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História Herança Veela - Cap 12 - Escolhas:


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


Oi oi seu lindos! Ahn... Antes mais nada acho que devo me desculpar né? Demorei demais mais uma vez.... Mas dessa vez foi quase impossível! Os professores acumularam a feira de ciências com todas as provas, daí teve dia que tinha prova de geografia, matemática e recuperação de português, daí outro dia tinha trabalho e ainda tinha que estudar pra feira... @.@... ainda ta saindo fumacinha da minha cabeça.

Tá mas hoje... Tchnananammm.... Ta não vou falar o que vai acontecer né? Vão ler. Mas de qualquer forma... A musica é Let me love you, mas versão glee ok? Digamos que é de... Se derreter só de ouvir. Eu não ia colocar essa musica agora, mas achei que... Um momento tão especial merecia, mas acho que de qualquer forma, essa musica vai aparecer de novo. Com outro trecho é claro. Falando em momento especial, eu não ia colocar essa momento nesse cap, mas aí eu pensei... Puta merda, demorei pra baralho pra postar e ainda a fic já passou de 100 (UHUUUU 100 comentários!!!!)... Comentário, acho que eles merecem né? Falando nisso... Eu agradeço á todo, quem comentou e até mesmo quem leu só, mas especialmente a quem comentou. To super, hiper, ultra, mega feliz. Nem sei como agradecer direito, eu espero que gostem desse cap como um agradecimento então... Bjs para vocês!

Capítulo 12 - Cap 12 - Escolhas:



Cap 12 - Escolhas:


      — Malfoy, por favor... Não deixe... — Ouviu o menor murmurar em uma voz sonolenta — Não deixe que eles vejam... Por favor...


O loiro viu os brilhantes olhos verdes se apagarem devagar até finalmente fecharam e o pequeno corpo em seus braços amolecer. Claro, não era nem um pouco pesado, mas com o susto ele quase deixa o outro cair. Rapidamente o pegou no colo, sentando-se na escada e apoiando melhor o corpo em suas pernas. Era incrível como era pequeno, ainda mais assim, com os olhos fechados como uma doce criança parecia dormir... Mas ele não estava dormindo.

 
Imediatamente se alarmou, parando de admirar o garoto. 


      — Potter... Potter, não faz isso comigo. Acorda. — Chamou o mais delicadamente que conseguiu, porém não obtendo resposta nenhuma. — Potter! Ah... Meleca. O que é que eu vou fazer agora? Acorda, pelo amor de Deus...


Exclamou dando tapinhas no rosto adormecido, não conseguindo conter seu nervosismo. Ele queria chacoalhar o corpo do outro até que ele acordasse, mas havia uma vozinha em sua cabeça dizendo que aquilo era a ultima coisa que deveria fazer, afinal, como alguém poderia ser bruto daquele jeito com alguém tão frágil? "Provavelmente quando essa 'criatura frágil' era Harry Potter, reforçado pelo fato de estar desmaiado em seus braços em um estado lastimável" Draco pensou consigo mesmo, contradizendo seu pensamento anterior... Ele estava fazendo isso com muita frequência ultimamente... Todos esses pensamentos tinham o moreno em seus braços envolvido de alguma forma.


      — Oh céus, o que eu faço agora? Vão achar que fui eu que fiz isso com ele. — Logo ao completar a frase seu corpo estremeceu... Ele nunca poderia fazer algo do tipo, pelo menos não com 'ele'


Levou as mãos aos seus cabelos platinados em um gesto costumeiro de agonia, parando no meio do movimento e observando seus dedos abismado. Demorou um pouco para entender o que era aquele liquido vermelho. Sangue. Imediatamente pegou a mão ferida do outro, com cuidado. Examinou bem devagar, ali estava claramente escrito "Não devo contar mentiras"


Deus, isso era assustador. Era assustador as palavras talhadas na pele, fundas e com perfeição, obviamente varias e varias vezes. Era ainda mais assustador que algo do gênero estivesse bem na mão de Potter, não por apenas ser ele, afinal a única coisa que esse peste conseguia fazer era se meter em encrenca... Mas, ao olhar para o rosto angelical dormindo serenamente em seus braços, chegou a conclusão que só um monstro seria capaz disso.


Como ele sabia que não fora o garoto mesmo que escrevera isso? Ora, ele apenas lhe disse. Então ele acreditava.


Outra coisa dita... Um pedido... "Não deixe que eles vejam... Por favor..."


Ô meu Merlin, como assim? Além de estar empacado com o santo Potter desmaiado e machucado, ele nem podia pedir ajuda sem decepcionar o outro. Ele era Draco Malfoy, por que simplesmente não largava ele ali no meio do corredor? Com toda certeza qualquer um daquela escola adoraria encontra-lo ali, muito mais do que ele até.


