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História Her - Camren - O mar nunca é calmo sempre (Parte II)


Escrita por: camren-in-love

Capítulo 28 - O mar nunca é calmo sempre (Parte II)


Fanfic / Fanfiction Her - Camren - O mar nunca é calmo sempre (Parte II)

Camila POV

Haviam passado quase todos os dias da semana. Lauren deveria estar ocupada quase o tempo todo ou ela estaria me ignorando por apenas responder minhas mensagens de forma curta.

Usei a semana para focar em algo sobre o que estava em minha mente fazia algum tempo. Eu havia decidido por fim, tentar novamente a prova da universidade e faria isso sem que ninguém ficasse sabendo. Não queria decepcionar se eu não entrasse.

Na sexta de manhã, me arrumei cedo e saí para o campus da Universidade. Não ficava tão longe, eu só tive problema em encontrar a sala da prova. Acabei conseguindo ajuda de um veterano. O que foi ótimo e me ajudou a relaxar antes de entrar para a prova.

Não foi como se eu não estivesse mais nervosa quando nos entregaram uma prova extensa de muitas questões que mais pareciam capítulos de livros por serem tão grandes. No fim, a prova não foi difícil. Podia dizer que havia tido certeza nas resposta de mais da metade da prova, mas temos que lembrar, isso não é teste de escola onde você tem que fazer a pontuação média de 6 ou 7 para se dar bem, aqui minha pontuação teria que ser a mais alta possível.

Olhei em volta. Haviam umas 30 pessoas na mesma sala que eu. Algumas com o rosto colado na prova. Outros batendo o pé no chão e mordendo a ponta da caneta. Eu estava sorrido e quase satisfeita com a prova. Só poderia afirmar minha satisfação quando as notas saissem e eu comseguisse uma vaga.

O horário mínimo de permanência já havia passado. Eu terminei a prova minutos depois e segui até um dos professores ou sei lá quem, que estava supervisionando a prova e a entreguei a ele.

Deixei o campus feliz. Parecia algo bom. Eu quase podia sentir uma brisa de felicidade vindo na minha direção. Apostei todas as minhas fixas nela.

Havia esse garoto que me ajudou a encontrar o bloco e a sala mais cedo. Ele estava divulgando o luau do festival anual na praia. Eu tinha uma pessoa em mente para convidar.

Em vez de mandar uma mensagem para Lauren e esperar que ela respondesse mais uma vez sendo curta, decidi ligar. Eu tinha o seu número e nunca havia a ligado realmente depois que voltamos pra casa. Mal chamou duas vezes e ela atendeu ao celular. Eu sorri.

“Mãe, eu vou tentar buscar a Taylor, mas eu ainda não terminei o trabalho hoje. Talvez amanhã eu consiga ajudar melhor ela com o trabalho de ciências. Você comprou o bolo que eu pedi?” Falou rápido enquanto parecia haver muito barulho onde ela estava. O barulho foi diminuindo aos poucos, o que deveria ser ela caminhando para longe.

“Ahm... Oi, Lauren. Eu fico feliz que vá tentar buscar a Taylor e ajudar com o trabalho de ciências dela. E...”

“O que diabos?” Falou parecendo confusa e seu respiração bateu contra o celular. Eu ri. “Camila, desculpa. Eu estava esperando um telefonema da minha mãe. Você pode me ligar depois?”

“Não. Eu quero falar agora e você vai ouvir. Prometo que é rápido, na verdade é só um convite, então espere eu acabar de falar pra me responder. Tem esse festival todo ano na praia, você deve conhecer. Tem o luau e algumas bandas locais tocam lá até o sol nascer. Eu estive pensando que talvez você pudesse ir comigo.” Terminei de falar e houve alguns segundos de silêncio.

