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História Help Yourself - E o jogo continua


Escrita por: Mariney

Notas do Autor


Olá, tudo bem?

Aqui estou eu novamente trazendo mais um capítulo para vocês e tenho que confessar : Essa volta às aulas estão me matando! Então como já disse no capítulo anterior, não vou conseguir trazer capítulos com uma frequência maior, talvez 2 ou até mesmo mais por semana, espero que me entendam

Aqui está o décimo quarto capítulo, espero que gostem <3

Capítulo 14 - E o jogo continua


Os alunos hoje aproveitavam o calor da lareira do amplo salão comunal para terem conversas calorosas com os seus amigos e colegas. Cedrella e Dorea já não estavam mais em meu campo de visão e deduzindo onde estavam, sorri zombeteira imaginando as loucuras que as duas garotas cegas, pelo inconfundível amor, estavam fazendo.

Um pequeno relógio localizado em uma pequena mesa sinalizou que o horário de almoço estava próximo. Algumas meninas corriam para os seus dormitórios para checarem se estavam bem para se apresentarem as suas paixonites, tentavam ao máximo mostrar o potencial parabéns os garotos que as rodeavam. O que os hormônios não fazem?

Os corredores estavam cheios e os sonserinos decidiram andar em grupo e assim pude conhecer mais pessoas que faziam parte desta casa, alguns com sobrenomes já conhecidos por mim como Lestrenge, Nott, Dolohov e outros... Pude ver que mesmo não estando sempre juntos de Riddle, cogitavam a ideia de se juntar a ele já que em um futuro lutaria pelas trevas.

Vejo uma silhueta um tanto transparente vagando pelos corredores e o identifico como o professor Binns. Um fantasma que dava sonolência com seus discursos sem fins, mas que com toda a certeza, eu aceitaria passar uma tarde para poder saber de tudo que ele viveu em sua vida, não só humana, mas fantasmagórica também. Devia ter histórias igualmente incríveis!

Como todos a minha, volta vou ao salão principal e me sento na mesa sonserina, olho para os lados a procura da exceção e não o vejo em lugar nenhum, um pressentimento ruim me invade, maldito sentimento que me leva a loucura, e eu sinto que devo fazer algo. Falo aos que estavam a minha volta que não estava me sentindo bem e sem esperar por qualquer palavra saio com urgência do grande salão.

Ando apressadamente pelos imensos corredores e escadas, que não pareciam ter fim, de Hogwarts e por fim chego ao banheiro do segundo andar, o lugar que sei que o encontraria. Entro com cautela e medo e lá está ele ,apoiado com as mãos na pia que não funcionava e que sempre me instigava por ter uma pequena cobra em sua volta.

Ele se olhava no espelho e tinha uma expressão estranha, pela primeira vez não soube distinguir e continuei ali olhando seu misterioso reflexo através do espelho. Vi que notou a minha presença mas continuou ali, parado com a sua expressão que estava me matando por dentro.

Por fim ele se vira e passa a me encarar, não saiu do lugar e nem se pronunciou, apenas me olhava com o seu olhar enigmático que me causava arrepios. Comecei a andar em direção a uma pia qualquer e liguei a torneira que disparou um jato de água, me molhando mas eu não me importei com ela. Joguei diversas vezes a água em meu rosto como se eu estivesse suplicando para que alguém me tirasse dali, que me acordasse desse sonho real e igualmente surreal e mesmo Riddle continuava me encarando,como um verdadeiro predador, analisando cada movimento meu. Voltei meus olhos ao espelho em minha frente e lá estava a Mary Ann deplorável após um dia longo e cheio.

– Tem certeza que está na casa certa? - Por fim se pronunciou em tom de deboche, algo que normalmente saia de sua boa, por isso ao menos me assustei.

Com toda a certeza estava se referindo ao acontecimento de ontem. Minha coragem surpreenderia até mesmo o próprio Godric Gryffindor.

