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História Her (romance lésbico) - O seu amor me salvou


Escrita por: pqscherbatsky

Notas do Autor


Olá leitores!
Quinta feira, dia de atualizar a fic finalmente!! Quase não sai hoje, mas consegui. Esse capítulo tá muito fofinho, espero que gostem.
Boa leitura.

Capítulo 25 - O seu amor me salvou



- O que tem seu pai? 

- Minha mãe falou ele tá mal no hospital. 

- O que aconteceu? O que ele tem? 

- Leucemia. E precisa de transplante de medula. 

- Você tem que doar? 

- Parece que pra doar precisa ter o sistema imunológico parecido com o da pessoa que vai receber... Não entendi direito, precisa fazer uns exames antes pra saber se é compatível. 

- Então vamos. Em qual hospital ele está? 

- Não Rachel, eu não vou doar. 

- Mas Liv, por que não? Ele é seu pai. Por mais que tenha sido ausente ele nunca vai deixar de ser.

- Sabe o que é engraçado? Ele agora que descobriu que está doente e precisando de ajuda, lembrou que tem uma filha. Ele que se vire. Não vou doar nada.

- Mas Olivia... 

- Pode até parecer egoísta, mas esse homem é um estranho pra mim. 

- Vem aqui. – segurou suas mãos e a puxou pra mais perto. - Eu não tô querendo julgar se sua atitude é egoísta ou deixa de ser. Mas de uma coisa tenho certeza, você tem um bom coração e não deixaria de ajudar alguém que precisa. Seja lá quem for. 

Olivia ficou em silêncio encarando o vazio enquanto ouvia as palavras. 

- Liv, eu daria tudo pra ter um pai vivo. E o seu ainda está. Aproveita. 

- Preciso pensar... 

- Eu sei que precisa. Vou te deixar quietinha e ir pra casa. – depositou um leve beijo em seus lábios. - A gente se fala depois? 

- Não precisa ir. 

- Preciso sim. Vai ficar tudo bem meu amor, você só tem que organizar as ideias. Não decida nada agora. 

- Tá bom. Eu te ligo depois então? 

- Com certeza. E promete pra mim que vai se alimentar. 

- Prometo! – cruzou os indicadores e beijou. - Agora me beija. – puxou a garota pela cintura e a beijou.


Mais essa agora? Já não bastavam os problemas que enfrentava em sua vida pessoal, agora surgem problemas familiares para tirar o sossego. 

Olivia passou boa parte da infância sofrendo a ausência do pai. Era a única de sua turma que não participava das festinhas de dia dos pais da escola, pois o seu nunca comparecia. Na adolescência ele permaneceu afastado. Algumas vezes aparecia e levava presentes, tentando compensar suas faltas. Atualmente bancava seus estudos e lhe dava uma boa mesada. O que ela julgava ser crise de consciência. Além de achar que o pai não estava fazendo mais que sua obrigação. 

Naquela noite, a garota foi para cama e tirou um saldo do seu dia. Apesar de ser carregado de emoções, o saldo havia positivo. Rachel voltou, finalmente estava livre pra ela. Algo sobre essa história ainda a incomodava mas decidiu ignorar, afinal estavam juntas. Já planejava um pedido de namoro diferente, no estilo Olivia. A doença do pai não lhe saia da cabeça. Tentou não se preocupar, tentou não se importar com ele. Mas lá no fundo sabia que Rachel estava certa. Não poderia ignorar esse problema por muito tempo. Ainda mais sabendo que a solução estaria em si própria. Não era uma má pessoa, um pouco orgulhosa talvez. Mas nunca faria nada que pudesse prejudicar ninguém.


...


Rachel


Estava deitada em sua cama tentando processar os últimos acontecimentos. Férias agitadas demais para o seu gosto. Apesar da felicidade de finalmente estar com Olivia, uma nova tristeza insistia em lhe invadir. A mãe não a olhou quando chegou em casa, nem se quer respondeu seu boa noite. Rachel sabia que tinha sido um golpe duro. Num dia sua filha namora um cara, no outro descobre que ela está tendo um caso com uma amiga. Tinha esperanças que um dia sua mãe a aceitaria e mudaria de opinião em relação a quem ela ama.


...


A claridade que invadia o quarto e o sol batendo em seu rosto, fez com que despertasse. Pegou o celular em baixo do travesseiro para ver as horas e assustou-se com o número de chamadas em seu telefone. Todas de Olivia. Imediatamente retornou para ver do que se tratava. 

- Ai Rachel graças a Deus. Eu pensei que não fosse acordar nunca mais! 

- Aconteceu alguma coisa Liv? Você parece nervosa. 

- Se arruma que eu tô passando aí pra te pegar. 

- Ok, mas... – a ligação caiu antes que pudesse completar a pergunta.


A garota não perdeu tempo, tratou de tomar um banho e se arrumar. Quando foi para cozinha tomar café da manhã encontra a mãe lá, sentada a mesa. 


- Oi mãe. 

- Vai sair? – pergunta ao notar a roupa da filha. 

- Sim, a Olivia vem me pegar.


Apesar de saber que a mãe não era a favor do relacionamento delas, não gostava de mentir. Quando a mãe ouviu sua resposta não falou nada. Apenas se levantou sem a olhar e foi para o quarto. Aquela atitude a magoou bastante. 

Rachel fez seu café e tomou enquanto esperava a morena chegar e antes que ela terminasse, Olivia mandou uma mensagem avisando que ela já estava em frente a sua casa.


- Oi... – beijou Olivia ao entrar no carro. - Quer me contar o que está acontecendo? Que pressa toda é essa? 

- Nós vamos ao hospital. Eu vou doar! 

