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História Hell's rose - The Devil Came To Me


Escrita por: Lady_Devil

Notas do Autor


Eu sei que faz séculos que eu não posto nada e por mais que tente, não tenho inspiração pra porra nenhuma '-' Então eu tive uma ideia, porém ela é completamente original... Sorry '-'

Enfim, este capítulo pode estar entediante pra caralho, mas prometo que vai ficar interessante... Juro de dedo mindinho XD

Espero que gostem >< O próximo capítulo será enviado se vocês gostarem, então não se esqueçam de comentar ou pelo menos favoritar ^-^


Kisses bitches '3'

Capítulo 1 - The Devil Came To Me


 

Tudo começou numa manhã normal de sexta-feira, quando a preguiça toma seu corpo desde os primeiros minutos do dia, quando você nota que tem de levantar da cama. Eu estava aconchegada ali, quentinha e protegida do inverno rigoroso que tinha tomado conta neste ano. Escutei o despertador berrando ao meu lado, me amaldiçoei por ter acordado antes dele mais uma vez. Abri os olhos lentamente, enquanto o som incessante tomava conta de todo o silêncio. Mais alguns minutos de passaram, eu estava estagnada no tempo, com a mente nublada pelo sono, corpo dormente pelo cansaço. Até que, num suspiro, desliguei o despertador e me coloquei de pé com um esforço necessário. Olhei ao redor, tudo tão limpo e organizado. A cama grande o suficiente para abrigar pelo menos três pessoas confortavelmente, tapete felpudo extremamente branco, paredes pintadas num tom rosa claro, móveis em tons brancos e detalhes em ouro, janelas grandes, juntamente com cortinas cor de creme, um espelho desnecessariamente grande ao lado do closet. Eu sabia, mesmo sem olhar, que o mesmo estaria organizado. Roupas perfeitamente dobradas e passadas, cheirando a primavera. Tudo tão nostálgico que era entediante acordar ali e saber como estaria tudo sem precisar olhar.

As batidas na porta me despertaram dos meus lamentos fúteis.

— Senhorita Layla, está acordada? – A voz abafada de Alexy soou.

— Sim, pode entrar. – Respondi.

A porta foi aberta no mesmo instante. A mulher um pouco mais velha que eu, trajando um vestido preto e sapatos cinza. Os cabelos ruivos presos num coque prefeito. Seu rosto jovem e saudável, com as bochechas enfeitadas por algumas sardas e sendo destacadas por seus olhos verdes e brilhantes. Seus lábios finos e rosados, os traços delicados e bochechas pequenas. Assim como a estatura de seu corpo. Pequeno e fino.

— Está pronta para se arrumar para o colégio, senhorita? – Sua voz saiu amável.

Sorri.

— Gostaria de dizer que sim. – Respondi. Ela sorriu fraco.

— Vou separar sua roupa, está bem?

— É claro.

Os minutos seguintes se resumem a mim tomando uma ducha rápida, fazendo minhas higienes matinais. Vestindo a camisa social branca, saia de prega preta, meias 7/8 preta, um casaco vermelho longo e grosso, um cachecol preto e minhas botas. Arrumando o cabelo, prendendo apenas a franja no topo da cabeça.

— O seu desjejum está servido, senhorita. – Alexy anunciou.

Eu apenas assenti, concordando com um sorriso nos lábios.

— Obrigado.  - Agradeci já me retirando do cômodo.

Ao chegar à sala de jantar, a mesa estava posta apenas para mim. Suspirei pesado, pensando em quantos dias já tinham se passado desde que não conversava realmente meus pais além de mensagens frias e ligações curtas.

Sentei-me a mesa e iniciei meu café da manhã. Peguei o celular no bolso do casaco, apenas verificando se não havia nenhuma mensagem ou ligação que me passara despercebida. A resposta era óbvia. Meus pais não se lembraram de mim naquela manhã. Assim como todas as manhãs, tarde e noites dos últimos cinco anos. Quando bonecas e brinquedos caros pararam de substituir a ausência de ambos. Suspirei pesado, deixando o aparelho de lado. Remexi no prato, olhando fixamente para os ovos mexidos e torradas amanteigadas. Perdendo a fome aos poucos, deixei os restos ali. E antes que pudesse ter a iniciativa de retirar o prato, Louren se apressou e fez o serviço para mim. Dizendo “Apresse-se e vá, senhorita”.

Fui levada até o carro. Onde havia um motorista me esperando. Como em todos os outros dias. Adentrei no mesmo, sendo protegida do vento gélido. Quando paramos em frente ao colégio. Avistei várias pessoas vestidas com as mesmas roupas. Todos seguindo o mesmo padrão.

Entediante. Pensei.

Sai do carro e adentrei no colégio, seguindo pelo caminho de concreto que se bifurcava a uns metros à frente. O gramado verde, as árvores frondosas já não existiam mais como na primavera. Agora tudo era tomado por uma visão branca e galhos secos. O prédio de três andares à minha frente parecia ainda mais macabro naquele cenário.

— Layla! – Ouvi uma voz conhecida. Virei-me para trás.

