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História Her (romance lésbico) - Thinking Out Loud


Escrita por: pqscherbatsky

Notas do Autor


Surpresas nesse capítulo...
A partir daqui as coisas vão começar a pegar fogo. Nos dois sentidos... Kkkk
Boa leitura.

Capítulo 14 - Thinking Out Loud


- Eu odeio brigar com você, odeio deixar você magoada. Não sei o que acontece, é que as vezes me sobe um medo tão grande de te perder, que tenho a pior das reações e acabo piorando tudo. Não me leve a mal quando eu quero sua atenção, quando eu quero você só pra mim.. . 

Rachel ouvia as palavras em silêncio. Sem esboçar qualquer relação. 

- Eu te amo, Rachel. — continuou segurando a mão dela - As vezes tenho ciúmes. Só isso! Mas não se afasta de mim mais dessa forma. Você simplesmente ignorou todos os meus telefonemas, só respondeu poucas mensagens... 

O namorado esperou uma resposta. Como não obteve, continuou. 

- Eu te trouxe aqui nesse restaurante que sei que você gosta, pra gente se acertar. Acabar com esse climinha. Fala alguma coisa pelo amor de Deus! — exclamou impaciente. 

Ela tamborelava os dedos em cima da mesa e o encarava sem expressão. Até que começou a falar. 

- Você tem sido muito invasivo, querendo o tempo todo saber onde e com quem estou. Desde quando eu não posso sair sozinha com meus amigos? Isso tem me incomodado... 

- Eu sei meu amor, prometo que vou mudar. — acariciou o rosto dela com seu polegar. 

- Tudo bem... Você não precisa ficar com ciúmes dos meus amigos. Não tem motivo algum pra isso. 

- Não é bem com seus amigos que me preocupo. 

- É com o que então? 

- Com sua amiga. Aquela tal Olivia. — entortou a boca ao dizer o nome - Ela não me entra. Aposto que da em cima de você, não é? — falou com cara de desprezo. 

- Mas é claro que não. De onde você tirou essa ideia? 

- Você não percebeu como ela te olha? 

- Como ela me olha? — pergunta desconfiada. 

- Com desejo... Com um olhar que é tudo, menos de uma amiga. 

- Sério? — desencostou da cadeira como se tivesse tomado um susto. -  Quer dizer... Não acredito que você tá com ciúmes de uma mulher! 

- Não. Eu sei muito bem do que você gosta. — sorriu malicioso - Só não vou com a cara dela.


Como tinha sido combinado na noite anterior, Rachel saiu pra almoçar com o namorado para eles se acertarem.  O que de fato aconteceu, depois de uma longa conversa. Ela ainda não entendia a forma como ele vinha agindo ultimamente. Cada atitude dele a irritava. Ele sempre foi assim, ou só percebeu isso hoje? 

Sentia as coisas diferentes agora. Antes era cheia de certezas e estabilidades com seu relacionamento. Agora, parece que as certezas não encheriam nenhum copo d'água.


...


- Você é uma pessoa má Rachel. — uma voz de choro falava do outro lado do telefone - Como tem coragem de brincar com meus sentimentos e minhas emoções desse jeito? — continua a voz chorosa. 

- Olivia? O que eu fiz, você tá bem? — diz Rachel confusa. 

- O George morreu. Que coisa mais triste... 

- George... — continua confusa - Que? Liv, por acaso você tá vendo Grey's Anatomy? — cai na gargalhada. 

Rachel se lembrou que em uma de suas conversas, tinha indicado sua série favorita a Olivia, que tinha ficado curiosa e prometeu assistir. 

- Essa cena no elevador... Poxa, como você foi capaz de me indicar essa série de dor e sofrimento? Eu pensei que fossemos amigas. 

- Pois eu sinto muito te desapontar, você ainda terá muito sofrimento pela frente. Lamento! 