“Jody, esse móvel não é aí. O que infernos você está fazendo? Coloque isso de volta. Eu disse que essas poltronas eram pro escritório. Você me ouviu pedindo alguma coisa pra esse cômodo? Leve de volta.” Lauren falou firme e com autoridade. Ela estava trabalhando. “Camila, você pode realmente me ligar depois?”

“Só responda. Você quer ir comigo no festival? Será divertido.” Tentei mais uma vez. Ela demorou pra responder.

“Quantas pessoas você convidou antes de mim?”

“Nenhuma. Você foi a primeira pessoa a quem eu chamei. Responda sim ou não e você está livre pro seu trabalho.” Aguardei. Ela parecia pensar. A respiração ainda batendo contra o celular. Tinha como eu gostar até do som da sua respiração? “Vou entender se estiver ocupada, mas o festival é pela noite e começa já bem tarde, então não é possível que esteja trabalho nesse horário. Mesmo assim, vou entender se não quiser ir. Não é importante também, mas eu pensei que pudéssemos nos divertir um pouco.”

“Que horas?” Perguntou depois de alguns poucos segundos.

“Que horas o que?” Perguntei de volta não entendendo o sentindo da sua pergunta.

“Que horas eu tenho que ir buscá-la?” Mais uma pergunta e um sorriso no meu rosto. Ela iria.

“Não precisa vir aqui. A praia fica a 20 minutos. Posso dirigir até lá.”

“Pensei que seu carro ainda estivesse na oficina.” Falou voltando para perto do ambiente barulhento.

“Como sabe que meu carro está na oficina?” Mais uma vez eu estava confusa.

“Vero me contou. Que horas devo busca-la, Camila? Tenho que voltar ao trabalho.”

“As 22 está bom.”

“Você tem algo para fazer mais tarde? ... Jody, por Deus. Você acha que essa estante está em ordem? Coloque os livros em ordem alfabética exatamente como estavam na outra estante de livros. Quem diabos te mandou aqui?” Vozes. Esperei que ela voltasse a falar. “Faça isso direito ou vou ter que tira-lo do trabalho. Se não souber fazer o certo, então tente não me atrapalhar. Sabe quando eu tenho que entregar isso pronto?” Pausa, mais vozes. “Sim, exatamente. Agora volte a organizar os livros. Eu quero a mesa de madeira oval nessa sala daqui a 5 minutos. Camila, você está aí?”

“Sim. Claro. Estou aqui.”

“Você tem algo para fazer mais tarde. É o aniversário da Lucy e eu estou te convidando. Pode levar a Sofia se quiser. Ou não, eu as levo para tomar um sorvete outro dia.”

“Tudo bem. É só você dizer um dia e ela vai ficar feliz em ir.” Sorri.

“Eu sei que vai. Ela quase me implora por isso toda vez. Estou indo te buscar hoje as 20, esteja pronta. Tenho que ir agora. Até as 8... Alguém viu o vaso africano que deveria estar na estante e infelizmente não está?”

“Eu não disse se iria ou se estava livre.” Quase gargalhei por ela estar nervosa com o trabalho, mas não queria a irritar.

“Não importa. Você me quer no festival amanhã e eu quero você na festa de aniversário hoje. Acho que terminamos por agora. As 20, Camila. Não esqueça e lembre de avisar seus pais que amanhã você só volta quando eu te liberar. Até mais.”

“Okay. Até mais, Lauren.” Eu ri e ela desligou rindo baixo antes.

20:00

Abri a porta de casa e saí encontrando o carro dela parado em frente a minha casa novamente. Ela estava na varanda, porém.

- Sofia, já foi dormir? Eu queria dar um beijo nela. – Lauren perguntou quase implorando.

- Ela está na sala. Você quer entrar? – Perguntei e ela sorriu largo. Eu não sabia se era por Sofia estar acordada ou pelo meu convite.

- Não vou entrar, vamos nos atrasar. Apenas a chame aqui, eu tenho um presente pra ela. – Falou animada. Pelo menos ela não estava mais irritada com o tal Jody no trabalho.

