História Help me, i'm father! - Begin

Capitulo um.

Namjoon encontrava-se desesperado enquanto balançava o pequeno corpo de seu filho que chorava em alto e bom som fazendo com que as pessoas presentes naquela loja encarassem-no com olhar de dó.

— Ah... Vamos, filho, pare de chorar. — O rapaz murmurava baixo, acariciando o rosto do pequeno bebê que contorcia-se em seu colo.

Suspirava secando o suor ao canto de sua testa com a costa de sua mão e colocava o pequeno Kim no banquinho do carrinho de compras, prendendo-o no cinto de segurança, observava o pequeno ser com os olhos espremidos enquanto sua boca permanecia aberta, ecoando sua vozinha, e fazia um pequeno carinho em seus cabelos macios.

[Flashback]

— Kim Namjoon?

Me levantava rapidamente do banco daquela sala de espera ao ouvir meu nome e corria até o médico que me chamara com uma prancheta nas mãos. Eu não aguentava mais esperar para que pudesse ver minha mulher e minha criança.

— E então, doutor? Como eles estão? — Perguntava com um sorriso feliz no rosto.

— Senhor Kim... — Colocava sua mão sobre o meu ombro, me guiando corredor à dentro e suspirava. — É um menino, seu filho nasceu com três quilos e setecentas gramas.

Meu sorriso só aumentava diante do que ele falava, eu e minha mulher havíamos deixado para saber o sexo do bebê apenas quando ele nascesse, mantendo uma aposta boba de uma semana de troca de fraldas para quem acertasse. Eu havia dito que seria uma menina, já ela sempre disse que seria um menino, igual a mim, e eu estava completamente feliz em saber que ela teria o menininho que tanto sonhou a gravidez inteira.

— Porém ele terá que ficar internado por pelo menos um mês aqui, não é nada grave, seu bebê apenas apresentou dificuldades para respirar sozinho. Possivelmente ele terá alta antes mesmo. — Falava fitando rapidamente sua ficha enquanto eu suspirava um pouco nervoso em relação ao estado do meu pequeno.

— E quano à Hyejin, doutor? Minha esposa. — Fitava-o, sentindo o mesmo apertar levemente o meu ombro.

— Senhor Kim, você sempre soube que essa gravidez fora de risco, que sua esposa tinha dificuldades em engravidar e manter a gravidez... — O ouvia com atenção, assentindo conforme as palavras saiam de sua boca, me deixando cada vez mais nervoso. — Nós fizemos de tudo, senhor, infelizmente não conseguimos salvá-la... Eu sinto muito.

E nesse momento o meu chão sumiu. Eu sentia um nó enorme em minha garganta, minhas pernas fraquejavam, minha visão estava completamente turva. Eu não podia descrever o que sentia, fora a pior dor da minha vida. Apenas me encostei à parede, deslizando pela mesma até o alcançar o chão, levando minhas mãos ao rosto enquanto chorava desesperado. Eu não podia ter a perdido, nunca! Ela era tudo o que eu tinha; como nós, eu e nosso filho, sobreviveríamos sem ela?

— Senhor Kim, venha. — Sentia o médico me puxar, colocando-me em pé. — Você é tudo que o seu filho tem. Vamos até o quarto.

E eu o seguia, soluçando baixo enquanto minha cabeça mantinha-se a mil, cambaleava às vezes por ainda não ter recuperado minhas forças. Logo chegávamos em um quarto não muito grande com uma caixa de vidro pequena. Havia um bebê ali, o meu bebê. Me aproximava, o observando com seus olhinhos ainda fechados, com um aparelho ligado à si; seu tórax subia e descia conforme respirava com certa dificuldade e uma agulha levava o soro direto à veia em seu braço.

— O appa vai... — Fungava levando a mão à minha testa, soluçando alto. — O appa vai cuidar de você, filho.

    [/Flashback]