Abraçou o pequeno corpo mais forte, trazendo de encontro ao seu. Novamente seus pensamentos se contradizendo. "Ok Draco, vamos analisar a situação. Potter está desmaiado em seus braços. Machucado. De uma forma horrível. Você tem que dar um jeito de faze-lo acordar ou... Leva-lo a enfermaria seria uma boa ideia. Ah, ótima ideia gênio, como exatamente explicaria sobre uma frase talhada na mão do garoto de ouro, além do fato é claro, do mesmo estar quase moribundo?"


Como uma luz que se acende, uma ideia veio ao loiro. Potter poderia apenas ter desmaiado e ele como bom monitor, apenas o levou a enfermaria. Como um aluno exemplar deve fazer. Agora só faltava o pedido especial que lhe fora feito. Isso era fácil, ele sabia exatamente o que fazer.
                                                     oOo
Tudo estava tão escuro, seu corpo estava pesado. Tão pesado que ele nem mesmo conseguia abrir seus olhos. Tentou mexer sua mão... Um dedo... Ora vamos, apenas um dedo. Mesmo de olhos fechados ele se sentiu tonto, então parou de tentar se mexer. 


Estava tão cansado...


Mesmo assim, se recusava a voltar a inconsciência, por isso tentou se focar no ambiente a sua volta. Ok, ele sabia que estava deitado, aparentemente em uma cama, mas com certeza não a de seu dormitório. Essa era menos macia e o manto que o cobria era pesado e quente, diferente do seu que era macio e fofo. Aos poucos ele conseguia identificar murmúrios a sua volta. Foi difícil mais ele conseguia distinguir algumas vozes.


      — Vamos, vamos, já está tarde demais para vocês estarem aqui, ele precisa descansar. — Ouviu uma voz familiar, ríspida e apressada.


      — Por favor madame Pomfrey! — Essa voz ele reconhecia, claro. Era Hermione. — Só queremos vê-lo um pouquinho, saber se está bem.


      — Eu afirmo, ele esta bem, só precisa descansar, teve uma crise emocional que afetou diretamente seu sistema nervoso. — A enfermeira respondeu — Agora vão, retornem aos seus dormitórios! Alunos não podem ficar até essas horas perambulando pelos corredores. 


      — Mas...


      — Tudo bem Mione, nós viemos aqui amanha de manha. — Ouviu a familiar voz de seu amigo Ronald. — Aí podemos falar com ele com mais calma.


      — Tudo bem. — Ouviu um sussurro baixo e decepcionado.


Então o som de passos se distanciando e depois não conseguiu ouvir mais nada. Estava cansado demais para se concentrar em muito mais, apenas se deixou ser levado para a inconsciência onde não tinha que pensar em nada.
                                                        oOo
Levantou-se de sua cama tentando não fazer barulho. O mais silencioso que conseguiu ele tirou seu pijama de seda verde, logo colocando o uniforme, pronto para mais um dia de aula. Porém, as aulas ainda seriam daqui a algumas horas, ainda era cedo demais. 


Draco não conseguira dormir nada aquela noite, ainda estava agitado com o que havia acontecido, mas mais do que nunca ele se sentia agoniado, uma agonia sem fim. Ele queria saber como aquela peste em forma de gente estava, se estava bem, se já tinha acordado. 


Indo contra tudo que ele achava certo, saiu de seu dormitório, andando cautelosamente pela sala comunal da Sonserina preocupado com que alguém o visse, não que ele fosse dar satisfações a qualquer um é claro, mesmo assim as pessoas não deixariam de comentar e só Deus sabe como os Sonserinos podem ter uma mente fértil. 


Já estava quase na saída quando uma voz o vez parar bruscamente.


      — Draco? — Ele gemeu mentalmente, virando-se e dando de cara com Pansy Parkinson, vestida em um robe Pink.


      — Pansy. — Ele falou formalmente, querendo acabar com qualquer dialogo possível. Aquela garota o irritava profundamente, era uma pena que sua relação agradasse a seus pais, mais do que ele próprio gostaria e muito menos do que Pansy queria. Era certo que seu casamento apenas não se arranjara ainda pois seu pai sabia de sua descendência veela e levava isso em consideração. Obviamente seu parceiro escolhido não seria qualquer um, seus pais só aceitariam alguém de sangue puro. Mas, considerando que ele poderia ter quem ele quisesse... Isso não era problema. 


      — O que faz acordado essa hora querido? — Falou a garota.


      — Eu ia fazer-lhe a mesma pergunta Pansy. — O loiro respondeu na defensiva. Parkinson era uma das ultimas pessoas para quem ele falaria alguma coisa sobre o que acontecera ontem.


      — Bem, eu tinha algum dever de casa para fazer, então resolvi acordar mais cedo. — Só agora Draco notava os pergaminhos nas mãos da outra. — Mas e você? Por que está acordado agora? Vai Sair?