Eu chamei Sofia na sala e ela correu para fora de casa, agarrando Lauren em um abraço apertado. Se a intenção era me fazer cair toda vez que ela era boa com minha irmã, então eu estava virando melhor amiga do chão.

As duas passaram alguns minutos conversando. Lauren deu um caixa rosa média para Sofia e pediu que ela só a abrisse em seu quarto. Ela voltaria amanhã para saber se Sofia tinha gostado do presente. Lauren deu um beijo na bochecha dela e se despediu. Sofia muito animada agora com seu presente em mãos. Lá estava eu curiosa para saber o que havia dentro da caixa.

Sofia voltou para dentro de casa e nós fomos para dentro do carro. Lauren estava colocando o cinto de segurando enquanto eu a observava. Como um ser pode ser tão bonito? Ela deveria ser ilegal nesse mundo. Era um crime ela poder estar por aí com toda essa beleza só para ela.

- Eu não ganho um presente? – Perguntei brincando. Ela rodou a chave do carro e o moto fez um barulho suave. Ela me olhou.

- O que quer de presente? – Eu sorri após sua pergunta. Ela serrou os olhos.

- O que acha de um beijo? – Brinquei novamente e ela simplesmente me puxou dando um beijo rápido nos meus lábios. Eu fiquei séria e a olhei. Ela parecia tranquila.

- Te dou um beijo de verdade quando chegarmos na minha casa. – Focou a atenção na rua e dirigiu para longe da minha casa.

- Vamos para a sua casa? Pensei que fossemos pro aniversário da... Lucy? Droga, eu não tenho nenhum presente. – Eu deveria ter feito uma expressão engraçada porque Lauren começou a rir.

- A festa é na minha casa. A Lucy não sabe ainda. Por isso temos que chegar antes dela. Veronica vai levar ela daqui a pouco pra minha casa. E não se preocupe com o presente. Coloquei o seu nome junto com o meu. – Deu de ombros e acelerou o carro. Ela deveria estar indo rápido demais, mas o carro ainda parecia tão macio, que eu mal podia ter certeza da velocidade se não olhasse para o lado de fora e percebesse que estávamos nos movimentando muito rápido.

- Você deveria ir um pouco mais devagar. – Tentei falar calma, mas no fundo eu tinha medo de coisas velozes.

- Pensei que gostasse quando eu fosse rápido. – Riu sozinha. Ela diminuiu a velocidade, porém.

Nós entramos em um bairro legal. Alguns amigos dos meus pais moravam aqui também. Estacionou o carro na garagem de uma casa grande e saiu levando consigo sua bolsa e um presente embrulhado.

- Comprou isso hoje? – Perguntei a seguindo para dentro da casa.

- Sim. Comprei junto com o presente da Sofi. – Ela abriu a porta e nós entramos. Haviam muitas pessoas na sala e talvez elas estivessem esperando que já fosse a Lucy. Todos começaram a gargalhar quando viram que não era ela.

- Pensei que não viria para o aniversário da sua melhor amiga. – Uma mulher se aproximou dela e a deu um beijo rápido na testa. Deveria ser sua mãe. Elas pareciam um pouco. – Camila?

- Mãe, não me entregue tão rápido. Não se assuste, ela só viu uma foto sua no meu notebook e perguntou quem era. – Lauren falou antes de ir cumprimentar algumas pessoas na sala da sua casa. O ambiente decorado com balões e coisas de festa. Havia um bolo enorme sobre a mesa e vários doces e salgados.

A mãe dela se apresentou e confirmou que era realmente ser sua mãe, Clara, por sua vez, me apresentou a outras pessoas presentes no mesmo ambiente.

Tinha essa mulher que estava se apresentando a mim e me elogiando. Lauren chegou sem aviso e me abraçou por trás dando um beijo rápido no meu pescoço.

