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História Herdeiros da Magia - Capitulo 50 Minha Própria Vontade.


Escrita por: zariesk

Notas do Autor


Finalmente acabei este capitulo, ficou um pouco maior que a média, mas valeu a pena!
É hora de por todas as tretas no lugar, muita coisa aconteceu no capitulo anterior e é hora de mostrar o resultado, além disso acho que tem algo que vocês querem muito ver!

Capítulo 50 - Capitulo 50 Minha Própria Vontade.


Fanfic / Fanfiction Herdeiros da Magia - Capitulo 50 Minha Própria Vontade.

Capitulo 50 – Minha Própria Vontade.

 

 

- Foi mais fácil do que pensei – disse Ashe comandando Mastela para se mover.

- Ela é uma novata, então não tem força mental para resistir – disse Jean – agora vamos seguir com o plano.

 

O plano era dar sumiço em todos os itens mágicos da equipe e levar a Mastela com eles, se tudo desse certo pareceria que ela roubou os itens, ou no mínimo o ladrão levou a garota com ele também, de qualquer jeito sem os itens mágicos o poder dos participantes cairia bastante, sem falar que caso eles ficassem preocupados com Mastela afetaria seu desempenho, em todo caso a sabotagem daria certo.

 

- Os itens mágicos ficam guardados num baú no quarto do Ardof, os fiscais precisam checa-los todos os dias – explicava Jean – então eu tive uma ideia melhor: podemos levar os itens originais e substituir por outros.

- Entendi! Se os itens forem diferentes vão ser acusados de adulterar – dizia Elusia – talvez até sejam desqualificados!

 

Qualquer que fosse o resultado seria vantajoso pra eles, então seguindo em frente eles decidiriam na hora que fossem executar a parte final do plano, seja levar todos ou substituir alguns, ordenando à Mastela que fosse em frente a garota de pijama abriu a porta do seu quarto, Ashe a controlando podia ver o que ela visse e por isso a guiava, mas logo ele foi surpreendido por algo, ele encontrou uma das participantes no corredor.

 

- O que está fazendo Mastela? – perguntou Emadora.

 

Dentro do quarto os três estavam nervosos, se fossem apanhados invadindo as consequências seriam sérias, mesmo que oficialmente nada acontecesse a reputação deles poderia ser afetada, então havia agora a escolha de seguir com o plano de algum jeito, desistir ou por fim na Emadora, qualquer alternativa se tornou muito arriscada agora.

 

- Banheiro... – respondeu ela sendo controlada pelo Ashe.

- Tem um banheiro no quarto, é melhor vocês pensarem numa desculpa melhor – disse a Emadora cruzando os braços e rindo cinicamente.

 

Emadora deixou bem claro que sabia que eles estavam ali, então bem nervosamente Elusia começou a conjuração de um portal para eles fugirem, o que ela não esperava é que uma dor de cabeça violenta a atrapalhasse, os outros dois não entenderam por que ela parecia estar tendo a cabeça esmagada por dentro até Emadora aparecer na porta.

Com Elusia quase caída eles tinham duas opções, ou usavam magia mental ou magia de combate para neutraliza-la, também tinham a opção de usar Mastela como refém, mas Emadora agia como se não ligasse pra nada ou nem estivesse preocupada com a invasão.

 

- Vocês estão preocupados com o que vai acontecer se forem pegos? – perguntou Emadora – eu posso deixar vocês irem embora numa boa.

- Hã? E por que você faria isso? – perguntou Jean – você está traindo seus companheiros?
- Traindo? De forma alguma, eu só estou pensando na competição – respondeu ela – se uma das escolas for eliminada por trapaça vai perder a graça.

- Perder... a graça? Está dizendo que não vai nos denunciar porque quer se divertir? – perguntou Jean parecendo irritado – você está nos subestimando!?

- Subestimando? Eu nunca levei nenhum de vocês à sério – respondeu ela tranquila – então pra mim todos vocês são iguais, sejam nobres ou plebeu, desconhecidos ou renomados.

 

Ao ouvir isso Jean ficou furioso e criou uma lâmina de fogo na mão para ataca-la, quando a conjuração se completou a mesma dor de cabeça que atacava Elusia começou a ataca-lo, Ashe finalmente percebeu que isso era uma magia mental, mas não entendia como Emadora estava usando sem conjuração nenhuma, pelo menos até olhar para o pulso dela.

 

- “Aquela pulseira está brilhando, então aquilo é um item de conjuração instantânea” – pensou ele preocupado – “esses itens só se ativam em condições especificas, talvez seja para ativar se alguém conjurar magia perto dela!”

- aah isso, você percebeu? – disse Emadora – já que você é um mago mental podemos ter uma disputa, o que acha disso?

 

Ela tirou a pulseira que parou de brilhar, Ashe imaginou que considerando sua experiencia ele poderia vence-la numa luta de magias mentais, mas se ele criasse confusão demais os outros participantes apareceriam, então ele optou por dissipar a magia que afetava Elusia, mesmo atordoada pela magia anterior ela conjurou teletransporte pra tirar os três dali.

 

- Que pena, é raro ter uma chance de apagar umas mentes – disse ela.

- Você faz o possível pra não se destacar, mas no fundo é bem cruel não é? – perguntou Jinshu na porta.

- Oh! Eu tinha me esquecido dela – disse Emadora vendo Jinshu carregando Mastela nos braços – traga-a aqui, eu vou cancelas as magias, acho que vou apagar qualquer memória que ela possa ter disso.

 

Jinshu a colocou na cama e Emadora foi cancelar as magias que a afetavam, enquanto Emadora fazia isso sentiu a lâmina da glaive dele tocando seu ombro, não parecia que ele ia ataca-la, mas também não era uma situação completamente inofensiva.

 

- Quando está no meio das pessoas você passa a impressão de que é só uma brincalhona – dizia ele – mas você tem o olhar de uma psicopata que vê as pessoas como meros brinquedos.

- Que coisa horrível de dizer, eu não sou amiga de todos? – perguntou ela.

