Lauren POV
A mão dela apertou contra a minha. Ela continuou me olhando nos olhos. Eu não conseguindo pensar outra vez. Camila tinha um olhar determinado. Enquanto tudo o que eu via era a mulher da minha vida a minha frente. Não soube dizer se eu me perdoaria um dia, mas então Camila se perdoaria também? Ela havia feito o mesmo que eu.
- Ela não era o amor da minha vida, Lauren. – Falou como se tivesse me lido a mente. Eu acompanhei o movimento suave dos seus lábios. – Você sabe que ela não é quem eu queria.
Eu não a disse nada. Não consegui. Minha voz ecoava apenas na minha cabeça. Minha garganta seca. Ela deu um passo a frente. Sua mão livre me tocou o rosto. Meus olhos fecharam e eu deixei que sua eletricidade percorresse todo o meu corpo. Por que eu ainda estava tentando lutar? Ela havia me perdoado? Mesmo depois tudo o que a fiz passar?
Sua mão se moveu. Ela acariciou minha pele fria. Meu corpo inteiro tremeu. Ainda me era difícil acreditar que ela estava ali, a centímetros de mim, com a mão sobre a minha face, tirando as dúvidas da minha mente e ao mesmo tempo me fazendo revirar, girar, esparramar, derramar, engolir e devorar tudo ao mesmo tempo. Havia um terremoto em mim.
- Eu posso te abraçar? – Sua voz soou suave. Quase um sussurro. Meu corpo tremeu outra vez. O sangue correu mais rápido nas minhas veias. O meu coração pulsou mais forte. Não consegui a responder. Sua mão agora no meu pescoço. Ela deveria sentir meus batimentos. – Vou te abraçar.
E ela o fez. Uniu o seu corpo ao meu. Ela também tremeu. O rosto sobre o meu ombro. Meu rosto quase na curva do seu pescoço. Eu estava caindo, mas não me importei. Talvez eu nunca tivesse de pé. Porém, eu sempre cairia se estivessem em seus braços e por hora, meu lar deveria ser seu abraço. Eu chorei. Ela me segurou mais forte. Minhas mãos a alcançaram finalmente. A apertaram. A puxaram com força pra mim. Nunca a deveria ter deixado e mesmo que e o tivesse feito, foi ela quem não me deixou ir por completo.
Eu chorei tudo o que havia chorado quando parti, tudo o que havia chorado nas noites sozinha. Chorei por mim e chorei por ela. Chorei por sentir a nossa dor. Chorei por estar de volta aos seus braços. Chorei por sentir que ela me amava acima de tudo.
Eu pensei o quanto eu a havia feito sofrer e ela quis me abraçar depois de tudo. Voltou. Tentou me entender. Eu faria o mesmo por ela?
- Me desculpa. Por favor!! – Minha garganta queimou. A minha voz saiu descontrolada contra ela. Camila tremeu. Me abraçou mais forte.
Nosso abraço doía. Doía por dentro e quase machucava por fora. Se estivessem observando, diriam que estávamos tentando virar apenas uma, mas só estávamos tentando nos entender. Abraçamos nossos corpos, nossos corações, nossas feridas, nossos medos e nossas dores.
Camila invadiu meu espaço. Ela me afastou do seu corpo em um espaço ainda pequeno. Minhas mãos agarraram seu casaco mais forte. Não a queria soltar. Ela beijou o meu rosto. Eu solucei entre lágrimas. Doeu mais do que tudo.
- Você está bem, Lauren. Está tudo bem. Não precisa ficar assim. Não tenho raiva de você. Eu nunca tive. – Sua voz foi firme direto aos meus ouvidos. Meu ar desaparecia a cada segundo. Como não? Eu a havia ferido.
- Você pode me perdoar? – As palavras me cortaram por dentro mais uma vez. Eu não entendi a perca de controle sobre minhas cordas vocais. Mas se eu não tinha controle do meu coração, vocês podem tentar entender que o resto do meu corpo já não me pertencia mais. Eu estava entregue a ela de um jeito tão forte, e eu fui fraca, fui fraca porque Camila sempre me faria ser. Me faria ser fraca e me abraçaria para gritar comigo que eu poderia ser forte ao mesmo tempo em que era fraca.
