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História Herdeiros do Império - Reylo - Entrega


Escrita por: howardlev

Notas do Autor


Esse capítulo vai deixar muita gente animada. hahaha. Eu sei que demorei, mas disse pra vocês que tinha motivos para isso. Está aí o meu trabalho de semanas! hahaha
Não esqueçam de comentar o que acharam <3

Capítulo 13 - Entrega


Fanfic / Fanfiction Herdeiros do Império - Reylo - Entrega

Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

(Camões)

Alfheimr – 9 anos atrás.

A festa que seguiu à condecoração de Ben não poderia ter sido melhor. A fogueira aquecia os corpos e corações dos pequenos padawans, mestres, e principalmente dos donos do motivo da comemoração: Ben e Rey.

"Ben, aí está você." Disse Dana ao se aproximar do antigo aprendiz, ele se levantou do tronco onde estava sentado e a abraçou. Ela ria ao tapear as costas do jovem com seu abraço. "Não disse que no fim tudo iria dar certo? Eu não erro, garoto." Ela esfregou os cabelos de Ben, que corou logo em seguida. "Rey! Venha cá Rey, deixe-me dar os parabéns!" Ela não pôde conter o sorriso e então entrou no abraçado de Dana. "Acredito que tenha ficado muito feliz por ter sido a escolhida de Ben!"

"Não imagina o quanto." Rey abriu um sorriso ainda maior, perambulando seu olhar entre Ben e Dana.

"Ora, eu imagino sim. Esse garoto é incrível. Me deu um certo trabalho mas no fim tudo seguiu bem." Ela o trouxe para seu lado pelo ombro. "Aproveitem a noite, jovens. Estarei por aí."

"Ótimo." Respondeu Ben. "Dana, muito obrigada por tudo.”

"Não me agradeça, Ben." Ela encheu seu copo observando o olhar atento de seu antigo aprendiz. "Aproveite seu dia!"

Os dois se despediram da mestra e novamente se sentaram em frente à fogueira.

 

As chamas seguiam o caminho do vento, formando brilhantes pontos no céu escuro daquela noite. As estrelas também acompanhavam a cerimônia, como se brilhassem ainda mais pela comemoração.

"Foi um dia incrível." Rey comentou. "A cerimônia foi... linda."

"Foi mesmo, jovem padawan." Ele respondeu com um sorriso no canto da boca, seu ombro se chocando contra o de Rey.

Ben então ouviu seu tio chamando por ele enquanto Rey avistava alguns de seus colegas comemorando poucos metros dali. Estavam rindo, conversando e dançando quando então um deles a chamou. Ela foi até eles sob o olhar atento de Ben, que seguiu até seu tio para se sentar ao lado dele.

"Ela ficará bem, não se preocupe." Tio Luke disse sorrindo enquanto tentava chamar a atenção de seu sobrinho.

"Eu sei." Ben respondeu.

"Como está sendo seu dia como um novo mestre, hein Ben?" Tio Luke riu enquanto deixava o liquido de seu copo cair em pequenas gotas até o chão.

"Melhor do que imaginei." Respondeu. "Só estou um pouco nervoso."

Ben tentava parecer o mais atencioso possível mas não foi capaz de evitar que Luke percebesse que sua preocupação estava na garota. Mal prestava atenção nas palavras do Grã-Mestre.

"Ora, não fique nervoso Ben." Luke tentou quebrar o clima e quebrar toda aquela sua tensão por cima de Rey. "No fim tudo acaba dando certo. A força estará sempre ao seu lado para guia-lo, meu sobrinho."

Ben virou o rosto para entregar à Luke um sorriso tímido, desconfortável. Em seguida voltando a observar sua padawan, que desta vez corria em sua direção, rindo, fazendo sinais até que quando chegou perto agarrou seu braço e começou a puxa-lo.

"Venha Ben, estão todos dançando. Venha." Ela disse empolgada, ignorando totalmente a presença de Luke.

Quando o reparou, Rey tentou conter a animação ao cumprimenta-lo e pedir desculpas pela interrupção. Luke, como um bom senhor, disse que ela não estava atrapalhando em nada, e então incentivou Ben a seguir com a moça, que logo mostrou-se mais feliz por estar seguindo com sua padawan do que estar afastado dela nos minutos anteriores.

Luke então ficou a observar o quão radiante era o sorriso de Ben quando ele estava acompanhado pela garota. Não demorou muito para que ele corresse segurando na mão dela, e seguissem até o centro da festa, onde só eles dois pareciam existir no meio de todos aqueles outros jovens.

No meio do círculo eles brincavam, sorriam e dançavam. Ele parecia outra pessoa quando com ela, parecia irradiar luz, como se nada nem ninguém pudesse destruir aquela sensação.