- Um amigo põe a segurança dos seus companheiros em primeiro lugar, mas você só considerou a oportunidade de brincar com os invasores – respondeu Jinshu – e na guerra você não foi lutar para salvar o Emílio, foi para testar suas magias naquela maga negra não foi?

 

Como ela estava de costas não dava pra ver que tipo de expressão ela estava fazendo, Jinshu estava numa posição que poderia decapita-la em um segundo se tentasse algo, desde sempre ele nunca confiou nela como confiava nos outros e seu comportamento de agora mostrava que ela não era digna de confiança, talvez fosse tão potencialmente perigosa como um dragão negro.

 

- Bom, eu não vou negar suas deduções sobre mim, eu acho que sou esse tipo de pessoa – respondeu ela – mas não é verdade que eu não tenha preferências, e vocês estão no topo da minha lista de preferências.

- Isso é o mesmo que dizer que somos seus brinquedos favoritos – disse ele.

- Exatamente – respondeu Emadora atrás dele.

 

Jinshu até se assustou com a voz dela surgindo atrás dele, ao se virar ele viu Emadora parada de pé atrás dele com um sorriso cordial, ao olhar para a posição anterior viu a Emadora que ainda estava abaixada desaparecendo como fumaça.

 

- A outra conjuração instantânea que preparei foi [miragem] – disse Emadora mostrando o segundo bracelete brilhando – para o caso de alguém apontar uma arma para mim.

- Entendo, você é extremamente precavida – disse ele – bem, o que faremos agora?

- Por mim podemos deixar isso só entre nós e evitar problemas – disse ela – eu estou com sono e amanhã teremos mais jogos mágicos, acho que todos precisamos dormir.

- Entendi, é realmente uma boa sugestão – respondeu ele – e qual o menu de amanhã?

- Que rápido! – disse ela sem entender a súbita mudança de comportamento dele – ah eu acho que teremos frutos do mar, espero que não estejam estragados.

 

Os dois deixaram o quarto da Mastela e foram pelo corredor para seus respectivos quartos, Jinshu ainda não confiava em Emadora, mas ela parecia ser do tipo controlada o bastante para não fazer nada demais, enquanto ela visse os outros como seus objetos de interesse ela cuidaria deles, a questão seria quando ela perdesse o interesse neles.

 

- Ah sim, você sabe onde o resto do pessoal foi? – perguntou ela – Ryna, Reina, Emílio e Darch sumiram.

- Eu vi os três últimos saindo juntos – respondeu ele – mas não sei para onde foram, e durante a festa teve um cara procurando a Ryna.

- Hun... isso parece muito interessante – disse ela – acho que vale a pena perder a noite pra descobrir, será que vai rolar outra daquelas?

- “Outra daquelas”? – perguntou Jinshu.

- Ah não é nada, mas de qualquer jeito espere por novidades – disse ela empolgada.

 

***********************************

 

- “Isso vai ser incrivelmente legal, ou incrivelmente terrível” – pensou Ryna ainda sem entender – “com eles não tem meio termo”

 

Ela dizia isso vendo os três chegarem ao jardim do restaurante, Ryna não sabia dizer se a chegada deles foi mais impressionante ou se foi os trajes que todos eles estavam vestindo, principalmente o Darch, por algum motivo um smoking combinava bem demais com ele, dava pra notar que ele parecia desconfortável mas ao mesmo tempo aquilo caiu como uma luva nele, tanto que outras mulheres jovens estavam olhando pra ele com imenso interesse.

Após visualizar a Ryna Reina acenou para ela que respondeu da mesma forma, o metre foi até os três e os convidou a se sentarem em uma das mesas vagas, normalmente precisaria de reservas para ocupar esta área mas Reina usou seu nome para conseguir acesso rápido, os outros eram seus convidados, agora eles estavam diante da mesa na qual Karl e Ryna estavam.

 

- Que coincidência encontra-los aqui – disse Reina.

- Coincidência? – perguntou Karl quase fazendo uma careta de raiva.

- Sim, vendo que vocês iam sair para jantar fora tivemos vontade de fazer o mesmo – disse Reina – mas não sabíamos que vocês viriam pra cá, foi uma coincidência.

 

Claro que nenhum dos lados estava tentando enganar o outro, era simplesmente uma questão de aparências, na nobreza mesmo que você saiba que tal pessoa é sua inimiga ainda é importante sorrir ao apertar sua mão, nos jogos da nobreza descer de nível era um sinal de derrota.

 

- Então não vai me apresentar aos seus amigos? – perguntou Karl tentando entrar no jogo.

- Mas é claro, se você esteve acompanhando os jogos deve conhece-los – dizia Reina – este é o Emílio, ele lutou ao meu lado em uma das partidas, e este é o Darch, nosso mago negro.

 

As pessoas em volta fingiam que não estavam prestando atenção, afinal discrição era uma norma para a nobreza, mas ao ouvir os nomes pronunciados rapidamente as pessoas despertaram, e foi inevitável que muitos fossem cumprimenta-los, Emílio e Darch foram cercados por um monte de mulheres doidas pela atenção deles, Ryna e Reina foram cumprimentar outras pessoas que as elogiavam e aproveitaram pra falar discretamente.

 

- Ok, o que diabos é isso? – perguntou Ryna falando bem baixinho perto da Reina.

- Ninguém merece o Karl, então eu vim te salvar – respondeu Reina da mesma forma – estes dois são o meu reforço.

- Mas como conseguiram isso? Essas roupas e tudo mais? – perguntou Ryna.

- São alugados, gastei todo o meu dinheiro por sinal – explicou Reina – e pra entrar aqui usei o mesmo método que o Karl.

 

Neste mundo roupas alugadas não ficam em estoque, um mago da criação muito bom pode usar sua magia para criar réplicas de trajes que já existe ou faze-los sob medida para seus clientes, os trajes desapareciam depois de um dia, mas obviamente quando faltasse uma hora pro seu tempo expirar o usuário recebia um aviso, o mesmo se repetia 5 minutos antes para que ele não acabasse pelado no meio da rua, mesmo assim trajes alugados custavam caro pois podia-se conseguir quase qualquer roupa e sempre ajustada para suas medidas.

