História Herdeira Manhattan - Briga

Eles bebem por um tempo, a conversa não nada agradável:
- O chefe me passou as informações, mas o local do próximo ataque não é nada agradável!- ele bebe mais um gole, eu acho que é wiski- As vezes queria não ter me envolvido nisso.
- Mas agora é tarde, como acha que vamos ajudar os outros se não o obedecermos, bom já sabe!
- o homem que diz isso parece ser nativo americano, o loiro suspira e baixa a cabeça- Vamos la Henri, não vai ser tão ruim!
O tal Henri levanta os olhos, eles são azuis, quase cinzas, ele é muito bonito, mas tem um semblante triste e culpado. Ele vira mais um gole da bebida, parece ignorar o parceiro:
- Claro, qual o problema de ser uma bomba ambulante, além de ser controlado por um psicopata maluco.- bebe o resto do que esta no copo e olha no rosto do colega- Sabe Lion acho que você esta empolgado com toda essa historia.
Um sorriso sádico brota no rosto de Lion, ele ergue a mão e o garçom traz outra garrafa, ele se serve e continua a sorrir:
- Não nego, pelo menos não tenho medo do que posso fazer, nem de usar os poderes para conseguir o que quero!
Henri se levanta e vai em direção a saída, ele para na porta e olha pro colega por cima do ombro:
- Essa é nossa diferença, você não mede consequências.
- Não se esqueça do seu trabalho, você ainda tem que capturar a garota!
O loiro sai porta a fora, um chuva torrencial cai, mas ele não parece ligar, um carro negro se aproxima lentamente, para ao seu lado e ele entra.
Não vejo mais nada a partir dai.

Os vigilantes me olham como seu eu estivesse pirando, olho em volta, todos estão esperando respostas, respiro e me curvo para frente, me sinto tonta e um pouco enjoada.
- O que foi Calim? Parece fraca!- Ozy caminhou ate mim e pós a mão em meu ombro, uma sensação de terror percorreu minha espinha, seguro seu braço com força e torço- Ei! Calma, não vou te machucar!- ele se solta e me empurra, rorschach intervêm e separa a "briga".
- Calma os dois! Se você se aproximar dela, será a última coisa que vai fazer Veidt!- caminho para um lugar afastado, ele vem ate mim e me observa.
Ergo minha cabeça e o encaro, quase posso ler seus pensamentos, ele quer respostas, quer que eu diga o que ouve, o chamo e saímos.
- Calim o que aconteceu ali?- continuamos caminhando, viro em um beco e ele me segue.
- Eu não sei explicar, foi como uma visão!- os sentimentos e pensamentos do momento voltam a minha cabeça- Vai acontecer algo, sinto que vai ser muito ruim!
Respiro fundo e volto a caminhar, Rorschach segura em meu ombro e me obriga a olha-lo:
- Me conte o que viu!- essa mania de querer tudo na hora- Não queira esconder coisas de mim!
Aquilo me irritou e muito, quem ele pensa que é para me exigir isso:
- Que grande hipocrisia, logo você quer me exigir isso?- ele me solta, não aguento mais prender isso em mim- Você me escondeu quem realmente era! Por muito tempo eu acreditei que tinha me abandonado, mas você estava bem ali, ao meu lado! Mas não se revelou! Agira quer exigir que eu não esconda coisas de você?- seus músculos estão tensos, posso quase sentir sua raiva no ar, mas mesmo assim vou dizer tudo o que penso- Não vou te contar o que vi, não preciso te contar, estou cansada de você me esconder coisas e tentar mandar em mim!
Rorschach se vira e caminha para longe, não diz nada, nem exige que eu o siga, continuou ali parada o vendo partir. Acho que exagerei nas coisas que disse, mas elas tinham que ser ditas.
########################