- Olha, eu não vou suportar... Me fala logo, quem mais morre? 

- Não vou falar nada!. Apenas não se apague muito aos personagens. — continuava rindo. 

- Nossa, eu não acredito que cai na sua conversa. Você tá na minha lista negra. 

- E como posso sair dela? 

- Hum... Deixa eu pensar... — fez uma pequena pausa e continuou - Você vai ter que assistir a minha série favorita e jantar comigo amanhã. 

- How i met your mother? Ah não Olivia! — revirou os olhos.

- Sim senhora! E se reclamar vai ver The Walking Dead também. 

- Arg não... — bufou - Tudo menos zumbis! Ok você me forçar a ver uma série de comédia, mas zumbi não, já é demais pra mim! 

- Não é só uma série de comédia, eu já te falei. E você quer apostar quanto que vai amar e se viciar? 

- Não quero apostar nada. E esse jantar, quando vai ser? 

- Ah sim, a outra parte do seu castigo. Será amanhã! 

- Mas amanhã é segunda feira. 

- E daí? Você prefere me aguentar reclamar a semana toda ou quer jantar amanhã e se livrar da culpa? 

- Tudo bem Olivia. — se deu por vencida - Nossa, como é que você consegue entrar na minha mente assim? 

- Eu tenho ascendente em libra. - riu. 

- Eu odeio você! 

- Não odeia nada Rachel.


... 


Olivia


Depois da aula, ela passou no mercado e comprou tudo que precisava. Decidiu que ia aproveitar a viajem de última hora da mãe e faria o jantar em casa mesmo.

Tinha pedido pra Rachel chegar às 19h. Quando já tivesse tudo pronto. Caprichou em todos os detalhes. Desde a arrumação na casa, até o último toque do tempero da comida. Ela gostava de cozinhar e seria um prazer  Rachel provando sua comida. Exatamente na hora marcada, a campainha toca. Olivia olhou pelo olho mágico, era ela. Respirou fundo e passou a mão pelos cabelos na tentativa de deixa-los menos desgrenhados. 

- Que pontual! — disse abrindo a porta. - Seja bem vinda. 

Rachel entrou e deu um beijo na bochecha de Olivia. 

- Uma de minhas qualidades é a pontualidade. 

- Gosto muito disso. Senta aí e fica a vontade. — disse apontando para o sofá. - Eu vou por a mesa. 

Assim que entrava no apartamento, tinha a visão da sala. Um sofá branco, duas poltronas, na parede uma TV de plasma e a decoração decoração que com certeza não tinha sido pensanda por Olivia. No mesmo ambiente, tinha uma cozinha americana. E uma mesa de jantar. 

- Eu ajudo Liv. Me fala o que tenho que fazer. 

- Você só tem que sentar e esperar. É rapidinho. — levou Rachel para o sofá. 

- Tudo bem né. Só não queria que fizesse o trabalho todo. 

- Relaxa. É um prazer. 

Olivia saiu saltitando até a cozinha, onde começou a pegar os pratos e talheres e os levou a mesa. Depois se dirigiu a uma mine adega e pegou um dos seus vinhos favoritos. 

- Gosta? — apontou para a garrafa em suas mãos. 

- Gosto! Qual o cardápio a minha chef preparou para essa noite? 

- Logo você descobre. 

- Ai que misteriosa... 

Olivia abre o forno e tira o jantar. Depois retira uma panela do fogão, despeja o molho por cima, coloca em uma bandeja e leva a mesa. Logo após leva os acompanhamentos. Parece que está tudo ótimo. Então, chama Rachel para sentar-se a mesa. 

- Que cheiro delicioso Olivia. O que você fez? 

Olivia puxa a cadeira para ela sentar e em seguida senta de frente para ela. 

- Como eu sei que você gosta de sushi, eu fiz salmão no forno com molho de limão. Espero que aprecie. 

- Apreciar? Eu já tô é babando em cima disso só pelo cheiro. 