 

- Então qual é o plano? – perguntou Ryna.

- Vamos tirar toda a atenção de você e coloca-la em nós – explicava Reina – quando este jantar tiver perdido o proposito o Karl não vai ter outra escolha senão manda-la pro hotel.

- Esse plano é sutil e indireto demais, quem foi que teve a ideia? – perguntou a outra.

- O que? Você está dizendo que eu não... tá foi o Emílio – respondeu Reina vendo o olhar da outra – mas só porque eu não podia sacar uma espada e matar esse cara.

- Ele é seu primo sabia? – avisou Ryna.

- Tá, eu ia fazer de forma indolor – disse Reina.

 

Reina seguiu com o plano do Emílio e os três chamavam bastante atenção, Ryna participando do esquema juntou-se a eles em um papo animado com as pessoas, enquanto isso completamente esquecido em seu lugar Karl observava seu plano indo por água abaixo, a essa altura qualquer impacto que seus truques teriam seria dissipado pela aparição desse grupo.

 

- Então é verdade que você é um mago negro? – perguntou uma das senhoras presentes – eu nunca vi um, pensei que eram mais assustadores.

- Isso mesmo, sempre pensei que eles fossem monstros – disse uma jovem aproximando-se dele – mas você até que é muito lindo.

- Olha, não comece a confiar neles só porque eu sou exceção – avisou Darch – pode confiar que o resto não presta.

 

O jeito que ele falou fez alguns rirem, as garotas de linhagem nobre se alinhavam pra falar com ele, isso meio que já estava começando a irritar Ryna mesmo que ela não entendesse o porquê, e era uma irritação fria como na vez que pegou Darch e Varatane na cama.

 

- Sua participação naquela vez foi incrível – elogiou um senhor – e sua parceira também.

- Obrigado, trabalhamos muito para ter essa sincronia – disse Emílio com um sorriso amistoso – não é Reina?

- Isso mesmo, estamos profundamente conectados – respondeu ela rangendo os dentes pra não rosnar de raiva.

 

Mais e mais pessoas chegavam para ver os participantes mais populares dos jogos mágicos, a essa altura Karl já desistiu de qualquer chance de recuperar o controle e juntou-se aos outros para tentar não sumir de vista, as pessoas faziam perguntas para todos os 4 participantes e principalmente para o Darch que era uma novidade ali, um mago negro que não fosse um criminoso e que era social o bastante para se ter uma agradável conversa, alguns ricaços já estavam verificando se ele era um possível investimento, e algumas garotas o viam como um partidão sem saber que ele era um mero plebeu.

 

- Eu realmente gostaria de lhe pedir algo – dizia um dos ricos presentes – pode me mostrar uma magia negra? Pode ser qualquer uma.

- Ah eu não sei se devo, magia negra não é bonita – explicou ele constrangido – e num lugar desses seria muito desagradável, estragaria o clima e tal...

- Ora vamos, eu me responsabilizo por isso – disse o rico – eu nunca vi magia negra e muito menos de perto, queria ver se é assim tão assustadora.

 

Darch suspirou e começou a conjuração de uma magia, ele mentalmente procurou uma magia que fosse impactante o suficiente mas não causasse danos logo de cara, então após escolher a magia certa ele bateu a palmas das mãos, com isso a sombra dele se alargou e uma cópia feita de treva dele emergiu, a cópia tinha a forma exata dele mas era totalmente escura e não se distinguia nada dele, mas tinha traços que lembrava um demônio como por exemplo um pequeno par de chifres e olhos vermelho.

 

- Nossa! Então isso é magia negra! – disse o rico impressionado – eu posso tocar?

 

Darch disse que sim e o homem tocou ainda receoso, na opinião dele aquela coisa tinha a consistência de borracha mas era frio e pegajoso, muito nojento como Darch havia avisado.

As pessoas continuaram pedindo para ele mostrar sua magia negra pra todos, ao olhar para Reina esta fez um gesto com a cabeça insinuando que era hora de criar a distração necessária, Darch então decidiu usar a magia que andou praticando e invocou algo, era o homúnculo que ele e Varatane criaram usando seu sangue, o pequeno homúnculo vegetal olhou para as pessoas em volta e desferiu um olhar ameaçador, mesmo que ele fosse relativamente fofinho.

 

- Olha só, é o Broni! – disse Ryna lembrando dele – a quanto tempo!

- Isso é um demônio? – perguntou alguém impressionado.

- Ah não, é só um homúnculo – explicou Darch – só que ele é corrompido, então é muito estranho.

 

O pequeno homúnculo fez uma expressão de raiva e saltou na cara do Darch abocanhando sua cabeça com a flor carnívora em sua cabeça, Darch ficou se debatendo com a criatura agarrado nele e as pessoas rapidamente se afastaram, Reina e Emílio atuaram acalmando o povo dizendo que eles não estavam em perigo pois a criatura apenas não gostava do seu mestre, para evitar confusão eles iam se livrar dele em outro lugar, e foi nessa hora que Reina piscou para Ryna, ela entendeu o sinal e disse que como maga branca ia ajudá-lo a se livrar daquilo, e mesmo com o pequeno Broni tentando comer sua cabeça Darch saiu com Ryna.

Karl tentou ir atrás deles mas Reina aconselhou que era melhor ficar longe, se o homúnculo escapasse podia ficar agressivo, por isso os dois iriam para um lugar longe das pessoas pra garantir que ninguém se machucaria, e foi assim que Darch e Ryna conseguiram sumir da vista de todos ao deixar o restaurante pelos fundos e ir pro outro lado da rua.

 

- Não acredito que esse desgraçado não melhorou nada sua atitude! – reclamou Darch após tirar o Broni de sua cabeça.

- Eu não acho, ele não parece tão agressivo com os outros – comentou Ryna observando-o de perto.

- Então isso é só comigo? Que droga de filho é esse? – perguntou ele frustrado.

- Quando você aprender a aprecia-lo talvez ele goste mais de você – brincou Ryna passando a mão na cabeça do pequeno homúnculo – alias, onde ele estava esse tempo todo?

