face — Aqueles que haviam se mudado ontem, lembra? 

— Sim Papai — Concordou Jongdae, sua mãe pegou a bíblia e o rosário de suas mãos e aproveitou que não tinha mais nada nelas e as colocou no bolso. Sorriu novamente para o casal que retribuíram o ato.

— Falando nisso, temos um filho também, ele deve ter a mesma idade que Jongdae! — Falou animado o outro homem, ele olhou em volta e viu seu filho. Jongdae seguiu seu olhar e encontrou o garoto que estava sentado no banco. Engoliu em seco quando os olhares de ambos de encontraram. — Olhe ele lá! Minseok venha aqui!

Jongdae se encantou perdidamente pelos olhos do garoto, cujo nome é Minseok. Eram castanhos-claros, que ao brilharem junto ao sol, se formavam em uma coloração de mel, tornando-o a pessoa mais adorável que Jongdae já terá visto em toda a sua adolescência.

E novamente o coração voltará a bater rápido, engoliu em seco e ficou encarando Minseok que apenas lhe deu um sorriso gentil. O rapaz religioso sorriu, aqueles sorriso de orelha a orelha, para o garoto a sua frente. Não podia deixar de notar o quão estranho aquilo está se tornando para si. Em plenos 17 anos de idade, nunca sentiu algo assim, provavelmente seria seus hormônios florescendo novamente.

— Minseok, conheça Jongdae e os pais dele, são os nossos vizinhos — Falou a mãe do garoto com um sorriso no rosto, ela estava feliz pelo filho poder fazer amizade com gente nova.

— Prazer, me chamo Kim Minseok — Minseok disse fazendo reverência a eles — É muito bom conhecer vocês.

O coração batia cada vez mais rápido e ele não sabia como se expressar diante tanta beleza de uma pessoa.

— P-Prazer — Jongdae reverenciou e Minseok sorriu docemente, vendo que não precisava ficar tímido na frente de outro garoto de sua idade. 

Após conversarem mais um pouco, a família de Jongdae descobre que Minseok é um ano mais velho que o primogênito e está na mesma série que sua, no caso o terceiro ano. No meio da conversa, a família de Minseok comentou que ele nasceu na Coreia mais viveram muito tempo na China e voltaram mês passado que foi quando se mudaram para a casa ao lado da família de Jongdae. Também disseram que o filho não costumava ir muito a igreja e preferia ficar em casa, algo que não agradou muito o pai de Jongdae. Algo que também não o agradou foi o fato de revelarem que o filho deles tinha uma opção sexual diferente, isso incomodou tanto o homem, que depois de mudarem o assunto ele disse que já era de ir para poderem almoçar. 

Quando chegaram em casa, o homem praticamente gritou, a raiva pulsava e a testa mostrava suas veias e artérias chegando a assustar Jongdae e sua mãe. Mas isso acabou quando a mulher tomou a atitude de deixar isso para lá, afinal, não era da conta deles a opção sexual do filho dos outros. Porém, Jongdae percebeu que o que seu pai sentia era ódio pelo não gostar de garotas, o rapaz engoliu em seco e pediu para subir, o pai permitiu sua subida e o garoto já sairá em disparada em direção a seu quarto. 

Quando chegou lá, ficou no mesmo o dia todo, saindo apenas para beber e comer alguma coisa, ele ficou trocando mensagens com Chanyeol e com seu outro amigo, Sehun, sem sair da cama. Até ele perceber que já era do jantar, levantou-se e decidiu tomar um banho. Após o banho tomado, vestiu uma roupa qualquer e abriu a janela de seu quarto para olhar as estrelas que começaria a aparecer, foi quando algo lhe chamou a atenção. Ali estava Minseok andando desajeitadamente segurando várias coisas e as jogando no gramado de seu quintal, Jongdae ficou observando e pensando no que ele estaria fazendo. Depois viu o garoto sair correndo para dentro de casa e dois minutos mais tarde saindo novamente trazendo um telescópio consigo. Aquilo chamou a atenção de Jongdae, que quando decidiu ir lá ver o que ele fazia, foi chamado para jantar.

Suspirou olhando sua porta aberta que dava em direção ao corredor do segundo andar, olhou pela janela novamente, vendo o garoto arrumar algumas coisas no quintal sentado no gramado. Com toda a sua curiosidade, decidiu descer e jantar.

O jantar ia relativamente calmo, ao contrário do esperado. Jongdae sentia as palavras que o pai disse na hora do almoço e se sentiu muito mal por ter sentido alguma coisa pelo seu vizinho, mas tirou isso da cabeça quando sua mãe começou a falar, quebrando aquele silêncio um pouco desagradável.

— Podemos convidar os vizinhos para jantar aqui algum dia desses, o que acha meu amor? — Ela perguntou para o marido, que a olhou incrédulo.

