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História Herança Veela - Capítulo 09 - Como se fosse a primeira vez:


Escrita por: AmandaRoss

Notas do Autor


Olar

Tudo bem com vocês, seu lindos??? Espero que sim.
Bem bem bem bem... Temos Dra rry nesse capítulo!
Digo isso assim pq ainda tá um lá outro cá, mas daqui a pouco fica tão junto que tá só Dry. Sim, temos Draco nesse capítulo! Que a partir de agora vai estar cada vez mais presente XD

Nesse capítulo também temos Taylor Swift.

... ué?

Bem, a música dela, pelo menos. "Enchanted" para abrir a temporada de músicas nos capítulos! Comecei mais cedo dessa vez XD sahushaushaush Espero que gostem. Boa leitura!

Capítulo 41 - Capítulo 09 - Como se fosse a primeira vez:


Capítulo 09 - Como se fosse a primeira vez:

 

 

 

 

 

Depois que tiveram que colocar as vestes escolares, Harry não poderia mais puxar o capuz sobre a cabeça. Então agora lá estava ele, subindo as escadas em direção as portas de Hogwarts, quase tão pálido quanto o chão de mármore.

 

É claro que o capuz não poderia esconder completamente como ele estava nem quem ele era, mas era mais algo simbólico, ou qualquer coisa desse tipo. O ponto é que, o pequeno se sentia extremamente exposto agora, no momento que teria que entrar no salão principal.

 

   — Se acalme, ok? — Hermione sussurrou do seu lado direito. — Nós estamos logo aqui, não precisa se preocupar.

 

   — É cara, você está tão branco que parece um dos fantasmas do clube do Nick-quase-sem-cabeça. — Rony comentou divertido, do seu lado esquerdo. O moreno tentou sorrir pela piada, mas acabou fazendo uma careta engraçada.

 

Eles haviam vindo junto com Ginny, Neville e Luna. Como os monitores sonserinos cuidaram dos alunos do primeiro ano, seus dois amigos ficaram livres para não desgrudar do lado dele desde que desembarcaram do trem.

 

Algo curioso sobre essa rápida viagem fora a aparição das novas criaturas que puxavam as carruagens. Harry estranhou muito de início e mais ainda quando Hermione disse que não via nada, quando ele apontou para a criatura que se parecia com o esqueleto de um cavalo, só que muito maior.

 

Felizmente (ou não) Luna esclareceu que seriam “Testrálios” . Obviamente, isso não lhe disse muito e menos ainda que apenas ele e a garota fossem capazes de ver aquelas coisas. Farto de coisas estranhas estarem acontecendo com ele, Harry apenas subiu na carruagem e ficou calado, vez ou outra mandando um olhar rápido para as criaturas. Será que Hagrid poderia explicar algo sobre elas? De qualquer forma, ele não estava em Hogwarts agora, Harry pensou, lamentando o fato.

 

Então agora lá estavam eles, prestes a entrar no salão principal.

 

Harry tentara enrolar, pensou em vários motivos mirabolantes, alguma razão divina para não entrar naquele salão aquela noite. Porém, nada parecia muito plausível. Aliás, sua estratégia se mostrou ser a pior de todas, pois a maioria dos alunos já se encontravam lá e agora ele teria que entrar com todos acomodados em seus lugares, só esperando... Oh.

 

   — Anda Harry, respira fundo... Não vai ser tão ruim assim. — O menor respirou fundo como sugerido, enchendo seus pulmões com ar e então soltando. Ele acenou rapidamente e deu o primeiro passo em direção as enormes portas do salão principal. — Ninguém não vai nem not-

 

...

 

Assim que eles entraram o salão ficou em silencio. Primeiro alguém olhara, então essa pessoa cutucou seu amigo para ver e assim se repetiu com todos os alunos no salão até que todos estavam parados, olhando. Uns impressionados, outros com uma cara estranha, alguns como se ele fosse um filhote de cachorro (em sua maioria garotas, mas surpreendentemente nem todos). Então o salão rompeu em cochichos fervorosos.

 

Harry, que agora estava corado até a raiz dos cabelos, voltou a andar, não se dando conta de que tinha parado. A cabeça tão baixa que a única coisa que podia ver era o chão. Sem encarar ninguém mais, apenas se sentou na mesa da Grifinória, rezando para tudo acabar logo.