      — Vou... Vou. — Tentou pensar rapidamente em uma desculpa. — Apenas um passeio em volta do lago, sabe? Exercícios matinais...


      — Ora querido... — Pansy se aproximou, até ficar próximo o bastante para estender sua mão livre e deposita-la sobre o peito bem trabalhado do garoto. — Nós dois sabemos que você não precisa de exercício algum.


Ela sorria com malícia. Em sua mente Draco lamentava o momento em que teve que levantar de sua cama, maldito Potter. Pansy não era feia, mas também não possuía uma beleza estonteante. Seus pais fariam a maior festa se ele a escolhesse, assim como ela própria. Porém, só a ideia de fazer qualquer coisa com ela lhe causava náuseas.


      — Como acha que eu vou mantê-los sem me exercitar Pansy? — Ele sorriu, discretamente se afastando, vendo a mão da outra escorregar de seu peito. Na verdade ele não tinha feito exercício algum para conseguir o seu lindo e maravilhoso corpo, ele veio naturalmente com sua herança de veela dominante, mas já que ninguém sabia de sua natureza veela, não tinha problema mais uma mentira. — Agora, se me der licença.


Deu meia volta e saiu do salão comunal, não percebendo o olhar desconfiado e ressentido que a garota lhe lançou até que o retrato se fechasse novamente e ela não pudesse mais vê-lo.


Lá fora Draco acelerou o passo, já conseguia sentir o cheiro que já se tornara costumeiro. Estava delicioso novamente e isso lhe causava uma sensação estranha no peito, algo como segurança, mas não exatamente a sua segurança... Era estranho, assim como todos os outros sentimentos que ele havia tento desde que tinha vindo para Hogwarts esse ano, ele não sabia explicar mais nada.


Subiu as escadas até chegar ao salão principal, passando reto e subindo mais lances de escadas até finalmente estar no terceiro andar onde se localizava a enfermaria. Reduziu consideravelmente os seus passos, não queria que ninguém soubesse que ele estava ali. Afinal, levar Potter ali já era uma coisa estranha se tratando dele e de seu histórico juntos, agora, visitar o garoto de ouro? Provavelmente nem deixariam ele sair da enfermaria alegando sérios distúrbios mentais.


O mais silencioso que conseguiu ele adentrou a enfermaria. O lugar estava iluminado apenas pela fraca luz do sol da manha, repleto de leitos vazios, apenas dois ou três alunos ocupavam as camas. No final da enfermaria, um uma cama com biombos em volta estava o seu alvo. Julgou que os biombos eram para proteger o jovem veela, afinal, quem não iria aproveitar a chance ao vê-lo ali, tão indefeso?


Um rosnado baixo foi emitido de sua garganta, a ideia de que qualquer tocasse Potter a não ser ele o irritava profundamente... Talvez porque antes Potter resistiu a seus encantos e agora ele sentia seu ego ferido e precisava restaura-lo e claro, ninguém estava a seus pés para conquistar o moreno. Era praticamente uma tarefa impossível conseguir qualquer coisa, sendo que a qualquer murmúrio fraco e hesitante ele não pensaria duas vezes em parar.


A chance que perdeu ainda o assombrava em seus sonhos. Sonhos molhados para ser mais exato. 


Afastou uma das cortinas e se aproximou da cama, ofegando levemente, apreciando a linda figura a sua frente. Era simplesmente magnifico o contraste entre a pele lisa e branca com os cabelos negros caindo macios no travesseiro, ganhando um brilho todo especial pela luz do sol da manha. Draco se aproximou quase inconscientemente, lamentando o fato de não poder ver as belas esmeraldas. Abaixando um pouco seu olhar ele chegou até a boca vermelha e pequena que estava entreaberta, quase como um convite.


O que ele estava fazendo ali? Por que tinha feito isso? Ele esperava achar Potter consciente e sei lá, que ganhasse algum agradecimento, ou até um esclarecimento sobre o que era aquilo em sua mão direita e o que havia acontecido ontem. Achou-se bobo por isso, ele não era nem amigo do outro, na verdade muito ao contrario disso. Provavelmente tudo que estava sentindo naquele momento não passava de atração. 


Imediatamente seu olhar se focou no pequeno veela a sua frente, chegando á conclusão de que ele era realmente lindo. Seu corpo foi impelido para frente sem sua permissão, como se o moreno exercesse algum magnetismo sobre si. Já estava tão perto que conseguia sentir a respiração do outro, o doce aroma estava o inebriando.


Ah, aquela boca tão convidativa estava tão perto, qual seria o seu gosto? Provavelmente mais doce do que qualquer néctar. Sem pensar direito se aproximou, buscando o contado.


