História Herdeiros da Magia - Capitulo 45 Luta Pela Liderança.

Capitulo 45 – Luta Pela Liderança.

 

 

- Isso deveria ser um show de intervalo? – perguntou Darch olhando a arena.

- Isso é de péssimo gosto – respondeu Ryna – os organizadores deveriam ter um pouco mais de bom senso.

 

Eles se referiam ao que estava acontecendo na arena agora, após os eventos esportivos o comitê organizador anunciou mais um evento, e para a surpresa de todos um portal se abriu trazendo 8 pessoas algemadas, depois que o portal se fechou e uma barreira foi erguida as algemas foram retiradas e mais uma magia de teletransporte foi usada, dessa vez um cavaleiro de armadura branca surgiu no centro da arena.

Os 8 que surgiram antes eram magos negros condenados à morte na prisão, e aquele que surgiu depois era o líder dos paladinos e também o mais forte mago branco do reinado, podia-se dizer que ele era o arquimago branco atual, embora ele mesmo não gostasse deste título.

O que estava prestes a começar era uma execução pública, mas para tornar mais interessante os organizadores deram aos condenados a chance de se defenderem, se eles sobrevivessem por 15 minutos a sentença de execução seria retirada e eles ganhariam “apenas” prisão perpetua.

Um gongo foi soado e assim o cavaleiro branco sacou sua espada, os magos negros desesperados começaram a conjurar suas magias na tentativa de sobreviverem, mas o cavaleiro branco apenas fez um movimento de corte na horizontal e uma lâmina de luz voou na direção deles, três magos que estavam juntos foram cortados ao meio antes que conjurassem uma magia, os outros interromperam a conjuração para se espalharem pela arena e terem uma chance.

 

- Eles estão perdendo tempo, lorde Selvarino da ordem dos paladinos é igual a um arquimago – dizia Emadora – enquanto estes idiotas devem ser mais fracos que o Darch, seria melhor se ajoelharem e pedirem uma morte misericordiosa.

- Não é assim que funciona, quando você tem uma chance de sobreviver você se agarra a ela com todas as forças – explicou Jinshu – a lógica ou as probabilidades não significam nada, apenas a esperança de sobreviver.

 

Como ele havia dito os magos negros continuaram lutando, mesmo assim o paladino foi obliterando um por um, quando direcionavam uma magia a ele Selvarino resistia com sua armadura como se fosse nada, quando tentavam se proteger recebiam uma bola de fogo branca, não levou nem 5 minutos para só restar um único mago negro, na verdade uma mulher que caiu de joelhos chorando e implorando piedade, essa era a hora em que a esperança dava lugar ao desespero.

Selvarino foi até ela e a mulher se jogou no chão agarrando o pé dele, ela implorava para que fosse poupada e jurava qualquer coisa por isso, mas tudo o que ela recebeu foi um golpe certeiro da espada em seu crânio, ela morreu instantaneamente enquanto o povo aplaudia e gritava.

 

- Isso é o cumulo da idiotice – disse Darch de braços cruzados.

- Lhe incomoda que magos negros sejam executados sem piedade? – perguntou Jinshu.

- Não, me incomoda que essas pessoas se reuniram para aplaudir isso – disse Darch olhando para o público eufórico – sejam magos negros ou qualquer outra coisa, isso é transformar a morte num espetáculo, tem crianças aqui também.

 

Além disso ele olhou pra trás e viu que Mastela estava encolhida num canto de costas para a arena e tremendo, ela tinha medo que descobrissem que ela é uma maga negra e fosse jogada na arena, Darch foi até ela e sentou do seu lado a abraçando para tranquiliza-la.

 

- Essa pratica é muito baixa, me certificarei de que isso não se repita no futuro – dizia Ryna ao lado do Ardof.

- Minha jovem Ryna, embora sua intenção seja boa você não vai conseguir mudar as pessoas assim – explicava o arquimago – estas pessoas estão liberando o lado ruim que há nelas e que sempre esteve reprimido, foque-se em criar uma nação melhor e esse tipo de comportamento sumirá com o tempo.

 

Ela via que não bastava apenas mudar o país por dentro, se a população também não mudasse nada iria para a frente, por isso era mais um ensinamento para levar pro futuro.

Mas essa preocupação ficaria para mais tarde, enquanto Selvarino era ovacionado pelo público os corpos dos magos executados eram removidos da arena, o comitê organizador anunciava que a próxima prova já tinha sido escolhida e logo seria divulgada, com isso todos os 10 times participantes se preparavam para o que viria.

 

- Fico imaginado que prova virá agora – dizia Karias.

- Espero ter chance de brilhar em alguma delas – dizia Emílio.

 

Levou um tempo para que tudo fosse preparado, cerca de meia-hora depois foi anunciado que a próxima prova do dia seria a Conquista da Torre, uma prova que teria que ser realizada em duplas de cada academia.

 

- Espera, essa é nova – disse Emadora meio surpresa – quais as chances disso acontecer?

- O que vamos fazer? Se ela é nova então não temos um plano pra ela não é? – disse Varatane preocupada.