 

Sentou-se próximo aos Weasleys e Neville, que tinham guardado três lugares. Mesmo assim, não foram um nem dois que tentaram dar seu lugar enquanto o pequeno veela passava.

 

Os professores também notaram o pequeno veela, ah sim. Mas estavam sendo mais discretos pelo menos... Ou a maioria. Harry não saberia dizer, ainda se recusava a levantar a cabeça.

 

Dumbledore, com seu ótimo senso de oportunidade, resolveu começar o discurso e assim a seleção das casas para os novos alunos. Nesse momento, algo ou alguma coisa, fez com que Harry olhasse em direção a porta, notando Malfoy e Parkinson chegando no salão. Assim que seus olhos se colocaram sobre o loiro, Harry prendeu a respiração. Não apenas por causa do formigamento em seu ombro, nem a sensação estranha em seu peito. Mas por que algo tinha dado muito certo para Malfoy, isso não havia como negar. 

 

Ele sempre fora um pouco mais alto do que ele, quer dizer, até alguns alunos do terceiro ano eram mais altos que ele. Mas agora era uma ignorância. Como alguém pode se desenvolver tanto apenas em alguns meses de férias? Talvez os bruxos tivessem algum feitiço para esse tipo de coisa, ou poções... Talvez fosse isso.

 

Droga. Agora mesmo que Malfoy iria rir da sua cara.

 

Quando Arnold Pavan, o primeiro a sentar-se no banquinho e ser selecionado para a Lufa-lufa, apenas cinco pessoas bateram palmas, ainda entretidas demais em sua observação ao pequeno veela.  "Grifinória", "Sonserina", "Corvinal"... Aluno por aluno a atenção deixava Harry, não completamente, mas as pessoas pareciam se acostumar, depois de ter tido a primeira impressão.

 

Logo a situação foi se normalizando... Na medida do possível. Ainda havia vários rostos admirados e até apaixonados virados para Harry, mas ele apenas ignorava. O que mais poderia fazer afinal? Seu desconforto desapareceu minimamente, apenas o suficiente para poder erguer a cabeça e respirar corretamente. Recebendo um olhar de desculpas de Hermione, enquanto Rony estava ocupado demais encarando de volta raivosamente cada um dos admiradores.

 

Nesse momento, porém, algo incrível aconteceu, a atenção de todos foi detida por um "Hem hem" que interrompeu o famoso discurso de boas vindas de Alvo Dumbledore.

 

                                      oOo

 

   — Sinceramente, esses pirralhos estão a cada ano mais burros. — Pansy bufou, ajeitando seus fios descabelados.

 

Draco deu uma risada anasalada, lembrando do garoto primeiranista que não conseguiu controlar seu sapo, que acabou pulando diretamente no cabelo da garota. Para sorte do garoto, Pansy não pode fazer nada, já que McGonagall estava olhando atentamente, mas ele duvidava que ela fosse deixar isso passar em branco, mesmo que o garoto fosse selecionado para Sonserina.

 

   — Ora Pansy, foi você que se ofereceu para cuidar dos primeiranistas, lá na cabine dos monitores. — O loiro falou. Lembrando do quanto a garota estava ansiosa para poder exercer seus "poderes" de monitora... Sinceramente, Draco também estava. Mas não era digno mostrar.

 

   — Bem, não era exatamente nisso que eu estava pensando. — Parkinson disse, agora amarrando novamente o rabo de cavalo alto.

 

Quando finalmente chegaram ao salão principal, Dumbledore já fazia seu discurso. Como já era esperado, assim que ele entrou, ouviu suspiros das garotas mais próximas, até mesmo alguns meninos olhavam admirados. Estranho, normalmente ele provocava uma reação mais... Forte, mas talvez eles estivessem ocupados demais ouvindo o diretor. Então, calmamente Draco e Pansy seguiram o caminho até a mesa da Sonserina, mais particularmente entre Blaise, Nott, Crabbe e Goyle.

 

Enquanto andava em direção a seu lugar, o loiro não pode ignorar uma leve fragrância no ar, ele não pode discernir o que era, por não estar muito forte, mas conseguia sentir que era um perfume doce. Talvez alguém ali tenha tomado um banho de perfume antes de sair de casa... Normalmente ele reclamaria, mas... Uau, esse perfume era realmente bom.