— Deixar um garoto gay entrar na minha casa? Só por cima do meu cadáver — Falou o homem com raiva, fazendo a mulher revirar os olhos e Jongdae apenas ficou calado. Tinha muito respeito pelo pai e não queria falar nada, não queria se encrencar.

— Então se declare uma pessoa morta — Falou a Srta. Kim se levantando — Vamos convida-lis para jantar no fim de semana, se você inventar de reclamar, ficará sem aquilo por um mês, estamos entendidos?

Ok, Jongdae amava muito sua mãe. A pessoa mais independente que ele respeitava. O homem nada disse, e esse apenas se levantou e saiu da sala de jantar, a mulher sorriu satisfeita e voltou sua atenção ao filho.

— Já acabou? — Perguntou ela e Jongdae assentiu, ela pegou os pratos e os levou para a pia — Vá lá para fora, vi que Minseok está lá. Seja amigável.

Ela piscou para o filho. Jongdae sorriu e deu um beijo em sua bochecha, saindo pela porta dos fundos indo para o quintal de sua casa e logo se dirigindo ao portão que havia entre a sua residência e as dos vizinhos. Na qual nunca reparou que existia. Minseok estava em pé, olhando por seu telescópio, o mesmo saiu de perto do objeto e pegou um caderno que estava encima de um banco. Jongdae ameaçou dar um passo e acabou por pisar em um galho, assustando o mais velho, Minseok colocou a mão no peito e respirou aliviado por ver quem era.

— Olá Jongdae! — Falou o menino sorrindo e se sentando na grama — O que faz aqui?

— Eu vi você arrumando essas coisas, a janela do meu quarto é aquela — Disse Jongdae apontando para a janela — E quando acabei de jantar, vim aqui ver o que estavas a fazer.

— Ata, Tudo bem! Sente-se comigo. Estou esperando algo, mas parece que as nuvens não ajudam — Reclamou Minseok fazendo um bico nos lábios, admiravelmente fofo, foi o que Jongdae pensou nesse momento.

— Hehe. Mas, porque estás aqui fora… tipo, a essa hora com um livro e um caderno? — Perguntou Jongdae se sentando ao lado do garoto mais velho de cabelos castanhos. 

— Nesse caderno eu desenho as constelações e nesse livro mostra um mapa de onde podemos encontrá-las, claro que não posso ver todas, mas em épocas do ano, consigo vê-las. Assim como os planetas — Falou ele com um brilho nos olhos e logo vendo as nuvens irem embora, dando a eles a luz lunar — Parece que agora eu consigo.

Jongdae se levantou confuso, viu o garoto ajeitar o telescópio algumas vezes e quando percebeu, ele estava feliz. O sorriso de orelha a orelha não saia do rosto dele, como se estivesse estampado ali até às próximas vinte e quatro horas. Minseok então rabiscou no caderno algumas coisas e quando acabou, puxou Jongdae pela mão e o colocou de frente para o telescópio.

— Olhe, eu aponto pra onde você tem que ver — Disse ele e o mais novo fez apenas concorda, ajeitou-se diante o objeto e visualizou estrelas por todo canto, até que um conjunto de estrelas lhe chamou a atenção, ele virou para Minseok.

— A Ursa Menor — Disse Jongdae e Minseok concordou, ele olhou para cima e Jongdae pode ver aqueles olhos castanhos-claros brilharem junto com a luz da lua.

Então seu coração voltou a bater rápido e a sentir uma sensação estranha na barriga. Olhou para Minseok que admirava o céu e sorriu, preocupado, porque não sabia o que estava sentindo e isso estava lhe dando medo. 

Não medo dos seus sentimentos. Mas medo do que seu pai irá pensar de si, afinal, para Jongdae seu pai é um herói. Entretanto, isso não o interessava agora, o que mais lhe interessará é aquele garoto a sua frente.

— Olha uma estrela cadente! — Minseok falou com emoção e se virou para Jongdae — Faça um pedido…

Jongdae olhou para cima e viu a estrela cadente sumir, com sua cabeça brilhante que nem a cauda de poeira. Voltou sua atenção para Minseok e sorriu.

— Acho que meu pedido já se realizou…


"Não te deitarás com varão, como se fosse mulher; é abominação" – Levítico 18:22


Notas Finais


Desculpe qualquer erro.

Os capítulos serão sempre assim, uma constelação (na maioria das vezes aleatoriamente) e uma frase da Bíblia, se não, uma frase muito bonita.

As coisas irão acontecer no decorrer da fanfic e sei que esse capítulo não aconteceu como na sinopse, porém, ainda virá muita coisa.

Espero que tenham gostado e se puderem, comentem, ajuda bastante assim como favoritar e visualizar.

Boa noite, até a próxima e Amém XiuChen kkkkk


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