- Ele fica em outra dimensão selvagem mas a Varatane o convoca de vez em quando – explicou Darch – como ele tem o meu sangue também posso convoca-lo, mas isso sempre acontece...

 

Darch cancelou a magia que invocava Broni e assim o homúnculo voltou para a selva onde ele estava vivendo, depois de se livrar dele Ryna foi até o Darch e começou a curar os pequenos ferimentos que ele tinha na cabeça, ele ficou um pouco vermelho com isso mas aceitou de bom grado a cura dela.

 

- Ah sim, a Reina disse que tem alguém te seguindo o tempo todo – avisou ele – parece que é um cavaleiro, mas eu não confirmei ainda.

- Tudo bem, deve ser um dos guardas da família – respondeu ela – eles vem me seguindo quase o tempo todo.

 

No alto de um dos prédios o guarda realmente os estava observando, ele tinha ordens para relatar se alguma coisa acontecesse, mas a situação estava tão estranha que ele simplesmente não sabia se devia ou não relatar, o que ele mais estranhou foi ver Ryna tão próxima do Darch e conversando com ele normalmente, era normal a princesa imperial ser tão próxima dele? Uma outra ordem que recebeu era a de preservar sua identidade como herdeira do trono, então ele não podia sair causando confusão.

Enquanto isso Ryna teve uma ideia e aproximou-se do Darch, ela contou o que queria e ele perguntou se ela tinha certeza, quando viu a confirmação suspirou de novo, então após conjurar uma magia uma nevoa negra cobriu os dois, o guarda que estava vigiando foi pego de surpresa e ativou uma das funções do seu elmo, mas quando a magia de ver através de ilusões foi ativada os dois já tinham sumido.

 

- Me ferrei – foi tudo o que ele disse.

 

*******************************

 

- [lanças da Morte] – conjurou Dasugard erguendo a mão para o alto.

 

Várias esferas vermelhas surgiram no céu daquele lugar, logo as esferas se esticaram assumindo formas perfurantes e indo com tudo pra cima de todos, os dragonslayers conseguiram evitar o ataque enquanto que Galtran partiu uma das lanças ao meio com sua espada, mas alguns civis foram atingidos e empalados.

 

- Vocês aí! Acelerem a evacuação! – gritou um dos caçadores.

- Estamos tentando, mas não é fácil fugir de uma batalha quando você está no meio dela! – respondeu um dos soldados que ajudava as pessoas a escaparem.

- Continuem lutando como se eles não estivessem lá – ordenou Galtran – eu assumirei a responsabilidade e culpa por essas mortes, o importante é derrotar este dragão.

 

O motivo de tal desespero não era só o fato dele ser um dragão, também pesava o fato de que ele era mais forte que a média dos dragões negros, também era inteligente o bastante pra permanecer numa forma humanoide e combater só com magia, além disso ele ainda usava a pousada permanecendo no seu telhado e longe de qualquer combate direto.

 

- Quantas vidas salvaremos vai depender de quanto mais cedo acabarmos com ele – dizia Galtran – se hesitarmos pensando em quem pode morrer 10 mais morrerão.

 

Isso era o que chamavam de frieza do campo de batalha, numa luta tão determinante assim não havia espaço pra sentimentos ou piedade, se alguém estivesse no caminho acabaria morrendo, mas isso não significava que Galtran não ligava pra baixas civis, quando ele elaborava um plano de ataque sempre levava em conta evitar que inocentes fossem envolvidos, por isso a determinação de atacar com tudo desde o início vinha de não deixar essa luta se prolongar fazendo mais vítimas.

As 8 pessoas atingidas pelas lanças tiveram seus corpos dissolvidos em uma pasta de carne e sangue, depois disso as lanças vermelhas se fundiram a eles dando formas amorfas que rastejavam e tentavam agarrar com tentáculos deformados, os caçadores nunca viram esse tipo de magia antes, então só podia ser algo que apenas um dragão de elite teria.

 

- General, cuidado! – gritou um dos seus subordinados.

- Eu sei! – respondeu ele girando o corpo.

 

Ele fez esse movimento para rebater o ataque que veio por trás, era uma das prostitutas corrompidas e que estava com uma feição mais selvagem ainda, além da corrupção do Mana negro também receberam o Mana de dragão, as escamas e garras afiadas já se mostravam em ataques ferozes.

 

- Aquele deve ser o homem que matou Findaral e detonou o Vaector – analisava Dasugard – se eu o enfrentar de frente provavelmente serei morto, então vamos acabar com as moscas voando ao redor primeiro.

 

Ele se referia aos dragonslayers que estavam cercando o prédio, se viessem até ele seriam mortos por sua força física, que mesmo caindo pela metade era mais que o suficiente pra matar até gigantes, se permanecessem longe seriam mortos por sua magia, qualquer escolha que tomassem o fim seria o mesmo.

Enquanto Galtran e um dos times enfrentavam as criaturas no solo outro time enfrentava Dasugard no telhado, 5 homens especializados em matar as feras mais poderosas deste mundo, ainda assim dentro da organização apenas aqueles que sobreviviam ao combate direto contra um dragão real podia receber o título, mais da metade dos novos candidatos morriam em sua primeira batalha, por isso os que estavam aqui agora podiam se chamar de veteranos, pois cada um deles já participou da caçada de pelo menos três dragões reais.

Após cercar o dragão o primeiro deles avançou com tudo empunhando uma glaive semelhante a que Jinshu usava, Dasugard com seus sentidos praticamente podia ver em todas as direções, por isso nenhum avanço seria despercebido, quando o guerreiro com a glaive a ergueu para desferir um golpe o dragão girou o corpo para revidar.

O guerreiro com a glaive percebeu o contra-ataque e manobrou a arma de haste longa para ema fincar no chão e servir como vara de salto pulando por cima do dragão, nesta profissão eles aprendiam como lidar com estas feras e o importante era faze-los abrir a guarda, era muito difícil pra um dragão se livrar da sua arrogância, e por muitas vezes isso era a sua ruina.

