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História Her (romance lésbico) - Admissão e possibilidades


Escrita por: pqscherbatsky

Notas do Autor


Oi oi, voltei com mais um capítulo pra vocês. Gente eu gosto de história construída, não quero atropelar as coisas, então estou me contento bastante. Mas as coisas estão caminhando bem. Espero que estejam gostando.
Boa leitura e desculpem qualquer erro que tenha passado na revisão.

Capítulo 11 - Admissão e possibilidades



Rachel


- Filha, você tem visita.


- Quem é? – torceu pra não ser o namorado.


- Esse rapaz alegre e educado. – Fred bota a cabeça na porta do quarto.


- Oi, posso entrar?


- Claro! – sorri aliviada por ser ele.


- Vou deixar vocês conversarem. – disse a mãe dela fechando a porta.


- O que em nome da minha santa Lady Gaga foi aquilo ontem? – Fred senta na cama junto de Rachel.


- Do que exatamente você está falando?


- De tudo. Você me mandou mensagem dizendo que ia levar o namorado. A noite toda você e a Liv ficaram com maior cara de cu e mal se falaram. Depois que ela voltou do banheiro, pegou a vadia dela e foram embora na maior pressa. Ai depois você volta do banheiro e sai toda louca  também. Me explica porque estou mais perdida que tudo.


- Aconteceu muita coisa Fred. Meu namorado insistiu pra ir junto, eu não queria que ele fosse e... – encarou o chão – Você falou com ela hoje?


- Por acaso ela não me atende. Liguei várias vezes no caminho pra cá. Pensei que você soubesse de algo.


- Vai ver ela foi com a vadia pra casa e a noite foi muito boa... – bufou


- Eu acho que já tô entendendo o que está acontecendo aqui. – colocou a mão no queixo.


- O que quer dizer com isso?


-Rachel, por acaso você tá com ciúme da Liv? – semicerrou o olho a encarando.


- Claro que não! – desviou o olhar.


- Então o que aconteceu ontem? De verdade!


- A gente brigou e eu falei coisas horríveis pra ela. Acho que não seremos mais amigas.


- Eu não acredito! – levantou e começou a andar de um lado pro outro – Eu trabalho com detalhes garota. Quero tudo na minha mesa agora! – sentou-se do lado dela novamente.


Rachel contou da discursão no banheiro. Falou seus insultos a amiga, as respostas dela e de como se sentiu mal no final.


- Por que você falou essa coisas pra ela? – perguntou confuso.


- Eu entrei em pânico. Fui uma completa imbecil. Tive um dia ruim ontem e acho que acabei descontando nela. – sabia que esse não era o real motivo.


- Posso perguntar uma coisa? – pegou as mãos dela.


- Pode.


- Se você tivesse gostando dela o que faria?


- Não estou. – tentou o convencer e a si mesma.


- Tá, mas digamos que estivesse. Só uma hipótese. O que você faria em relação a isso?


- Ela é mulher Fred. Eu não posso me apaixonar por uma mulher.


- Ah Rach. Você tá ouvindo o que tá dizendo? Além do mais não perguntei isso. Óbvio que sei que ela é uma mulher. O que quero saber é se você teria coragem de encarar um sentimento desse tipo. Se quebraria as barreias por ela. E se... você ficaria com uma mulher?


- Eu não sei te responder. Talvez... Se eu realmente gostasse dela.


- Vou te dar um concelho. O gênero é o que menos importa em uma pessoa. Quando a gente ama de verdade, vê o que ela é por dentro e em como ela faz a gente se sentir. Errado mesmo é não se permitir sentir, é viver uma mentira pra agradar os outros.


- Eu... – buscou as palavras – Ela mexe comigo. – admite finalmente  -  Desde o primeiro dia de aula me senti diferente em relação a ela. Não sei o que é Fred. – abraça o amigo e cai no choro.


- Calma! Procure ela. – começa a fazer carinho nas costas dela. – A conheça melhor. Você só saberá se arriscar.


- Mas eu namoro. Não posso jogar isso fora por uma aventura. E se for só curiosidade?


- Não estou mandando você trair seu namorado. Que por sinal acho ele ridículo, me perdoe mas você sabe que sou sincero. – fez ela rir - Enfim, só estou dizendo que você pode conhecer ela. Conversar mais, sair... – desfez o abraço e a encarou – se você tivesse certeza do seu relacionamento, não estaria com duvidas em relação ao seu sentimento pela Liv.


