História Help me, i'm father! - Angel return

Acordava assustado com o choro de Jongsuk e logo o pegava em meu colo, balançando-o em meus braços tentando o acalmar, eu havia dormido e nem percebi. Olhava o relógio marcar quase meia noite, suspirava indo até a cozinha rapidamente e abria a geladeira encontrando todos aqueles vidros de leite que havia recebido; tirava um da geladeira e colocava na mesa, ouvindo Suk ainda resmungando choroso. Pegava o papel de recomendações e lia rapidamente. "Esquentar o leite materno em banho maria, apenas em banho maria." O que diabos é banho maria? Como faz isso? Voltava para a sala pegando meu celular e procurando por Jin no Kakao.

[Namjoon 23:57]

Seokjin? Está acordado?

Mandava rapidamente a mensagem e me assustava com meu bebê voltando a chorar alto.

— Calma filho, o appa tá resolvendo. — Falava pegando a chupeta verde água transparente de dentro da bolsa e colocava em sua boca. Ria fraco o vendo sugar e logo o via chorar novamente. — Ô judiação, você me enganou appa. — Afinava minha voz, imitando um tom de bebê enquanto ele ainda chorava.

Olhava de novo em meu celular não tendo resposta do rapaz, bufava frustrado indo direto ao Google para pesquisar o que queria saber. Seokjin devia estar cansado, não devia o incomodar mesmo que tenha dito para chama-lo.

Depois de descobrir o necessário, colocava a água para ferver em uma panela e fazia um carinho leve nos cabelos do neném; ele ainda chorava. Jongsuk era bem chorão, não sei a quem puxou. Corria para desligar o fogo, colocando o vidro de leite na água, abro o armário e pego uma mamadeira, noto que a abro desajeitado com uma mão só. Pouco tempo até que o leite estivesse e Jongsuk chorava cada vez mais alto, logo já fechava a mamadeira levando-a à boca do menor que logo sugou com gosto, suavizando e abrindo seus olhinhos que antes estavam espremidos. Suspirava aliviado voltando para sala e me sentava no sofá, dando leves tapinhas em seu bumbum como Seokjin havia feito, o via ficar com os olhos estreitos e sorria. Apesar de ser realmente parecido comigo, o nariz era igualzinho ao da mãe, bem delicado. Depois de tomar a mamadeira toda, o fiz arrotar também como Jin havia feito e sorria ao ver suas bochechinhas cheias.

Subia as escadas lentamente vendo o corredor escuro iluminado apenas pela luz da lua que entrava pela janela da parede no fim do corredor, entrava na última porta onde era o quarto de cor verde água de Jongsuk, colocava-o no berço me voltando ao guarda roupas ao lado da poltrona e o abria, pegando um conjunto de blusa com calça branco. Depois de me atrapalhar bastante com medo de machuca-lo, eu o deixava em seu berço, voltando para o andar de baixo, precisava organizar tudo aquilo novamente.

Começava pegando as mamadeiras, lavava junto de uma pequena pilha de louça que havia ficado ali, quase quebrava acidentalmente um dos pratos. Voltei para a sala e comecei a organizar tudo por ali também. Como eu consegui fazer uma bagunça dessa? Não tinham nem três dias que uma diarista viera aqui e arrumara tudo para mim. Ouvia meu celular notificar, me lembrando da mensagem que havia mandado a Jin e caminhava até o sofá, pegando o aparelho. Desbloqueio a tela e me deparo com uma mensagem do Yoongi, um baixinho mal-humorado, mas de coração bom.

[Yoongi-ah 01:46]

Namjoon? Você já tá em casa, né?

Vou passar aí amanhã depois do trabalho pra ver meu afilhado.

[Namjoon 01:49]

Sim, tô em casa. Pode vir, vai ser bom ter alguém ora conversar.

Além do Suk chorando o tempo todo.

[Yoongi-ah 01:50]

Levo protetores de orelha.

[Namjoon 01:53]

Que? Pra que? Na primavera eles são inúteis, hyung.

[Yoongi-ah 01:56]

A não ser que você tenha uma criança chorona no cômodo do lado.

Te vejo amanhã.

Ria nasalado do que o mesmo havia dito enquanto balançava negativamente a cabeça, coçando levemente a testa.

[Namjoon 01:59]

Traga um pra mim também. Até.

Bloqueava a tela do celular tombando a mão para o lado, suspirando cansado. O dia foi longo.

                                               [Kim Seokjin’s POV]

                Me remexia incomodado na cama com o barulho chato do despertador, que mesmo depois de ter dado três sonecas, insistia em tocar atrapalhando meu gostoso sono. Sabe quando você tá dormindo tão gostoso que parece até estar flutuando? Puta sono bom.

Suspirei vencido e finamente sentei-me, deixava um pequeno grunhido escapar enquanto esticava meus braços e logo levanto, rumo ao banheiro fazer minha higiene matinal. Depois de estar desperto e higienizado, saía do banheiro ouvindo meu estômago roncar, eu estava tão cansado ontem que apenas me joguei na cama sem nem pensar em comer algo. Passava pelo meu celular, o pegava para poder checar as notificações e sentia um leve calor no estômago ao ver que Namjoon havia deixado uma mensagem. Abria imediatamente vendo que o mesmo havia pedido ajuda. Será que o pequeno Jongsuk está bem?