Quando estava a escassos centímetros sentiu seu rosto ser segurado, viu como em câmera lenta a testa do menor franzir e seus olhos estremeceram até finalmente abrir, tentando se focar alguma coisa e achando ele próprio.
                                                   oOo
Harry sentia estranhamente bem, seu corpo todo estava relaxado e o cansaço, enjoo e dor de cabeça que havia sentido até pouco tempo se foram. Estava pronto para acordar quando sentia a subita sensação de que estava sendo observado, achou isso estranho e suspeito mais não se mexeu ou fez som algum, talvez fosse apenas a enfermeira.


O problema é que estava escutando movimentação, alguém estava aproximando-se de sua cama. Ficou tenso quando sentiu algo a cima de si, então não teve mais duvidar quando sentiu a respiração leve de alguém em sua face. Em um reflexo rápido sua mão se movimentou segurando o que quer que fosse que estava se aproximando de si. Tentou abrir os olhos rapidamente, mas a luz do sol e sua sonolência dificultavam o trabalho.


Com a visão embasada encontrou um vulto logo a cima de si, próximo. Muito próximo na verdade. Era tão lindo, parecia um anjo com olhos prateados e cabelos tão loiros que quase chegavam a ser brancos. Fitou aquela pessoa em confusão até seu cérebro finalmente acordar e se dar conta de quem era. Ficando ainda mais confuso observou Draco Malfoy.


Sua mão havia agarrado o rosto do outro, apertando suas bochechas e prendendo sua boca em um biquinho. Harry olhou bem para a boca do outro, fechando sua mão com mais força e chegando a conclusão obvia.


      — Malfoy... — Falou cerrando os dentes de raiva. — Você ia abusar de mim seu pervertido?!
                                            oOo
       — Malfoy... — Ouviu a voz ríspida, mas mesmo assim agradável falar seu nome. — Você ia abusar de mim seu pervertido?!


"Abusar... Sim, na verdade eu ia sim. Céus como alguém consegue ser tão adorável?" Draco pensou debilmente o beicinho que provavelmente Potter nem tinha a noção de estar fazendo. Tratou de tentar acordar de uma vez, pois se alguém o visse ali e o outro dissesse que ele estava o abusando... Pronto, estava ferrado.


      — Dão, eu dão ia! — Sua voz saiu abafada pelo biquinho ridículo que sua boca ainda formava. Agarrou o braço do outro e se endireitou. — Não, eu não ia se você quer saber.
Desviou o olhar levemente diante da mentira deslavada, como se não tivesse sido pego no ato, literalmente.
                                             0Oo
Harry o encarou incrédulo, vendo o maior desviar o olhar. Nesse momento o pensamento idiota de que o outro ficava muito fofo assim o fez se bater mentalmente e com isso se irritar ainda mais.


      — Me sol... — Ia puxar seu braço bruscamente quando percebeu que em sua mão direita não existia mais cicatriz alguma. — O que?


Murmurou para si mesmo, atraindo a atenção do loiro que também observou sua mão direita. Será que já tinha curado? Será que só durava algumas horas aquele negocio horroroso? Ou... Oh meu Merlin, será que madame Pomfrey havia visto e curado? Curar não era o problema, mas a enfermeira contar o que tinha visto ao diretor, isso sim era problema. Não queria chamar a atenção pra isso, Umbridge provavelmente acharia alguma forma de distorcer as coisa e torna-lo um vilão dessa historia.


      — Ninguém viu, se é isso que quer saber. — Ouviu a voz do outro e levantou seu rosto o fitando confuso.


      — O que? Como?... Por quê? — As perguntas saíram antes que ele pudesse impedir, mas era inevitável tamanha a sua confusão.


Observou confuso enquanto o loiro puxava de dentro de seu casaco alguma coisa. Viu a varinha ser puxada e se alarmou, tencionando seu braço que o outro ainda segurava. Viu Malfoy o encarando surpreso e então entender o que o assustara ao olhar sua varinha. Mesmo assim, em um movimento delicado ele apontou a varinha para sua mão direita e murmurou "Finite".


Brotando em sua pele novamente estava aquela frase, não tão inchada e sangrenta quando antes, mas mesmo assim parecia um pouco vermelha.


      — É um feitiço simples de glamour. — Ouviu o outro falar, mas não o encarou, fitava sua mão. — Posso lhe assegurar que ninguém viu.


      — Ah... Eu... — Harry estava sem saber o que falar. Então escolheu pelo o que parecia o mais certo. — Obrigado.
                                                      0Oo
Não percebeu que parara de respirar momentaneamente ao ouvir a voz doce lhe murmurar um "Obrigado" baixinho. Observou enquanto os lindos olhos verdes se desfiaram dos seus e as pequenas bochechas adquiriam um lindo tom carmim que o fez ter vontade de aperta-las.


