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História Her (romance lésbico) - O casamento


Escrita por: pqscherbatsky

Notas do Autor


Olá leitores!

Eu não morri, estou vivíssima e trouxe capítulo novo. Acho que nunca fiquei tanto tempo sem att aqui, me desculpem mesmo. Eu tava com um bloqueio tão grande que vocês não tem noção. Acontece...
Mas mesmo com a demora não parei de receber fav e estou muito agradecida a vocês. Sejam bem vindos!
Como vocês sabem, estamos em uma nova fase na fic, então tenham paciência que tudo vai acontecer como deve. Chega de falação e apreciem a leitura.

Capítulo 31 - O casamento


As segundas-feiras não costumam ser estimuladoras, falando de um modo rotineiro. Ainda mais essa, que será o último dia de Rachel no estágio. Ela esperava ansiosa a hora de conversar com sua redatora chefe para se despedirem e acertarem alguns detalhes, pois hoje acabaria seu contrato de dois anos em um jornal. Seu serviço era basicamente, além de atrair leitores para o jornal, alimentar a página online com propagandas e pequenas manchetes. Não era o emprego de seus sonhos. Mas, foi o que conseguiu em seu tempo de estudante. Ela acreditava que aquele poderia ser o primeiro passo para aquilo que almeja: Trabalhar na criação em uma grande agência de publicidade.

De frente para o computador, finalizava aquele que seria seu último job e suspirava um pouco triste. Pois mesmo não sendo o melhor emprego do mundo, era ele quem pagava suas contas. Faltavam apenas alguns minutos para às 18:00h. Que era a hora em que se encerra seu último expediente.

- Rachel. Você já terminou seu serviço? – a chefe entrou na sala questionando.

- Terminei. Quer falar comigo agora? Só estou organizando minhas coisas...

- Quando terminar passe na minha sala. Gostaria de conversar com você.

- Ok, Clara. Eu já chego lá.

A mulher sai da sala deixando Rachel ainda mais nervosa. Ela junta os poucos pertences que tinha no escritório e os coloca em uma caixinha. Antes de fecha-la, encara um porta retrato com uma de suas fotos preferidas. Na imagem estavam sua mãe, Olívia e ela. As duas pessoas que ela mais amava no mundo. A lembrança daquele dia em que a fotografia foi tirada, veio a sua mente. E de repente, ela só queria ir pra casa e ver suas pessoas favoritas no mundo. Se despede de dois colegas de trabalho que trabalhavam na mesma sala que ela e se encaminha para onde a chefe a esperava. Bateu na porta e esperou a ordem de entrar.

- Com licença, Clara. Eu estou pronta. – disse entrando de vagar na sala da chefe.

- Rachel, querida. Entre e se sente por favor. Vamos conversar.

Rachel senta na cadeira de frente para a mulher. Sua chefe era jornalista. Uma mulher um pouco mais velha que ela. Era ruiva, os cabelos sempre soltos em cachos volumosos e algumas sardas pelo rosto lhe traziam um charme. Elas sempre tiveram uma relação estritamente profissional.

- Rachel, você fez um excelente trabalho aqui. Só tenho ouvido muitos elogios de você e seu trabalho. Eu realmente não gostaria de perder uma funcionária como assim. Inteligente e competente. É uma pena que seu contrato tenha chegado ao fim.

- Sim, Clara. É realmente uma pena. Eu gostei muito de trabalhar com vocês. A experiência foi bastante enriquecedora!

- É muito bom que pense assim. Gostaria de lhe dizer que futuramente quando formos fazer novas contratações, você estará no topo da lista.

- Obrigada! Eu iria adorar voltar.

A conversa seguiu formalmente. Rachel enxergava sua saída do jornal como o início de um novo ciclo. Depois daquele dia, esperava que novas conquistas surgissem e iria em busca dos seus sonhos mais uma vez.

Na saída do jornal, alguém a esperava. Lá estava ela com o cabelo bagunçado e seu jeans rasgado de sempre. Todos os dias ao sair do serviço, via aquela mesma imagem de sua namorada a esperando para irem pra casa juntas. Mas mesmo assim, depois de anos de namoro, seu coração ainda sapateava quando via Olívia. Ela era como uma terça-feira de carnaval em plena sexta-feira da paixão.

- Oi amor. – sorriu ao abraçar a namorada bem apertado e demorado.

- Oi... – deu um selinho em Rachel. - Como foi seu último dia? Como se sente fazendo parte da classe desempregada do país?

- Nossa, muito animadora você. Estou bem na verdade... – as duas caminhavam de mãos dadas em direção ao carro de Olívia.

- Pensei que ao sair desse emprego fosse ficar deprimida ou seu lá o que. Mas por incrível que pareça, estou me sentindo bem!

- É a sua intuição dizendo que vem coisa boa por aí. Você merece um emprego melhor e vai conseguir! E se você está bem, eu também fico.

Olívia sorria serena para ela. Queria mostrar que estava ali para dar apoio, como sempre tem feito nesses anos.

- Quer fazer alguma coisa? Ver um filme ou sair pra beber algo... – pergunta tentando fazê-la se animar.

- O que acha de ficarmos lá em casa vendo filme e tomando sorvete?