- Se não temos um plano vamos improvisar, nem tudo na vida vai como planejamos não é? – disse Darch – assim que explicarem a prova vamos decidir quem vamos enviar.

 

Isso era o mais obvio a se fazer, por isso enquanto a arena em outra dimensão era preparada os organizadores explicavam a prova, as duplas seriam colocadas em volta de uma torre de vários andares e seu objetivo era chegar ao topo, uma vez lá haveria um cristal que ao ser tocado teletransportaria de volta para a arena no estádio.

 

- Há um limite de tempo de uma hora para a prova ser concluída, as três primeira duplas que tocarem o cristal receberão 7 pontos por cada membro que conseguir, os outros ganharão 5 pontos, exceto a última dupla que só ganhará 2 pontos por cada membro.

- Isso me parece meio fácil demais – comentou Reina.

- Esses são os requisitos para se vencer, mas é claro que haverá obstáculos para impedi-los – continuava o narrador – além disso os participantes estão liberados para usar qualquer magia ou método para vencer, incluindo se livrar da concorrência.

- Bem, é isso aí que vamos enfrentar – disse Emadora – quem vamos mandar?

- Por que está olhando pra mim? – perguntou Ryna preocupada.

- Você é a nossa líder não é? Então já que a estratégia foi pro saco você toma a decisão – explicou a outra.

- Todos concordamos com isso, e o resultado será responsabilidade de todos – disse Reina.

- Muito bem, então eu vou dizer como podemos vencer essa – disse ela – mas eu gostaria também de dar uma sugestão para mudar este jogo.

 

Após o anuncio começou a contagem para se decidir quem seria enviado, os 10 minutos que flutuavam no céu era o tempo que faltava para a segunda prova do dia começar, com isso a central de apostas fervia sobre quem venceria essa e dispararia na liderança, já que mesmos os mais atrasados poderiam ficar no topo ganhando os 7 pontos.

 

- É difícil relaxar e assistir aos jogos quando sei que tem um maldito dragão no estádio – dizia Eldair contrariado – vocês por outro lado parece bem tranquilo Galtran.

- Me perdoe meu senhor, estou acostumado à tensão do campo de batalha – respondeu ele.

- É verdade, eu sinto muito pela comparação – respondeu Eldair – você planejou algo para o caso de algo ruim acontecer?

- Já entrei em contato com os oficiais militares da capital, se algo acontecer o tempo de resposta será menor – explicou ele – mas verdade seja dita: se Aestyrondala decidir lutar ele vai destruir metade da capital antes que sequer possamos confronta-lo, só sua transformação já pode varrer este estádio inteiro.

- Um dragão ancião entrando sorrateiramente em nosso território como um mero espião, isso é tão impensável que nunca nos preparamos para isso – dizia Cedric – mas agora que ele está aqui parecemos impotentes.

- Não importa, um dia isso vai mudar e os dragões não serão mais a raça dominante neste mundo – disse Eldair – e nem temeremos mais os demônios que assolam nosso reino, é só uma questão de tempo...

 

O imperador olhou para a garota sentada ao seu lado, Suvia tinha ouvido toda a conversa antes e fora advertida para esquecer completamente o que ouviu, ela obviamente confirmou em juramento que nunca abriria a boca, mas quando a conversa foi retomada ela ficou pálida e começou a tremer, ela temia estar se metendo em algo grande demais para uma mera serva.

 

- Não tem jeito, vamos deixar esse problema para depois – dizia Eldair – parece que as escolas já escolheram seus participantes, vamos tentar relaxar com os jogos.

 

Como ele havia dito as escolas já estavam mandando seus participantes, uma dupla de cada escola se dirigia ao centro de arena para ficar em volta do mago dimensional, a academia arcana dessa vez enviou Varatane e Jinshu para representa-los, Varatane com seu arco e flecha parecia muito nervosa enquanto o outro demonstrava tranquilidade natural.

 

- Acalme-se, Ryna nos escolheu porque somos os mais versáteis – disse ele – você me dará cobertura enquanto eu conquisto a liderança, depois vou usar a magia dimensional para traze-la até mim.

- Entendi, mas vamos mesmo executar a sugestão da Ryna? – perguntou ela pra ter certeza – eu ainda não entendi bem como isso vai nos ajudar.

- Ela tem uma certa visão para o futuro, vamos confiar nela – respondeu ele – de qualquer forma a sugestão dela é mais interessante pra mim.

- Você realmente gosta de lutar não é? – disse a outra suspirando.

 

Quando todos os representantes se reuniram foram mandados para a outra dimensão, ao chegarem lá havia uma enorme torre bem alta e com uma forma espiral, seu topo era bem menor que a base e havia uma escadaria do chão até o topo pelo lado externo.

Outra coisa que chamava a atenção eram as plataformas voadoras, havia várias delas em diferentes alturas, alguma subiam e desciam na vertical, outras faziam um movimento circular e tinha algumas que eram completamente aleatórias, também notou-se que havia uns orbes estranhos flutuando de forma aleatória.

 

- Existem armadilhas por todo percurso, fora as defesas magicas – explicou o juiz – não é obrigatório que os dois membros passem na prova, mas obviamente passar com os dois rende mais pontos.