[Seokjin 09:03]

Namjoon? Me desculpe, eu já tinha ido dormir.

Tá tudo bem?

Fitava a janela do bate papo aberta por alguns instantes e suspirava esperando uma resposta. Após alguns minutos assim, apenas dei de ombros e me levantei indo para o banheiro tomar um banho; abria o chuveiro e iniciava meu banho quente, alguns minutos ali olhando um ponto fixo pensando na vida fui tirado de meus devaneios com o som do celular tocando. Saía do box rapidamente e pegava o aparelho, vendo no visor que era Namjoon. Deslizava o dedo pela tela aceitando a ligação e secava meu rosto antes de levar o celular à orelha. Podia ouvir de longe o choro de Jongsuk.

                — Alô? Namjoon?

— J-Jin, me ajuda... Ele não para de chorar desde às quatro da manhã e nada resolve! Não é fome porque ele não quer o leite, não quer chupeta, não quer colo nem está com as fraldas sujas.

— Calma! — Falava ouvindo o choro desesperado do menor e a voz desesperada de Namjoon cessar. — Me passa seu endereço que eu vou aí.

— Vou te mandar por mensagem.

Apenas respondia ok e logo a mensagem chegava, notificando o endereço no visor. Voltava para o box terminando de me lavar e saía apressado em busca de roupas, após vesti-las com um pouco de dificuldade ao pôr minha calça de couro preta – isso que dá não se enxugar direito – calçava meu tênis e logo já saía de casa com minha bolsa, parando para pedir um táxi. Após dez minutos de espera o carro branco encostava em casa e eu entrava, pedindo para que o mesmo fosse o mais rápido possível e fui atendido imediatamente por ele que meteu o pé no acelerador.

— Está entregue. — Falava o rapaz de voz grave, sorria agradecido e pagava a corrida saindo do carro. — Ei! — Olhava para trás pensando ter esquecido algo no carro, porém logo via o rapaz com um papel estendido em minha direção. Pego sorrindo e coloco no bolso, acenando em despedida. Me virava agora correndo até a porta e tocava a campainha umas três vezes, ouvia o choro que antes era abafado ficar em alto e bom som quando vi o maior abrir a porta com o pequeno em seu colo.

— Me desculpe se demorei, como você está?

— Não demorou. Estou bem! Vem, entra.

— Ah, claro. — Falava entrando e logo pegava o bebê chorão de seu colo, o vendo encolher as perninhas quando eu o coloquei de barriga para cima.

— Eu não sei o que pode ser, será que ele tá doente? — O ouvia perguntar preocupado enquanto eu balançava o pequeno.

— Não, isso é só cólica. Bebês geralmente nos três primeiros meses têm cólica. Tem como me levar no quarto dele?

O via assentir e caminhar até a escada que levava até o segundo andar da casa. E que casa, uma casa linda! Seguia até a escada e via que o maior subia rapidamente, ajeitava Jongsuk em meus braços o segurando de forma protetora e logo subia as escadas atrás do progenitor do menor que ainda chorava, e alto. Suspirava ao chegar no topo da estrutura de concreto e continuava andando rapidamente até a porta decorada do quarto do bebê. Entrava ali rapidamente e colocava o bebê deitado no trocador de fraldas, logo tirando sua calça e fralda, o vendo espernear.

— Sempre que isso acontecer tem que segurar as perninhas dele assim. — Segurava esticadas as pernas do pequeno, logo passando a massagear seu ventre. — E fazer massagem assim. Agora eu quero que você pegue uma colher de óleo e morne, mas não deixe quente, só morno.

Prontamente vi Namjoon assentir e suspirava vendo o bebê mais calmo, porém ainda inquieto. O virava de costas e logo acariciava perto de seu cóccix, ouvindo um resmungado sôfrego do bebê.

— Calma meu amor, já vai passar. — Falava calmo, baixo, logo o deitava de barriga para cima novamente.

Preocupado, em menos de cinco segundos Namjoon já descia com pressa as escadas e pegava a primeira colher que via na gaveta da cozinha, concluindo que ser pai é ser velocista também. Fazia como Seokjin havia pedido e corria apressado até as escadas, se xingando mentalmente ao derrubar tudo no tapete cinza da sala. Daria uma bela mancha, parabéns, Namjoon. Após várias tentativas desastrosas derrubando óleo no tapete, em sua própria roupa, escada e corredor, conseguia chegar no quarto vendo o mais velho o olhar com as sobrancelhas arqueadas.

— O que houve? — Perguntava segurando o riso ao ver sua roupa toda suja.

— Ah... suponhamos que eu tenha derrubado umas cinco vezes o óleo da colher. — Suspirava cansado, se aproximando do rapaz que ainda o olhava daquela forma.

Seokjin sem mais delongas pegava a comer de sua mão, testando a temperatura com o dedo, concluindo que estava bom e logo despejava o líquido sobre o ventre do bebê que voltara a berrar alto.

— Você tem que fazer assim, olha.

Falava o mais velho enquanto massageava a barriga do bebê que aos poucos ia acalmando-se, parando o choro. O pai de primeira viagem ali observava com atenção vendo o que parecia uma coisa superdifícil de fazer se tornar simples. Tudo quando Seokjin fazia parecia simples.