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História Hello Suga - Capítulo Vinte e Seis


Escrita por: KCL

Notas do Autor


Heelloooo~~
Olha só quem resolveu aparecer o/
Obrigada a todos que favoritaram e aos que comentaram no capítulo!
Espero que gostem desse cap, e que n queiram me matar nem nada do tipo, I'm a angel...kkkk
Kissusss :*

Ps: Nesse cap, as lembranças estarão entre " ".

Capítulo 26 - Capítulo Vinte e Seis


 

Não perdi tempo e arremessei a Yoon no chão. O som do impacto do corpo dela com o chão foi como musica para os meus ouvidos. Parti pra cima dela e a vadia tentou escapar, mas os dois tapas que eu dei no rosto dela surtiram efeito e ela ficou quietinha. A torcida que se formou ao nosso redor esperava pelo meu próximo movimento e ninguém parecia está disposto a se intrometer. 

 

-Onde está o sorrisinho da "Cachinhos Dourados" agora? 

 

Provoquei e ela tentou o golpe mais baixo que eu conheço, que foi puxar o meu cabelo, só que além de ser burra, ela é fraca. Tive que ensinar como se faz e acabei com um tufo loiro na mão. Eu deveria sentir pena, mas minha raiva passou desse limite, tanto que comecei a socar a garota com toda a força que eu tinha. Ela tentou arranhar meu rosto e acho que conseguiu, porque essa merda ta ardendo. Mas não vai ficar assim, não quando eu posso quebrar esse rostinho de porcelana. 

 

-Noona! Sai de cima dela! Suga! Acorda! Tira ela dai! 

 

Olhei de relance e vi Taehyung assustado, ele estava na entrada da cozinha e gritou para que eu parasse, mas eu queria mata-la, e eu iria mata-la se alguém não tivesse me puxado. 
Eu sabia de quem eram aquelas mãos e comecei a me debater para sair do aperto delas, mas Yoongi me segurou com tanta força que eu comecei a chutar o ar tentando alcançar a Yoon. Do outro lado, NamJoon apareceu e segurou a loira histérica que tentava me acertar. 

 

-Sua vadia! -Gritei tentando me soltar. 

 

-Sua maluca desgraçada! -Revidou tentando se libertar dos braços do NamJoon. 

 

Ué, onde estava a "doce" Yoonyoon? Soltei uma gargalhada alta e aposto que todos ali me consideravam uma louca. 

 

-Você quer morrer garota? -Arqueei a sobrancelha fitando aquela sem noção. 

 

-Chega! O show acabou! -NamJoon gritou e as pessoas começaram a sair. 

 

-Noona, vamos embora daqui. -Tae entrou no meu campo de visão e tentou me convencer mas eu só iria embora depois que eu acabasse de uma vez com ela, ou ao menos conseguisse descontar pela minha unha quebrada. 

 

-Ok, me solte, não vou encostar nela. -Ela pediu para NamJoon. - Por favor... 

 

Ele pensou um pouco mais acabou soltando ela e disse para o Tae que precisava voltar para a festa. Me pergunto que tipo de feitiço essa garota tem sobre esses caras. 

 

-Yoongi, tira as mãos de mim. 

 

Ordenei mas ele não obedeceu. Eu nem sei o que ele estava fazendo perto de mim, ele me apertava com tanta força que eu não podia virar para dar uns belos tapas na cara dele. Mas quando eu terminasse com a Yoon, ele seria o próximo. Por mais que eu saiba que vou expulsa-lo da minha vida, algo dentro de mim, mas precisamente meu coração, não quer que ele me solte. Eu estou  tentando de todas as formas não desabar e com isso acabo não percebendo a vaca andando na minha direção. 

 

-Eu vou te contar uma coisa.  -Ela disse se aproximando. 

 

-Vou te contar uma também, quando esse canalha me soltar, vou te chutar tanto que você vai  sair daqui rolando. 

 

Ela não se importou com a minha ameaça e sorriu. Lembrete: quebrar um ou dois dentes dessa vadia. Como ela estava perto, aproveitei pra acertar um chute nela. 

 

-Eu odeio você! 

 

Ela gritou como se eu me importasse, sorri vendo ela massagear a perna atingida e mantive o meu olhar nela com todo o  interesse que eu possuía. 

 

-Vai odiar mais ainda quando eu colocar minhas mãos em você. 

 

Avisei e ela deu um passo pra trás. Mostrando mais uma vez a fraca que ela é, o Suga ainda me segurava e eu percebi que não podia mais bater nessa garota, não podia perder o controle só porque Min Yoongi me traiu. Droga, ele me traiu... 

 

-Ok, não vale a pena. -Falei engolindo em seco.- Me solte Suga, sinto nojo de você e não vou quebrar mais as minhas unhas com esse lixo. 