- Só pra confirmar, estamos liberados pra lutar com toda a força não é? – perguntou um dos participantes.

- Sim, embora não seja exatamente este o objetivo da prova – explicou o juiz – agora que já entenderam tomem as posições indicadas, assim que todos estiverem no lugar vamos começar a prova.

 

Todas as duplas se espalharam ao redor da torre, eles já formulavam as estratégias necessárias para vencer, alguns achavam que subir a escadaria seria o meio mais efetivo, outros apostavam no teletransporte e alguns idealizavam que eliminar a concorrência era o jeito mais fácil, Jinshu e Varatane na posição indicada observavam bem tanto a torre como os outros participantes.

O juiz deu o sinal para começar e a primeira escola a agir foi a academia Meyjane, com seus magos especializados em magia dimensional eles conjuraram rapidamente o teletransporte e chegaram ao topo da torre, o que eles não esperavam era a defesa que havia lá encima, 4 golens minotauros estavam posicionados ao redor do cristal que demarcava a saída do desafio, assim que os dois magos surgiram um deles logo se ativou e atacou com seu longo machado, para desviar do ataque que teria sido mortal eles pularam da torre e caíram na escadaria espiral.

 

- Parece que não é uma boa ideia simplesmente se teletransportar para o topo – disse Jinshu – então vamos abrir caminho, lembre-se do plano.

- Pode deixar, eu vou lhe dar cobertura – respondeu Varatane já pondo a flecha no arco.

 

Todo mundo começou a conjurar suas magias defensivas, cada um fazia o melhor que podia para criar uma boa defesa e não morrer num primeiro ataque que recebessem, os magos da Ordem de Dranares avançaram subindo a escadaria em alta velocidade, eles julgaram que subir as escadas limitava as chances de serem atacados, além disso eles só precisavam chegar os dois juntos para abrir caminho e vencer a prova.

Os alunos da Focland ativaram seus itens mágicos, um deles invocou um golem guerreiro de grande poder de combate, já a garota invocou uma estranha armadura com 4 braços longos e finos, suas garras pareciam os braços de um demônio do tipo aranha e ela usou para subir reto pela parede da torre, já o seu parceiro subiu nas costas do golem e esperou a plataforma descer para subir nela calmamente.

Já a maioria das escolas optaram pelo tradicional voo magico e começaram a levitar, a medida que subiam os orbes mágicos começavam a atirar magias variadas, alguns criavam barreiras para prender as pessoas, outras soltavam magias de ataque e alguns usavam [dissipar magia] fazendo quem estava no ar cair direto no chão.

Jinshu também começou a agir, ele usou uma magia de combate que aumenta as capacidades físicas, com ela Jinshu começou a saltar entre as plataformas, de onde estava Varatane começou a lhe dar cobertura atirando flechas que dissipavam magia, sempre que Jinshu era alvo de uma magia a flecha dissipadora lhe salvava, então quem o atacava voltou sua atenção para Varatane.

Duas duplas perceberam que ela era o suporte do Jinshu e jogaram uma onda de ataques nela, foram justamente as escolas voltadas para os nobres e ricos que odiavam mestiços como ela, quando as magias estavam quase chegando nela Varatane simplesmente desapareceu de onde estava.

Ela reapareceu bem ao lado do Jinshu, este tinha usado a magia [Invocar Aliado] que teletransportava uma pessoa voluntaria num certo limite de distância, uma ótima magia para trazer reforços ou proteger alguém.

 

- Esta plataforma é fixa e não tem nenhum daqueles orbes por perto – avisou ele – fique aqui e continue me dando cobertura.

- Ok, e obrigado por antes – disse ela – eu suei frio vendo aqueles ataques.

- Olha só, surgiu uma chance de fazer o que a Ryna pediu – disse ele olhando em uma direção – fique aqui e atrase os outros, eu estou indo.

 

Jinshu saltou da plataforma fixa e foi direto para onde estava tendo um combate, a dupla que veio da Escola Caelun do sul estava desesperadamente tentando se proteger dos ataques da dupla da Ordem de Dranares, quando a barreira que eles ergueram se rompeu uma bola de fogo foi direto pra eles, e só não os atingiu porque Jinshu a cortou no meio com sua glaive.

 

- O que? – perguntou o rapaz confuso.

- Não se incomode com isso, refaçam a proteção – pediu Jinshu – eu vou garantir que vocês cheguem ao topo.

 

Jinshu olhou para o topo da torre e viu a dupla de Focland usando seu golem e sua armadura de batalha para ultrapassar os minotauros guardiões, quando eles destruíram dois dos minotauros passaram com tudo e tocaram no cristal sendo a primeira dupla a concluir a prova, logo depois deles os magos da Meyjane saíram da dimensão paralela onde tinham se abrigado e também passaram pelo teste tocando o cristal.

 

- O que significa que só mais uma dupla pode ganhar a pontuação máxima – analisava Jinshu – tudo está indo bem até agora.

