1. Spirit Fanfics >
  2. Her (romance lésbico) >
  3. Não seja uma marionete!

História Her (romance lésbico) - Não seja uma marionete!


Escrita por: pqscherbatsky

Notas do Autor


Olá leitores, mais um capítulo pra vocês. Boa leitura.

Capítulo 16 - Não seja uma marionete!


Olivia estava com uma tremenda dor de cabeça. Maldita ressaca. Ainda por cima vomitando. A última vez que tinha bebido tanto assim foi na sua festa de 18 anos. Estava jogada no banheiro, quando Marcela sai pra atender a porta. 

- Quem era? — pergunta depois que a garota retorna. 

- Era aquela sua amiga. — fala indiferente. 

- Que amiga? — pergunta impaciente. 

- Da faculdade. 

- Rachel? Meu Deus! — leva as mãos a testa. - Ela te viu desse jeito? O que você falou pra ela? — apertou o braço da amiga. 

- Ai Olivia! — puxou o braço. - Eu não falei nada. Ela só perguntou por você e foi embora.

- Mas que merda Marcela. Agora ela vai pensar que tivemos alguma coisa... — apertou os olhos e a olhou desconfiada - Você não tocou em mim, tocou? 

- Claro que não! Que tipo de pessoa acha que eu sou? — se sente ofendida. - Sabia que você vomitou no caminho e sujou meu vestido? - Isso explica ela estar usando uma roupa de Olivia. 

- Desculpa Mar, eu sei que só queria ajudar. É que essa garota significa muito pra mim e... Aí meu Deus! — correu em direção a porta. - Quando você sair deixa as chaves com o porteiro. 

Olivia saiu correndo para a rua. Foi até a esquina na esperança de encontra-la. Era inútil, já não estava mais ali. Só então se deu conta que usava uma calça folgada de moletom e uma fina e quase transparente, camiseta branca. Foda-se! Foi atrás dela sem se importar com os trajes. Correu de volta até seu apartamento, que ainda estava com as portas abertas, pegou a chave do carro e foi atrás de Rachel. Estava preocupada em como ela poderia ter interpretado a cena. Será que ela foi lá dizer que me queria ou será que ia me dispensar de vez? Muitas questões a atormentavam, não conseguiria mais esperar. Em dez minutos, a morena está parada na frente da casa de Rachel. Torceu pra mãe dela ter ido trabalhar. Mesmo se não tivesse, nenhum motivo a faria desistir dessa conversa. Toca a campainha duas vezes. Nada. Bate na porta. Nem sinal. "Será que ela não veio pra casa?" "Onde procurar então?" Olivia já estava entrando em desespero, quando a porta abre.  

- Eu não a quero aqui Olivia. 

Tentou fechar a porta mas Olivia a impediu. Aquelas palavras doeram mais do que se tivesse uma faca entrando em seu peito. Mas não desistiria tão fácil, não chegou até lá pra perder. Não sairia dali sem suas explicações. 

- Precisamos conversar. — pareceu determinada. 

- O que você quer? — suspirou livrando o caminho para Olivia entrar. 

- Respostas. — a encarava seria. - Por que você sumiu a semana toda? O que foi fazer lá em casa? 

- Eu precisava pensar, precisei de um tempo longe.— encarava o chão - Mas parece que você aproveitou bem. Mal eu me afastei e já foi se agarrar com aquela lá... — deu as costas pra ela. 

- Eu não tive nada com ela, Rachel. Ontem passei mal e Marcela me ajudou... Olha pra mim! — falou com a voz mais branda. 

-Eu pensei em você a semana inteira. — virou a encarando. - Pensei naqueles beijos, no seu toque, no seu corpo... — uma lágrima corre. -  Mas depois pensei no quanto isso é errado. Eu tenho outras pessoas em minha vida. Pessoas que se magoariam se isso continuasse.  

Os olhos dela estava marejados. Olivia se aproxima e a abraça. 