- Você nunca precisou do meu perdão. Eu só queria te entender. As feridas só doeram mais agora porque arrancamos as cascas, mas você poderia ser o meu band-aid. – Me abraçou forte outra vez. Então eu era forte também. Doía porque meus erros me machucavam. Minha escolhas sangravam e no fim, iria doer por um bom tempo até que eu sarasse.
Nosso abraço durou uma eternidade dentro de um espaço de tempo. Eu mergulhada em tudo o que Camila poderia ser. Minha calmaria e desespero. Meu amor e dor. Minha sanidade e loucura. Eternamente minha.
Lembro de me sentir louca ao perceber que a queria possessivamente. Era uma obsessão, mas se a amassem como eu, não seriam também? Com o tempo, aprendi a ama-la de uma boa forma, mesmo que ela estivesse longe. Eu a queria mesmo que não estivéssemos mais juntas. Iria a querer eternamente.
Camila se afastou outra vez. Seu nome ecoou na minha mente. Era o nome mais bonito do universo, pertencente a mulher mais bonita do universo. Ela era o infinito dele. Camila era meu universo.
Sua mão voltou ao meu rosto. Seus olhos castanhos encararam os meus e ela atirou. Atirou e a bala atravessou meu coração e mente os fazendo explodir em milhões de pedaços. Ela havia me beijado.
Eu senti o seu medo ao meu beijar. Ela sentiu medo de como eu iria reagir. Seus lábios estiveram grudados aos meus por 10 segundos. Camila se afastou e me olhou novamente. Seu medo da minha reação expostos em seu olhar. Ela respirava forte como se tivesse agido com um ato de coragem louca. Eu sorri. Seus lábios ainda me pertenciam. Ela sorriu preocupada.
- Camila... – Continuei sorrindo e balancei a cabeça. Ela me olhou ainda preocupada. Confusa. – Por que fez isso?
Franziu as sobrancelhas. A cabeça inclinou suavemente para a esquerda. As mãos ainda nos meus ombros. Minhas mãos em sua cintura. Sua respiração fria se misturando a minha. Ela pensou. Sorriu e molhou os lábios com a língua. Tremi. Me perguntei porque eu ainda era tão burra mesmo depois de tanto tempo. Que pergunta maldita. Não deveria ter perguntado porque ela havia me beijado. Eu deveria a ter beijado de volta.
- Não temos nada a mais, Lauren. Eu não tenho mais nada. Você também não tem ninguém. O que a impede? – Ela perguntou com um sorriso suave.
Pensei por um minuto. O que me impedia? Respirei. Motivos. Ela esteve com outra pessoa durante esse tempo. Olhei para a sua mão direita sobre o meu ombro. Camila acompanhou meu olhar depois de alguns segundos. Ela entendeu.
Camila tinha uma aliança de noivado no dedo. Ela casaria se não fosse minha carta. Não havia terminado nada. Alguém ainda deveria ter as respostas que merecia, mas por hora, Camila pensou nela mesma.
Afastou as mãos de mim. Eu tirei minhas mãos da sua cintura. Ela me olhou sorrindo. Eu deveria estar caindo outra vez agora. Tirou o anel do dedo e o colocou sobre a bancada ao nosso lado.
- Não a nada que nos impeça agora. – Falou provocante. Meus olhos seguiram o movimentos dos seus lábios outra vez. Ela sorriu desafiadora.
- Você não deveria ter vindo. – Minha voz saiu firme dessa vez. Cortou o ar e não minha garganta.
Camila gemeu quando a puxei de volta contra o meu corpo e a beijei de verdade. A beijei os lábios, a alma. Ela apertou meu braço. Minha mão afundada no seu cabelo sobre sua nuca a trazendo mais pra mim. Ela mordeu meu lábio inferior e me empurrou contra a parede do outro lado. As mãos agora empurrando a gola da minha blusa social.
Eu a girei e a empurrei contra a parede agora. Ela gemeu outra vez. Talvez tivesse doído suas costas. Minha boca desceu para o seu rosto e em segundos para seu pescoço. Seu cheiro me embriagando mais rápido dessa vez. Ainda haviam lágrimas nos meus olhos. Eu estava ali a beijando outra vez. Quando eu acordei da fantasia na minha mente?