Quis dizer que não foi nada, que na verdade tinha sido um prazer fazer aquilo por ele, mas... Ora, ele era Draco Malfoy, por que um Malfoy faria algo sem que fosse ganhar alguma coisa e... Nesse momento se estivesse em algum tipo de quadrinho do profeta diário, um ponto de exclamação estaria em cima de sua cabeça, indicando a maravilhosa ideia que acabara de ter.


      — Sabe, fico feliz que esteja grato mas... — Um sorriso torto e malicioso tomou conta de sua expressão. — Não acha que eu mereço um premio especial?


O outro o encarou, arregalando os olhos, suas bochechas queimando em vergonha.


      — C-Como a-assim? — Ele parecia tão indefeso agora, ali em cima daquela cama, as bochechas coradas e a voz falhando. Fez uso de todo seu alto controle para não pular em cima do menor e arrancar toda a sua roupa com os dentes. 


      — É. Você não acha que depois de tudo que me fez passar ontem a noite, eu não mereço um premio especial? — Sua voz se tornou extremamente sedutora.


      — Ahn, eu... Eu... — Harry o olhou com cuidado, até franzir a testa e cerrar os dentes. — T-Tudo bem... O que é que você quer Malfoy?


      — Um beijo. — Falou rapidamente. Não havia pensado direito, mas sabia que era o que mais queria do outro, a dias não conseguia parar de pensar em qual seria o gosto daqueles lábios.


      — U-Um beijo? — O outro o encarou incrédulo. Draco tinha a mínima esperança de que ele estivesse pensando em uma maneira bem gostosa de beija-lo, porém não se surpreendeu com a resposta aos berros que recebeu. — Seu abusado! O que pensa que eu sou, seu... Humpf!


O moreno teve sua boca calada pela mão do outro. Draco olhou apreensivo para os lados, esperando ver a enfermeira chegar a qualquer momento, definitivamente não era uma boa hora já que ele havia acabado de fazer uma "proposta indecente" ao menino-que-sobreviveu.


Após alguns instantes de apreensão ele finalmente virou-se novamente para o garoto imitia vários "mmmm" abafados, o que quer que isso significa-se, com certeza não era educado.


      — Potter, escute. — Ele chiou o mais baixo que pode — Eu vou te soltar, mas quero que fique quieto.


Ao receber apenas um olhar cheio de raiva e até um pouquinho de ressentimento ele hesitou um pouco.


      — Eu não vou fazer nada com você, ok? Só... Me escute. — Devagar ele afastou sua mão da boca do outro, não dando nem dez segundos ele ouviu um sonoro "Madam... !" abafou novamente o som. Recendo tapas em seu braço, mas comparado a sua força, Potter não podia fazer nada. — Shhh! Potter, não vou fazer nada com você, confia em mim.


Viu os olhos verdes rolarem. Achou compreensível ao lembrar-se de seus feitos, nenhum deles instigava exatamente confiança. De qualquer forma, afastou sua mão percebendo com satisfação que poder ficara quieto, porém não por muito tempo.


      — Por que eu deveria confiar em você Malfoy? — Harry falou baixinho, mas claro o suficiente para se fazer entender que estava zangado. — Não sei se você lembra, mas até a alguns dias atrás você me molestou!


      — E você gostou. — Draco falou, sorrindo maliciosamente. Ficou satisfeito ao ver o outro ficar tão vermelho quanto um tomate. — Mas, isso não vem ao caso agora.


Ouviu um som de porta se abrindo ao longe, seu coração deu um leve pulo na hora, junto com o do moreno que também olhou assustado na direção do som.


Em um gesto rápido ele pegou a mão direita do outro antes que pudesse ser impedido, sentiu o menor puxar seu braço com força, mas ele simplesmente não tinha chance. Com sua varinha, recolocou o feitiço de glamour novamente sobre e feia cicatriz que em instantes não aparecia mais, agora ali só havia a pele macia e branca.


      — Me escute, você tem duas opções... Ou me beija... Ou me conta quem fez isso com você. — Não ligou para o olhar incrédulo que recebeu, estava curioso demais e por que não dizer, furioso. Queria com todas as suas forças colocar suas mãos em volta do pescoço de quem fez isso e apertar até a cabeça explodir. Sim, era um pensamento um tanto violento, mas era o mínimo que alguém que fizera algo tão brutal a alguém tão frágil merecia. — Me encontre no mesmo lugar de ontem, na mesma hora. Ou esse feitiço vai sair e todos vão ver essa... Coisa.


