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História Her (romance lésbico) - Um pub e um coração quebrado


Escrita por: pqscherbatsky

Notas do Autor


Como eu disse mudei um pouco o estilo da narrativa. Continua em terceira pessoa mas estou mostrando mais da Olivia pra vocês. Vou continuar assim se gostarem.
Demorei um pouquinho pra postar mais tá aí e espero que gostem. Boa leitura e desculpem os erros que acabam passando.

Capítulo 9 - Um pub e um coração quebrado


- O que há de errado comigo? – Olivia resmunga enquanto entra no carro  - Não sei a matéria?  Sou patética!

Dá partida no carro e uma ultima olhada na casa em que passou a tarde estudando com a amiga e vai embora o mais rápido que pode. Não quis ir pra casa ficar sozinha, pega o caminho da casa do amigo que morava mais próximo.

- Olá monamu! – falou Fred ao abrir a porta.

- Você não vai acreditar no que eu fiz. – diz quase atropelando as palavras e já entrando nervosa no apartamento.

- Quê que tu fez dessa vez sapatão?

- Menti pra Rach que  não sabia nada da prova de amanhã, ela me chamou pra estudar lá e passamos a tarde inteira juntas.

- Ah garota, tá ficando esperta hein... – pega  Olivia pela mão e a leva até o sofá - E qual a merda da história? Não me diga que... AH MEU DEUS VOCÊ BEIJOU ELA A FORÇA! ELA TE BATEU OU RETRIBUIU?  Conta tudo veada. – se ajeita virando pra Olivia.

- Calma Fred, meu Deus... Eu não sou louca de beijar ela.

- Então eu ainda não entendi onde tá a merda? – cruza os braços.

- A merda é que eu não consigo ficar mais longe dela. Estou inventando desculpa só pra ficar perto dessa garota! – se afunda no sofá.

- Eu falei que você tá apaixonada. Te conheço. – Fred puxa a amiga para deitar a cabeça em seu colo.

- Mas isso não tá certo. Não queria esse sentimento. Isso é tão complicado... Tantas garotas legais por ai e eu fui logo gostar de uma hetero que namora. Por que fredinho? Por que sempre tenho que gostar do difícil? Do difícil, não, do impossível.

- Porque você é intensa – começou a fazer cafuné no cabelo de Olivia – e isso não é impossível de acontecer. Você é adorável, maravilhosa por dentro e por fora. Qualquer um te amaria fácil.

- Mas eu tenho medo. Estou  me iludindo. Sei que ela não sente o mesmo e eu fico aqui feito tonta sem tirar ela a cabeça. Acho que o é melhor me afastar.

- Como se vocês se veem todos os dias? Não acho uma boa ideia...

- Vou pensar em algo. Não posso ficar nessa ilusão por muito tempo.

- Se você soubesse que tem alguma chance, continuaria tentando?

- Chance? Que chance? Isso é apenas um devaneio meu. Olha – levanta do colo do amigo – esquece que te falei isso, esquece que conversamos. Esse sentimento será apenas uma coisa que eu vou guardar pra mim. Essa mulher é como uma roupa cara que a gente olha nas vitrines de lojas chiques. Nunca vou tê-la, mas posso admirar. OK?

- Não estou de acordo.

- Fred! – arqueou as sobrancelhas e lançou um olhar intimidador para ele.

- Ok senhorita Olivia. Mas deixo claro que não estou de acordo. Você já foi melhor.

- Não quero me quebrar. Apenas isso. – baixou a cabeça.

- Oh vem cá minha bisnaguinha de pão mais linda! – puxou ela e deu um abraço.

- Só você pra me fazer rir. Idiota! – esbouçou um sorriso torto.

- Você me ama né!

- Amo sim – desfez o abraço – chega de viadagem eu vou embora.

- Ah dorme aqui amiga. Caio não vem hoje e eu tô sozinho e carente. – fez um biquinho.

- Tá louco né. Amanhã temos prova, eu quero dormir cedo e ficar quiteta.

- É mesmo. Tudo bem, então até amanhã. – beijou o rosto de Liv e se dirigiu para a porta.

Olivia foi embora decidida a esquecer. Ou apenas a não pensar. Ocultar um sentimento que ela tinha medo. Por um lado, queria gritar aos quatro ventos que estava apaixonada, por outro queria que o que sente não passasse apenas de amizade.

... 

- Ultimo dia de provas. Nem acredito que sobrevivi! – diz Caio

- Você deveria estar contente amorzinho. Acabou a tortura de estudar até de madrugada e agora podemos nos divertir. – sorriu Fred maliciosamente.

- Tive uma ideia. Por que não marcamos um barzinho pra comemorar?

- André meu filho, que ótima ideia. Eu e Caio estamos dentro. Certo baby?