 

Ao sentar-se o loiro não deixou de notar o olhar divertido e enigmático que Blaise lhe dera, apenas olhou inquisidor de volta, mas não recebeu resposta alguma. Draco olhou para o diretor, apenas para conferir que ele estava mesmo dando o velho discurso de boas-vindas. Sem dar muita atenção, ele olhou em volta, distraído.

 

Franziu as sobrancelhas ao notar que, como ele, muitos alunos não estavam prestando atenção no diretor, como ele supôs antes. Seguiu a direção de onde várias cabeças estavam apontadas e chegou até a mesa da Grifinória. Teve que procurar por poucos segundos até achar.

 

There I was again tonight

(Lá estava eu novamente esta noite)

Forcing laughter, faking smiles

(Forçando o riso, fingindo sorrisos)

Same old tired, lonely place

(Mesmo lugar, velho, cansado e solitário)

Walls of insincerity

(Paredes de insinceridade)

Shifting eyes and vacancy

(Olhares perdidos e vazio)

Vanished when I saw your face

(Sumiram quando eu vi o seu rosto)

 

Entre o Weasel macho e a irritante sabe-tudo estava um garoto (ele achava) que parecia ser a coisa mais lin... Ele era... Draco estava... Sem palavras. Algo dentro dele estalou, como se um balde de água fria tivesse caído por seu corpo, porém ao mesmo tempo uma sensação quente se alojou em seu peito e um formigamento em seu ombro. Observava com intensidade os traços delicados, a boca pequena e cheia, as bochechas lindamente coradas e... Oh, belas joias verdes, tão brilhantes quanto estrelas e...

 

   — Pff- — Blaise mordeu os lábios para não rir abertamente e deu-lhe uma cotovelada amigável. Tirando Draco de seu singelo torpor. — Fecha essa boca, daqui a pouco entra mosca.

 

O loiro o olhou indignado e fechou a boca, que não estava aberta. Quer dizer, não totalmente.

 

   — ... Potter? — Pansy sibilou lentamente do seu lado, semicerrando os olhos e olhando na mesma direção que ele olhara antes.

 

O maior a olhou franzindo as sobrancelhas, " O que Potter tem a ver com qualquer coisa agora, Parkinson?" Ele pensou em dizer, mas então algo formigou em seus pensamentos. Lentamente ele olhou novamente para a figura que estava entre Weasley e Granger... Entre... Weasley e Granger...

 

   — QU- 

 

Dessa vez a cotovelada que levou de Blaise não foi nada amigável, porém útil para impedir que ele indignamente exclamasse sua indignação perante o fato de que, aquela... Aquela pessoa era Potter. Simplesmente inaceitável. Agora que olhava direito ele até conseguia ver certa semelhança. Mas o que raios tinha acontecido? 

 

All I can say is it was enchanting to meet you

"Tudo que eu posso dizer é que foi encantador te conhecer"

 

Desde a última vez que o vira ele era apenas um adolescente magro, descabelado, baixinho e que usava roupas dez vezes maiores que ele. E agora ele estava... Ele estava... Bem, aposto que ainda usa roupas maiores que ele.

 

 Hem. Hem.

 

Com dificuldade, Draco conseguiu desgrudar seus olhos da bela figura no outro lado do salão e coloca-los na mulher em cor-de-rosa na frente do salão que mais se parecia um sapo. Se arrependeu amargamente por ter feito essa troca.

 

Ignorando o que a mulher dizia, a mente do loiro trabalhava arduamente para entender o que estava acontecendo ali. Definitivamente não era normal de uns meses para cá Potter ter mudado tanto e de uma forma tão... Droga. Várias possibilidades se passaram por sua cabeça, mas uma em especial o deixou severamente perturbado.

 

   — Não poderia ser... — Ele murmurou para si mesmo, pensando no quanto odiava Harry Potter.

 

                                            oOo

 

Finalmente o jantar de boas-vindas havia acabado e agora os alunos estavam liberados para ir para seus dormitórios. E foi com a sensação de pisar de meias em uma poça d'água que Harry recebeu a notícia que Rony e Hermione não poderia acompanha-lo no meio de todos aqueles alunos, já que teriam que guiar os primeiranistas.