Um pouco mais afastado a maga do grupo estava concentrada na conjuração de uma magia poderosa, Dasugard notou isso e imediatamente lançou um contra-ataque magico visando-a, o raio de pura escuridão voou como uma flecha na direção dela mas foi interceptado por um homem usando armadura e escudo pesado, desviando a magia ele protegeu sua companheira que completou a conjuração.

 

- [Redemoinho de Fogo Brutal] – disse ela agitando o braço na direção do Dasugard.

 

Como um furacão de fogo a magia seguiu rapidamente na direção de Dasugard, ele ia bater suas asas para voar mas outro membro dos dragonslayers usou um item magico, com ele uma espécie de gaiola de energia se formou ao redor do dragão impossibilitando que ele voasse, obviamente uma gaiola dessas só poderia segura-lo por alguns segundos, mas esses segundos foram o suficiente pra magia acerta-lo em cheio, Dasugard notou que havia Mana dracônico embutido na magia e isso o estava ferindo seriamente.

 

- Então vocês querem mesmo levar isso a sério não é? – disse ele sentindo sua pele queimar com o fogo – muito bem, eu levarei isso à sério agora!

 

Uma explosão negra aconteceu e a gaiola junto com a magia de fogo simplesmente foram estraçalhadas, de dentro da fumaça preta uma figura emergia cada vez maior e pondo o telhado em ruinas, a equipe dos dragonslayers rapidamente recuou chamando a segunda equipe, no chão Galtran observava o dragão negro surgindo e ficando preocupado, apesar de não ser tão grande como um ancião ele era maior que a média, o que indicava que Dasugard era especial.

 

- Já terminei de evacuar os civis – avisou Ardof.

- Excelente, não precisamos mais nos preocupar – disse Galtran – mas eu gostaria de lhe pedir pra participar da luta se possível, por causa daquilo sabe...

- Ah sim aquilo, aquilo que tá rosnando para nós agora – dizia Ardof olhando o prédio que se desfazia sob o peso do dragão.

 

Dasugard abriu suas asas e levantou voo alcançando uma grande altura num instante, lá no alto ele abriu sua boca e algo parecido com chamas negras começou a se acumular, mesmo os outros que não tinham experiencia sabiam o que estava vindo, e não demorou até o sopro do dragão rugir e se espalhar para tudo abaixo dele.

Ardof criou uma barreira de energia do 5ª nível para proteger a si mesmo e Galtran, os dragonslayers cada um encontrou uma forma de se proteger, seja através de magia ou simplesmente se jogando num buraco, mas dois deles não tiveram tanta sorte e foram atingidos pelas chamas negras, seus corpos tinham sido despedaçados pela pressão do ataque e os pedaços apodreceram instantaneamente.

 

- Temos só um minuto até ele poder usar de novo – avisou o líder dos dragonslayers – felizmente se ele continuar usando sem pausa o próximo será bem mais fraco que este.

- Não é nada tranquilizador mas já é alguma coisa – disse um companheiro do seu lado – mas temos que traze-lo pra baixo primeiro.

- Ou talvez levar um de vocês até ele – sugeriu Ardof já conjurando a magia.

 

Quando conjurou a magia Ardof tocou em Galtran fazendo-o sumir instantaneamente, um segundo depois Galtran reapareceu 1m acima do dragão e pousando em suas costas, Dasugard foi surpreendido por isso e virou o pescoço para tentar abocanhar aquele que pousara em suas costas, mas Galtran rapidamente ficou sua espada bem no meio das costas do dragão arrancando um urro de dor da fera que se contorceu.

 

- Minha espada Terifing pode cortar praticamente qualquer coisa – disse ele – então sinta a dor pelos civis que matou hoje!

- Seu desgraçado!! – gritou o dragão girando o corpo para se livrar dele.

- E isso aqui é por todas as vítimas que você já fez até hoje – disse ele concentrando seu Mana na espada – e também porque hoje é um raro dia em que estou muito puto!

 

Galtran não tem capacidade para usar magia, mas ele é um dos homens com mais Mana no reinado, por isso sua espada Terifing foi criada visando aproveitar-se de todo esse Mana na forma de ataques mágicos, após doar seu Mana para a espada esta liberou um raio que atravessou o dragão das costas até a barriga, com seu sangue praticamente chovendo sobre as pessoas lá embaixo o dragão despencou do ar e caiu abrindo uma cratera.

 

- Agora vamos arrancar essa cabeça! – disse Galtran avançando.

- Nem em seus sonhos! – gritou Dasugard virando a boca pra ele.

 

O sopro do dragão foi atirado diretamente contra Galtran, como o caçador havia previsto estava bem mais fraco já que não houve tempo para acumular Mana suficiente, mesmo assim muita pouca coisa resiste a um sopro certeiro, Galtran que tinha bloqueado com a espada foi atirado longe chocando-se contra os escombros do prédio, quando o sopro cessou todos puderam ver que ele ainda estava vivo, sua armadura estava enegrecida como se tivesse enferrujado e as bordas estavam desgastadas assim como a lâmina da espada.

 

- Como o esperado de um dragão negro – avaliou ele – seu sopro é pura morte e destruição.

- Você está bem?... acho que não – disse Ardof após se teleportar pro lado dele.

 

Ele se referia ao dano que Galtran sofreu, as partes expostas do seu corpo estavam como se tivessem apodrecido e necrosada, seu olho esquerdo parecia ter estourado e seu braço direito não funcionava, mesmo assim ele parecia confiante e se levantava para lutar.

 

- Não se preocupe, tanto minha espada como minha armadura Kavacha vão se concertar em minutos – dizia ele se levantando – e eu também já que a estou vestindo e compartilhamos habilidades.

 

Ele dizia já sentindo a dor diminuir e o sangramento parar, de todos os seus ferimentos provavelmente o olho levaria metade de um dia para se regenerar, mas o poder de um artefato épico impressionava até o Ardof que já estava acostumado a ver maravilhas.

O dragão mesmo ferido levantou-se para continuar lutando, ele não fazia isso por gloria ou simples fúria mas por saber que não podia fugir, se ele eliminasse seus oponentes teria o tempo que precisava para escapar desta dimensão, então a única alternativa era simplesmente matar tudo ao seu redor.

