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História Herança Veela - Cap 02 - Resgate e Grimmauld Place.


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


Muuuuito obrigado á quem comentou no capitulo anterior, beijos para vocês! Obrigada também pra quem só leu, fico feliz também. E finalmente, ai está o segundo capitulo... Eu sempre calculo mal o que vai dar, então aqui o que eu esperava para o segundo capitulo vai ficar o terceiro...

Capítulo 2 - Cap 02 - Resgate e Grimmauld Place.



Cap 02 - Resgate e Grimmauld Place.


Harry simplesmente não conseguia acreditar no que acabara de ler... Foi expulso de Hogwarts e... Iriam quebrar sua varinha! Como pode deixar isso acontecer? 


Precisou de apenas uma olhada no corpo imóvel para fazê-lo lembrar de como isso acontecera. Mas aquilo era um caso de emergência! Simplesmente não podiam fazer isso com ele quando estava apenas tentando se proteger! Ah, na hora do desespero nem pensara nas consequências... Se bem que, talvez se não tivesse estuporado seu primo, á essa hora ele poderia estar... 


Um calafrio fez tremer todo o corpo do garoto. Harry olhou para sua varinha, então novamente para a carta e outra vez para sua varinha. Gemeu de angustia e cobriu o rosto com as mãos, finalmente desabando de joelhos no quarto e deixando as grossas lagrimas escorrerem por sua face. 


Por quê? Por que simplesmente tudo tinha que acontecer com ele? O garoto já estava esgotado disso, primeiro o retorno de Voldemort, logo depois ele é jogado e abandonado na casa dos Dursleys, o seu inferno pessoal. Então no meio do verão ele vira uma coisa muito bonita que faz os outros agirem estranhamente e é punido por tentar se proteger... Expulso do único lugar que um dia ele chamou de lar e se sentiu seguro.


Em meio a soluços um ruído muito parecido com o anterior chamou-lhe a atenção mais uma vez. Desta vez era uma coruja cinza, parada na janela e esperando que ele recebesse a carta.


Harry se levantou devagar, fungando alto e limpando o rosto com as costas das mãos. Pegou a carta e abriu com certa dificuldade por estar tremendo tanto. 


"Harry?
Dumbledore acabou de chegar no ministério e está tentando resolver tudo. NÃO ABANDONE A CASA DE SEUS TIOS. NÃO FAÇA NENHUMA MAGIA. NÃO ENTREGUE SUA VARINHA.
Arthur Weasley"


Respirando uma, duas ou três vezes o garoto jogou a carta em cima da cama, se segurando para não rasga-la em pedacinho e depois tocar fogo. Afinal, o que pensavam que ele era? Depois de tanto tempo a única coisa que falam para ele fazer é ficar ali e "Não entregue sua varinha"... Ora, o que esperavam que ele fizesse brigasse por sua varinha? Duelasse com os homens do ministério? Provavelmente não, pois isso seria contra o "Não faça nenhuma magia."


Bem, pensando melhor isso era melhor de que coisa nenhuma. Dumbledore estava tentando resolver tudo? Que bom! Ele estava ansioso por soluções.


Com a respiração pesada ele olhou para o corpo de seu primo. O garoto ainda não conseguia entender o que tinha acontecido, afinal o outro nunca dera indicio nenhum de ser gay, e mesmo que fosse com certeza não se interessaria por ele... Ou talvez, não antes.


Esfregou os olhos com força em sinal de cansaço, não conseguia se acalmar de jeito nenhum agora. Esperava que a qualquer momento algumas pessoas fossem entrar ali e quebrar a sua varinha...


Pulou de susto ao ouvir um gemido. Seu primo estava se mexendo, ao ver isso Harry instintivamente segurou a varinha com mais força e deu vários passos para trás até se encostar na parede. Não queria saber, se precisasse ia se defender, com magia ou sem. Se lembrava muito bem da sensação de ter sido beijado e não queria isso de novo... Na verdade aquilo não poderia ser classificado como um beijo, pois então... Ele teria de admitir que aquele foi o seu primeiro beijo, e ele não queria isso nem um pouco. Aquilo estava mais para um ato forçado.