- Eu entendo o seu medo Rachel, também teria no seu lugar. Mas por que isso é errado? Pensa bem, isso que temos só acontece uma vez na vida de uma pessoa. Você tem o direito de ser e viver do jeito que quiser. Lute por isso! Temos tudo e você tem apenas que escolher. Não seja uma marionete presa em cordas, não deixe que ninguém a aprisione, que tomem decisões por você. Não mantenha seu coração em uma gaiola. Viva Rachel, viva...

Rachel não conseguia falar, desabou em choro nos braços da morena que a abraçava firme, depois secou as lágrimas com os polegares e a beijou em cada canto do rosto. 

- Calma, vai ficar tudo bem. Eu tô aqui, eu vou te esperar. 

- Promete que não vai a lugar nenhum? Eu sei que não tenho direito de pedir nada, você é livre pra fazer o que quiser... — tinha a voz de choro e desespero. 

- Ei, shiii... — apertou mais o abraço. - Eu não vou a lugar nenhum. — segura seu rosto entre as mãos e a olha nos olhos. - Eu gosto muito de você Rachel, quero ficar com você. Ninguém importa mais. 

Olivia mantinha as mãos no rosto da amiga, enquanto ela a abraçava pela cintura. A morena diminui mais o espaço entre suas bocas, suas respirações se misturam. Encosta seus lábios nos dela, dando um rápido e suave beijo. E então a solta e novamente a envolve em seus braços. O momento é interrompido pela chegada de alguém, que solta um pigarro pra ser notado. 

- Estou atrapalhando alguma coisa? — pergunta desconfiado. - A porta estava entreaberta, aí entrei...

- Não atrapalha nada. — soltou rapidamente a cintura da morena e foi em direção ao namorado. 

- Tá tudo bem amor? — beijou  seus lábios e a abraçou de lado, em seguida lança um olhar questionador para a amiga da namorada. 

Olivia desvia o rosto daquela cena. Era insuportável vê-lo tocando nela. 

- Eu já tô de saída Rach. — interrompe o momento - Depois a gente se fala... — diz sem encarar a amiga. 

- Tudo bem, a gente se fala! — se afasta do namorado e vai em direção da porta. 

- Mas já vai tão cedo Olivia? Fica um pouco mais. Você parece gostar tanto de ficar com a Rachel. — da uma risadinha irônica. 

- Não posso. Mas obrigada pelo convite. — se move até a porta. 

- Fica pra próxima então. — estende a mão para Olivia apertar. - Tchau. 

- Tchau! — estende a mão e aperta a palma dele de volta. - Até mais Rach. — sorri pra amiga. 

A porta se fecha atrás dela. Não gostou de deixar os dois sozinhos lá, mas não conseguiria ficar no mesmo ambiente que aquele insuportável. Torceu pra que ele não tivesse visto nada além do abraço. Aquele cara tinha jeito de psicopata, não quis nem imaginar se ele descobre que algo aconteceu entre elas. 

Mas afinal, o que elas tinham na realidade? Essa falta de definição a assustava. Mas por enquanto não se importaria com o nome que dariam aos seus futuros momentos. Eles existiriam e isso bastava. Mas o amor é assim mesmo, oferecer seu coração, se expor aos danos e torcer pra que dê certo com a pessoa. Ela que sempre gostou de viver um dia de cada vez, que nunca se envolvia profundamente com ninguém, não se importava mais de amar sem medo, de querer sem freios, de buscar sem limites e encontrar sem destino. Estava se entregando, mergulhando num precipício, dando poder a alguém de faze-la completamente feliz ou destruir cada partícula do seu ser. Se daria certo ou não, já não importa mais, iria lutar pelo amor que tanto esperou e que tanto acredita.


Notas Finais


Olivia tão corajosa, tão cheia de esperanças. Espero que Rachel não decepcione. Vocês estão gostando? O que esperam para os próximos capítulos? Me contem.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...