- Está certo. Mas agora ela não deve querer nem olhar na minha cara. Isso é triste!


- Calma. Tudo vai se resolver. A Olivia tem coração de manteiga. Ela vai te perdoar.


- Você acha mesmo?


- Tenho certeza! Vá atrás dela.


Rachel sorriu com a esperança de ser perdoada por Olivia. Queria ligar naquele instante e pedir perdão pela besteira que fez. Sentia falta de conversar com ela e só de pensar em perder a amizade já lhe causava sofrimento.


- Obrigada Fred. Pela visita e pela conversa. – agradeceu já mais aliviada.


Aquela conversa tinha aberto a mente de Rachel. Ela finalmente admitiu que sentia algo por Olivia. Não sabia ainda o que ia dizer pra ela. Precisava conquistar sua amizade novamente. Não podia cometer erros, mas não via nada de mais em se aproximar e em conhecer mais dela. Era isso que queria e pretendia fazer. Precisava tirar essa duvida de seu coração.


Fred ficou lá por mais algumas horas. A mãe de Rachel ficava feliz quando via a filha com amigos. Ela levou lanche pra eles, sabia que a filha não estava bem e imaginou que tinha brigado com o namorado e a visita do garoto fez Rachel dar risadas que ela ouvia da cozinha.


 


 


Olivia


 


Olivia sai do pub atordoada. Se sentindo diminuída e insultada. Ela entra no primeiro táxi que encontra. Sentia muita raiva de Rachel naquele momento. Porem, não estava sozinha, Marcela estava ao seu lado. A mãe de Olivia estava viajando como de costume, e não hesitou em convidar a garota pra passar a noite.


- Você está tão quieta! – disse Marcela se aninhando no peito de Olivia.


Já era final da tarde. As duas tinham acordado depois do meio dia e ainda não tinham levantado da cama.


- Só estou pensativa.


- Aconteceu alguma coisa ontem? Saímos tão apressadas. Você parece distante. – fez carinho na barriga dela.


- Nada! – a abraçou tentando a fazer  parar com o interrogatório.


Na verdade tinha coisas acontecendo. Ela só não queria ter que dar explicações a ninguém. Muito menos a garota com quem tinha passado a noite.


Mal pregou os olhos durante a noite, havia um turbilhão de sentimentos dentro dela, uma confusão mental enorme. Estava magoada de formas diferentes. Se sentia traída pela presença do namorado de Rachel. Vê-los de mãos dadas ali como um casal, ela realmente não estava pronta. Suas atitudes também a feriram. Primeiro, aparenta ter uma crise de ciúmes, por um instante acreditou que Rachel a via como ela queria. Mas depois dos insultos e acusações que embora eram verdade, não tinha o direito de falar daquela forma. Olivia sempre respeitou seu relacionamento e sempre a respeitou como amiga. Nunca tinha feito se quer uma investida nela. “Era inadmissível” Olivia repetia para si mesma a todo instante. Encarava o teto tentando encontrar uma saída, ela sabia que só ela poderia sair daquela confusão que tinha se metido. “Francamente Olivia, esquece essa garota e segue em frente.” Ela tentava enfiar na cabeça.


- Vou levantar e fazer alguma coisa pra gente comer.


- Quero – a garota apoia os cotovelos na cama. – vou tomar banho.


- Claro! Toma uma toalha e sabonete – se levantou e pegou uma toalha limpa e entregou o sabonete liquido a garota que encostou seus lábios no dela rapidamente.


 Marcela era bonita, divertida e as duas se davam bem. Não havia nada além de atração física. Mas se ela tivesse mesmo disposta a fazer o que estava pensando, isso era o de menos. “Usar uma menina pra esquecer outra.” Pensou se daria certo e jurou considerar essa possibilidade. Se dirigiu a cozinha e começa a preparar uns sanduiches pra elas comerem, quando seu telefone toca de novo. “Esse viado tá sem ter o que fazer vou mandar ele procurar uma rola agorinha.” Foi buscar o telefone no quarto. Pensou que era Fred, pois já tinha ignorado várias ligações dele mais cedo. Olivia Pega o telefone e seu coração dispara ao ver o nome que aparece na tela.


 


 


 


 




Notas Finais


Quem será no telefone?


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