 

Os dois da Dranares atacaram Jinshu diretamente encima da plataforma que girava ao redor da torre, um combate de espadas e lanças se iniciou e ele ficou só na defensiva, quando um dos dois foi ataca-lo recebeu uma flecha explosiva nas costas e foi arremessado da plataforma indo quase mortalmente ao chão.

 

- O que diabos! Por que estão ajudando aquela escola ridícula!? – perguntou o outro trocando golpes com Jinshu.

- A nossa capitã que pediu, mas isso não faz diferença não é? – respondeu Jinshu – enfrentar vocês era meu objetivo desde o início!

 

Ele continuou lutando contra o rapaz da Dranares até que viu os alunos da academia Ouriga subindo voando, rapidamente ele chutou seu adversário mandando-o longe e depois pulou na frente dos dois e os agarrou, puxando-os para a escadaria eles os derrubou lá enquanto outra dupla passava voando, dessa vez os alunos da Ministes que agora lutavam contra os dois golens restantes para passarem na prova.

 

- Realmente eles não são grande coisa – disse Jinshu.

- Você ousa ficar em nosso caminho? Você sabe que eu sou!? – gritou um deles – eu sou o filho da família Obara, a mais próxima da rainha do norte!

- Tá e daí? Seu título deveria significar alguma coisa aqui? – perguntou Jinshu.

 

Ele atacou os dois com vontade e foi derrotando-os, quando quebrava a aura protetora sobre seus corpos os jogava lá embaixo deixando-os desacordados, depois de derrotar os dois ele viu que outros dois times já tinha passado na prova, era hora de garantir sua própria pontuação e subir de uma vez, ele usou sua magia dimensional para invocar seu wyvern e subiu em altíssima velocidade, no caminho ele apanhou Varatane e os dois passaram simultaneamente ao tocar no cristal, as outras escolas foram passando na prova até só sobrar os alunos da Ouriga desacordados, sem mais necessidade de continuar a prova eles foram levados de volta onde despertaram em meio aos outros.

 

- Esse desgraçado! Eu vou acabar com ele! – gritou um deles indo pra cima do Jinshu.

- Hei! Não pode agredir os participantes! – gritou o juiz – se fizer isso será expulso dos jogos mágicos!

 

Seu parceiro o parou e os dois voltaram a contragosto para suas posições, com a confusão desfeita o juiz começou a anunciar os resultados desta prova, e graças as ações da dupla da academia arcana o placar ficou totalmente bagunçado, na verdade a melhor forma de descrever a situação é que agora não dava mais pra saber quem ia vencer.

 

- Incrivelmente a escola mais inexpressiva da temporada (Ministes) está liderando com 16 pontos! – gritava o narrador para todo o público ouvir – enquanto isso a Academia arcana, Escola Focland, Caelun e Meyjane estão empatadas com 15 pontos, já a Ordem da Luz e Dranares, bem como Academia Circinus e Escola Crater estão em 3º lugar com 11 pontos cada.

 

Mas o que realmente causou espanto foi saber que a Academia Ouriga que sempre esteve no topo estava em último lugar com apenas 7 pontos, a estratégia da Ryna deu chances para todas as escolas subirem de posição enquanto uma das favoritas ia ao chão, olhando para onde estavam os representantes da Academia Ouriga e seu diretor dava pra ver que eles estavam furiosos e humilhados, o primeiro dia dos jogos mágicos trouxe uma terrível derrota para eles.

 

- Meus parabéns, vocês foram ótimos lá – elogiou Ardof satisfeito.

- Mandou muito bem Jinshu – elogiou Karias.

- Obrigado, sua glaive continua melhorando – disse ele mostrando a arma – já tenho ideias pra próxima melhoria.

- E quanto a nossa arqueira? Tá ficando cada vez melhor – elogiou Ryna.

- Viu a flechada que dei naquele cara? – dizia Varatane toda empolgada.

- O que lhe falta em tamanho você compensa em destreza não é? – brincou Darch passando a mão na cabeça dela.

 

Ela ficou toda vermelha de raiva e de vergonha e começou a socar a barriga dele, mesmo assim a equipe da academia arcana comemorava alegremente a vitória, mesmo em 2º lugar no quadro geral era como se eles já tivessem ganho os jogos mágicos.

 

- A proposito Ryna, vai nos explicar que estratégia foi essa? – perguntou Emadora – poderíamos ter disparado na frente se fossemos um dos 3 primeiros a terminar.

- Todos os anos as escolas de elite tem dominado os jogos mágicos, não é hora de mudar isso? – perguntou ela – as escolas de elite se unem para detonar as mais modestas, mas hoje nós ajudamos todas as escolas modestas a subir no placar, se continuar assim a competição ficará muito mais acirrada.

- Então foi por isso? E eu me perguntando se tinha alguma vantagem estratégica – dizia Emadora suspirando.

- Não estão satisfeitos? Se não quiserem que seja assim...

- Não vejo nenhum problema, ficou até mais emocionante assim – disse Emílio – se as coisas continuarem assim até o final estes jogos mágicos serão os melhores da história.

- Contanto que vençamos no final não me importo em dar uma forcinha para os outros – disse Reina.

- Além disso podemos cobrar um favor mais tarde quando a coisa apertar – disse Darch.