 

Felizmente, Ginny e principalmente Neville, estavam mais do que felizes em "escolta-lo" até a torre. Normalmente Harry ignoraria esse tipo de necessidade e sairia andando por ele mesmo, mas não podia mentir e dizer que muitos daqueles olhares esquisitos lançados daqui e dali não o estavam assustando. Ele sentia-se rodeado por tubarões, ao encarar certos alunos.

 

Enquanto faziam seu caminho até a torra da Grifinória, mais de um aluno tentou puxar assunto com Harry, mas Ginny deu um jeito neles, usando sabiamente o feitiço das pernas bambas e para casos mais graves, furúnculos em partes nada agradáveis.

 

Neville nada poderia fazer, já que estava ocupado demais tentando não pisar nos próprios pés enquanto andava distraído observando Harry e parecendo estar orgulhoso por o estar acompanhando. 

 

No fim, havia sido uma boa coisa ter Neville junto com eles, Harry não poderia falar a nova senha sem errar pelo menos três vezes antes. "Mimbulus Mimbletonia", de quem foi a ideia de colocar como senha algo desse tipo afinal?

 

De qualquer forma, despediram-se de Ginny e subiram para o seu dormitório, finalmente... Harry só queria se jogar em sua cama, depois de tanto tempo sem-

 

   — Olá Harry! — Ouviu o cumprimento em uníssono, vindo de seus colegas Dino e Simas, assim que abrira a porta. Se não soubesse, diria que tinha interrompido alguma conversa importante.

 

   — Oh... Olá Dino, simas. — O menor cumprimentou, sorrindo brevemente. O suficiente para Simas corar fortemente.

 

O outro garoto, Dino, parecia prestes a falar algo, porém Simas o chutou "discretamente", fazendo-o morder a língua.

 

O pequeno veela adoraria uma conversa bem-humorada com seus companheiros de dormitório, como nos velhos tempos, mas simplesmente não se sentia disposto para isso. Então simplesmente caminhou até sua cama, deixando os outros dois com seus assuntos, enquanto Neville ia arrumar suas próprias coisas.

 

Harry fechou as cortinas de sua cama e sentou-se, abraçando os próprios joelhos. Olhou em volta lentamente, respirando fundo o aroma daquele quarto... Sentiu falta disso, de seu lar... Mas as coisas estavam difíceis, não era nada como antigamente. Os outros alunos o olhavam sem se importar em como ele se sentia sobre isso, o olhavam... De forma estranha. Seus próprios amigos fizeram isso.

 

Pessoas com quem ele poderia jogar conversa fora e rir antigamente. Não seria a primeira vez nem a última, que Harry desejava ardentemente que nada daquilo tivesse acontecido. Ele aprenderia algum dia a lidar com aquilo afinal? Algum dia, deixaria de ser tão incomodo? Ele gostaria muito de acreditar que sim...

 

Jogando-se deitado de barriga para cima, Harry pensou no quanto odiava essa coisa toda de veela. Como seria, se nada disso tivesse acontecido?

 

                               oOo

 

Então o jantar tinha acabado e era hora de escoltar seus novos Sonserininhos até as masmorras... Sinceramente, até agora o trabalho como monitor estava sendo mais tedioso do que ele imaginara. Mas tudo bem, ele era paciente. Sabia que hora ou outra iria agradecer ao seu novo distintivo.

 

Desceram lentamente até as masmorras, já que tinham que parar e mostrar os lugares por onde passavam. Mas quando finalmente chegaram, o loiro indicou por onde os dormitórios femininos e masculinos ficavam e finalmente eles estavam livres.

 

Agora em seu belo salão comunal, Draco se deixou descansar, soltando o ar pesadamente e olhando em volta. O lugar era tão bem decorado, com esculturas e quadros raros, móveis em madeira escura e sempre que possível, detalhes verde em prata, que as vezes ele se sentia na própria mansão Malfoy. 

 

Notando seus companheiro de casa conversando animadamente sobre algo, sentados nas  poltronas verde musgo próximas a lareira. Pansy, não perdeu tempo foi até eles para saber do assunto... O loiro não pode deixar de segui-la, calmamente.