Dana era minha melhor amiga desde o primário. Minha única e verdadeira amiga, além de Lukas, é claro. Ela tinha cabelos loiros e olhos azuis, rosto angelical e corpo escultural. Um sorriso contagiante. Ela era uma pessoa extremamente alegre.

— Dana, como está?

— Congelando. – Respondeu gargalhando e eu a acompanhei.

— Estamos na mesma situação, então.

— Onde está Lukas? – Ela perguntou. Dei os ombros, o procurando ao redor.

— Ali. – Disse apontando para o garoto que se aproximava tremendo.

— Que frio é esse meu santo deus?! – Lukas disse indignado. Dana e eu gargalhamos.

— Gostaria de saber também. – Dana se pronunciou.

Antes que eu pudesse dizer algo, o sino tocou. Entreolhamo-nos e caminhamos até o prédio, conversando sobre assuntos banais.

Fomos em direção aos nossos armários, pegando os livros necessários e seguindo juntos até a sala de aula. Sentei-me em uma das primeiras cadeiras, retirando o cachecol e o casaco, já que a sala era aquecia nesta época do ano. Lukas sentou-se ao meu lado, Dana logo atrás de mim.

A primeira aula foi de Línguas, depois Matemática, seguida por duas de Biologia Humana. Todas as aulas se seguiram como de costume. Sem muitas conversas, apenas anotações sobre a matéria. Novamente... Entediante.

Até que o intervalo chegou. Fazendo com que eu soltasse um suspiro aliviado.

Assim que sai da sala de aula, Andrew veio em minha direção. Ele era um garoto alto demais, tinha um corpo definido devido às atividades do time de basquete. Seus cabelos na altura dos ombros e de tonalidade loira. Seus olhos eram castanhos, seu rosto bem marcado. Ele era bastante popular entre as garotas.

Eu particularmente, não me sentia nem um pouco atraída por ele.

— Layla, que bom te ver hoje.  – Disse sorrindo galanteador. — Sua beleza faz meu dia melhor.

— É bom te ver também Andrew. – Respondi educada.

— Posso te acompanhar?  - Ele perguntou, já passando seu braço ao redor dos meus ombros.

— Desculpe, vou passar um tempo com Dana e Lukas. – Me desvencilhei de seu toque.

Puxei meus amigos antes que ele persistisse no assunto, caminhando rapidamente até o refeitório.

— Sabe, ele é bem bonito... Por que não dá uma chance pra ele? - Dana perguntou me encarando séria.

Dei os ombros.

— Ele não faz meu tipo.  - Respondi simples.

— Oi? Desculpa? Layla Rosewood tem um “tipo”? – Lukas disse fazendo aspas com os dedos.

Eu gargalhei de sua reação.

— Claro que sim, seu tolo. – Disse, negando com a cabeça.

— Então nos conte... Qual seu garoto perfeito? – Dana perguntou, levantando uma das sobrancelhas.

Eu sorri. Pensando um pouco sobre o assunto. Eu não tinha necessariamente um tipo de garoto perfeito. Mas sabia que nenhum garoto que eu conhecera nesses dezessete anos me interessou o suficiente. A questão não era se são loiros, morenos ou ruivos. De olhos claros ou escuros. Estatura alta ou baixa. Magro, gordo ou corpo definido. Engraçados ou sérios. Estudioso ou preguiçoso. O que me interessava era... Eles deveriam ser... Exóticos. Nada do cotidiano, nada de padrões. Nada de entediante.

O meu tipo era... Alguém peculiar.

Encarei as duas pessoas a minha frente. Eles tinham um olhar curioso, a ansiedade deles era óbvia e isso me fez rir.

— Eu gosto de caras diferentes. – Disse finalmente.

A cena que se seguiu fora engraçada. Imaginei-me dentro de uma história em quadrinhos, onde surgia um ponto de interrogação acima da cabeça dos personagens confusos. Se isso não fosse a realidade, tenho certeza de que isso aconteceria.

— Diferente...? – Lukas repetiu e eu assenti.

— Diferentes como Layla? – Dana se apressou em perguntar.

— Apenas diferentes. – Dei os ombros. — A maioria dos garotos são todos iguais.

— Você é estranha. – Lukas disse debochado, dando um gole de seu suco de pêssego.

Dana concordou com a cabeça, rindo em seguida.

— O meu tipo... É Dylan. – Dana disse, olhando para o outro lado do refeitório.

Eu ri. Olhando também, assim como Lukas.

— Ele é simplesmente perfeito. – Dana disse num suspiro apaixonado.

Dylan era o melhor amigo de Andrew. Tinha cabelos castanhos, olhos amendoados, rosto quadrado, corpo também definido por causa do basquete. Era apenas alguns centímetros mais baixo que o amigo. E igualmente popular.

Antes que eu pudesse comentar sobre, o sino tocou novamente. Indicando o término do intervalo. Levantei-me a mesa, sendo seguida pelos dois até a sala de aula.

Diferente dos outros dias, a aula demorara em se iniciar. Já tinha se passado mais de vinte minutos e o professor de Química ainda não havia aparecido. Em pouco tempo, começou-se os boatos.

