História Help to Survive - Como tudo começa

"Sweet Dreams are made of this 
Who am I to desagree 
I travel the world and the seven seas 
Everybody is looking for something."

Balançava a cabeça no ritmo da música enquanto fazia a corrida matinal pelas ruas de Manhattan. Ouvia no último volume me privando de toda a barulheira do trânsito caótico mesmo sendo apenas 08 da manhã, diferente da estrada, esse horário deixava a calçada como se tivesse sido feita para eu correr, poucas pessoas também corriam e outra se alongavam no praça. É a minha 35° volta pelo parque agora e eu nem sequer soava ou demonstrava cansaço, e ainda ouvia a mesma música (tinha descobrido a pouco tempo então estou bastante viciado nela). Logo após de fazer a curva, me deparo com Caio deitado na grama, apoiando-se pelos cotovelos impedindo que suas costas toquem o chão, eu sorrio, ele pisca para mim quando me ver, retiro os fones de ouvido, ele pega a garrafinha de água ao seu lado e joga pra mim.

-Está correndo bem -Caio me elogiou, checando as horas no celular-Fez só em 12 minutos hoje.

-Bem que você poderia correr comigo ao invés de só ficar aí, né?

Falei tirando a tampinha e bebo um gole D'água. Apesar da minha resistência sob humana e desempenho físico acima do normal, não posso ignorar a hidratação.

-Gosto mais de me exercitar olhando você. -Com um toque na na garrafinha, ele o congela por inteiro.

-Você é um preguiçoso. 
Jogo a garrafinha no lixo e seguro a mão dele, ajudando-o a se levantar.

-Vamos embora logo. Você precisa de um banho e está quase na hora do pessoal do Insitituto acordar.

Assenti e caminhamos para o Insituto Xavier Para Jovens Super Dotados de mãos dadas, rindo e conversando, algumas vezes eu tentava abraça-lo, mas ele recuava com a desculpa de eu estar fedendo e começou a correr para fugir de mim. Corremos até um beco e trombei nele após ele ter parado do nada, achei que era por causa de uma parede ou algo assim...quem dera fosse. Meu coração quase saiu pela boca quando consegui ver a razão dele ter parado: Um grupo revestido de armadura e armas pesadas de alta tecnologia bloqueava nosso caminho.

-Recebemos uma denúncia que mutantes foram visto num lugar público. Aqui não é o lugar de vocês... não há lugar nessa terra para vocês.

O líder do grupo conhecido como "Os Purificadores" dizia com ódio e sinalizava para seus homens apontarem as armas para nós. Caio segurou meu braço e colocou-se em minha frente, de repente senti o ar esfriar.

-Matem-os!

Com a ordem o grupo começou a atirar, Caio foi mais rápido e criou uma parede de gelo na nossa frente. Os tiros são potentes e o gelo não ia demorar para partir, Caio segurou minha mão e bastou apenas um olhar para eu compreender o que ele iria fazer e me preparar, ele criou uma coluna de gelo que nos levou para os ares, nos mexemos no ar com movimentos quase impossíveis para se desviar dos projéteis, a primeira coisa que meus pés encontraram antes de tocar o chão foi o rosto de um dos purificadores, rolei no chão para pegar a arma e comecei a disparar contra os purifacadores ativos. Enquanto isso, Caio estava no ar, criando uma pista de gelo para flutuar e congelava os purificadores que miravam em mim.

-Qual é a dificuldade em acabar com eles!? São apenas dois!

O líder berrava enfurecido, indo para trás de uma lata de lixo para usar de apoio, atirando para o alto freneticamente para acertar Caio.

Apaguei um purificador acertando a arma com força na nuca, corri na direção de outro que também mirava em meu namorado, quando notou minha presença eu subi correndo pelo peito dele, cruzei as pernas em torno de seu pescoço, girei e o derrubei, apertando até que ele desmaie. Caio agora estava lutando no solo, transformando o punho em gelo para potencializar seus ocos.

-Vocês não podem vencer...já estão condenados, assim está escrito!

O líder finalmente saiu do esconderijo, não há mais nenhum purificador consciente, alguns congelados da cabeça aos pés ou estirado no chão. Ele segurava uma granada e retirou o pino com a boca, Caio se preparou para impedi-lo, mas eu sabia que ele não seria mais rápido que o grande líder covardão... mas eu sim. Peguei a bomba antes que ela atinga o chão e a apertei contra as palmas de minhas mãos, fazendo-a explodir.

O Purificador olhava para mim com os olhos quase saltando, ele nem sequer disfarça sua expressão de terror, afastei as mãos uma da outra libertando uma fumacinha negra, mostrando a ele minhas mãos sujas de pólvora.

-E-esse mundo não pre...

Dei um peteleco na testa dele, lançando-o contra a parede. Tive a impressão de ter ouvido o som de seus ossos quebrando com o impacto e também sirenes, graças a super audição.

-A polícia está vindo.

Me virei para Caio que ja estáva ao meu lado, pegando minha mão.

-E nós já estamos de saída.

Ele falou criando uma pista de gelo no ar e deslizamos de volta para o Instituto.