Seu sopro já recarregara novamente e Dasugard mirou nos dragonslayers reunidos, sua intenção era dividi-los para matar um por um rapidamente, mas o guerreiro com o grande escudo pulou na frente do sopro e o bloqueou dispersando-o por todos os lados, o escudo era na verdade uma grande escama de dragão metálico e por isso ela suportava tanto, Dasugard precisaria do seu sopro na potência máxima para atravessar isso.

 

- Bom, acho que eu posso dar uma mãozinha agora – disse Ardof conjurando uma magia.

 

Ardof invocou um gigante de 8m e corpo todo vermelho com o cabelo preso em um rabo de cavalo, era um gigante do fogo vestindo uma armadura negra e empunhando uma maça-estrela flamejante, logo depois de ser invocado ele correu na direção do dragão e lhe aplicou um golpe violento na cara, Dasugard urrou ao ter alguns dentes arrancados e depois engalfinhou-se com o gigante.

 

- “Maldição! O ferimento de antes me enfraqueceu!” – pensou Dasugard sentindo o sangue sair por ambos os lados.

 

Mesmo que sua força física estivesse menor ele ainda prevaleceu sobre o gigante, após abocanhar o pescoço dele o rasgou e fez o gigante desaparecer, mesmo assim Dasugard estava coberto de ferimentos e queimaduras pelo contato com o gigante, os dragonslayers aproveitaram a luta para se posicionar e todos eles usaram um medalhão que carregavam, este medalhão invocava correntes grossas de ferro do chão que se enrolaram no corpo do dragão.

 

- Isso não vai durar muito tempo chefe, vá agora! – gritaram os caçadores.

 

O líder dos dragonslayers conjurou uma magia de troca de equipamento e avançou pra cima de Dasugard, o dragão sentindo o perigo disparou seu sopro na direção do Krinos que o recebeu de frente, mas para a surpresa do dragão ele atravessou as chamas negras já com um equipamento novo, era uma armadura feita de escamas de dragão negro junto com um escudo do mesmo material, além disso ele tinha uma lança de investida na outra mão, e essa lança parecia emitir um brilho poderoso.

O dragão conseguiu libertar uma de suas patas e tentou ataca-lo, Krinos que fazia jus ao titulo de capitão dos dragonslayers desviou do golpe e atravessou o peito do dragão com a lança, a forma como ele facilmente o perfurou demonstrou que aquela arma não era normal.

 

- Foi um sucesso, conseguimos transformar um dos caninos do Findaral em uma arma nível 9 – comemorava Galtran satisfeito.

- Você... disse... canino do Findaral? – perguntou Dasugard cuspindo sangue.

- Exato, deu muito trabalho mas o lorde Cedric conseguiu transformar um canino inteiro numa lança – explicou Galtran – mesmo sem receber nenhum outro encantamento ela já conta como uma arma lendária, seu corpo moribundo é a prova disso.

 

Mais forte que qualquer metal e pesando menos da metade do aço, a lança tinha o poder de destruição equivalente a uma magia do 9ª nível, basicamente ela poderia matar qualquer coisa que fosse mais fraca que o próprio Findaral, embora ela não seja tão conveniente assim pois seu poder destrutivo só podia ser usado num único golpe uma única vez ao dia.

 

- Vocês humanos!... que Bahamut e Tiamat os amaldiçoem por isso! – gritou o dragão antes de cair morto.

- O que achou da lança Krinos? – perguntou Galtran.

- Maravilhosa, mas muito difícil de controlar, ela vibra muito quando libera seu poder – explicou ele a fincando no chão – além disso ao atingir o inimigo ela libera sua força, até mesmo pelo cabo, veja só a minha mão.

 

Ele mostrou a manopla da armadura derretida e a mão como se tivesse sido banhada em água fervente, felizmente existia magia de cura, mas sem isso quem empunhasse essa lança poderia perder a mão se não estivesse protegido, era um problema pra se solucionar no futuro.

 

- Nosso imperador decretou que você pode ficar com ela como recompensa pela caçada – avisou Galtran – mas o corpo do dragão ficará conosco como compensação.

- Você tem certeza disso!? Essa lança é...

- Temos mais três delas, afinal um dragão tem 4 caninos – explicou Galtran – faça uso dela para nos proteger dos dragões malignos, mas por favor proteja-a com a sua vida.

- Sim, eu garanto que a protegeremos bem – respondeu ele curvando-se – tem a minha palavra e de toda a ordem dos dragonslayers.

 

Os dragonslayers foram recolher o que sobrou dos corpos dos seus companheiros, Galtran mandou os soldados vasculharem os escombros em busca de pessoas que estivessem presas ou de coisas que precisassem ser recuperadas, no final mesmo com o imprevisto a batalha contra o dragão foi bem, vidas foram perdidas mas a capital seguirá livre de problemas como sempre foi, ou pelo menos como deve parecer.

 

- Vencemos o dragão mas ainda há um problema menor – dizia Galtran – tudo indica que ele tinha um servo, e este não foi encontrado aqui.

- Até onde eu sei servos de dragões malignos não ficam a vontade com eles – explicou Ardof – talvez ao saber que seu mestre foi morto este servo alegremente vá embora.

- Não gosto de pontas soltas, mas não temos tempo ou pessoal pra lidar com isso – disse o general – se for só um mero servo que ele vá embora e aproveite sua segunda chance.

- Além disso precisamos logo acabar com isso, amanhã ainda teremos o 4ª dia dos jogos mágicos – disse Ardof – esta dimensão precisa estar impecável para amanhã.

- Eu meio que invejo estes jovens que podem se dedicar à competição esportiva – dizia Galtran – ah bem fora a ordem de Dranares eu estarei torcendo pelo academia arcana, tenho uma boa expectativa naquele rapaz mago negro.

 

************************************

 

- Vocês realmente foram bem loucos lá – disse Ryna.

- Que pena que não vou poder ficar com estas roupas – dizia Darch – mas por outro lado eu não fico confortável nela.