- Oh? Isso é sua especialidade não é? – brincou Emílio – vejam o mago negro mostrando as garrinhas.

 

As piadas sugeriam entrega-lo logo pra guarda do estádio, mas as comemorações não pararam por aí, por todo o estádio o público comentava sobre os feitos realizados na arena, incluindo o fato do Jinshu ter invocado um dragão, todos estavam ansiosos para ver o que aconteceria no 2º dia, enquanto os organizadores das apostas estavam furiosos, com o placar assim as apostas estavam completamente bagunçadas, se as equipes mais fracas continuarem a subir aqueles que apostaram nas tradicionais teriam prejuízo.

Mas nada disso importava mais, o que importava era o show de encerramento do dia que estava começando agora, para o público que assistiu partidas tão empolgantes o show de agora era um refresco, tratava-se de uma exibição de dança de escolas que não praticavam magia, aqueles que não se interessavam já estavam se retirando, enquanto muitos aproveitavam a chance de ver algo raro hoje em dia.

 

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- Diga a verdade, eu pareço nervoso? – perguntou Eldair enquanto andava pelo corredor.

- Com toda certeza, a cor até sumiu da sua pele – respondeu seu guardião que era também seu cunhado.

- Eu invejo os guerreiros, podem ficar tranquilos até mesmo nesta situação – disse o imperador suspirando.

- Se me permite a franqueza meu senhor, eu tô me borrando aqui – respondeu Kevne com um sorriso no rosto.

- Vamos encarar isso de uma vez então – disse o imperador apertando o passo.

 

O imperador e 5 dos seus guardas-reais andavam pelo corredor do estádio, normalmente ele não visitaria esta ala mas uma reunião decisiva aguardava por ele, seria sua primeira vez conversando com um dragão, e pior ainda era o fato de ser um dragão ancião, justamente uma das criaturas mais poderosas deste mundo.

Eldair andava e tentava lembrar o que estudou sobre eles, quase nunca se estabelecia algum tipo de relação com eles, mas Eldair lembrou de uma vez que um ancião azul tentou levar uma princesa do reinado, naquela ocasião isso teria sido o bastante pra começar uma guerra, felizmente o soberano dos dragões não gostava de começar guerras por tão pouco, então o assunto foi encerrado por aí mesmo.

Como imperador do reinado ele era a figura política mais poderosa de todas, sua palavra era o bastante para ser lei e ninguém podia ir contra ele, mesmo assim Eldair e seus antecessores se preocupavam em estabelecer relações com os outros reis e não ser tão autoritário, era importante manter a imagem de justiça e igualdade para que tudo funcionasse direito.

Mas agora tudo era diferente, Eldair era como um camundongo diante de uma enorme serpente, normalmente o visitante teria que baixar a cabeça para os regentes do reino, mas o visitante em questão era um ser que não baixaria a cabeça para ninguém menos que um deus, e exigir tal ato dele era como pedir pra morrer, Eldair tinha a difícil tarefa de manter sua dignidade como imperador sem ofender um ser que pode destruir toda a capital em uma única noite.

 

- Estamos chegando – avisou Kevne ficando mais sério.

 

Após virar uma curva eles avistaram a porta do camarote exclusivo, na porta dois guardas usando armaduras chamativas e prateadas, quando estes avistaram os que vinham até eles não esboçaram qualquer reação, típico de quem serve a um ser maior ainda.

Quando o imperador chegou até eles parou por apenas um instante, um dos dois tranquilamente abriu a porta para os recém-chegados, o imperador então com passos firmes porém pesados entrou no aposento acompanhado por Kevne e outro guarda, os três restantes permaneceram do lado de fora quando a porta foi fechada.

O interior do camarote seria o equivalente a uma suíte 5 estrelas de um hotel, digna de um lorde ricaço, o imperador acostumado a coisas maiores não se impressionou embora não estivesse decepcionado, mas o local em si não importava, seus ocupantes sim.

Outros dois guardas vestidos como os de fora estavam no interior, espaçoso como era o camarote dava liberdade para eles ficarem distante, 4 mulheres usando trajes de odaliscas estavam servindo a uma pessoa no centro do lugar, uma delas com certeza era a mensageira de antes, e esparramado num confortável sofá estava aquele que provocou esta situação.

Aestyrondala olhou para o recém-chegado e permaneceu do mesmo jeito, uma das garotas lhe servia frutas enquanto outra trazia uma jarra de bebida, se fosse qualquer outra pessoa a reação natural seria pular do sofá e se ajoelhar diante de Eldair, mas o dragão olhava para o imperador como se estivesse vendo aqueles rapazes que carregam bagagens.

 

- Olha só, você realmente veio – disse o dragão esboçando alguma reação – isso meio que me surpreendeu, devo preparar algo para o visitante?

- Não há necessidade, que seja uma visita breve – respondeu Eldair.

 

O imperador sentou-se na poltrona de frente para o sofá onde estava o dragão, Kevne e o outro guardião se posicionaram do seu lado, uma posição que permitiria a eles rapidamente entrar na frente de qualquer ataque, Eldair não imaginava que o dragão viria até aqui para isso, mas ele sabia que se algo na discussão desse errado ele poderia ficar furioso e atacar.