– As vezes me pego pensando nisso também. Mas como o chapéu-seletor diz que nunca cometeu erro algum... Você está olhando para uma companheira de casa. - Solto um riso baixo e sincero, como se estivesse desabafando com o rapaz que se encontrava agora a minha frente, com uma calma invejável.

– Ah Mary ,você me intriga tanto... - Disse andando de um lado para o outro, fazendo com que sua calma que a pouco eu invejava sumisse e parecia conversar consigo mesmo. - Como soube que era um basilisco? Como soube que era eu o seu controlador? Como soube que eu sou o mandante dos ataques?

Cada frase que falava se dava um passo em minha direção, sua aproximação era perigosa, chegando a me encurralar em um certo ponto, seus olhos felinos continuavam em mim, fazendo com que eu sentisse todo o ar se apriosar em meus pulmões e minhas bochechas receberem um tom avermelhado pelo medo e adrenalina que eu sentia no momento.

– Como você sabe de tudo isso e ainda me dá uma chance? - Sua respiração estava descompassada, parecia ter livrado de um peso.Eu me surpreendi com sua declaração.

Com relutância tirei meus olhos do chão e o encarei, seus olhos estavam fechados e ele se apoiou na pia em que eu estava encostada. Por fim abriu os olhos e se aproximou mais ainda, o pânico pareceu se instalar como um intruso em meu interior e fiquei estática sem saber o que fazer.

Por fim colocou sua cabeça entre a curvatura do meu pescoço e inspirou meu perfume, soltou um muxoxo de aprovação, como se estivessem e apreciando. Contornou seus braços em minha cintura me abraçando fazendo que os nossos corpos ficassem quase colados.

Não se soltou de mim e com sua curiosa mão começou a fazer carinho em meus cabelos um pouco desgrenhados por conta do vento e da presa que senti até chegar onde estava.

– Então, Mary. O que faz aqui em Hogwarts? - E por fim a minha ficha pareceu cair e o rubor que sentia em minha sala bochechas se tornara mais escarlate, a raiva me tomou, ele não desistiu de seu maldito jogo de persuasão e por todo esse tempo, apesar de tudo, eu caia como uma bela boba em todas as suas palavras. Ele estava me tratando daquela forma apenas para que eu o falasse o meu propósito aqui.

– Não lhe interessa, Riddle. -T ento sair do aperto de seus braços, dando um pequeno tapa em sua mão que insistia em continuar acariciando meu cabelo, mas ele pareciam ao querer, e com toda a certeza era bem mais forte - Me solte agora! - Minha voz tinha se elevado, estava prestes a gritar, mas ele parecia que não iria desistir.

-Shhh, não precisa se desesperar, Cooper. Apenas estou aqui para tirar dúvidas sobre a pessoa que tanto me instiga.-Apertou minha cintura e passou seus dedos em minhas bochechas enquanto soltava uma risada agraciando o meu estado neste momento. - Você!

Girei nossos corpos e consegui sair do aperto de seus braços que por um momento pareceram tão confortáveis, mas que descobri serem tão mentirosos por em um momento me transmitirem segurança.

– Se você acha que irá tirar palavras de mim boca dessa forma... - Disse levantando meu dedo o ameaçando, neste momento minha voz já não estava em seu tom normal, estava rouco por conta da secura repentina que senti em minha garganta. - Saiba que não irá conseguir nada! Absolutamente nada.

Sai do banheiro atordoada com o que acabara de acontecer. Como pude me deixar levar por Riddle? Bati com força a minha mão na testa, como um Elfo se culpando, e me senti ridícula por me levar pelas palavras e toques de Tom.

Já estava no fim do corredor quando o ouço gritar.

– NÃO SE ESQUEÇA DE CUMPRIR O FAVOR.-Pude perceber um tom de malícia em sua voz. Revirei os olhos e sussurrei um baixo "Nem pensar, Riddle" e  apressei o passo para estar logo em meu dormitório para ter a minha merecida chance de descansar.