Eu vestia uma blusa e calça social. Ela um vestido preta colado ao corpo. Meu corpo contra o dela na parede. Camila me empurrou. As mãos voaram para a minha blusa e ela a puxou com força. Os botões voando para o chão. Ela sorriu ao ver meu corpo mais exposto. Eu a beijei novamente.
Suas mãos agora estavam explorando a pele nua nas minhas costas. Ela tinha roupa demais no corpo. Parei de a beijar. Ela me encarou confusa. Queria a despir ali mesmo, mas em vez disso eu segurei sua mão e nos guiei até meu quarto.
Ela observou tudo ao redor. Eu a observei porque ela era tudo. Abriu um sorriso. Havia um foto dela na cômoda próxima a janela. Ela me encarou e eu rir por a ter deixado ver isso, mas ela sempre teria o seu lugar ali.
Me aproximei dela. Camila olhou para a cama quando a abracei e beijei seu pescoço porque queria a sentir próxima outra vez.
- Não quero parecer rude, mas os lençóis estão limpos? – Ela perguntou expressando a preocupação sobre sua pergunta na voz.
- Importa? – Perguntei contra a sua pele. Ela respirou fundo.
- Não quero deitar onde outras mulheres deitaram. – Camila ficou tensa. Eu ri. Me afastei e a encarei nos olhos.
- Nenhuma mulher nunca entrou nesse quarto, Camila. Você seria a única mulher que eu deixaria deitar na minha cama. – A verdade lhe bateu como um tapa. Eu era dela e ninguém jamais faria de mim o que ela havia feito. Eu era dela e toda a minha vida ainda era sobre ela.
- Está falando a verdade? – Perguntou.
- Sim. – Foi tudo o que eu disse. Ela encontrou a verdade no meu olhar.
Camila estava a centímetros de mim, mas ainda pareceu tão longe. Eu dei um passo a frente. Ela deu outro para trás. Meu olhar foi confuso. Ela riu.
Não esperei que ela tirasse o próprio vestido agora, mas ela o fez com leveza e sensualidade. Sorri. Olhei seu corpo. Sua pele. Ela inteira a minha frente. Eu apostei que ela estivesse vestindo as peças íntimas da sua própria lua de mel. Me aproximei. Ela não se moveu. Toquei sua cintura. Seu corpo ficou tenso.
- Está usando a lingerie do casamento? – A perguntei. Ela riu.
- Não tive tempo para procurar outra. – Respondeu.
- Por que essa cor? As pessoas costumam vestir branco. – Falei. Ela sorriu mais largo.
- Você sempre preferiu o preto. – Ela mal respondeu. Eu a beijei mais uma vez. Como se a beijar agora fosse a única coisa que eu pudesse fazer na vida. Como se nos pudéssemos matar nossa saudade nesse beijo. Precisaríamos de tantos outros.
Camila tirou minha blusa. Beijou minha pele exposta. Meu corpo quente. A empurrei sentada na cama. Seus olhos sobre meu corpo. A observei me observar. Suas mãos tocaram minha pele devagar. Ela desceu as mãos desde abaixo dos meus seios até o topo da minha calça social. Me encarou. Abriu os botões vagarosamente. Desceu o zíper. Empurrou a calça para baixo até o meio das minhas coxas. Ela se aproximou e beijou a minha barriga. Meus músculos tencionaram. As mãos tocaram minha bunda. Eu sorri antes de empurra-la de volta para o colchão. Dessa vez ela caiu deitada. Sorriu.
Arrastou o corpo para o meio da cama enquanto eu tirava minha calça por completo. Nossos olhos nunca se perderam. Subi na cama e engatinhei até ela. Minhas mãos agora me apoiando sobre o seu corpo.
Ela me beijou. Meu corpo desceu contra o dela. Nossa pele em contato mais direto. A eletricidade entre nós cada vez mais forte. O calor no meu corpo explodindo por dentro.
Mudamos de posição. Ela em cima de mim. Sentou sobre as minhas coxas. Tirou o sutiã e o jogou para longe. Minhas mãos alcançando seus seios agora nus em segundo. Meu coração batia tão rápido como se fosse minha primeira vez. Ela seria a única mulher a me deixar assim. A me fazer sentir assim.