Nesse caso seu traje real junto com seus outros itens mágicos deveriam oferecer alguma proteção, na melhor das hipóteses ele poderia resistir a um ataque enquanto seus guardiões iria ganhar algum tempo, se isso acontecesse o guardião lá fora que é um mago dimensional iria usar [Invocar Aliado] para tirar o imperador do camarote e em seguida teleporta-lo para fora do estádio.

Claro que esse era o pior cenário possível, se tal coisa acontecesse certamente todos no estádio morreriam quando o dragão liberasse sua fúria, em seguida seria a vez da capital real até que ele fosse parado ou não sobrasse mais nada, considerando que muitos nobres e reis estavam presentes isto poderia significar o fim do reinado como um todo.

O cenário ideal seria satisfazer o dragão e ele ir embora pacificamente, o melhor cenário de todos seria faze-lo um aliado após dar algo que ele quisesse ou oferecer algum tipo de benefício, claro que isso estava praticamente fora de questão, Eldair não conseguia imaginar uma forma de comprar a amizade dele.

 

- Imagino que até vocês seguem o protocolo oficial não é? – perguntou o imperador.

- Fala sobre a hierarquia em visitas oficiais? – perguntou Aesty – suponho que já que estou em sua casa sua posição é superior.

 

Mesmo sem uma ordem uma das mulheres depositou um cesto de frutas na mesinha que ficava entre os dois, depois disso apenas uma delas permaneceu sentada ao lado do seu mestre abraçada a ele e recebendo carinho, as outras saíram para cuidar dos seus afazeres mesmo que parecessem estar com inveja, Eldair já ouviu uma vez que os servos dos dragões ou amam muito o seu mestre ou o temem mais que a morte.

 

- Aestyrondala não é? O novo dragão ancião branco – dizia Eldair – sua aparência é bem diferente do que eu esperava.

- Você esperava um velhinho? É verdade que alguns de nós tem aparência idosa – explicou ele – mas o título de ancião não necessariamente significa o mesmo que para vocês.

- Conheceríamos mais um sobre o outro se tivéssemos relações diplomáticas – disse Eldair.

- Engraçado você mencionar isso, seu reino não é o mais fechado entre todos os reinos humanos? – perguntou o dragão – vocês até entraram em guerra com outro reino humano recentemente não é?

- Oferecemos acordos comerciais com eles, que foram prontamente recusados – respondeu Eldair – por isso diante da necessidade empreendemos uma conquista territorial, não tínhamos intenção de oprimi-los ou massacra-los.

- E quanto ao Findaral? – perguntou Aesty.

 

Esse era o assunto que Eldair sabia que teria que enfrentar, atacar o ancião branco foi uma medida que poderia ser chamada de desesperada, para seu plano do reino de luz ele precisava de uma fonte de energia única, e a gema-coração do dragão ancião Findaral era perfeita pra isso, fora o coração do ancião o próprio corpo dele era uma fonte de recursos inestimável, cada gota do seu sangue, cada fibra muscular e cada ossos seriam usados para fabricar itens mágicos de grande poder, quando se pensa nos benefícios eles igualam os riscos, pelo menos foi o que se pensou até agora.

 

- Eu não vou negar minha culpa nisso, atacamos seu antecessor para pilhar seu corpo e usá-lo – respondeu Eldair – se uma reparação é necessária oferecei minha vida no tempo certo, mas não agora.

- Que nobre de sua parte oferecer sua vida em troca, mas também é um insulto se pensa que sua vida se iguala a de um ancião – respondeu Aesty – e é mais ofensivo ainda estabelecer termos para isso.

- Existe algo racional que eu possa fazer para ficarmos em bons termos? – perguntou Eldair diretamente.

- Vejamos... já que matamos alguns milhares dos seus pode-se dizer que a vingança foi saciada – respondeu Aesty – por isso se devolver a gema-coração podemos dispensar a compensação.

- Fora de questão, precisamos dela para salvar nosso reino – respondeu Eldair sem pestanejar.

 

A resposta de Eldair foi tão brusca que assustou até seus guardiões, Aesty parecia ter ficado perplexo com a resposta e de tal modo não parecia ter uma resposta preparada para isso, seus seguidores é claro esperavam por ordens.

 

- Como um dragão branco eu sou bem benevolente, não aprovo massacres indiscriminados – dizia Aesty – mas eu espero que você tenha uma boa razão para dizer isso, do contrário eu irei aniquilar todos aqui com minha magia épica.

- Não creio que alguma resposta minha possa satisfaze-lo, eu matei um dos seus por razões próprias – explicou ele – mas eu digo em minha defesa que fiz isso pensando no futuro do meu reino, acredito que se um dia vocês precisassem fariam o mesmo não é?

 

Os dragões não são idiotas para achar que nunca vão enfrentar uma ameaça, mas eles jamais considerariam a opção de serem derrotados e erradicados, se eles precisassem procurar uma solução para se salvarem provavelmente nunca conseguiriam pensar em algo, afinal apenas os seres fracos cogitam a derrota.