 

   — Sobre o que conversam com essa animação toda, rapazes? — Ela perguntou, sorrindo e piscando sugestivamente. Logo estava sentada no braço da poltrona de Nott, cruzando as pernas. Draco se limitou a se aproximar e cruzar os braços.

 

   — Oh, os novos monitores chegaram. — Blaise "cumprimentou". — Bem, sobre o que mais poderíamos estar conversando, se não o assunto do momento?

 

Crabbe e Goyle riram estranhamente, enfiando tortinhas de abóbora na boca. Theodore soltou uma risada anasalada e comentou em seguida:

 

   — Potter, é claro.

 

Draco rangeu os dentes, inconscientemente. Pansy rolou os olhos.

 

   — Ah, sinceramente. Vocês ainda não se cansaram disso? — Ele espremeu os lábios, com uma expressão de desgosto e se levantou. — Francamente, eu tenho coisas melhores para fazer. Uma boa noite para todos vocês.

 

E ela saiu, na direção dos dormitórios.

 

   — Que seja, melhor assim... — Zabine comentou, enquanto observava ela ir. — Então, o que vocês acham?

 

   — Eu acho que ele tomou alguma poção polissuco e acabou dando errado, ou estava tentando algum feitiço para mudar de sexo. — Nott falou, pensativo.

 

O rapaz negro apenas fez um gesto displicente com a mão.

 

   — Nã, se alguma coisa aconteceu ali, com certeza não deu errado. — Ele riu. — Quer dizer... Bem, vocês sabem do que eu estou falando.

 

   — Com certeza. — Theo mordeu os lábios, fazendo uma expressão estranha e desnecessária na opinião de Draco. Então, ao perceber que estava sendo observado, o moreno o olhou de volta. — E você Draco, o que achou? Está calado...

 

Malfoy desviou o olhar, por um momento pensando o que iria dizer. Normalmente apenas soltaria um comentário ferido, porém... Por que as palavras pareciam se perder antes que se juntassem em sua boca? Talvez, por que ele simplesmente não soubesse o que achar, realmente.

 

O que acontecera: Potter tinha mudado drasticamente no verão, de acordo com os jornais fora vítima de um sequestro ou qualquer coisa desse tipo. Então agora, todos pareciam fascinados, não apenas por ser uma "novidade" mas... Ele reconhecia os olhares que vira aquele noite no salão principal. De alguma forma... Todas essas coisas apontavam para apenas uma resposta, mas... Não seria possível... Seu pai nunca mencionou nada sobre... Será possível que ele também não soubesse de nada? Mas os Potter’s eram uma família puro sangue, então eles deveriam-

 

   — Hum, Draco...? — Theo chamou, passando a mão na frente de seus olhos, que piscaram. O loiro se condenou mentalmente por simplesmente ter se perdido em pensamentos.

 

   — Se querem saber, acho que só está querendo chamar a atenção, como sempre. É o que Potter faz de melhor. — Ele falou, de forma raivosa. Ou pelo menos da melhor forma que conseguiu, pois por mais que tentasse exprimir o sentimento por suas palavras, a raiva não estava ali.

 

Ele não sentia raiva pelo santo Potter estar chamando atenção, ele não sentia inveja dessa vez, ele não sentia... Ele não sabia o que estava sentindo na verdade, isso o estava perturbando mais do que gostava de admitir. Pois não era algo que estivesse conseguindo controlar, quando pensava no garoto, algo dentro de seu peito se remexia e acelerava de forma estranha.

 

   — Bem, eu vou dormir. Tenham uma boa noite. — Ele se despediu, saindo sem esperar resposta. Não notando a forma como Blaise o observava com uma sobrancelha franzida.

 

Não deveria estar tão abalado, mas aquela conversa o perturbara de certa forma... Talvez  estivesse apenas cansado. Seguiu para o seu próprio dormitório, sentindo o ombro formigar...

 

 

 

                                                         oOo

 

Na manhã seguinte, ele acordou cedo para, primeiro para poder trocar de roupa em paz, já que noite passada já tinha sido desagradável o suficiente ver Simas corar até quase sair fumaça de sua cabeça enquanto ele trocava de pijama.

 

... Ele se esquecera que era melhor não fazer coisas desse tipo na frente de outros garotos agora... Algo tão simples quanto mudar a merda de uma roupa. Isso realmente o deixava com raiva de tudo, mas o que ele podia fazer? Nada.