- Vem amor, eu vou trocar de roupa. – Ela disse alto e deu um sorriso um tanto estranho pra mim.

- Você pode ir trocar de roupa e deixar a garota aqui, não pode, pequena Jauregui? – A mulher sorriu ao perguntar. Elas pareciam brigar com seus olhares fortes demais.

- Temos que manter nossas namoradas longe de pessoas ruins e eu não quero a minha conversando com pessoas como você. Se não se importa, estou a levando comigo para o meu quarto. – Lauren falou mais alta e eu olhei confusa entre elas duas. Talvez não fosse um clima bom ficar entre elas.

- Por que não deixa ela decidir? – Perguntou e Lauren olhou pra mim. Piscou os olhos várias vezes rapidamente e sorriu.

- Okay. Amor, você vem comigo ou prefere continuar aqui? – Perguntou com os olhos fixos aos meus. Engoli em seco e olhei mais uma vez entre elas.

- Vamos subir. – Falei respirando fundo e Lauren sorriu forte.

- Com licença. – Disse para a mulher e tomou minha mão me guiando até o quarto no andar superior.

O quarto dela era realmente bem diferente do quarto vazio do seu apartamento. Ela fechou a porta e tirou o casaco o jogando sobre a poltrona do quarto. Fez um coque no cabelo e tirou os sapatos logo em seguida. Eu ainda parada ao lado da porta.

- Gostei do seu perfume, Camz. – Falou antes de tirar a blusa e caminhar para o banheiro.

- O que foi aquilo ali embaixo? – A segui para o banheiro sem me importar se ela teria que tomar banho.

- Aquilo o que? – Jogou a blusa em um cesto com outras roupas e desabotoou a calça jeans azul.

- Me chamou para subir com você, me chamou se sua namorada... Por que fez um teatro na frente daquela mulher? – Perguntei apoiada na porta do bainheiro. Lauren desceu a calça e então ela vestia apenas uma lingerie preta. Jogou a calça no mesmo cesto que a blusa.

- Você não iria querer ter ficado lá conversando com ela. Ela estava te elogiando e dando em cima de você e eu não gostei. Fora o fato de ela ser realmente chata. Ela nem ao menos conhece a Lucy, meu pai que a convidou. – Revirou os olhos e lavou o rosto na pia. – Se quiser testar o que eu disse, pode voltar e tentar conversar com ela por três minutos.

- Lauren, a gente pode conversar? Porque eu realmente não te entendo. – Enxugou o rosto em uma toalha branca pendurada próxima a pia e olhou pra mim. Não respondeu. Ligou o chuveiro. – Você passou a semana me ignorando e...

- Eu estava ocupada, Camila. – Falou tirando o sutiã sem se importar que eu estivesse ali. Eu já havia tocado cada parte do seu corpo, então não parecia inapropriado, mas eu prendia a respiração olhando para o seu corpo agora nu. Ela entrou debaixo do chuveiro.

- Você poderia ter dito que estava ocupada. – Falei sem desviar meus olhos do seu corpo. Deus, porque ela tinha que mexer tanto comigo em todos os sentidos?

- Desculpa. Eu aviso da próxima vez. – Deu de ombros. – Pega o meu celular na minha bolsa? Vero pode ligar dizendo que está vindo com a Lucy.

- Você é muito bipolar. – Revirei os olhos. Eu queria entrar no banho junto com ela.

- Eu te respondo amanhã. Pode pegar meu celular? Por favor! – Pediu novamente e voltei ao seu quarto. Não tive que vasculhar sua bolsa procurando seu celular. Lauren era muito organizada e foi rápido até que eu o encontrasse no bolso da parte traseira da bolsa. Três chamadas perdidas da Vero.


Notas Finais


O que que ta acontecendo com a Lauren?
Comentem sobre o que acham dessa mudança louca repentina dela.
2bjos
Emma


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