 

Ele finalmente me soltou e eu tentei me ajeitar para então ir embora. Eu queria olhar para ele e gritar umas boas verdades, ou uns bons xingamentos, mas eu sei que não vou conseguir, se eu cogitar olha-lo, vai doer mais do que os socos que eu desferi na Yoon. Então apenas peguei a mão de Taehyung e o puxei para sair da cozinha, mas a voz daquela maldita me parou. Qual é? Ela gosta mesmo de apanhar? 

 

-Eu me aproximei de você porque sua mãe praticamente implorou. -Olhei para Yoon sem acreditar que ela ainda insistia em incomodar meus ouvidos.- Eu neguei...mas ela me ofereceu dinheiro. Ela estava desesperada, tinha medo que algo ruim acontecesse com uma idiota como você. 

 

-Não fale da minha mãe. 

 

Agora ela estava arrumando o cabelo e eu dei um passo para sair daquela cena patética, não importa o que a minha mãe fez, aliás eu até desconfiava. A maravilhosa Lee Yoon, nunca se aproximaria de mim naquela época se não fosse por interesse. 

 

-Eu tentei fazer meu trabalho mas você não ajudou não é? Você me humilhou naquele terraço e desde aquele dia seus amigos delinquentes me perseguiram. Tem ideia do que eu passei?! 

 

Ignorei voltando a andar para fora, mas ainda assim ela continuava. O que ela estava pensando? Eu não estou cursando psicologia. 

 

-Então eu sai de Busan. E para o meu azar te encontrei de novo. Eu soube do acidente, achei que você já tinha pagado pelo que fez e nunca mais voltaria a me incomodar, até que você resolveu voltar a viver e roubou a única coisa que eu queria. -Virei sorrindo e levantei o dedo do meio para ela.- Me diz querida, como é saber que seu namorado te traiu? Gostou? 

 

Era um bom momento para virar e sair de uma vez, mas eu quero mostrar o quanto eu gostei. Sorri docemente e caminhei até ela. Não, eu não teria uma atitude madura, simplesmente cumpriria meu objetivo que era mata-la de uma vez. Empurrei a Yoon até a parede e segurei o pescoço dela. A cada aperto a garota parecia ficar mais roxa. Taehyung tentou me puxar mas eu estava fora de mim e acabei empurrando ele. 

 

-Noona... 

 

Ele tinha caído e a culpa era minha, o olhar do Tae me fez perceber o que eu estava fazendo e tirei minhas mãos dela. Ela buscou por ar como uma louca, mas eu não estava preocupada, eu abaixei para ajudar o meu amigo a levantar e quando ela se recuperou completamente decidi dar um ultimo aviso que a deixasse bem longe de mim. 

 

-Entre no meu caminho de novo e eu te mato. -Falei e ela riu. Riu como se não acreditasse em mim. 

 

Ela riu como se eu não fosse capaz, e pra ser sincera eu não sou. Eu tenho uma vida, tenho um Taehyung pra cuidar e um sermão do Jin pra ouvir, e não, eu não posso ser presa por matar uma qualquer. Eu iria embora de uma vez, faltaria a faculdade por alguns dias até conseguir encarar o Suga. O mesmo safado que eu sinto que está me olhando, o canalha que não pensou duas vezes antes de me trair. Enfim, hora de ir, de sumir e talvez esquecer que um dia ele me pediu em namoro naquele ônibus. Que me fez acreditar que ele era a "coisa boa que me faria esquecer dos meus problemas". 

 

-Me diz uma última coisa.  

 

Ela pediu recuperando a voz. Jesus amado, nem pensamentos profundos eu posso ter com essa garota por perto. 

 

-Taehyung me dar uma faca agora. 

 

Acho que o Tae já estava cansado porque ele realmente foi procurar uma faca nas gavetas. Eu já estava indo fazer ele parar quando mais uma vez eu ouvi aquela voz fina e irritante. 

 

-Você vai me matar como matou seus pais? 

 

Taehyung parou o que estava fazendo e me olhou com os olhos arregalados. Suga não estava diferente, ele não sabia de um terço do meu passado. E eu ainda estava tentando assimilar aquela pergunta. Não conseguia entender, as palavras não queriam sair da minha boca, eu não queria lembrar. 

 

"-Mãe? 

 

Abri os olhos vendo todo aquele sangue na minha barriga. 

 

-MÃE! 

 

Olhei para o lado e Jin estava com um ferimento na cabeça, ele estava morto? Meu único irmão estava morto? 

 

-JIN!!! 

 

Eu estava presa, todo movimento que tentei fazer gerou uma dor aguda. Olhei para frente e não vi minha mãe. Não conseguia enxergar meu pai. Jin não acordou, então meus olhos pesaram, eu não queria fecha-los, não queria." 