Quando pensou que uma nova luta teria inicio, Duda parou de se mexer e ficou quieto novamente. Respirando aliviado, o garoto se desgrudou da parede. "preciso sair daqui, á qualquer hora Duda vai acordar." Pensou com desespero. Pulou o corpo no caminho com cuidado para não encostar e foi até a porta destrancada, ao entrar no corredor não conseguiu ver quase nada pois estava completamente escuro, foi tateando até o banheiro.


Quando finalmente conseguiu achar a porta no final do corredor entrou ali e se trancou, se escorando na porta e deslizando até cair sentado no chão, abraçando as próprias pernas com a cabeça entre os braços. "Pelo menos aqui estarei seguro até tio Válter che... Droga! Tio Válter vai é me dar uma surra por ter 'agredido' Duda." Harry gemeu e se encolheu mais ainda, tentando se impedir de chorar mais um vez... Tinha como tudo ficar pior?


Lentamente o cançaso foi levando a melhor, fazendo o garoto dormir naquela mesma posição, sentado no banheiro escuro escorado á porta.
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Acordou sobressaltado com barulho de conversas. Piscou para espantar o sono e esfregou os olhos, fazendo silencio e tentando ouvir o que se passava, será que seus tios já tinham chagado? Harry sinceramente não sabia o que sentir, alivio ou desespero.


Havia porem, um numero de vozes grande demais para ser só tio Válter e tia Petúnia. Seu corpo gelou na mesma hora ao perceber isso, afinal se não eram os seus tios então... "Droga estou brilhando de novo!" Tentou se acalmar porem percebeu ser uma coisa quase impossível, uma vez que as vozes só aumentavam e chegavam cada vez mais perto. Segurou firme a varinha, pronto para atacar caso fosse preciso... Já tinha sido expulso de Hogwarts mesmo, o que poderia arruinar mais a sua vida?


      — Ele deve estar lá em cima. — Ouviu uma voz feminina dizer, seguido por alguns murmúrios de concordância.


      — Harry? — Ouviu uma voz chamar seu nome, porem ao invés de se assustar uma onda de calor tomou o seu corpo. Ele conhecia aquela voz. — Harry você está ai?


Se levantou em um pulo, já estava com a mão na maçaneta quando hesitou em gira-la. "Espera... O que eu to fazendo, isso pode ser uma armadilha... Ah, dane-se." Não queria saber se aquilo era uma armadilha, queria apenas ir de encontro a aquela voz, que lhe transmitia segurança e até certa alegria, coisa que estava desesperado para ter nem que fosse só um pouquinho. Abriu a porta.


Logo que saiu não consegui ver muita coisa por causa da escuridão, então andou até as escadas e parou no primeiro degrau olhando assustado para as sombras ali em baixo. Ali naquele grupo havia varias pessoas que Harry não conhecia, mas também algumas que ele conhecia como, o homem de face cheia de cicatrizes e perna de pau.


      — Abaixe essa varinha garoto, vai furar o olho de alguém desse jeito. — Resmungou em uma voz rouca.


Essa voz o deixou nervoso, percebeu que começara a brilhar quase imperceptivelmente, pois a voz trouxe lembranças do ano passado, quando ficou nove meses junto á um comensal da morte disfarçado, que no final tentou mata-lo para depois se unir a Voldemort, só que seu plano deu errado e ele acabou sendo capturado, mas antes conseguiu comprir seu objetivo de trazer o seu lord de volta. Abaixou a varinhas mas continuou segurando firme nela.


      — P-Professor Moody? — Perguntou olhando para a sombra de onde veio a voz.


