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História Her (romance lésbico) - Você acha mesmo que um pênis faz falta?


Escrita por: pqscherbatsky

Notas do Autor


Olá leitores!
Voltei cedo, vejam só o que uma ansiedade misturada com uma noite de insônia não fazem. Infelizmente ainda vamos sofrer mais um pouquinho, desculpem por isso. Então bora lá pra mais uma leitura.

Capítulo 22 - Você acha mesmo que um pênis faz falta?


Olivia


Cinco dias depois...


Sentia sua  alma se rasgando ao lembrar daquelas palavras. É como se uma flecha tivesse sido lançada em seu peito, no momento em que ela deu as costas e partiu. E dói... Apenas a lembrança do abandono dói. Como se um pedaço dessa flecha ainda estivesse lá dentro. Seu mundo estava sendo desmoronado, e não poder fazer nada. Só ficar ali parada, na esperança de ter a vida reerguida algum dia, não estava funcionando. Já não atendia ligações dos amigos, não se alimentava. Buscando um momento fugaz, começou a se afogar em bebidas e cigarro. Quando a realidade insistia em bater em sua cara, e a lembrança de que havia sido trocada por outro atormentava, tomava comprimidos para dormir em busca de encontrar ela em seus sonhos, quem sabe lá, ficariam juntas. E nos poucos momentos em que não estava entorpecida por álcool ou medicamentos, chorava. O choro lavava sua dor, regava sua tristeza e esvaziava sua alma. 

Seus olhos arderam ao abri-los. Ainda estava estupefaça pela bebida, ou pela nova droga que descobriu. Bastava injetar na veia e seus problemas sumiam. Era uma sensação de prazer incrível, até alucinava de vez em quando. Alguém batia na porta. Um barulho estridente e urgente fizeram com que acordasse. Levantou ainda cambaleando, e foi atender.


- Onde está a minha namorada? – o rapaz invadiu seu apartamento gritando. 

- O que você quer aqui? A última vez que a vi, ela disse que não queria mais me ver. E estava com você. Perdeu sua namorada playboy? 

- Não me tire do sério garota. Onde ela está? – andava de um lado para o outro olhando os cantos do apartamento. 

- Já disse que ela não está aqui. Vá embora! – vociferou. 

A lembrança dos dois lá e da partida vieram à tona. Sentiu um nó na garganta. Quis chorar mas não podia. Não na frente dele. 

- Acho bom mesmo... – deu as costas indo embora. Mas desistiu assim que reparou a bagunça do lugar. As garrafas de cerveja espalhadas por toda parte, umas seringas jogadas no meio da sala. Deu uma risada de lado ironizando a situação. - Então era isso que Rachel queria pra vida dela? Hum coitada. 

Olivia cerrou os punhos, o encarava com ódio. 

- O que vocês mulheres fazem? Isso conta mesmo como sexo? Acho que não deveria me preocupar. Você acha que dedo e língua e engravidam alguém? 

- Você viu com seus próprios olhos o que nós fazemos.— disse seca. 

O garoto diminue o espaço entre eles. Ficam cara a cara, suas respirações perto uma da outra se misturavam. 

- É melhor você sair daqui. — Olivia o empurra.

- Não me toque! — o rapaz a empurra de volta. 

- Saia da minha casa seu escroto. —  seu tom estava nervoso, tentava se livrar das mãos que agora prendiam seus braços e a encurralava contra parede. - O que está tentando provar?

Os rostos estavam muito próximo, Luiz encarava a morena. 

- Então você não gosta de homem mas quer ser um? Interessante... Tem inveja disso aqui? — leva as mãos de Olivia até o volume em sua calça. - Vamos lá Oliva, sente o que é um homem de verdade. Aposto que nunca encontrou um que... AAA... SUA VAGABUNDA! SAPATÃO! — caiu de joelhos no chão, com a mão entre as pernas. 

- Doeu seu imprestável? — falou firme o olhando de cima. — Você acha mesmo que um pênis faz falta? Eu não tenho um e fiz a Rachel gozar como ela nunca gozou antes. Dedo e língua não engravidam, mas dão muito prazer. Coisa que você nunca deu com esse seu pinto murcho ai! 

Ela mantinha o contato visual, seu tom era firme. O olhando ali no chão caído, viu que não passava de um cachorro que latia apenas para assustar, e não teria coragem de fazer nada. 

- Eu vou falar pela última vez. Vá embora da minha casa ou chamo a polícia! 

- Estou indo! — levantou-se apoiando nas paredes. - Mas não estou brincando. Deixe minha namorada em paz ou sofrerá as consequências. — deu as costas e foi embora. 

Em seguida, Olivia corre até a porta e a tranca. Uma fúria tomou conta de si. Estava cega de raiva. Como ele tinha coragem de voltar lá, como ele pôde encostar as mãos nela? 

Só minutos depois foi que a ficha caiu. Ele a estava procurando. Onde a garota estava? Provavelmente havia fugido dele. Mas por quê? Por que Rachel fugiu se ela mesma o escolheu? Não fazia mais sentido. Pegou seu celular. Ignorou todas as notificações anteriores, só uma interessava. Mas não havia vestígios dela. Nenhuma ligação ou mensagem. A última visualização dela tinha sido quatro dias atrás. Ficou preocupada. Isso mudava tudo. Mas onde procurar? Com certeza não estava em casa e não conhecia nenhuma outra amiga dela. Tentou ligar mas ia direto para caixa postal. Um desespero a tomou. Começou a pensar no pior.


...


"Rach, onde você está? Preciso de você, precisamos ficar juntas. Lembra da música que escutamos naquele restaurante em que eu te levei? Pois é, tô escutando ela agora e lembrei de você. Foi naquele momento que eu soube que estava apaixonada. Droga, acabei derramar um pouco de cerveja no sofá, minha mãe vai me matar. Você tem que aparecer Rachel,  estou ficando louca já. Volta pra mim por favor. Eu te amo."


Encerrou a ligação. Permaneceu ali deitada sobre a bebida derramada, o cheiro de cerveja estava impregnado em toda parte, inclusive exalava de seus poros. Sentia o vazio em seu peito. Ela não voltaria. Precisava se livrar da dor o mais rápido possível. Injetou uma dose considerável de droga em sua veia. Pouco a pouco o torpor foi a dominando, lentamente cada sentido ia sendo desligado. A visão foi embaçando e perdendo a clareza de tudo ao seu redor. Era tudo o que ela precisava. Não sentir nada. Se desligar por completo.


Notas Finais


Eu sofro de ansiedade de verdade, então comentem o que acharam. Beijos e até a próxima.


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