- Eu não diria isso, você ficou muito bem – elogiou Ryna.

 

Já que a roupa desapareceria de qualquer jeito Darch não se importou com aparências, ele desabotoou o terno e sentou-se num tronco caído da praça, foi para este lugar que eles fugiram para despistar o homem que os vigiava, uma praça em um bairro tranquilo, e para ficarem longe de olhares eles resolveram se esconder no meio da escuridão das árvores.

Ryna levantou um pouco a saia do vestido e foi sentar-se ao lado dele, antes ela lembrava de ter visto um relógio indicando a 4ª hora noturna, em breve seria meia-noite e eles só teriam o tempo exato para dormir pros jogos de amanhã, mesmo assim ela não sentia a menor vontade de ir pro hotel agora.

 

- Acho melhor voltarmos, ou o pessoal pode ficar preocupado – comentou Darch.

- Eu acho melhor não, vai ser o primeiro lugar onde o Karl vai me procurar – respondeu ela – deixe-o um pouco perdido pra ele desistir.

- Afinal quem é aquele cara? – perguntou Darch.

 

Ela sentiu um pequeno aperto no coração, estaria tudo bem contar que era seu noivo? Como Darch reagiria se soubesse que ela já estava comprometida? Quando pensou nisso ela também se perguntou por que estava preocupada com a opinião dele.

 

- Aquilo foi para estreitar os laços entre nossas famílias – respondeu ela sem conseguir encara-lo nos olhos.

- Tudo bem se for complicado pra você – disse ele – apenas saiba que pode contar comigo para quando precisar.

- Você é sempre assim, sempre vem em meu socorro quando eu preciso – dizia ela com um sorriso lindo – quantas vezes já foram?

- Sei lá, eu parei de contar já que você gosta muito de se meter em problemas – respondeu ele rindo.

 

Ryna deu uma boa risada disso, era verdade que nestes 5 anos ela já se meteu em mais problemas que uma vida toda, felizmente ela podia contar com seus amigos e principalmente a pessoa mais inesperada, se antes de entrar na academia alguém lhe falasse isso não acreditaria, mas um mago negro é a pessoa em quem ela mais confia, tanto quanto confia em sua prima.

 

- Quando você se formar e procurar emprego eu tenho uma vaga pra você – dizia ela – como meu cavaleiro negro, o que acha?

- Nossa, espero que pague bem, porque você dá muito trabalho – brincou ele.

 

Novamente eles riram, Ryna percebeu que ao lado dele sempre podia ser ela mesma, sem preocupações ou fachadas, além disso ele não ligava para o status dela ou sua fortuna ou qualquer coisa superficial assim, Darch a via como sua amiga e não como alguém para ajudá-lo a subir na vida, Ryna desejava tanto que ele fosse alguém com quem pudesse casar que foi aí que percebeu que estava claro o que sentia por ele.

 

- Darch, eu quero lhe fazer uma pergunta pessoal – disse ela aproximando-se mais – o que você pensa de mim?

- Hã? Por que isso... bem, não é como se você fosse uma qualquer pra mim – dizia ele meio constrangido – de fato acho que você é a garota mais próxima, meio que mais que a Tane.

- Então... se eu lhe perguntasse que sentimentos tem por mim – dizia ela segurando a mão dele – que resposta me daria.

 

Darch engoliu em seco, o olhar dela dava a impressão que ela precisava muito dessa resposta, mas Darch não tinha uma resposta para dar, pelo menos uma que pudesse satisfaze-la sem machuca-la, por isso ele resolveu dizer a verdade.

 

- A verdade é que eu gosto muito de você, mas não é possível ir além disso – disse ele – eu sou alguém que não tem um futuro, por isso não posso dar amor pra nenhuma pessoa.

- Por causa do seu objetivo? – perguntou ela – porque você não quer arrastar mais ninguém com você?

- Eu jamais desistirei do meu objetivo, e para isso eu preciso acumular mais e mais poder – respondeu ele verdadeiramente – farei até um pacto com o diabo se for preciso, meu destino é cair na escuridão ou morrer antes.

 

Ryna queria implorar para ele desistir disso, mesmo que sua irmã estivesse viva após tanto tempo ele não poderia derrotar um arquidemônio sozinho, um mago negro não é capaz de um feito tão milagroso.

Ainda assim ele estava disposto a ir até as últimas consequências, Darch sabia que talvez precisasse fazer coisas terríveis, por isso ele não queria estabelecer ligação com ninguém, ele não queria arrastar ninguém na sujeira que teria que fazer e por isso tinha a convicção de que ficaria sozinho para sempre.

Mesmo sabendo de tudo isso Ryna o desejava, talvez fosse apenas um sentimento de luxuria, mas o fato é que Ryna só desejava fazer isso com ele, qualquer outra pessoa parecia ser um mero compromisso, Ryna queria fazer isso com alguém que não a visse como a herdeira do trono mas um mulher de verdade.

 

- Eu acho que estou sendo apenas egoísta e metida, principalmente depois do que eu disse à Tane antes – dizia ela segurando a mão dele – mas eu realmente quero lhe pedir, ao menos uma única vez faça comigo por seu desejo próprio.

- Você está me pedindo pra... – ele ficou todo vermelho e meio perdido de reação.

- Você não precisa me amar, eu também não te amarei em troca – dizia ela como se estivesse aflita – mas só dessa vez, me faça sentir desejada!

 

Darch ficou completamente sem reação por isso, mas Ryna parecia que não queria dar tempo dele pensar e atacou de uma vez, jogando-se sobre ele Darch acabou deitado naquele tronco caído com ela por cima, Ryna então se deitou sobre ele e começou a beija-lo ardentemente.

Darch tinha sido pego de surpresa e até estava perplexo, mas ele não estava resistindo a ela, Darch permitiu passagem da língua dela em sua boca e depois passou as mãos em sua cintura, mãos estas que depois foram descendo e apertando a bunda dela com força, a essa altura Darch não queria pensar em mais nada, só queria senti-la e prova-la, relembrar o que aconteceu naquela mansão nas férias.