 

- Você diz que intencionalmente desafiou a raça mais poderosa de todas para salvar o seu reino? – perguntou Aesty – e mesmo diante de um dos seus representantes tem a cara de pau de afirmar que isso foi necessário, ao menos você tem coragem.

- Não é uma questão de coragem, eu sei muito bem do que você é capaz – respondeu ele – estou aqui contando com a benevolência que mencionou antes, já que atualmente me sinto diante de um abismo.

- hahahahahah essa é a forma que encontrou para me bajular sem perder a dignidade? – perguntou Aesty – devo admitir que é criativa, mas como esperava lidar com outro ancião que não fosse tão benevolente?

- Qualquer outro ancião já estaria nos destruindo, de modo que a única coisa que eu poderia fazer era tentar salvar o que pudesse – respondeu ele – por acaso o que eu disse está errado?

- Não, você está certo sobre isso, na verdade houve uma discussão sobre quem deveria terminar o que Vaector começou – explicou ele – mas nosso lorde determinou que esse assunto já estava encerrado.

- Devo agradecer à benevolência do seu lorde então – disse Eldair baixando a cabeça um pouco.

- Não sei se isso foi benevolência, ele parece saber de algo – respondeu o dragão – tanto que ele demonstra interesse em sua filha, e foi por isso que eu vim.

 

Eldair fez uma expressão de surpresa e tremeu um pouco, ele nunca esperaria que o lorde soberano dos dragões estivesse interessado em sua filha, na verdade ele não sabia dizer se esse interesse era negativo ou apenas curiosidade, o fato é que Aesty percebeu esse estado dele e suspirou, ele tinha vindo aqui para confirmar esta situação.

 

- Os jogos mágicos durarão 5 dias não é? Eu permanecerei aqui até o fim – disse Aesty – quando for apropriado eu quero falar com sua filha, mas não diga a ela quem sou ou do que se trata.

- O que você...

- Já pode se retirar, rei dos humanos – disse o outro simplesmente.

 

Isso era um sinal para encerrar o assunto, Eldair vendo que não haveria mais dialogo saiu com a sensação de que ainda estava andando sobre gelo fino, mas pelo menos o dragão ancião não parecia intencionado em destruir a capital, considerando isso então ele podia dizer que superou essa crise.

Após se curvar em respeito Eldair levantou e saiu com seus guardiões, Kevne após sair daquele lugar limpou o suor na testa, pois esteve tenso o tempo todo imaginando se teria que proteger seu senhor da morte eminente, do lado de fora Eldair juntou-se aos outros guardas e todos seguiram de volta para o camarote real, lá sua esposa e os outros aguardavam notícias.

 

- Monitorem este grupo, quero saber de cada passo que dão aqui na capital – ordenou Eldair.

- Vai ser meio difícil, se eles perceberem...

- Eles VÃO perceber, não são tolos – disse o outro mesmo assim – mas não vigia-los significaria que eu sou um idiota, e dragões não reagem bem quando descobrem que o outro lado é composto de idiotas.

 

Eldair também ordenou que a presença do dragão ancião não se tornasse publica, isso significava que ninguém fora daquele camarote real poderia saber do que estava acontecendo, considerando que menos de 20 pessoas sabiam disso então não era difícil controlar a informação, o problema era se Aesty fosse do tipo extravagante e fizesse besteira pela cidade.

 

- Ah sim, eu quero que monitorem a minha filha também – ordenou ele – sinto que tem muita coisa acontecendo sem a gente saber.

 

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- UM BRINDE!! – gritaram todos erguendo as canecas de cerveja.

 

Os estudantes da academia arcana estavam comemorando as duas belas participações nos jogos mágicos, com resultados melhores que o esperado podia-se dizer que eles estavam mais do que felizes.

Por isso após voltarem pro hotel e deixarem suas coisas lá eles foram direto para um bar de excelente qualidade, o dono vendo que eram alunos de uma das melhores escola ofereceu uma rodada por conta da casa, e desconto para as próximas, só a presença deles atraía muitos clientes para o já lotado bar.

Quando se reuniram lá outras duas escolas estavam chegando, os alunos da Ministes e também da Caelun viram os alunos da academia arcana e pediram para comemorar juntos, assim as três escolas estavam mandando ver na cerveja e nos lanches, já os diretores foram para o 2º andar conversar sobre o desempenho de suas escolas e também ficar de olho nos seus alunos de lá.

 

- Se você não tivesse nos ajudado não sei como teria sido – dizia a garota da escola Caelun.

- Vamos ter uma boa disputa no futuro – respondeu Jinshu bebendo.

 

Ryna notou que a garota tava no maior clima com o Jinshu, sem querer atrapalha-los ela foi até o balcão pedir uma caneca, ela ainda não tinha bebido nada e por isso queria experimentar, o sabor refrescante da cerveja desceu bem na sua garganta.

 

- É uma cerveja especial de amoras – disse um rapaz aproximando-se dela.

- Olá, eu sou a Ryna da academia arcana – apresentou-se ela – e você é?...