Por Merlin o restante do dia me pareceu tranquilo como à parte da manhã e com a presença das minhas amigas que me deixavam mais leve apenas com algumas piadas sem graça já estava ao normal sendo a tão pacata Mary Ann Cooper.

Mesmo estando chateada com as atitudes recentes de Tom, o encarava e desejava com todas as minhas forças de que um dia eu possa virar esse jogo para mostrar a ele que ninguém pode agir dessa maneira comigo.

Quando nossos olhares se encontravam via seus olhos cheios de malícia e eu imediatamente  quebrava o contato assim que percebia minhas bochechas rosadas. Droga!

O jantar chegou e eu fiz questão de me sentar bem longe de Riddle, para não ter o aturar com sua voz cheia de si e seu seus olhares maldosos. Cedrella e Dorea me acompanhavam mas não deixavam de lançar olhares apaixonados para a mesa rival.

– Eca, um dia vou morrer adocicada com o olhares melosos do quarteto. - Digo travessa e as vejo olharem para mim indignada.

-Ora, Mary. Você só não olha assim para alguém também porque não quer! Vários aqui estão de olho em você. - Dorea disse apontando para os seus olhos eu revirei os meus.

– Mas eu não estou de olho em ninguém.-Afirmo convicta e Cedrella me olha com curiosidade e  divertimento, logo depois seu olhar percorre toda a mesa até chegar onde queria. Já sabia para quem estava olhando, decidi me conter e não acompanhei o seu olhar.

– Pelo visto, seus olhos são exclusivos para uma única pessoa neste castelo. - Sussurrou discretamente com um sorriso maroto para que só eu pudesse ouvir e me lançou um olhar para que eu me calasse assim quando viu minha boca aberta para soltar palavras rebatendo as suas.

Esperei de forma impaciente Cedrella e Dorea se despedirem de seus amados. Não iria correr o risco de ir desacompanhada as masmorras e encontrar com quem eu estava evitando.

Quando finalmente o quarteto se desmembrou e as duplas seguiram para os seus salões comunais fiz uma pequena cena dramática a meninas que agora andavam lado a lado atrás de mim.

– Vocês não sabem o quanto eu estava mal.Senti no mesmo instante meu sangue coagular com a quantidade de açúcar que emanava do quarteto meloso. - Coloquei o dorso da mão em minha testa simulando um desmaio.

– Ah que exagero, Mary...

– Só foram alguns minutinhos! - Falou Cedrella completando a frase da prima.

Comecei a rir da forma que as duas se protegiam e logo já estávamos em nossos dormitórios. Fui uma das primeiras a tomar um bom e relaxante banho. Sentir meus músculos relaxando com a água quente que caia em meu corpo era satisfatório, que pareciam me parecer flutuar de tão leve que eu me sentia.

Estava deitada em minha cama lendo um livro quando ouço batidas leves porém urgentes na porta. Rapidamente a abri e uma garotinha loira de olhos pretos me cumprimentou.

– Mary Ann? Boa noite, sou a Cassi do segundo ano! O Senhor Riddle está a esperando no salão comunal, disse que quer conversar com a senhorita. - Seu sorrisinho exalava ânimo e inocência, porém quando estava prestes a recusar o seu pedido com uma certa ternura já que a mesma estava tão ansiosa por uma resposta, ela se pronunciou primeiro. - Ele não aceita um não como resposta!

-Oh, Cassi! Obrigada pelo aviso, tenha uma boa noite. - Sorri com ternura como planajeava a poucos minutos e a vejo saltitar pelo corredor dos dormitórios.

Suspiro cansada. O que Tom quer com uma Mary Ann totalmente descompassada com os recentes acontecimentos?


Notas Finais


Aqui está o capítulo e eu espero muitooo que vocês tenham gostado e eu estou imensamente feliz com os comentários que venho recebendo, vocês são demais! :3

Vejo vocês nos próximos capítulos!

Mal feito, feito e um beijo! <3


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