Estava indo tomar café da manhã com Rony e Hermione, já que pelo menos agora eles poderiam estar com ele, sem os compromissos como monitores e coisas do tipo. Estar com Hermione era tranquilizante, sempre esclarecendo coisas e dizendo para não se preocupar. Mas, com Rony...

 

   — Olá, Potter! — Um Corvinal passou, piscando galantemente.

 

   — Está com um cisco no olho, é? — O ruivo exclamara no meio do corredor, fazendo o garoto o olhar estranho e sair andando rápido, fazendo rir uma dupla de garotas da Lufa-lufa que passava.

 

Essa não foi a primeira vez que algo desse tipo tinha acontecido. Naquela manhã. Harry tinha que agradecer, de certa forma. 

 

Assim que chegaram no salão principal, seus olhos foram instintivamente para a mesa dos professores, onda a professora Grubbly-Plank conversava animadamente com a professora Sinistra, os lembrando que Hagrid estava ausente.

   — Hey! — Harry foi surpreendido por Angelina, que tinha acabado de chegar e o cumprimentou alegremente. — Teve um bom verão?

 

   — Oi Angelina. — O menor respondeu, pensando no que tinha a dizer sobre como fora o seu verão... De qualquer forma, a garota não esperou por resposta.

 

   — Escuta, eu fui eleita capitã do time de quadribol. — Ela falou, parecendo feliz. Então seu sorriso diminuiu um pouco e ela falou em um tom baixo. — Você ainda pode jogar, não é?

 

   — Hum... Claro, por que eu não poderi-

 

   — Nada nada! — Ela falou, parecendo envergonhada enquanto abanava espalhafatosamente com as mãos. — Eu só... Queria dizer que nós precisamos de um novo goleiro agora que Olívio foi embora. Os testes são na sexta-feira às cinco horas e eu quero o time todo lá, certo? Aí vemos ver se o escolhido vai se entrosa e tudo o mais.

 

   — Tá bom. — O moreno concordou.

 

Assim a garota sorriu-lhe e foi embora. Os três adolescentes seguiram até seus lugares na mesa da Grifinória, onde Harry se serviu com um pouco de mingau, já que não sentia muita fome... Rony atacou tudo que estava em seu alcance. Mal haviam começado a comer, quando as corujas chegaram com a correspondência.

 

                                                                       oOo

 

   — Draco, eu estou falando com você!

 

Com dificuldade, o loiro tirou os olhos da figura de olhos verdes que acabara de entrar no salão e agora era abordado por Angelina Johnson. Observou enquanto Pansy o fitava inquisitivamente.

 

   — ... Me desculpe Pansy, eu me distraí... Não, eu não acho que Travis está saindo com aquela Corvinal... Ele não teria a capacidade. — Ele tomou um gole de seu suco de abóbora, disfarçando enquanto olhava com o canto dos olhos para a entrada do salão novamente.

 

Distraído, respirou fundo, franzindo as sobrancelhas em seguida.

 

   — Pansy, você trocou o seu perfume? 

 

   — O que...? Não, é o mesmo de semp- — A garota foi interrompida pelo correio, as várias corujas invadiram o salão, voando por todo o lado e despejando as correspondências. Draco deu um pedaço de biscoito para a sua coruja das torres que trazia o profeta diário, que com uma bicada carinhosa, agradeceu a voltou a voar.

 

O loiro não estava com muita vontade de ler as notícias, provavelmente nada de interessante estava acontecendo (que ele não soubesse), então apenas ignorou e começou a comer uma torrada. Parkinson, sentada do seu lado, tomou como liberdade para xeretar seu jornal.

 

Enquanto isso Draco continuou a comer, observando o fato curioso de que a sua mesa hoje parecia ter muito mais garotas que o habital, na mesma medida, os garotos pareciam mais propensos a escolher a mesa da Grifinória.

 

Ele estava "ok" com todas aquelas garotas a sua volta, a maioria era tímida demais para se aproximar o suficiente. Mas, os garotos na outra mesa... Bem, não era de sua conta.

 

Nem dois segundos se passaram até ele ouvir:

 

   — Sem. Chance. — Ela exclamou do seu lado, Draco a olhou estranho, ainda mastigando o pedaço de pão. 