“Ouvi dizer que há um aluno transferido” “Sim, me parece que ele é um delinquente” “Oh, delinquente?” “Este não é lugar para pessoas desse tipo” “Ouvi dizer que estava preso” “O que? Será que matou alguém?” “Como ele entrou numa escola dessas?” “Temos que tomar cuidado com pessoas desse tipo”“ Meus pais não vão ficar felizes em saber disso” “Parece que a escola está decaindo aceitando pessoas assim”

O cochicho acabou assim que a porta se abriu. O professor entrou com uma expressão de puro ódio. Ele parou diante da sala.

— Temos um aluno novo, transferido. – Disse curto e grosso. Olhando para a porta, ordenou: — Entre.

Ele entrou no meu campo de visão. Foi um choque. Sua estatura era alta, um metro e noventa, provavelmente. Ainda assim, era óbvio que seu corpo era mais definido do que qualquer garoto naquele colégio. Seu cabelo era negro, num corte moicano, porém os fios ali deixados eram um tanto longos, fazendo com que caíssem minimamente para trás. Seus olhos eram acinzentados, seu rosto longo e fino. Carregava algumas tatuagens em sua pele clara. Tinha piercings. Um na sobrancelha esquerda e outros dois na orelha direita, acompanhado de um alargador. E quando ele sorriu, notei mais um piercing no freio superior na boca, fazendo com que duas bolinhas metálicas aparecessem sobre seus dentes. O uniforme, que deveria ser padronizado, sendo calças sociais pretas e camisa social branca, estava extremamente diferente em seu corpo. Parecendo mais atraente. Principalmente quando ele quebrou a regra da vestimenta, trajando uma jaqueta de couro negro.

Eu estava perplexa. Aquele homem a minha frente era algo que eu nunca havia visto. Não que ele seja uma aberração, mas com todo o aprisionamento dos meus pais e aquele colégio, eu nunca fui capaz de explorar pessoas que não fazem parte do mesmo círculo social que eu. Nunca fui capaz de fazer absolutamente nada que meus pais e a sociedade onde eu me encontrava, permitisse.

— Este é Thomas Hellsbright. – O professor pronunciou. — Por favor, sente-se.

Sem palavra alguma, ele caminhou até a cadeira vaga no final da sala. Passando por mim, pude sentir seu cheiro. Forte, marcante. Ele cheirava uma mistura de colônia masculina batata e cigarros. E ao contrário do que eu pensei, aquele aroma era agradável aos meus sentidos.

Eu o acompanhei com o olhar até o momento em que ele se sentou e retribuiu o olhar. Foi quando me vi perdida naquela imensidão gélida de cinza. Parecia-me que ele não tinha vida. Como se já estivesse morto por dentro. O sorriso que surgiu no canto de seus lábios fora no mínimo maldoso. Ele me lançou um beijo no ar. Senti minhas bochechas esquentando, tornei-me a virar para frente.

A aula começou sem cerimônias, mas os cochichos sobre o aluno novo não se cessavam. E eu, por mais que tentasse, não conseguia parar de pensar nele. E a tentação de olhar para trás era quase que uma tortura.

 

                A última aula chegara. Artes plásticas. Todos se direcionaram até o estúdio. O local era bastante iluminado, dispostas de pinturas, telas, pinceis e todo e qualquer tipo de material necessário.

Observei Thomas pelo canto dos olhos, parado solitário num canto. Desviei o olhar rapidamente, antes que fosse notada.

A professora passou um trabalho que valeria a nota do ano. Uma pintura realista, onde projetaríamos a imagem do outro a partir da nossa visão. Fomos separados em duplas. Sorteados. Peguei um papel perfeitamente dobrado.

“Dana Lidell”

— Eu não vou fazer com esse garoto. – Ouvi Lukas resmungar, olhando para mim como se implorasse misericórdia.

— Quem? – Perguntei confusa.

— O delinquente. – Sussurrou.

Respirei fundo e sorri fraco.

— Tome. – Entreguei meu papel. — Faça com Dana.

Ele não hesitou. Trocou o papel como se sua vida dependesse disso.

— Obrigado Lay. – Ele disse me abraçando apertado.

Logo correndo até Dana.

Novamente, eu o olhei. Surpreendi-me ao notar que ele me encarava. Respirei fundo, como se fosse mergulhar mais profundo que meus pulmões pudessem suportar. E por mais que eu negasse, era exatamente o que eu estava fazendo. Mergulhando em algo errado, sabendo que as consequências seriam muito mais do que eu poderia suportar.

Parei a sua frente. Nossa diferença de altura era óbvia. Eu teria de levantar a cabeça para poder olha-lo nos olhos. Ele baixou o olhar e sorriu. Pareceu se divertir com meu tamanho.

— Parece que vamos nos divertir bastante neste ano. – Ele disse num tom rouco.

Senti os cabelos da minha nuca se arrepiarem. Eu sabia que aquilo seria um terrível e tentador erro. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado ><

Love you <3 Kisses '3'

E desculpem qualquer erro, me avisem se encontrar algum -.-"

Ah, criticas construtivas são muito bem vindas, elas me ajudam pra caramba XD


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