- Acho uma excelente ideia. Tudo com você é bom. – abriu a porta do carro para Rachel entrar.

- Me conta como foi seu dia?

- Terrível. Passei horas criando um logotipo e o cliente não gostou. Depois criei mais uns dez e ele não quis nenhum. Por fim, ele acabou ficando com o primeiro. – bufou.

- Nossa!

- Pois é! Escroto.

Olivia trabalhava em uma empresa de marketing. Ela montava estratégias de vendas para outras empresas. Também conseguiu seu emprego quando estava na faculdade. Mas antes de se formar, já tinha sido efetivada de vez na firma. Considerava que era muita sorte. Mas na verdade ela tinha muito talento pra criação.

Chegaram na casa de Rachel e jantaram lá mesmo. A mãe dela estava lá e adorava quando Olívia ia pra jantar. As duas ficaram amigas verdadeiramente.


***


Finalmente chegou o grande dia. Era uma tarde de sábado, a cerimônia seria ao ar livre. Cadeiras do lado esquerdo e direito voltadas para o altar todo decotado com flores brancas. No altar estavam Rachel e Olivia aguardando os noivos, elas eram as madrinhas do casamento de seus melhores amigos. Fred casava com Caio. André com Bruno. Os convidados se emocionam quando o primeiro noivo entra. Bruno vestia um smoking preto com uma gravata borboleta também preta. Após seu futuro marido entrar com muita classe e elegância, André caminha até o altar, vestindo um smoking também, mas sua gravata era lilás. Os dois se põem ao lado de Rachel. Em seguida a música muda e Caio surge. Começa a caminhar lentamente para esperar o homem que amava. Sua música para assim que posiciona-se ao lado de Olívia. Começa a tocar a música thousand years e Fred aparece no início do corredor. Vestia um terno de linho branco. Fez questão de casar vestindo essa cor. Segundo o mesmo, noivas usam branco.

O mestre conduzia a cerimônia, falou de toda a trajetória dos quatro até chegarem ao casamento. Na hora dos votos, Rachel e Olivia trocavam olhares apaixonados. Sabiam que chegaria a hora delas, quis o destino que demorasse mais um pouco. Depois dos votos, a troca de alianças e finalmente os rapazes foram declarados casados. Ao som de muitas palmas e assobios, a união estava oficializada.

Após o cerimonial, todos seguiram para a festa. O buffer estava impecável. Comidas finas e champanhe eram servidos aos convidados.

- Amigas, estou casado! Da pra acreditar nisso? – Fred abraçou as duas de uma só vez.

- Se eu não estivesse presente e vendo com meus próprios olhos, diria que é mentira. – Olívia provoca o amigo.

- A senhora me respeite. E agora vou começar a planejar o casamento das duas. Já estou vendo, como serão lindas... – suspirou imaginando.

- Amor, vamos tirar as fotos. – Caio chama.

- Já vou, marido! Ai, eu estava louca pra chama-lo assim, vocês acreditam? – Rachel e Olivia começam a rir.

As duas continuam dançando no meio do salão.

- Sabe que eu não vejo a hora da gente casar? – Olívia instiga a namorada.

- Eu também meu amor. Mas ainda nem trabalho e sem contar que não temos casa ainda.

- Sobre isso, eu queria mesmo falar com você. Rachel, minha mãe está namorando um cara e eles decidiram que vão casar ou morar juntos, ainda não sei. O fato é que ela vai sair de casa e eu vou ficar sozinha. Queria saber se você quer vir morar comigo. – foi direta.

- Quê? – parou de dançar, estava surpresa. – Liv, essa é uma decisão muito séria. Temos que conversar antes...

- Por que Rach? A gente se ama, o que precisa mais?

- Primeiro, precisamos de dinheiro. Como você acha que vamos viver? De amor? Esqueceu que não tenho mais emprego?

- Tá Rachel, mas eu trabalho e posso te ajudar por um tempo até encontrar algum trabalho.

- Eu não quero ser um peso pra você. Não vou te dar despesas desnecessárias.

- Você não é um peso, nunca será. Se o problema for esse, eu tenho algum dinheiro guardado...

- Eu não quero seu dinheiro, Olivia. Você não entende? Eu cresci só com o necessário, sempre fui acostumada a batalhar pelo que quero. Já você, sempre teve tudo nas mãos.

- Rachel, você acha que não te conheço? Sei que não quer meu dinheiro, mas só estou te oferecendo uma ajuda. Eu posso gastar, você não pode ainda. Então não vejo nada demais.

- Não quero ser sustentada.

- Não pense assim. É temporário, até você arrumar algum trabalho.

- Eu posso pensar? Não estava preparada pra um pedido desses.

- Claro meu amor. Leve todo o tempo que quiser.

A hesitação de Rachel causou algum desconforto em Olívia. Mas ela não deixou transparecer. Por um momento, pensou que a namorada não queria dividir o futuro com ela. Logo espantou os pensamentos. Estavam em um dia comemorativo celebrando o amor dos seus amigos e não iria alimentar paranóias bem ali. Mas com certeza iria conversar com ela mais tarde.


Notas Finais


Foi pequeno mas não pretendo demorar pra postar o próximo. Vocês já sabem, me digam o que racharam do capítulo e até a próxima.


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