 

-E-eu... 

 

Gaguejei completamente aturdida. Eu a machuquei, feri essa garota, e ela acabou de lembrar o que eu lutei pra esquecer. Por mas que eu tentasse me manter firme, ela já tinha conseguido me destruir completamente, então segurei a dor que senti para não desabar no chão e comecei a me afastar dela, do Tae e dele. 

 

-Noona? Está tudo bem? 

 

Eu...eu não matei meus pais, o Jin disse...o Jin disse que...senti alguém segurar meu braço e notei que era ele. Min Yoongi. A pessoa que tinha acabado de me machucar. 

 

-Não encosta em mim, Yoongi! Sai! Me deixa! Eu odeio você! 

 

Sai correndo daquela cozinha, e passei pelo meio de toda aquela gente com os olhos embaçados. Eu estava desnorteada e flashes daquele acidente me acertaram em cheio me fazendo chorar ainda mais. Lembrei o ultimo olhar da minha mãe, um olhar magoado, cansado, mas amável. Aquela mulher me amava de uma forma inexplicável, e mesmo discutindo ela não estava disposta a desistir de mim. 

 

"-Filha, precisamos conversar. 

 

-Eu não gosto de te ouvir esqueceu? 

 

Voltei a mexer no celular sem me importar com o que ela queria dizer. 

 

-Querida, coloque o cinto. -Meu pai pediu com sua voz calma. 

 

Ele era o motivo de eu ter aceitado ir nessa viagem. Ele prometeu que seria legal e que precisava da minha ajuda para cozinhar porque Jin era um péssimo assistente. Claro que só era uma desculpa para me levar naquela viajem idiota. 

 

-Suas notas são as piores da classe. -Minha mãe falou o óbvio. 

 

-Corrigindo, eu sou a pior da classe. -Respondi pegando o cinto. 

 

-Você pode melhorar. Eu e seu pai, o Jin, nós vamos te ajudar. 

 

-Eu não quero a ajuda de vocês! -Gritei desistindo de colocar o cinto e encarando minha mãe. 

 

-Filha! 

 

-Quantas vezes eu tenho que dizer que odeio vocês? ODEI-" 

 

Eu só queria sair daquela festa, eu estava sufocada, minhas lagrimas desciam sem qualquer permissão, e eu me sentia fraca, traída. Lembrei do clarão que ocorreu antes de uma batida violenta. No outro carro havia um pai de família que provavelmente estava voltando de um dia de trabalho. No nosso carro havia uma família caótica. Tinha óleo na pista, meu pai não prestou atenção, eu estava gritando, minha mãe estava tentando me fazer entender que eu podia ser melhor, e eu estava lá pronta para dizer que os odiava com todas as minhas forças. E no fim eu não consegui terminar aquela palavra, eu não os odiava, eu só tinha ciúmes, inveja, desejo de ser notada por eles e só por eles. Eu sei que é tarde demais pra se arrepender, mas talvez, se eu tivesse uma chance, teria dito "Eu agradeço e amo vocês." mas a realidade é tão cruel pois eu sei que nunca vou ter essa chance. 

 

Eu consegui parar de chorar e agora tentava enxugar o rosto que ardia. Não vi que direção tomei até sentir o vento gélido atingir meu rosto. Vi uma piscina enorme, parecia que outra festa estava acontecendo ali. De qualquer forma, eu preciso de algo para beber. Fui em busca de uma bebida e aproveitei para me acalmar até que alguns homens, aparentemente bêbados se aproximaram rindo e me puxaram até a piscina. 

 

-Me solta! 

 

-Calma gatinha, você não quer se divertir? 

 

Um deles me pegou no colo e fez menção de me jogar na piscina. Me debati e ele me lançou na água. Afundei e me desesperei. Eu nunca aprendi a nadar e agora isso era um problema. 

 

-Socorro! So...corro!! 

 

Comecei a me debater mas as pessoas que estavam ao redor da piscina achavam que eu estava brincando. Estavam bêbados, logo viraram os rostos e voltaram a se divertir.  Tentei me agarrar a alguém que estava dentro da piscina mas a pessoa me empurrou para baixo e acabei engolindo água. 

 

-Por favor! Socor... 

 

Tentei emergir e me acalmar, mas eu estava ficando sem forças, a piscina parecia funda demais, e droga, eu não posso morrer assim. Ou posso? Quem liga?  
Parei meus movimentos e fechei os olhos. Jin ficará bem.  

Sorri de olhos fechados, talvez tudo fosse um sonho, desde aquele dia, tudo podia ser um sonho horrível e eu poderia ver meus pais de novo, eu poderia encontra-los, eu poderia descansar. 

E foi com o desejo de encontrar paz, que eu aceitei o inevitável. 

 



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