      — Não sei nada sobre "professor" garoto. — Grunhiu novamente — Vamos, desça aqui para podermos vê-lo melhor.


Não se moveu nem um centímetro, ainda estava com medo de que aquilo tudo fosse apenas uma armadilha.


      — Está tudo bem Harry, pode descer. Nós viemos para leva-lo embora daqui.


Harry suspirou silenciosamente de alivio, aquela era a voz que ouvira antes. Desceu as escadas e foi em direção a sombra do que achava ser o seu Ex-Professor de defesa contra as artes das trevas. Antes de fazer qualquer coisa, ele hesitou novamente, afinal ainda estava extremamente escuro ali e não conseguia se enxergar nada.


      — Professor Lupin, é você?


      — É claro Harry.


      — Ai, por que estamos de pé no escuro? — Falou uma voz completamente desconhecida, que parecia estar á sua direita. — Lumus.


Uma luz forte apareceu na ponta de uma varinha e Harry teve que piscar algumas vezes para se acostumar com a luz. As pessoas ali levantaram suas cabeças para que pudessem serem vistas. O mais próximo era o Professor Lupin, um homem com cabelo castanho e olhos dourados, ele era novo mais ser um lobisomem parecia esgota-lo demais, então tinha alguns cabelos brancos e rugas precoces, além de parecer um pouco doente e cansado. Ele até que tentou sorrir para disfarçar o seu estado, porem quando olhou Harry atentamente seus olhos se arregalaram em espanto, acompanhado de varias outras pessoas que fizeram a mesma coisa. O menino se sentiu corar diante dos olhares em si, todos o observavam com extrema atenção.


      — H-Harry... O que...? — Murmurou o lobisomem.


      — Olha, você é realmente bem melhor do que eu imaginava! — Falou a bruxa que segurava a varinha — Wotcher, Harry!


Porem enquanto todos o observavam de boca aberta, Alastor Moody o segurou pela gola da camiseta e o levantou até o garoto não conseguir tocar mais os pés nos chão, então o sacudiu e rosnou. As outras pessoas tentaram para-lo mais nada fazia com que ele soltasse suas mãos do garoto, seu olhar era de pura raiva. Harry estava extremamente assustado, já estava brilhando quando não sentiu o ar lhe faltar.


      — Eu só vou perguntar uma vez... — Sibilou entre os poucos dentes — Onde está Harry Potter? 


      — Ahn? — Harry conseguiu soltar um gemido estrangulado.


O homem aproximou tanto a cara cheia de cicatrizes do rosto de Harry que os narizes quase se encostavam e ele conseguia sentir o bafejar do outro, coisa inútil já que ele já estava ficando roxo por falta de ar. Colocou suas mãos sobre as de Moody tentando abri-las, porem isso era quase impossível. Alastor aproximou a varinha do rosto de Harry e rosnou mais uma vez, quase que em aviso que sua paciência estava acabando.


O garoto simplesmente não sabia o que fazer, em um momento estava salvo, livre da casa dos Dursleys e agora ia morrer estrangulado... Ele simplesmente não conseguia entender o motivo dessa reação do homem. Sua visão já estava ficando escura quando Lupin conseguiu solta-lo. O moreno caiu de joelhos no chão, tossindo e segurando a garganta.


      — O que está fazendo Lupin? — Harry olhou para cima e viu Olho-tonto apontando a varinha para Remus, o qual o olhava com preocupação antes de lançar um olhar cheio de ódio para Moody. 


      — Não está vendo Moody? Esse é Harry Potter! — Esbravejou apontando para o adolescente na frente deles, todos os adultos o olharam parecendo muito pálidos e assustados, alguns pareciam concordar com Lupin porem o menino ainda percebia alguns olhares duvidosos em si. — Harry, qual a forma que seu patrono assumiu?


      — U-Um Cervo... — Falou com a voz fraca.


      — Mas isso é impossível Remus... Ele é... Ele é um... — Alastor disse em tom de assombro.