 

Ele não era curioso, não muito. Com certeza nada como um grifinório, mas a cara que a garota fez conseguiu deixa-lo com uma inquietação, no mínimo. Vencido pela curiosidade, ele deu uma olhada no que havia naquele jornal.

 

" O Menino-Que-Sobreviveu, um VEELA!"

 

   — ... — Ele pegou o jornal das mãos da garota, que exclamou um "HEY" em protesto, mas ele não ligou, ocupado demais lendo a reportagem. Pansy se quase o derrubou enquanto tentava ler por cima de seus ombros.

 

" E mais uma vez, meus queridos leitores, vocês não vão acreditar! 

Estava eu, em apenas mais um dia de trabalho, cuidando dos interesses de meus leitores, quando uma corujinha veio me contar algo incrível. No início eu não acreditei, mas então fui pesquisar. Afinal, informações são o poder não é mesmo?

 

Pois bem. Depois de vários dias de árdua pesquisa e devo dizer, um pouco de esforço, finalmente cheguei até a mina de ouro. Como vocês sabem, veelas puras vez ou outra gostam de dar umas escapadinhas de suas monótonas vilas na floresta. Fazendo um favor ao mundo mágico e gerando os maravilhosos meio-veelas. Você, querido leitor, dificilmente conhece um, mas fica a dica, você nunca vai se arrepender se conhecer. *risos*

 

Oh, eu não deveria divagar tanto, mas me perdoem, eu estou amando cada detalhe dessa história, como não poderia ser diferente se tratando de algo sobre meio-veelas. Acho que há essa altura vocês já adivinharam, não é mesmo? Sim, Harry Potter não é nada mais nada menos que um meio-veela. Como podem ver nas imagens a baixo."

 

Então, como ela havia dito, duas fotos estavam ali. Uma delas, era a imagem de Potter, parecendo desconfortável ao lado dos outros três campeões do torneio tribruxo. E a foto logo ao lado era obviamente a foto que fora tirada na estação de trem. O Potter da fotografia tentava se esconder a todo custo nas bordas ou nos objetos próximos, mas vez ou outra, quando cansava de tentar se esconder, dava para ver os traços óbvios de um veela. Principalmente em comparação a primeira foto.

 

Draco observou as duas imagens por alguns momentos e então voltou a ler a reportagem.

 

" Viram? Não há como negar. Afinal, se a puberdade de todos tivesse sido assim, eu não teria que ter gastado uma fortuna em cosméticos! Mas talvez isso não venha ao caso... 

Nosso pequeno Harry é um doce meio-veela. Oh! Que Merlin o abençoe! Se ainda duvidam, tenho que dizer que pesquisei a fundo sua árvore genealógica, primeiramente por parte dos Potters, é claro. Mas qual não foi minha surpresa ao descobrir que na verdade sua herança veela veio diretamente de Lily Evans, sua finada mãe. 

 

Eu sei o que estão pensando, ela não era apenas uma nascida Trouxa? Sim! Porém, ainda assim seus ancestrais eram bruxos e, obviamente, veelas e meio-veelas. Como sabem, é necessário um núcleo mágico resistente para que algo desse tipo de manifeste, então apenas Harry pode herdar tão notáveis características, no seu aniversário de quinze aninhos no último 31 de julho. Uma incrível surpresa para todo o mundo mágico! Que eu aposto, está apenas esperando o próximo capítulo dessa história e anseia para saber o desenrolar disso tudo!

 

Eu como repórter excelente que sou, prometo mantê-los informados!

 

Detalhes sobre veelas e meio-veelas pág 13,14 e 15"

 

Então... Potter era um meio-veela.

 

Também.

 

As suspeitas de Draco haviam se confirmado após aquela reportagem. Como ele mesmo era um meio-veela, ele imaginou que pudesse ter algo assim por trás daquelas mudanças. Mas ele não acreditava realmente que fosse possível. Bem, agora ele acreditava. E entendia por que seu pai não sabia de nada sobre o assunto, afinal nunca em sua vida Lucius Malfoy iria se interessar pela árvore genealógica de uma simples sangue-ruim. De outro modo, ele obviamente teria o conhecimento de outra família que possuísse os genes veelas. Afinal, isso poderia significar que... Não. Isso não poderia acontecer.