Tento sentir a energia de Henri, pulo pelos telhados o procurando, desço em um beco e começo a caminhar.
Coloco o capuz escondendo meu rosto, acho o mesmo bar onde ele se encontrou com Lion, o nativo, por sorte, ainda esta aqui. Me sento ao seu lado, o garçom vem ate mim, eu o despenso e continuo ali.
Lion nota minha presença, acho que vai flertar comigo:
- Olá doçura!- se aproxima do balcão e senta ao meu lado- Gostaria de uma bebida?
Quando revelo meu rosto ele parece estranhar o fato de eu estar de mascara, mas essas coisas acontecem muito no submundo, principalmente a noite.
- Já vi que gosta de joguinhos, que tal aceitar a bebida e me dizer seu nome de "guerra"?
Sorriu para ele, parece que consigo prender sua atenção, até mais que isso, acho que o hipnotizei:
- A bebida eu dispenso, me nome é Calim!-  estendo minha mão e ele a pega, libero um pequena quantidade de energia, isso vai me ajudar a convencelo- Você pode me contar sobre o Henry!
Os olhos dele perdem o foco por um segundo, logo ele "volta" a realidade, sorri de um modo cafageste:
- Por que quer saber dele? Garanto que sou muito melhor que ele!- ele passa a mão em meu rosto, seguro seu pulso e o torço- Vadia! O que pensa que esta fazendo?
- Eu perguntei, onde esta o Henry?- quebro um de seus dedos, ele cai do banco em que estava, lágrimas saem de seu rosto.
- Você não sabe do que eu sou capaz sua puta! - ele tenta fazer as garrafas voarem em minha direção, eu as desintrego antes de chegarem a mim, os olhos dele parece que vão saltar fora das órbitas- Que merda é você?
- Sou seu pior pesadelo!- quebro mais três dedos dele, uso minha energia para esmagar sua perna- Onde Henry esta?
- Eu não sei!- quebro um quarto dedo, a perna dele vira "gelatina"- Tá bom! Ele foi ao hospital, algo sobre a garota! Me solta sua puta imunda!
Quebro o quinto dedo, me concentro em sua cabeça, ele põe as mãos nos cabelos, aumento a pressão ali, sua cabeça se achata, miolos voam para todos os lados, pessoas correm para fora do bar, limpo os restos dele em mim:
- Parada ai sua maluca!- o dono do bar aparece com uma arma, esta apontando para minha cabeça, me concentro e a faço virar pó- Pode ir moça, só não volte! Tudo bem?
Corro pelas ruas atrás de um táxi, acabo tendo que optar pelo teletransporte. Apareço em frente ao hospital, parece tudo calmo, entro mas ninguém me nota, não sei como mas Daniel já esta aqui novamente.
Sinto que ele tem uma ligação forte com a criança, adentro ao quarto, Dan esta sentado ao lado do leito:
- Achei que viria, ela pergunta por você todos os dias!- exclama sem me olhar, acaricia os cabelos volumosos da pequena- Ela quer muito te conhecer, quero dizer conhecer Irina!
Me aproximo e toco seu ombro, sinto que a pequena tem uma estranha influencia sobre o Daniel, ele me olha e sorri, parece abatido:
- Achei que deveria conhecer a criança!- me sento na maca, ela abre os olho e me encara, sorrio e ela retribui- Que bom que acordou!
- Foi você quem me salvou não é?
Aceno que sim com a cabeça, ela vem ate mim e abraça meu pescoço, retribuo o abraço, sinto que seu corpo libera uma energia muito parecida com a minha, só que bem mais fraca.
- Você é ainda mais linda do que eu pensei!
Sorrio para aquele comentário, solto seu corpo, a observo melhor, ela esta bem diferente do dia em que a encontrei:
- Saia de perto da criança, ou faço seu amigo explodir!- um loiro parado na porta controla o corpo de Daniel.
É o mesmo rapaz da minha visão, não consegui evitar, que bela detetive eu sou. Henry fecha a mão e Dan se contorce de dor:
- Solte ele!- Henry e caminha ate mim, sangue começa a sair do nariz do vigilante, Dan me olha assustado- Seu amiguinho aqui não tem muito tempo! Mas se me der a garota ele sobrevive!
- E o que vai fazer com ela?- Dan seu idiota, cale essa maldita boca, pare de ser tão você.
- Isso não é da sua conta, heroizinho!- ele fecha mais a a mão, posso ver a dor nos olhos do meu amigo- ME DE A CRIANÇA AGORA!
Bloqueio seus poderes, ele libera o corpo do Dreiberg que cai com um baque surdo no chão, mesmo com muito sangue saindo de seu nariz e vários hematomas pelo corpo, ele corre até a criança e tenta a proteger:
- Você acha que pode me deter!- sinto uma dor enorme no local onde esta o chip, meus poderes são cortados- Enquanto estiver com isso não vai ter controle sobre si mesma! VOCÊS NÃO TEM ESCOLHA! Ma entreguem a Carly!
Avanço ate ele e tento socar seu rosto, ele me prende na parede com uma onda de energia.
Tento me libertar mas é inútil, ele avança calmamente para o Dan, ele tenta usar o corpo de escudo para proteger a Carly:
- DAN! SAIA DAI, DANIEL ELE VAI TE MATAR!- me debato com toda a força, Daniel não se move, Henry faz seu corpo flutuar, Dreiberg se debate e acaba desferindo um soco em seu rosto, sons de ossos quebrando se misturam com os gritos do coruja- SOLTA ELE SEU FILHO DA PUTA! SOLTA ELE DESGRAÇADO, VOU TE MATAR!
Os ossos quebrados fazem com que ele desmaie, Henry solto Dan no chão, caminha ate mim e soca meu rosto, me apagando também.
########################

Quando eu desperto vejo Dan deitado chorando no chão, a cama da criança vazia. Caminho ate ele e o abraço com cuidado:
- Eu não consegui proteger ela! Eu prometi!- lágrimas escorrem por seu rosto, ouço som de passos.
- Eu avisei para ter cuidado!
Não sei se o abraço ou soco sua mascara, mas não temos tempo pra isso agora.