Então saiu pela cortina contraria no exato momento em que madame Pomfrey abria a outra cortina sorridente ao ver seu paciente acordado.
                                                   oOo
Harry se viu incrédulo demais para agir enquanto via Malfoy desaparecer a sua direita e a enfermeira aparecer a sua esquerda. Talvez seu olhar nublado de confusão pudesse ser confundido com sono pois ouviu a mulher dizer:


      — Ah, acordou cedo? — Ela disse pegando um frasco de poção da mesinha do lado de sua cama. — Fico feliz em vê-lo bem Sr. Potter, deu um grande susto em todos nós ontem a noite. Sorte sua o Sr. Malfoy estar por perto quando teve aquele colapso.


Com certeza... A sua famosa sorte.


      — Tome isso aqui, vai se sentir melhor. — Pomfrey lhe entregou um copo com uma poção azul bebe dentro, sem falar nada ou fazer muita manha ele bebeu, engolindo tudo sem nem mesmo sentir o gosto. — Muito bem Sr. Potter. Acho que o senhor já está bem o suficiente para ir as aulas, seus amigos vão ficar felizes em lhe ver.


Seus amigos... Queria tanto poder falar com eles, contar o que tinha acontecido. Mione provavelmente poderia ajuda-lo com aquele feitiço idiota, mas ele não poderia pedir sua ajuda sem mostrar-lhe aquela cicatriz horrível. Fazer o feitiço estava fora de questão, ele não fazia a mínima ideia de como se fazia isso. Suas únicas opções eram, contar quem tinha feito isso a si ou... Beijar Malfoy. 


Sentiu seu rosto corar e os pelos de sua nuca se arrepiarem com essa ideia. Bateu-se mentalmente por isso, sabia que o beijo provavelmente seria tão horrível quanto o que Duda tinha lhe imposto... Ele não sabia o que fazer agora... Pelo menos ainda tinha algum tempo para pensar, só encontraria o loiro depois da... Detenção.


Gemeu audivelmente, agradecendo pele enfermeira já ter se retirado e deitou-se bruscamente nos travesseiros, fechando os olhos e desejando poder ficar em coma novamente.
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O loiro saiu quase correndo da enfermaria, rezando para que não tivesse sido visto. Parou apenas um andar abaixo, diminuindo o passo e andando como se nada tivesse acontecido... Em sua mente varias coisas aconteciam ao mesmo tempo. Não sabia como havia pensado naquilo tão rápido, na verdade nem fora até a enfermaria para receber nada, mas acabou saindo melhor do que ele esperava... Muito melhor.


Porém ao mesmo tempo que desejava saber quem era o monstro que fizera aquilo com Potter, também desejava loucamente que o menor escolhesse por um beijo. Talvez, depois do beijo a coisa até pudesse evoluir não é mesmo? Afinal, não era mentira o que ele disse antes, Potter realmente gostara de seus toques. 


Sorriu presunçoso para si mesmo com esse pensamento.


Claro que o moreno podia muito bem ignora-lo e ele próprio refazer o feitiço mas... Ele contava com o fato de poder não saber como fazê-lo, o que na verdade era bem provável já que seu pai havia ensinado especialmente para ele no ultimo verão.
É... Talvez as coisas corressem bem... Muito bem.
                                               oOo
Harry chegou ao salão principal um pouco apreensivo, nem ousou olhar em direção a mesa da Sonserina em quanto caminhava até seu lugar entre Ron e Mione que imediatamente o bombardearam com perguntas antes mesmo dele poder se sentar.


      — Harry! Ah, Harry... Fico tão feliz que esteja bem. — Disse Hermione o abraçando ainda sentada, o que não era difícil consideravelmente a altura do moreno. — O que aconteceu com você? Nós ficamos morrendo de preocupação.


      — É cara, o que aconteceu ontem? Você foi pra detenção e algum tempo depois a gente soube que você desmaiou, o que aquela vaca fez com você? — Rony o olhou seriamente, ou tão seriamente quanto uma pessoa com a boca suja de mingau de aveia pode parecer.


      — Fiquem calmos vocês dois. — Harry tentou parecer desinteressado. — Umbridge só me fez escrever linhas, a detenção durou algumas horas e depois que eu sai... Bem eu... Não me lembro de muita coisa.


      — Você desmaiou, o que aconteceu Harry? Alguém fez alguma coisa? — A garota perguntou parecendo preocupada.


      — Não, não. Eu não me lembro mas... Tenho certeza de que ninguém fez nada. — Ele desviou o olhar. — Madame Pomfrey disso que eu já estou bem, vocês não precisam se preocupar.


Hermione ainda não parecia totalmente segura disso mas mesmo assim, mandou que ele se senta-se e encheu o prato dele com comida. Nesse momento o jovem veela achou que ela se parecia muito com a Sra. Weasley.
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O dia tinha passado relativamente rápido, na verdade até rápido demais para seu gosto. Para o desespero de Harry ele viu que realmente Malfoy não estava mentindo, aos pouco o feitiço estava ficando cada vez mais fraco e as letras e a vermelhidão na pele ficavam mais visíveis. Teve vários momentos em que teve que esconder sua mão ao longo do dia, pois o seu segredo ficara por um fio. Sabia que se ficasse sem o glamour por mais tempo ele seria descoberto... Não tinha opção.