Olivia começa a rir. Em seguida abre a garrafa de vinho e enche as taças até a metade. 

- Pode se servir então. 

Rachel começa a montar seu prato. Em seguida Olivia faz o mesmo. 

- Meu Deus do céu. Olivia, você tem talento pra isso. Tá no curso errado. — falou após a primeira garfada. 

- Eu não. A cozinha é apenas um hobe. E também não é pra qualquer pessoa que me disponho a cozinhar. 

- Uau... Me senti especial agora. 

- E é! — fala em meio a um sorriso torto. 

Elas seguiram o jantar em silêncio, apenas comendo e tomando o vinho. Olivia estava radiante que a garota tinha gostado de sua comida. Todo o esforço valeu a pena. 

Oliva a encarava sem dizer nada, elas tinham acabado com toda a garrafa de vinho.  

- Sabe o que isso parece? 

- O que parece? 

- Um encontro. Isso é um encontro Olivia? — a fitou com um sorriso malicioso. 

- Bem... Se você quiser que seja, é. 

Olivia falou aquilo e se arrependeu no mesmo instante. Estava ficando louca? Um silêncio se instalou no lugar. Rachel pareceu meio envergonhada, mas não demonstrou se importar. Olivia pensou se ela realmente se importava. 

- Vou trazer a sobremesa — disse tentando quebrar o clima. 

- Ainda temos sobremesa? Nossa, você pensou em tudo mesmo. 

Olivia se levantou e tirou os pratos da mesa, em seguida levou tudo pra pia e voltou com duas taças de sorvete. 

- É sorvete de creme com frutas vermelhas. — disse entregando a taça a Rachel. 

- Delicioso. Como tudo que provei hoje. 

- Nem tudo... — lançou um sorriso torto e manteve o contato visual. 

Olivia queria saber de onde vinha aquela coragem. Será que foi o vinho? Mas Rachel não parecia estar incomodada com as investidas. Então ela respirou fundo e se encheu de uma coragem que não sabia de onde vinha e falou:

- Dança comigo. 

- Mas não tem música aqui. 

- Não seja por isso... 

Olivia levantou e se dirigiu a TV. Escolheu uma música e ligou o home theater. Segundos depois começa a tocar Thinking Out Loud do Ed Sheeran.  Vai até a mesa e estende a mão para Rachel, que a pega e se levanta. A conduz até a sala onde começam a dançar lentamente.

As mãos de Olivia estão na cintura de Rachel, enquanto as dela, estavam em volta do pescoço da morena. Olivia decidiu diminuir o espaço entre elas e a encara. Cara a cara agora, os hálitos se misturam. 

People fall in love in mysterious ways (Estou pensando em como as pessoas se apaixonam de maneiras misteriosas

Maybe the touch of a hand (Talvez apenas o toque de uma mão

Olivia com uma das mãos toca o rosto da garota e acaricia com o polegar. Rachel fecha os olhos ao receber o toque. A morena pega uma mecha dos cabelos e coloca atrás da orelha dela.

Take me into your lovin' arms (Me abrace com seus braços de amor

Kiss me under the light of a thousand stars (Beije-me sob a luz de mil estrelas

A morena aproximou seu rosto lentamente. Rachel mantinha seus olhos fechados. Suas respirações estavam descompassadas, e Olivia sentia seu sangue ferver. Precisa fazer aquilo ou se arrependeria pelo resto da vida. Encostou seus lábios no da garota e sentiu o corpo dela tremer em suas mãos, como se uma corrente elétrica o percorresse. Sente o coração dela bater junto ao seu. Estavam no mesmo ritmo frenético.

Rachel não demorou a abrir os lábios, dando passagem para encaixarem as bocas, as línguas pareciam se acariciar. Ambas suspiraram no primeiro contato. As mãos de Rachel agarraram os  antebraços da morena com força. 