Ao invés de responder, o lobisomem olhou para Harry com preocupação, mas ao mesmo tempo parecia estar analisando a situação, como se pensasse no que fazer com ele agora. Então ele finalmente ajudou o menino a se levantar. O moreno percebeu que o brilho que estava em volta dele com força total á segundos atrás, estava sumindo aos poucos agora. Porem, ninguém falou nada sobre isso, será que só ele conseguia ver isso? Ele estava ficando louco? Olhou em volta e percebeu que os olhares em si haviam mudado um pouco, os dos homens principalmente, pareciam com o olhar que recebeu de Duda á alguns dias atrás. Esse pensamento o fez recuar, mas foi impedido pelos braços de Lupin a seu redor.


      — Você esta bem? — Perguntou preocupado com aquele movimento, olhando um pouco mais de perto achou algumas marcas roxas na pele branca e sensível do pescoço do garoto. — Desculpe por isso.


Harry estava prestes a murmurar um "não foi nada" quando se lembrou de seus tios. Se eles vissem um grupo de bruxos em sua casa, junto com o fato de seu filhinho querido estar desmaiado lá em cima, bem, o resultado não seria nada bom. Principalmente para Harry.


      — Os Durs... Os meus tios, eles vão... Chegar a qualquer momento e... — Ele começou sem jeito, porem foi interrompido pela mulher de cabelo violeta.


      — Não se preocupe com seus tios, bonitinho. — Ela falou alegremente — Foi eu que os tirei de casa, Sabe? Mandei uma carta para eles pelo correio trouxa, dizendo que estavam inscritos em uma competição nacional. Eles devem estar indo para a premiação agora mesmo.


Ah, com toda a certeza Harry não queria estar ali quando Tio Válter voltasse. Como que lendo seus pensamentos o mago negro se pronunciou:


      — Alastor, temos que ir logo ou chegaremos atrasados. — Falou com uma voz rouca e grave.


      — Tudo bem... Garoto, onde estão suas coisas? — Perguntou "normalmente" como se nem o tivesse acabado de quase matar estrangulado.


      — L-Lá em C-Cima. — Harry gaguejou pateticamente, se repreendendo mentalmente por isso.


      — Está tudo bem Harry, eu vou até lá com você. — Disse Remus gentilmente, porem a gentileza ficava apenas na voz, pois o garoto se sentiu ser empurrado escada a cima o mais rápido possível.


Ele indicou a porta de seu quarto e eles entraram. O moreno percebeu que não foi uma boa ideia fazer isso, já que havia se esquecido completamente de seu primo desmaiado bem no meio de seu quarto. Olhou nervosamente para o homem parado na porta, observando a sena. A cama desarrumada, o garoto desmaiado e com mordidas e arranhões, então seu olhar se virou para Harry, porem não parecia pedir uma explicação, na verdade o seu olhar transmitia conclusões, como se só agora estivesse entendendo tudo ali.


      — Professor... E-Eu posso explicar! — Disse Harry com desespero. — Eu estava dormindo e Duda ele... Ele... Eu não sabia o que fazer... Por isso... Por isso eu usei magia... Ah, me desculpe... Eu não queria que isso tivesse acontecido.


Nem mesmo o menino havia entendido o que acabara de falar, mas foi o mais sincero que conseguiu, talvez por que na verdade ele mesmo estivesse muito confuso com tudo o que estava acontecendo. 


      — Está tudo bem, eu já entendi... Já entendi tudo. — O castanho murmurou a ultima parte para si mesmo. — Bom, vamos arrumar a sua mala.


O moreno imediatamente começou a catar as suas coisas, feliz por não receber nenhuma represália de seu ex-professor, mas confuso também com isso. Nem percebeu que era observado atentamente pelo homem na porta. Depois de alguns segundos o observando o lobisomem esboçou um sorriso e levantou a varinha.