O grã-mestre ficou a pensar enquanto analisava os movimentos e ações. "Eles estão mais próximos do que nunca." Pensou, "Ah, deve ser bobagem a minha." E então balançou a cabeça três vezes para que os pensamentos estranhos saíssem de sua mente, tirando sua atenção do casal de mestre e padawan, e indo em direção aos seus colegas mais velhos.

Do outro lado, Rey mostrou-se irritada quando um dos jovens pegou em sua mão para que fizessem uma roda enquanto dançavam.

"Pare de pegar na minha mão!" Ela disse incomodada e com certa arrogância na voz. "Não permiti que pegasse, permiti?"

O jovem pediu desculpas, meio pra baixo, envergonhado e decepcionado pela reação de Rey.

"Hey, o que foi?" Ben perguntou com a voz baixa, para que apenas ela pudesse ouvi-lo. "Por que está irritada assim?"

"Não gosto quando peguem em minha mão, Ben." Admitiu.

"Você não reclama quando eu pego em sua mão, Rey..."

"Quis dizer que não gosto quando nossos amigos pegam em minha mão." A jovem piscou com um olho só na direção de Ben, o fazendo sorrir.

"Espere, está dizendo que não sou seu amigo?"

"É exatamente isso." Ela mordeu o lábio inferior. "É mais que um amigo, Ben. Sabe disso." Ela sorriu.

Ben engoliu em seco, constrangido e sem saber o que dizer.

"É meu mestre, Ben. Não é?" Ela levantou uma sobrancelha, rindo da cara de assustado dele.

"Você é estranha, Raio de Sol." Ele riu dando um empurrão no ombro de Rey.

"Você também é estranho!" Ela devolveu o empurrão. "Mas eu adoro você!"

"Eu sei." Ele selou os lábios, com a expressão serena, aproximando-se da jovem e apertando suas bochechas. "Eu sei, Kenobi..."

 

Gesin – 2 anos depois, 7 anos atrás.

Não era a primeira vez deles em Gesin. Há alguns meses atrás conheceram o planeta e o povo nativo em uma de suas missões nesses 2 anos atuando em conjunto como mestre e padawan.

Desde o início preferiram tratar com assuntos ligados ao regime, missões diplomáticas, em que infiltravam-se nos diversos planetas de centro para descobrir sobre os novos planos que ligavam à política ao lado sombrio. Uma forma de impedir que grupos ligados à seitas de teor imperial tomassem conta dos ideais interplanetários.

 Quando chegaram foram recebidos por uma senhorinha de cabelos longos e grisalhos conhecida por Madame Punfrey, que logo ao descobrir que haviam sido mandados por Luke, lhes ofereceu abrigo em seu vilarejo, no povoado de Maverins.

Gesin era um planeta neutro, então era bem complicado estar por lá. Era um planeta de centro, não havia se unido à república ou ao antigo império, motivo pelo qual eles corriam o risco de esbarrar com inquisidores da Primeira Ordem disfarçados, tanto que nem suas roupas típicas de jedi utilizavam quando estavam no planeta.

"Renesmy, Ben! Demoraram para voltar, crianças!" A madame sorriu ao segurar em ambas as mãos, as juntando em um único embalar. "Sabem que sentimos falta de vocês! Trazem luz à nossa aldeia." Rey sorriu e logo soltou-se da mão de Ben quando a madame soltou suas mãos de baixo das dela.

"Essa é Davina, minha sobrinha-neta. Ela irá providenciar um lugar para vocês. Podem ir com ela agora, passo mais tarde para visita-los."

O planeta era bem pequeno. Gesin era formado por grandes ilhas que funcionavam como a base para o desenvolvimento de diversas aldeias. O povo vivia a partir da subsistência. Havia, é claro, um governo maior que regia o planeta, contudo, cada ilha possuía soberania para as decisões cabíveis à cada aldeia, tudo perante às leis maiores. E aquele local em que estavam era especial de certa forma. Era formado pela união de dois clãs, os Maegis e os Averins.

Os dois clãs no início eram inimigos. Maegis cultuava o lado sombrio, enquanto Averins tinha sua total devoção à luz. Como os dois clãs viviam na mesma ilha com o igual pretexto de terem herdado as terras das maiores forças divinas das quais seguiam, tornou-se inevitável as disputas por territórios.

Com o passar do tempo e as guerras se tornando cada vez mais constantes entre os dois clãs, o planeta Gesin teve grande parte de sua natureza destruída, sendo assim sua magia prejudicada por esses dois grupos. Foi então que as demais ilhas decidiram interver.