Naquela ocasião ambos estavam drogados e fora de controle, mesmo assim as lembranças, sensações e emoções não desapareceram, foi constrangedor por muito tempo até as coisas voltarem ao normal, mas nenhum dos dois esqueceu o prazer que proporcionaram um ao outro.

Ryna estava totalmente agressiva quanto a isso, ela avidamente tentava arrancar a roupa dele enquanto Darch estava se atrapalhando com o cinto, quando ela finalmente baixou as calças dele foi logo se levantando um pouco para erguer o vestido e baixar a calcinha, ela estava odiando o quão trabalhoso aquilo era e quanto tempo levava, mas quando finalmente encaixou-se nele foi como ir ao céu.

Já fazia dois anos desde a última vez mas parecia que ela treinava pra isso, após encaixar-se nele Ryna começou a rebolar pra frente e pra trás com força como se estivesse mesmo cavalgando uma besta, Darch a segurava pela cintura como se quisesse impedir que ela saísse de cima, mas não precisava conte-la pois Ryna estava plenamente satisfeita com isso, ela logo deitou-se sobre ele e Darch a segurou pelas nadegas, com seus corpos coladinhos a cintura dela agora subia e descia fazendo sons que poderiam ser ouvidos, os gemidos dos dois estava bem alto, felizmente a essa hora ninguém estaria andando por essa praça.

 

- Mais forte... mete em mim como faz com as outras – implorou Ryna abraçando o pescoço dele com força.

 

Agora além dela estar se movendo ele também fazia o movimento aumentando o impacto entre os corpos, Ryna gritou de pura luxuria e Darch preocupado tapou a boca dela com a mão, Ryna tirou a mão dele do caminho e o beijou com força quase sugando a língua dele, mas pelo menos os gritos estavam abafados, graças as outras garotas que Darch vinha pegando ele tinha uma boa resistência para isso, então Ryna foi a primeira a gozar e se derreter toda sobre ele.

Claro que agora que começaram eles não iam parar só com isso, principalmente Darch que ainda tinha muita energia, ele começou a apertar os seios fatos da Ryna enquanto chupava seu pescoço, Ryna não se importava se ele deixasse marcas pois poderia cura-las facilmente, por isso até uma mordida leve ela aceitou sorrindo, ela mesmo então rasgou a parte de cima do vestido fazendo seus seios pularem pra fora, Darch ficou surpreso por ela ter destruído um vestido tão caro mas logo abocanhou o seio esquerdo dela enchendo a boca enquanto apertava o outro com força, mesmo essa pequena dor era prazerosa, Ryna não se sentia tão viva assim há um bom tempo e queria sentir ainda mais.

Já que tudo estava liberado Darch abraçou Ryna e rolou com ela de cima do tronco caído, os dois caíram no chão gramado se sujando, Darch virou Ryna de bruços e rasgou o vestido dela na altura da cintura, depois de dar uma mordida na nadega dela Ryna empinou a bunda para ele, Darch prontamente meteu por trás enquanto a segurava pela cintura, ele a penetrava com bastante força e a cada “golpe” que levava Ryna gemia alto, quanto mais ele a puxava para si mais ela se oferecia.

Darch metia fundo nela e com muito gosto, sentindo que estava prestes a gozar ele reuniu toda a força de vontade que lhe restava, tirando de dentro dela Darch gozou fora para evitar problemas futuros, Ryna por um lado ficou um pouco decepcionada mas ao mesmo tempo aliviada, quando ele terminou a puxou por trás e a abraçando beijava seu pescoço.

 

- Que foi que nós fizemos? – dizia ele.

- Saiba que não me arrependo e foi isso que eu quis – disse ela – mas não reclame enquanto você aperta o meu peito.

 

Ele riu e soltou o peito dela, Ryna virou-se de frente pra ele e o beijou de forma apaixonada, se dependesse deles fariam mais uma vez, mas agora estava tarde e eles precisavam voltar, Ryna então levantou-se segurando o que sobrou do vestido e tirou do bolso uma plaqueta, ao dizer umas palavras magicas o seu uniforme da academia saltou de dentro dela indo para suas mãos.

 

- Que bom, estava preocupado com você voltando assim – disse ele olhando o estado que o vestido ficou.

- Deveria ficar mais preocupado com esse smoking todo sujo de grama – disse ela rindo.

 

Enquanto Ryna se vestia Darch limpava sua roupa o máximo que podia, no fim ela já estava com o uniforme enquanto ele se livrava do que não precisava, assisti-la se vestir foi lindo na opinião dele mas Darch não queria que o que aconteceu agora se transformasse em algo maior.

 

- Ryna, eu...

- Vamos continuar apenas como amigos, eu não vou cobrar nada de você – cortou ela sabendo o que ele diria – o sentimento que tenho vou guardar só para mim, mas quando você estiver livre eu o aceitarei de braços abertos.

 

Isso era meio que um pacto entre eles, Darch não podia se ligar a ninguém até que estivesse livre do seu objetivo, Ryna também não podia escolher a quem amaria, então o jeito era viverem separados, além disso Ryna estava se sentindo culpada já que prometera deixar o caminho livre para Varatane, ao fazer isso com o Darch hoje parecia que estava traindo-a, por isso quando houvesse uma chance ela falaria sobre isso.

Assim a noite de amor dos dois ficaria só na memória deles por enquanto, não havia uma promessa de ficarem juntos, mas também não havia nada determinado, o jeito era deixar rolar quando acontecesse.

 

 

Continua.


Notas Finais


Na capa temos o dragão Dasugard em sua verdadeira forma, mais um que vai pro freezer do reinado!
.
Tivemos muitas tretas mesmo, tivemos a Emadora e o Jinshu se estranhando, a galera detonando os planos do Karl, o dragão encarando os caçadores e o nosso casalzinho tirando o atraso após tanto tempo!
E só pra constar: o que aconteceu não significa que o casal já tá definido, muita coisa pode rolar, eu posso matar um deles e tal... mas pra quem curtiu deixa o comentário pra animar, eu também tenho planos (não concretos) de mostrar o que Reina e Emílio ficaram fazendo.


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