      — Empacotar! — Falou em alto e bom som, agitando a varinha em um longo movimento. Na mesma hora todos os objetos, até mesmo os que estavam nas mãos de Harry começaram a se arrumar dentro na grande mala aberta em cima da cama. — Pronto, acho que já esta tudo ai, caldeirão, vassoura... É, acho que é isso... Vamos? Locomotor malão.


Sem esperar resposta Remus saiu em direção as escadas com o malão flutuando atrás de si. Harry o seguiu segurando sua firebolt e a gaiola de Edwiges, dando um ultimo olhar a seu primo que não parecia que iria acordar tão cedo. Tentou não se sentir culpado com isso, afinal foi apenas tentando se defender que fizera aquilo. Chegou ao andar de baixo, onde a conversa morreu instantaneamente. 


      — Ahn, Harry vem vou lhe apresentar. — Disse Lupin gentilmente passando um braço pelos ombros do garoto. — Essa é Nymphadora.


      — Não me chame de Nymphadora, é Tonks! — Falou a bruxa de cabelo agora rosa, com uma expressão chateada.


      — Tá certo... Esse é Kingsley Shecklebolt — Falou mostrando o mago negro, esse deu um aperto de mão forte em Harry. — Elphias Doge. Dédalo Diggle...


      — Nós já nos encontramos antes! — Falou tirando o chapéu. Mas então o olhou atentamente — Mas você estava diferente daquela vez...


      — Emmeline Vance. — Lupin continuou falando, sobrepondo a voz de Diggle. Harry estranhou isso, mas não falou nada já que sabia que "daquela vez" quando encontrou Dédalo, ele estava diferente. — Sturgis Podmode. E Hestia Jones. Sabe, um numero realmente grande de pessoas se voluntariou para vim buscar você.


      — É, quanto mais pessoas melhor. — Falou Alastor Moody. — Vem até aqui, preciso desilusionar você.


      — E-Espera! — Harry deu um passo para trás quando o homem se aproximou — Me desilusionar, como assim?


      — É um encantamento garoto. — Falou impaciente — Lupin disse que você tem uma capa de invisibilidade, mas ela não vai adiantar quando estivermos voando. Aí vai...


Moody tocou com a varinha no topo da cabeça do moreno, instantaneamente uma sensação como se tivesse quebrado um ovo ali desceu pelo seu corpo. Além disso, ele não sentiu nada diferente, mas quando levantou seus braços e os olhou, percebeu que não conseguia se ver. Ele não estava invisível, era mais como... Se estivesse da mesma cor do ambiente.


      — Você disse voando? — Ele falou ainda olhando a si mesmo. — Para onde vamos?


      — Não podemos falar aqui garoto, não é seguro. — Então ele deu uma olhada no relogio e andou até a cozinha, todos o seguindo. Destrancou a porta da cozinha com a varinha e saiu.


Ali fora ele explicou a formação de voou para Harry. Ele estaria no centro de tudo, as pessoas ali estariam a sua volta o protegendo de tudo. Ele estava ouvindo a tudo com muita atenção e em silencio, até o outro dizer:


      — Se um de nós acabar morrendo...


      — Como assim? "Se um de nós acabar morrendo" — Harry o interrompeu, percebeu que não foi uma coisa educada mais mesmo assim continuou — O que pode acontecer?
 
      — Não importa o que acontecer... — Moody continuou mais seriamente — Voce vai continuar voando, em direção leste e o resto da escolta lhe encontrará.


      — Deixe de ser pessimista Olho-Tonto — Disse Tonks pendurando as coisas de Harry no gancho da vassoura. — Fique tranquilo, não vai acontecer nada.


Isso não o tranquilizou exatamente, pois o garoto não queria que ninguém morresse por ele... Muitas pessoas já haviam feito isso, em sua opinião. Muito longe deles uma cascata de luzes vermelhas brilhou próximas as estrelas e Harry soube que elas foram feitas por uma varinha. Todos montaram nas vassouras e ele fez o mesmo, ficando tenso na mesma hora já que em alguns segundos estaria voando para sabe-se lá onde e estava com medo de fazer alguma coisa errada.