Um acordo de paz foi estabelecido entre os dois clãs sob ameaça de intervenção das outras ilhas do planeta. Eles concordaram então que os membros de cada aldeia não poderiam se relacionar com o da outra, criando assim uma fronteira imaginária, em que a ilha seria repartida igualmente pelos clãs, caso contrário, o acordo seria quebrado e a guerra reestabelecida. Foi o que aconteceu.

Além de ambos nunca terem aceitado muito bem a obrigação de dividirem a mesma terra, cinquenta anos depois do acordo, quando o planeta já havia reestabelecido parcialmente a paz, uma criança nasceu no povoado de Averins. A criança, contudo, não possuía as características típicas daquele povo. Seus cabelos eram como o fogo, não como a luz branca dos cabelos de sua mãe. A criança possuía um olhar severo, não terno como o das pessoas de sua aldeia. Nada como aquilo tinha sido visto antes, e é claro que grande rebuliço fora gerado, uma vez que os cabelos cor de fogo eram típicos do povoado inimigo.

Ficou evidente então o motivo para tal fato: o pai era um Maegis. 

Ao descobrirem, os nativos da aldeia reuniram-se para buscar pelo homem que houvera rompido a pureza daquele clã. Eles expulsaram a mulher de Averins. Em seguida eles caçaram o pai e o mataram na fogueira abraçado com seu filho enquanto a jovem assistia a tudo para servir como exemplo.

Eles acreditaram que a punição seriviria de alguma coisa, que as pessoas aprenderiam com aquilo, mas não foi o que aconteceu.

O extermínio da criança rompeu a pureza de Averins. A jovem mãe enlouqueceu e deixou-se levar pelas trevas, absorvendo qualquer tipo de ódio que poderia, fazendo com que seus poderes só crescessem. Ao descobrir a proporção de sua magia, prometeu que se vingaria de cada membro de seu clã, matando todos os homens, mulheres e crianças que pudesse.

Seu ódio trouxe dias de escuridão ao povoado, e, auxiliada pelos membros de Maegis, conseguiu assassinar muitos membros de seu antigo clã.

O extermínio foi um sucesso. O povoado de Maegis foi a loucura ao ver o tamanho poder que a jovem possuía. Decidiram então torna-la líder do grupo, acreditando que ter alguém como ela na liderança traria tanto poder ao povo que a construção de um reinado com proporções planetárias servindo ao lado sombrio estaria mais próximo de se concretizar.

Estavam completamente enganados.

Pouco depois a jovem rainha passou a tiranizar os membros de Maegis. Sua loucura e ódio era tanto que chegou ao ponto de decretar que todas as crianças da aldeia fossem mortas com o pretexto de que as mães precisavam sentir o que ela sentiu quando perdeu sua criança, para que assim, o clã se tornasse mais forte com a propagação do sofrimento.

E pela primeira vez, ninguém concordou com ela.

Foram inúmeras guerras. Nem mesmo um exérciito de mil homens era capaz de derrota-la. Sua força era cada vez maior e a cada dia que passava o clã de Maegis perdia seus membros.

Seus estragos estavam refletindo em toda a ilha. Não se era mais possível viver em paz. Já não havia mais distinção entre luz e trevas. Foi então que os dois clãs decidiram se unir para derrota-la.

A luta foi árdua, o esforço era mútuo. Com muita insistência eles conseguiram acabar com a vida da jovem.

Ela morreu nos braços da líder de Averins, que ao ouvir as palavras de lamentação da jovem embalou-a em um sono profundo e libertou sua alma para que seguísse rumo à vida eterna fora da realidade de Gesin. No fundo eles sabiam que ela era apenas uma jovem doce que fora rompida pelo caos da guerra.

Chegaram à conclusão de que jamais atingiriam sua unidade novamente, e, assim, preferiram encarar que não se podia trabalhar com as trevas ou luz unicamente. Entenderam que se precisava atingir o equilíbrio.

Levou um tempo para que recuperassem tudo que haviam um dia construído, mas, no fim, acabaram conseguindo criar uma nova conexão, a qual nomearam por Maverins. Uma unidade pacífica, formada por híbridos. Seres sensitivos que devotavam sua vida para servir à luz e as trevas, que devotavam sua vida ao equilíbrio.

 

"Esse local parece que nunca muda." Ben sussurrou para Rey. "Lembra-se? Da última vez que viemos pra cá também estava chovendo."

"É mesmo." Concordou Rey com um singelo sorriso.

Devido aos grandes oceanos que rondavam as ilhas, todos os dias acabavam em chuvas fortes.

"Vocês são casados?" Davina perguntou sorridente.

"O que?" Rey pigarreou.

"Perguntei se são casados. Posso colocá-los juntos em uma mesma cabana. Então, são casados?"