Bem, na verdade ele até tinha, mas... Em sua cabeça corria uma briga furiosa entre elas. Beijar ou não beijar? Contar ou não contar?


Por outro lado era até bom que sua mais nova cicatriz estivesse visível, afinal, nesse exato momento ele estava se dirigindo para a sala da Umbridge para mais um dia de detenção. Era bem provável de que se ela visse sua mãe sua a cicatriz ela o obrigasse a escrever na sua testa... 


Suspirou audivelmente, não se importando já que o corredor depois do jantar era completamente vazio. Depois de alguns momentos de caminhada ela finalmente chegara na sala. Se arrepiando dos pés a cabeça ele bateu três vezes na porta, logo ouvindo um "Entre" em uma voz melosa e mais do que nunca, enjoativa.


Entrou desejando que de alguma força o tempo passasse o mais rápido possível.
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Depois de horas. Longas horas. Harry finalmente saia da sala onde teve que mais uma vez, rasgar sua pele com as palavras "Não devo contar mentiras". Estava doendo, doendo tanto que seus olhos chegavam a marejar. A dor parecia rasgar sua pele, seus músculos até chegar ao osso. Sangrava a ponta de pingar no chão. Saiu daquele lugar correndo para o banheiro mais próximo.


Quando finalmente chegou, abriu a torneira e deixou a agua corrente aliviar sua dor e limpar o sangue. Não estava mais com vontade de chorar, na verdade seu coração pulava nervoso dentro de seu peito. Ainda não tinha se decidido, não sabia o que ia fazer. Já estava na hora aliás.


Fechou a torneira e encarou a ferida. As palavras ainda estavam vermelhas e inchadas, mas pelo menos, não sangrava mais. Tomando coragem não sabia de onde, ele saiu do banheiro andando a passos trôpegos até o local marcado.
                                                          oOo
Draco chegou meia hora antes do que a hora que ele mesmo havia marcado. Passara o dia todo esperando aquele momento, o momento em que finalmente beijaria Potter.


Bem... Talvez o outro não escolhesse essa opção, mas... Ele contava com isso.


Depois de um longo tempo de espera, que lhe pareceram quase dias. Ouviu o som de passos vindos do final do corredor, imediatamente se desencostou da parede e prendeu a respiração, encarando a curva do corredor. Provavelmente seu coração já tivera parado tanto nervosismo, mas quando viu, a pessoa mais perfeita do mundo se aproximando, seu coração pareceu fazer um tipo de dança russa. 


O jovem veela vinha caminhando apresado, visivelmente nervoso com as mãos em punho ao lado do corpo e encarando o chão. Pode perceber também algo muito estranho, viu que o outro parecia ter uma espécie de brilho em volta de si, como uma luz própria. Estava tão... tão... Lindo. Tão maravilhoso que o fez esquecer-se de como era respirar.


      — P-Pronto. — O ouviu gaguejar, sem nunca o encarar diretamente. Estava tão próximo agora, conseguia ver a coloração rosada de suas bochechas, o brilho de seu cabelo sedoso e é claro. A boca convidativa. — Estou aqui.


      — Sim, está. — Falou, então sacou a varinha do bolso e com um movimento fluido e leve em direção a mão direito do outro que preferiu nem olhar para não ter um ataque e extrair a informação de quem o fez sofrer daquele jeito a força. Ditou o feitiço e em segundos a ferida não estava mais lá, apenas a pele macia. Tentando não parecer tão apreensivo quando estava completou. — E então? O que você escolheu?
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      — Sim, está. — Ouviu a voz do outro, viu o outro tirar a varinha, mas não ficou nervoso sabia o que ia acontecer. Quando terminou ouviu o outro continuar a falar, percebendo que a voz não estava tão cheia de sarcasmo como... Sempre. — E então? O que você escolheu?


Neste momento ele finalmente encarou o loiro. Mas, na verdade não o enxergando completamente. Se contasse a ele sobre Umbridge ele não sabia o que o outro ia fazer com essa informação e isso o deixava extremamente apreensivo. Mas, se simplesmente o beijasse... Sentiria apenas um desconforto e mais nada, acabaria ali. Era tão difícil acreditar que o beijo seria ruim... Olhando aquela boca fina e rosada, então o corpo forte e bem definido. 


Percebeu que o outro o olhava enquanto era observado. Desviou o olhar novamente, corando mais forte que antes. Ouviu uma risadinha divertida.


      — Já se decidiu? Não temos todo o tempo do mundo sabe?


O encarou com uma expressão carrancuda. Um sentimento impulsivo tomando conta de si por completo. Sem pensar muito ele se jogou para frente, agarrando a gola da camisa do maior e em um movimento um pouco brusco...