Eu sentei com ela sobre mim. A beijei novamente. Camila tirou meu sutiã enquanto eu a beijava. Ela se moveu. Minhas mãos apertaram sua bunda com força. Ela gemeu contra a minha boca e eu quase gemi de volta. Se eu estava molhada antes, agora eu havia passado do limite de excitação. Ela quase rebolou no meu colo. Eu a apertando contra meu corpo.
Não demorou muito até que eu a deitasse de volta ao colchão e me livrasse da sua calcinha. Ela me observando enquanto eu subia de volta ao seu corpo beijando sua perna. Camila respirando ofegante.
Ela ficou tensa quando desci ao seu centro distribuindo beijos molhados em sua coxa. Tremeu quando beijei sua virilha. Eu provaria o melhor sabor da minha vida outra vez e quase explodir por dentro quando alcancei seu sexo com a boca e ela gemeu empurrando o quadril contra meu rosto. As mãos apertaram os cobertores da cama. Minha língua a explorou desde sua entrada até seu clitóris. Sua mão afundando no meu cabelo me forçando mais a ela.
Camila tinha seu cheiro único. Seu perfume feminino, que excitada cada vez mais a minha alma, minha mente, meu ser. Eu a queria devorar sabendo que o seu gosto nunca se compararia ao de outras. Ela era única e sempre séria.
Mordeu o lábio inferior e gemeu baixo. Um gemido agudo. Quase um choramingar. Ela apertou meu cabelo. Moveu o corpo para cima em busca de mais contato com minha boca. Eu a chupei mais forte. Seu aperto no meu cabelo foi dolorido. Seu gemido me fez escorrer por entre minhas pernas. Ela sempre tão quente. Tão entregue.
Seu gosto era melhor que o meu vinho favorito. Ela tinha um jeito único de me fazer perder os sentidos. Seus gemidos passaram a ser mais frequentes a cada minuto que se passava. Minha boca explorando seu sexo como se eu fosse morrer se o não fizesse. Os gemidos batendo contra meus ouvidos me provando que ela poderia me dar prazer apenas em a dar prazer. Ela sempre iria me deixar satisfeita mesmo que não me tocasse, apenas precisava mostrar o quanto era minha.
Camila se apoiou nos cotovelos e me observou. Sua respiração alterada. Ela mordendo o lábio com força para controlar o gemido. Minha língua a bateu mais forte. Ela soltou um palavrão alto e bateu as costas no colchão soltando um gemido também alto e empurrando o corpo contra meu rosto. Eu tive que apertar sua coxa direita e a segurar impedindo que ela fechasse as pernas. Ela estava perto e eu estava sentindo.
- Lauren! Sim!! – Gemeu. Os músculos da barriga tensos. Ela prendendo a respiração.
Eu não quis que ela viesse agora. Afastei meu rosto do seu sexo. Ela me encarou confusa. Alcancei seu rosto e a beijei deixando que ela sentisse seu próprio gosto na minha boca. Meus dedos a invadiram sem aviso. Ela gemeu na minha boca outra vez. Minha calcinha estava um estrago. Pude sentir.
Meus dedos entraram e saíram vagarosamente, mas forte. Ela enfiando as unhas no meu ombro enquanto tentava me puxar contra ela. Eu tentando me apoiar em um braço.
Ela voltou a gemer alto outra vez indicando que não duraria muito tempo agora. Eu intensifiquei os movimentos. Ela puxou meu rosto contra o seu e me beijou sem controle. Tentava me beijar, tentava respirar, tentava forçar o corpo contra o meu corpo. Ela estava tentando segurar o orgasmo.
- Venha, amor. Eu estou bem aqui. – Falei contra sua boca. Ela me abraçou. As unhas mais fortes contra a minha pele. Seu corpo tremeu segundos depois. Ela escorreu nos meus dedos.
A invadi mais algumas vezes antes de me retirar de dentro dela. Camila com a boca aberta contra minha pele. A respiração perdida tentando ser recuperada. Ela sorriu e eu explodi ao assistir seu sorriso crescer em seu rosto. Ela era tão linda.
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