 

This is me praying that

(Esta sou eu rezando para que)

This was the very first page

(Essa seja a primeira página)

Not where the storyline ends

(Não onde a história termina)

My thoughts will echo your name

(Meus pensamentos vão ecoar o seu nome)

Until I see you again

(Até eu te ver de novo)

These are the words I held back

(Estas são as palavras que segurei)

As I was leaving too soon

(Ao ir embora cedo demais)

"I was enchanted to meet you"

("Eu estava encantada em conhecê-lo")

 

E não deixou escapar o detalhe mais interessante, que ninguém soubera até agora ou pelo menos não haviam tocado no assunto. Diferente dele mesmo, Potter era um meio-veela macho submisso. Isso era mais que óbvio.

 

Draco não sabia o que achar dessa informação. Várias coisas ainda flutuavam por sua mente, coisas que ele não gostaria de dar atenção, mas estavam na sua cara. Talvez não fosse nada, mas... 

Sua atenção foi praticamente puxada pelo outro, que agora saia quase correndo do salão principal. O loiro fez menção de se levantar, mas parou no meio de sua ação. Por que ele iria se levantar? Ainda não terminara de comer. Ele não tinha nada a ver com Potter nem com o que ele estava sentindo. Era só deixar para lá...

 

                                    oOo

 

   — Hermione, por que está recebendo isso? — Harry perguntou, assim que a coruja cinzenta deixou um exemplar do profeta diário sobre o mingau da garota.

 

   — É sempre melhor saber o que o inimigo está dizendo. — Ela falou, limpando o jornal com um feitiço e se escondendo sob as enormes páginas dele. Um, dois, Três segundos... E Harry conseguiu ouvi-la arfando tão alto que se assustou.

 

   — ... Hermione? Tá tudo bem? — Rony perguntou, com um pedaço de bacon parado a caminho da boca.

 

Antes que Harry também pudesse expressar sua preocupação com a amiga, ele ouvia outra pessoa arfar, e então um garoto no canto da mesa exclamar, uma dupla de lufas prender a respiração, alguns "oh's" aqui e ali. E então, olhares, vários deles e de todas as partes, na sua direção.

 

Ele teve um péssimo pressentimento. 

 

   — Hermione, me deixa ver esse jornal. — Ele falou, fechando as mãos em punhos.

 

   — Hum, eu não sei Harry, talvez fosse melhor você não...

 

   — Me deixa ver! — O pequeno veela disse, um pouco mais ríspido do que gostaria, mas sentiu que tinha aquela liberdade, pelo menos agora.

 

Trocando um olhar preocupado com Rony, a garota lhe entregou o jornal.

 

Harry sentiu o sangue todo sumir de seu corpo, parecia que puro gelo corria por suas veias, com certeza estava extremamente pálido agora. Ele já deveria ter esperado por isso, depois daquele repórter, não estava nem surpreso que tivessem descoberto que sua herança era por parte de mãe. Mas mesmo assim, agora era oficial. Todos. Absolutamente todo o mundo bruxo sabia.

 

Isso não deveria deixa-lo tão abalado, afinal ele nem mesmo tinha contato com todo o mundo bruxo, não faria tanta diferença assim na sua situação agora. Mas ele sentia que aquela última privacidadezinha de sua vida havia sido invadida. 

 

Ontem todos o olhavam sem saber o porquê e agora que sabiam, bem, eles estavam olhando com mais atenção.

 

Se segurando para não amassar o jornal, Harry se levantou e saiu do salão principal a passos pesados, com Rony e Hermione o seguindo de forma afobada.

 

I was enchanted to meet you

(Que eu estava encantada em conhecê-lo)

Please, don't be in love with someone else

(Por favor, não se apaixone por outra pessoa)

Please, don't have somebody waiting on you

(Por favor, não tenha ninguém esperando por você)


Notas Finais


Bem, explicando o título do capítulo. É por que é como se fosse a primeira vez que o Draco estivesse vendo o Harry... Novamente, o que também justifica um pouco a música.
No próximo capítulo, temos aulas de poções. Qual poção? Amortentia. XD
E não se esqueça de comentar, é de graça e indolor! Bjs!!!


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