- Ai jura? – a agarrou pelo pescoço e começou a dar vários beijos em sua bochecha e lábios. 

- Ei, me solta quer que eu bata com o carro? – brincou. 

- A caminho do hospital? Veja que ironia... – riu - É que estou feliz. Eu sabia que faria a coisa certa. 

- Tudo bem, você me convenceu né. Fora que tive um sonho que vinha uma gente e arrancavam minha medula sem minha permissão. 

- Oh meu Deus que horror. É melhor você ir lá doar voluntáriamente, não acha? 

- Sim, com certeza. – as duas começaram a rir. - Ei, é sério... – virou o olhar para o lado e a encarou - Você me ajudou nisso. Obrigada. - sorriu. 

- Ah Liv, para com isso. Não foi nada! E olha pra frente. – deu um tapinha na coxa dela. 

- Foi sim Rachel. Foi tudo. Você chegou e me levantou. E agora me fez enxergar que não vale a pena guardar mágoa. Você me curou de todas as formas. O seu amor me salvou. 

- Agora você conseguiu me fazer chorar sua palhaça. – disse enxugando as lágrimas que caiam pelo canto do olho. - Você também me salvou, me fez enxergar o mundo diferente e é por isso que estamos aqui. 


As duas se olharam por uns instantes, sorriram uma para outra e logo em seguida encostaram rapidamente seus lábios. Selando aquele momento.


...


Olivia


- É aqui. – disse parando o carro em frente a um hemocentro.


Ao entrar, as duas se dirigem para a recepção e pedem informações sobre sobre o procedimento para a doação. Alguns instantes após aguardarem, uma enfermeira veio falar com elas.


- E então, qual das duas vai doar? 

- Eu mesma. – Olivia falou engolindo em seco. 

- Vou precisar de uma amostra do seu sangue, para ver se é compatível com o paciente. Você também precisa preencher seus dados aqui. – passou uma prancheta para ela.

- Ok.


Olivia preencheu tudo mas deixou a parte do nome em branco. Queria manter sua identidade em segredo. Mesmo não guardando mais ressentimentos do pai, não queria que ele soubesse de sua ajuda.

A enfermeira volta com a agulha e a seringa para retirar o sangue.


- O resultado sai amanhã. Caso você seja compatível avisaremos e marcamos uma consulta com o médico para alguns esclarecimentos antes do procedimento. 

- Tá legal...


Após a coleta de sangue, a enfermeira a liberou para ir embora. 

- Ficou com medo? – perguntou Rachel colocando o sinto de segurança. 

- Eu não tenho medo de uma agulhinha dessas. – respondeu dando partida no carro. - Vamos almoçar no shopping? 

- Vamos! Um pouco de paz por favor.


Olivia começou a ficar nervosa, já estava com tudo planejado para seu pedido. Antes de passar na casa de Rachel, parou em uma joalheria e comprou um presente para ela. Algo que simbolizasse essa nova etapa de suas vidas juntas e as barreiras enfrentadas. Tocou em seu bolso e sentiu o volume da caixinha. Suas mãos começaram a suar e seu coração acelerou quando estacionou o carro. Elas foram para praça de alimentação e Olivia sugeriu almoçar no McDonald's. Pediu que Rachel ficasse sentada a mesa enquanto ela cuidava dos pedidos.


- Prontinho. Dois Big Macs, duas batatas grandes e Refrigerante geladinho. – disse colocando as bandejas e sentando a mesa. 

- Você é a melhor.


Estava tão ansiosa que não pode tirar os olhos de Rachel até ela abrir a caixinha do sanduíche.


- Meu Deus Olivia, o que é isso? – perguntou surpresa por não encontrar o sanduíche na caixa. 

- O que tem aí dentro? – sorriu travessa.


Rachel tirou uma caixinha que continha um colar dourado com um pingente de lobo. Os olhos dele eram representados por duas pedrinhas vermelhas brilhantes.


- O-Olivia... Isso... É lindo... 

- Rachel, você aceita ser minha, só minha e me fazer a mulher mais feliz do mundo? Sei que não vai ser fácil ser minha namorada. Sei que ainda teremos muito pela frente. Mas eu queria que soubesse que meu amor é maior que tudo nesse mundo, todas as dificuldades se tornarão pequenas perto do que sinto... E tudo que te peço agora é que sejas minha. 

- Liv, eu... – seus olhos marejaram. - Nem o maior sim do mundo representaria a imensidão de felicidade que estou sentindo agora. Como eu negaria esse pedido, se não há em mim arrependimento algum de ter te entregado meu coração? E de que me serviria a vida se eu não pudesse dividi-la com você? 

- Então isso é um sim? 

- É claro que isso é um sim, sua boba. Sim, sim, sim... Mil vezes sim! – chorava e sorria ao mesmo tempo. 

Olivia foi até ela, pegou o colar e pôs em seu pescoço. 

- Tenho um igual, olha. – tirou o colar que estava por dentro da blusa. 

- Ele é lindo... Por que um lobo? 

- Os lobos simbolizam fidelidade e liberdade. São animais leais e corajosos. Tudo a ver com a nova Rachel, né. 

- É verdade, tudo a ver. 

- Agora come seu sanduíche. – tirou um segundo hambúrguer de dentro da sua caixinha. 

- Ué veio duplo foi? – riu irônica. 

- Não né. Pedi pro moço colocar os dois na mesma caixa e deixar a outra vazia. Ele deve ter me achado maluca. 

- Na verdade você é sim. Mas eu te amo assim mesmo! 



Notas Finais


Fofineas né non!! E aí, me contem tudo lá em baixo.
Obrigada por lerem e até domingo. Beijos.


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