- Ravies da Ministes, sou o capitão do time – respondeu ele pedindo uma caneca também – você foi incrível na primeira prova, e seus amigos acabaram ajudando na segunda prova.

- Não é como se fosse altruísmo, se puder devolver o favor no futuro vamos agradecer – respondeu ela – além disso eu meio que tinha uma razão pessoal para isso.

- O Tenbou me contou como você foi legal com ele, coisa rara quando se trata de um meio-feral – disse ele – ele tem problemas pra socializar por causa da discriminação, então eu fiquei feliz por ver uma pessoa de linhagem nobre incentivando-o.

- Eu não acredito que uma linhagem vale mais do que os indivíduos, claro que pessoas em posições privilegiadas tem uma certa vantagem – explicava ela – mas no fim quando não se pode contar com a linhagem todos são iguais, e aqueles que dão duro mostram sua verdadeira força.

- Nós do nordeste sofremos muito, é uma das regiões mais pobres do reinado – dizia ele então gostaríamos de levar um pouco de prestigio de volta para nossa escola.

- Eu conheço alguém que veio de lá, na verdade ele está ali – disse Ryna apontando para o Darch que bebia e conversava com alguém – e ele entende muito sobre preconceito, vá lá conhece-lo.

 

Ravies agradeceu e foi conversar com o Darch, Ryna terminou sua caneca e pagou a sua parte para depois se retirar, quando questionada para onde estava indo ela mencionou que sua família estava na cidade, por isso ela iria passar a noite com eles e voltaria pela manhã.

A festa de comemoração continuou por várias horas, as três escolas socializavam bastante e alguns laços até se formaram, eles trocavam ideias e falavam de experiencias próprias chegando a conclusão que exceto pela diferença de níveis não havia mais nenhuma diferença entre eles.

Depois de comemorar e socializar por boas hora finalmente chegara a hora de voltar pro hotel, após as contas serem pagas eles se prepararam para deixar o lugar, se despedir dos novos amigos e beber o que sobrou em suas canecas.

 

- Bom, vamos andando e aproveitando a brisa do fim do dia – sugeriu Ardof com um espetinho de carne na boca.

- herr eu acho que andar por aí não é uma boa ideia – disse Karias apontando pra trás.

 

Atrás estavam as garotas unidas cantando e rindo como idiotas, todas estavam completamente bêbadas, incluindo Mastela que nem deveria ter bebido, vendo que elas estavam completamente incapacitadas Ardof suspirou e decidiu abrir um portal, os rapazes então ajudaram as garotas a passar por ele enquanto elas queriam dançar com eles.

 

- hahahahah você viu como eu arrasei? Meti a flecha naqueles imbecis! – dizia Varatane com o rosto todo vermelho e cambaleando.

- Sim sim, você foi demais – disse Darch apoiando-a – agora que tal você ir pra caminha e dormir a noite toda?

- Eu mereço uma recompensa, já que falou em ir pra cama vamos juntos – disse ela se agarrando a ele.

- Hoje não, senão você vai se arrepender – avisou ele – que pena que a Ryna não tá aqui, ela podia te dar um banho e te botar na cama.

- hahahaha não me importo se você me der um banho – disse Varatane toda empolgada.

- É isso aí garanhão – zombou Emílio fazendo um olhar sugestivo.

 

Ele estava ajudando Reina que mal se aguentava em pé, depois a garota acabou vomitando e Emílio a ajudou a ir pro quarto, Darch estranhou o fato de que ele entrou para leva-la mas não saiu depois, mas agora o que importava era ajudar Varatane, ele a colocou na cama enquanto a garota tentava agarra-lo, com muita dificuldade ele tirou parte da roupa dela enquanto ela apagava de uma vez.

 

- Ah droga, ainda tem a Mastela, como foi que ela confundiu vinho com suco? – perguntava-se ele – eu nem participei dos jogos hoje e sou o mais cansado.

 

Mastela já tinha apagado num sofá, Darch suspirou e a carregou nos braços para o quarto dela colocando-a na cama, depois disso ele foi pro seu próprio quarto, ele queria ter tomado um banho mas estava tão cansado que só tirou a roupa e caiu na cama, não demorou nem 5 minutos pra ele apagar completamente.

Quando já tinha anoitecido uma hora depois Darch sentiu bastante sede e foi se levantar para beber água, mas por algum motivo seu corpo não se mexia, estranhando o peso ele abriu os olhos com dificuldade e visualizou uma cena bem incomum, Varatane estava sentada sobre o peito dele vestindo apenas uma calcinha e uma camisa aberta mostrando os peitos, o mais estranho de tudo é que seu corpo estava imobilizado por raízes que brotavam da cama e se emaranhavam nele.

 

- Pelo amor de deus diz que eu tô sonhando – disse Darch tentando se levantar.

- Eu disse que queria uma recompensa – disse Varatane com uma cara bem safada – hoje eu não aceito um não como resposta.

- Tane, me escuta – implorava Darch – você vai ficar terrivelmente arrependida amanhã se fizer isso agora.

- Bom, então vamos fazer valer a pena – disse ela lambendo os lábios.

 

 

Continua.