Much as you blame yourself
(Por mais que você tenha se culpado)
You can't be blamed for the way that you feel
(Você não pode ser culpado pela maneira como se sente)
Had no example of a love
(Não teve nenhum exemplo de um amor)
That was even remotely real
(Que fosse remotamente real)
How can you understand something that you never had?
(Como você pode entender algo que nunca teve?)
Ooh baby if you let me I can help you out with all of that
(Ooh, baby, se você me deixar, posso ajudar você com tudo isso)


Selou os seus lábios.


De inicio Percebeu que o outro se assustara mas não o recusou. Apenas continuou com seus lábios encostados, com os olhos abertos em uma expressão assustada sem saber o que fazer por seguinte. Quase teve um infarto quando Malfoy pousou uma mão em sua cintura e outra em sua nuca. Finalmente iniciando o beijo.


Sentiu a língua quente lamber-lhe os lábios, pedindo passagem. Sem ter controle de seus atos, seus lábios se abriram, dando passagem completa para a língua do outro.


Nesse momento seus olhos se arregalaram e uma sensação de choque tomou conta de todo o seu corpo quase o fazendo cair se o outro não o estivesse segurando. Todos os pelos de seu corpo se arrepiaram, e uma sensação quente encheu seu peito. Tão quente... Ele iria derreter. Fechou os olhos, pois corria o risco de chorar, tamanha era a emoção que estava sentindo, não sabia o que era, não sabia explicar. Era tão quente, tão grande, mal cabia em si, precisava sair.


Sentiu a língua do outro mexendo, explorando sua boca. Gemeu audivelmente, tanto de susto quando prazer inesperado. Oh céus, aquilo era bom, muito bom. Envolveu o pescoço do outro com seus braços buscando um ponto de apoio, em resposta sentiu sua cintura ser apertada mais fortemente. Os movimentos dentro de sua boca nunca parando. 


Isso era estranho, oh meu Merlin como era estranho. Ele se sentia em outro mundo, parecia estar flutuando. Sentia-se tão quente nas mãos do outro, era tão bom. 


Em quanto os movimentos iam parando, sua cabeça começava a funcionar, chegando a uma conclusão realmente assustadora. Abriu os olhos lentamente, separando sua boca da do outro. Encarou o outro. As bochechas rosadas e a respiração ofegante, o cabelo loiro e os olhos prateados que o observavam com uma expressão nublada. Aquele era Malfoy. Draco Malfoy.


      — Não! — Harry se afastou, empurrando o outro bruscamente, tropeçou pra trás, quase caindo mais se fixando no ultimo momento. Encarava o outro com uma expressão completamente incrédula em quanto balançava a cabaça em negação. — Não pode ser...


      — Potter... O que? Você está bem? — Ouviu a voz notavelmente preocupada do outro, mas não ligou, estava muito imerso em seus pensamentos para ligar.


let me love you
(deixe-me amar você)
And I will love you
(E eu amarei você)
Until you learn to love yourself
(Até que você aprenda a se amar)
let me love you
(deixe-me amar você)
And all your trouble
(Conheço os seus problemas)
Don't be afraid, let me help
(Não tenha medo, deixe-me ajudar)
let me love you
(deixe-me amar você)
And I will love you
(E eu amarei você)
Until you learn to love yourself
(Até que você aprenda a se amar)
let me love you
(deixe-me amar você)
A heart of numbness, gets brought to life
(Um coração entorpecido, volta à vida)
I'll take you there
(Levarei você até lá)


      — Não pode... — Seus olhos marejaram em quanto murmurava incrédulo. — Meu... Meu parceiro... Como?


      — O que? Eu não consigo te ouvir assim. Está doendo alguma coisa? Por favor, me fala eu... Potter? — Viu enquanto lagrimas grossas e brilhantes escorriam pelo rosto do outro que estava sem expressão nenhuma encarando o nada. Preocupado deu um passo para frente, tentando se aproximar.


      — Não encosta em mim! — Harry finalmente explodiu. Se afastando. — Eu não quero sua ajuda, não quero nada de você... Eu... Eu não quero você!


Encarou o loiro com uma expressão de quem o culpava pelas coisas mais hediondas. Lagrimas caiam de seus olhos sem seu consentimento, mas ele não conseguia se importar com isso. Viu o outro com um olhar de surpresa, mas mesmo assim dando mais um passo e tentando se aproximar. 


Não queria sua aproximação, não queria nada dele naquele momento, não podia acreditar no quando a vida podia ser injusta. Saiu correndo em disparada pelo corredor, sem nunca olhar para trás e deixando mais uma vez Draco para trás sem entender nada.


Notas Finais


E aí? Gostaram? Me falem! Comentem! É de graça e indolor.


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