Em resposta, Olivia puxava seu lábio inferior com os dentes e obtinha uma reação da outra garota mais descontrolada, que se jogava contra ela com mais intensidade, acelerando mais ainda o ritmo já anormal de seus beijos. 

A garota de cabelos curtos desliza uma mão até segurar a cabeça da outra pela raíz dos cabelos de sua nuca enquanto desce a outra mão sem delicadeza para primeiramente enlaçar sua cintura e puxá-la mais para perto, depois inicia um caminho ousado da lateral de seu quadril até logo abaixo de seus seios. Rachel geme com o toque mais urgente e não pensa duas vezes antes de jogar seus braços em volta do pescoço da amiga. Vez ou outra acariciava com a ponta das unhas as costas dela. 

Olivia pegou-a no colo e sentou no sofá, acomodando Rachel em cima dela, as pernas em torno do seu quadril, proporcionando o máximo de contato que as era permitido ter enquanto vestidas.

Embora houvesse muito desejo e luxúria, existia um carinho e devoção implícitos naquela cena. 

Em alguns momentos paravam para respirar, suas testas se encostavam e distribuiam selinhos e roçadas de boca pela face uma do outra.

Olivia estava tão realizada, que mal conseguia pensar. Entre as caricias e roçadas de Rachel em cima dela, finalmente conseguiu falar

-Hoje não... 

Não por falta de desejo. Isso já estava mais do que claro. Mas sim, porque não queria que fosse assim no primeiro encontro. E temia se a amiga estava sóbria ou sob efeito do vinho. Ela sabia o que aquela garota significava e não queria pular etapas.

- Isso foi... — puxou o ar ainda ofegante - Uma loucura. Mas uma loucura maravilhosa! — beijou Olivia  lentamente, depois saiu de cima dela. Não disseram nada por cerca de minutos. Já estava terminando mais outra música, ficaram quitas apenas ouvindo. 

- Eu preciso ir Liv. — Rachel quebra o silêncio. 

- Tudo bem. Eu te levo. 

- Não precisa. Chama um táxi. 

- Mas já é tarde... Não é bom você sozinha por aí. 

- Não quero que me leve. — seu tom agora era mais sério. 

- Mas por quê? Eu fiz alguma coisa que não gostou? 

- Não é nada... Eu preciso ir, por favor. - encarou o chão. 

- Tudo bem... 

Mesmo sem entender a mudança repentina da garota, Oliva liga para a portaria e pede que chamem um táxi. As duas não disseram mais nada uma a outra, até serem interrompidas pelo interfone, que anunciava a chegada do táxi. As duas desceram em silêncio. Olivia tentou mais uma vez perguntar se tinha algum problema, Rachel só falava que queria ir pra casa. 

- Então até amanhã. — se aproxima de Rachel para beija-la, mas a garota vira o rosto. 

- Aqui não. — sussurra no ouvido da morena. 

Olivia ver a imagem da amiga entrando no táxi e fica olhando até que o carro vire a esquina. Depois entrou em seu apartamento meio confusa. O que teria acontecido pra fazer a garota sair correndo daquele jeito? Ela teria se arrependido do que fez? Sacode a cabeça espantando os pensamentos. Decidiu que não contaria o que tinha acontecido entre elas pros amigos. Pelo menos até conversarem. Não sabia o que aquilo significativa a partir daquele dia, então decidiu esperar. Amanhã era um outro dia, elas se veriam na faculdade e poderiam esclarecer as coisas. Por hora, Olivia tinha em seus pensamentos o doce dos lábios de Rachel e a sensação gostosa de seu toque. Aquilo a deixou plena a trouxe aton sentimentos que ninguém havia despertado antes.  



Notas Finais


Eitaaa por essa vocês não esperavam né. E aí, o que acharam da pegação? Será que Rachel se arrependeu?
O feedback de vocês é essencial.
Até a próxima leitores. Beijos


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