- Certo!

- E vocês meninas? – André se dirige pra Rachel e Olivia.

- Por mim tudo bem. – diz Olivia

- Tenho que ver ainda. Quando querem ir?

- Amanhã, já que é sexta. Tudo bem pra vocês? – Caio, Fred e Olivia assentiram.

- Eu confirmo mais tarde. – Rachel pega o celular na bolsa – Acho que vou embora. – fala demonstrando estar apressada.

- Também vou. Quer carona? – André oferece.

- Mas é claro.

- Vamos nessa então. Tchau gente . – André se despede da turma.

- Até amanhã pessoal. – fala Rachel se afastando.

Naquele dia Olivia sentiu vontade de ligar ou mandar mensagem. Desbloqueava o celular, via o visto por ultimo de Rachel e desistia de falar com ela.

Rachel estava confusa, desde aquela tarde não tinha procurado Olivia pra conversar, nem ao menos perguntar os estudos delas tinha valido a pena.

Olivia queria esquecer. Rachel estava cada vez mais confusa.

 

... 


- Se esses viados não tiverem prontos juro que vou sem eles! – Olivia liga pela terceira vez para Fred e em seguida pra Caio. – Finalmente! – os garotos finalmente aparecem na portaria e entram no carro.

- Calma Liv, que pressa é essa? – Diz Caio colocando o sinto de segurança.

- André e o namorado já estão no pub e não param de ligar.

- Eles que esperem. A gente sempre espera. – diz Fred

- Rachel confirmou com vocês? – Olivia finalmente pergunta  - Será que ela precisa de carona?

- Ela disse vai e vai levar o namorado.

Olivia engole em seco. Nunca tinha visto o namorado de Rachel pessoalmente, nem sabia se estava preparada pra ver os dois juntos.

- Que ótimo serei a única solteira da noite! – não consegue esconder a decepção.

- Calma amiga, lá você arruma alguém rapidinho.

Os três chegaram rápido ao pub. O lugar estava cheio, tinha umas mesas com bancos acolchoados de couro num tom vermelho e meia luz. Bom ambiente. André e Bruno tinham bom gosto pra escolher lugares. Ao entrarem, André fez sinal para que eles pudessem se juntar a ele e o namorado. Cada um pediu sua bebida ao garçom e assim que chegou começaram a beber. Logo a noite estava animada. A conversa estava leve. De vez em quando aparecia uma ou outra menina dando em cima de André ou do namorado dele, porque eles eram discretos. Ou como diria Fred, tem cara de Homem. Eles riam muito da situação e da cara das moças ao se decepcionarem em saber que se tratava de um casal gay.

De repente Olivia ficou séria. Estreitou os olhos e avistou ela. Rachel estava lá e Olivia a viu e seu coração dispara, um frio na espinha percorre seu corpo. Parecia que as pessoas em volta e a música não existiam. Só aquela garota de cabelos compridos e ondulados. Voltou a respirar, ela não tinha percebido que estava prendendo a respiração.

Rachel vem se aproximando dos amigos desviando das pessoas. Viu Olivia de longe e seu corpo estremeceu. Olha aquele sorriso e fica feliz. Só aquele sorriso pra fazer ela feliz depois de um dia carregado. Mas sua felicidade acaba no momento em que sente o toque no ombro. Seu namorado. Lembrou da presença desagradável e inoportuna. Ele tinha insistido pra ir e ela para evitar mais brigas concordou.

Olivia estava certa, não esta preparada pra ver os dois juntos. Sentiu seu coração quebrar. Parecia um choque de realidade. Toda a alegria da noite tinha ido embora naquele instante. Eles continuavam a se aproximar de mãos dadas. Parecia que só Fred sabia o que aquela cena representava e segurou a mão da amiga.

- Tudo bem? – sussurrou no ouvido dela.

-  O que você acha? – mal pode responder.

Ela ficou atordoada por uns instantes até ser acordada de seu desespero pela voz masculina desconhecida.

- Boa noite! – cumprimentou todos que estavam na mesa.

- Oi gente. Esse é o Luiz. Meu namorado – Rachel o apresenta. – esses são André e Bruno. Esses Fred e Caio – ela apontava para os meninos enquanto ele estendia a mão cumprimentando cada um. – e essa é Olivia!

- A famosa Olivia! – disse sarcástico.

- Famosa não por favor.

- Minha namorada fala muito de você. É um prazer te conhecer.

Aquelas palavras arderam como brasa em Olivia. “minha namorada”. Ela leva a mão em direção ao peito pela dor.

- Ela é muito gentil – forçou um sorriso amarelo.

- Sentem-se! – Falou Bruno.

Parecia que a noite não acabaria tão cedo...


Notas Finais


É isso até a próxima.
Beijos


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