      — Segundo sinal, vamos! — Disse Lupin ao ver faíscas, verdes dessa vez, explodindo no mesmo lugar de antes.


Harry deu impulso com os pés e voou. Na mesma hora que o vendo fez seu cabelo arrepiar ele se sentiu extremamente bem, como se não tivesse preocupação nenhuma. Na verdade toda a preocupação de ter nocauteado o seu primo, ter sido expulso, ter sua varinha quebrada... Tudo isso parecia muito insignificante comparado a sensação deliciosa que era voar, ver as estrelas tão de perto e sentir a brisa refrescante na pele. 


Harry foi chamado de volta a realidade quando ouviu Moody gritando para virarem para a esquerda, aparentemente um trouxa estava olhando para cima. Tonks a sua frente virou e ele a seguiu. Depois disso subiram mais um pouco, até o menino só conseguir ver pequenos pontinhos de luz lá em baixo. "Os Dursleys devem estar voltando para casa nesse momento... O que será que vão fazer quando verem Duda?" Harry pensou nervosamente, mas depois gargalhou de alegria em lembrar que seja onde for que estivesse indo, eles não poderiam fazer nada com ele. 


Frequentemente ele se distraia olhando a paisagem e quase se perdia dos outros, tentou voar na formação, mas tudo estava tão bom ali em cima... Ele nunca se sentiu tão feliz dês do inicio das ferias. Depois de um bom tempo voando, cheio de varias voltas por causa de que Olho-Tonto queria ter certeza de que ninguém os estava seguindo eles finalmente estavam chegando, e apesar de adorar voar Harry não conseguiu deixar de se sentir feliz, pois já estava congelando.


      — Vamos descer! — Gritou Lupin alguns metros abaixo dele — Siga Tonks Harry!


Ele seguiu a bruxa enquanto ela descia em um mergulho. Depois de alguns segundos de descida, onde Harry achou que seus dedos haviam grudado na vassoura de tanto frio que sentia neles, finalmente eles pousaram.


      — Aqui estamos! — Falou Tonks que havia pousado momentos antes.


O garoto olhou em volta, ele nunca estivera naquele lugar de Londres antes. A rua não tinha uma aparência muito amigável nem as casas um faixada muito bonita, além de ter as janelas quebradas e sujas.


      — O-Onde nós estamos? — Ele perguntou olhando para o fim da rua escura. 


      — Espere um minuto que eu já explico. — Retrucou Lupin descendo da vassoura.


Moody então pegou um objeto em seu bolso muito parecido com um isqueiro e apertou algumas vezes, em cada uma delas a luz de um dos postos ao longo da rua era sugada para dentro do isqueiro, ele só guardou novamente o objeto quando a única iluminação da rua eram as luzes das janelas


      — Peguei isso emprestado do Dumbledore. — Disse ele — Agora vamos.


O homem então pegou Harry pelo braço, o levando pelo gramado até um lugar pavimentado. O menino se assustou com o movimento brusco, mas não tentou recuar já que todos os outros estavam logo atrás deles com varinhas em punho... Não que isso tivesse impedido alguma coisa antes, mas ele achava que Olho-Tonto já tinha esquecido aquilo, já que ele não parecia dar a mínima importância, como se estrangular adolescentes fosse seu hobbie particular.


      — Aqui. — Ele sussurrou entregando um pedacinho mínimo de pergaminho para o garoto — Leia e memorize rápido.


Harry leu o papel, com letras puxadas extremamente familiares.
"O quartel general da ordem da fênix pode ser encontrado no número 12, Grimmauld Place, Londres."
 


Notas Finais


Vamos lá comente! É de graça e indolor.


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