"Sim." Ben respondeu antes que Rey pudesse pensar em falar algo. Não lhe deu permissão a um protesto, apenas lançou um olhar de sabedoria à ela.

"Ótimo, então vou deixá-los juntos." Ela sorriu. "Aproveitem a estadia, caso precisem de mim é só chamar. Amigos de Punfrey são meus amigos também!" Exclamou e então os guiou até o local onde eles se hospedariam.

Mais tarde quando já instalados em uma pequena cabana onde aparentemente só possuía uma cama, Rey aproximou-se de Ben e ele previu o que ela iria perguntar.

"Disse que éramos casados para não ter que dar satisfação a ninguém. Preciso de você perto de mim caso nos descubram e resolvam atacar." Ben dizia removendo a túnica e revelando sua roupa típica de jedi.

"Pare de ler minha mente." Rey protestou.

"Eu não li, sabe que não consigo ler você."

"Sempre diz isso." Bufou rolando os olhos. Ele sorriu para ela.

"Eu não minto pra você, Renesmy. Sabe que uma de suas grandes habilidades é conseguir bloquear truques mentais." Aproximou-se da bolsa de pano que guardava seus pertences. "Eu durmo no chão, trouxe alguns lençóis, você dorme na cama."

"Não!" Protestou Rey. "Eu não ligo que durma aqui... digo... sério não tem problema mesmo, sou sua padawan, estamos sujeitos a essas coisas, não é mesmo!?" Ela sorriu timidamente. "Além do mais disse que somos casados, vamos agir como se fossemos então." Então a situação se inverteu, foi a vez de Rey sorrir enquanto Ben ficava sério. "O que foi?"

"Rey eu não quis me aproveitar disso, espero que saiba."

"Claro que sei!" Ela lhe tapeou o peito e os dois permaneceram se olhando por alguns segundos. Rey não sabia se fora o ar que ficou mais quente ou se seu corpo estava de tal forma lhe pregando peças. "Bom, eu... vou deixar tudo pronto então, amanhã teremos um grande dia pela frente."

Mais tarde, depois de resolver alguns assuntos iniciais com madame Punfrey, Ben voltou para a cabana e encontrou Rey já deitada. Ele hesitou em deitar-se ao seu lado principalmente depois de ter sentido algo forte se formar em seu estômago no momento em que avistou o pescoço desnudo de Rey fitando-o e lhe causando a estranha sensação de querer toca-lo.

Ele evitou o olhar, evitou perceber o quanto a pele clara de Rey fazia um par lindo com a camisola de seda salmão com a alça fina que lhe caía sobre o ombro. Pela Força, só ele sabia o quanto seus lábios ansiavam por tocar aquela parte especial do corpo dela, uma parte tão delicada e atraente.

Seu cabelo pendia para o lado, deixando ainda mais evidente a porção de pele que seguia desde seu pescoço até o começo de seu braço, tensionada, ainda mais agora que estavam passando mais tempo juntos e longe da academia Jedi.

Ele balançou a cabeça tapeando sua própria face tentando tirar os pensamentos estranhos de sua mente. Fez um árduo trabalho nesses anos todos para se livrar deste sentimento, não seria agora que se entregaria.

Rey sentiu o lençol movendo-se e trazendo Ben para perto dela. O rapaz se deitou tentando não incomoda-la, não toca-la. Ele virou-se para o outro lado quando ouviu Rey sussurrar:

"Senti tanto sua falta." Ele imediatamente abriu os olhos que tentou fechar antes numa tentativa desesperada de adormecer. "Eu nunca disse isso a você mas, todos os dias, não houve um dia sequer, em que eu não tenha pensado naquele beijo." Ela puxou o ar em seguida o soltando. "Não houve um dia em que eu não tenha imaginado uma vida paralela onde eu estaria exatamente aqui, deitada ao seu lado, o tendo como meu esposo." Seu coração bateu mais forte e Ben começou a sentir sua cabeça formigar. "Eu sei que é errado, mas todos esses anos com você, sozinha, não está ajudando em nada."

Ele permaneceu paralisado apenas a ouvindo. Era tão sincera com ele, tudo o que falava ele podia se ouvir dizendo para ela, ele também sentia.

"Não sabe a confusão que está na minha cabeça! Eu quero que pare!" Ela suspirou novamente, agora mais forte. "Ben, está me ouvindo?"

Ele congelou. Permaneceu quieto por alguns segundos fazendo Rey acreditar que talvez ele já estivesse adormecido. Ela suspirou agradecendo aos céus por ele não ter ouvido nada aparentemente, agradeceu pela chance de ter pensado de novo. Repousou sua cabeça mais fundo no travesseiro e respirou aliviada.

"Estou." Ela abriu os olhos num segundo arrependida pelo momento de loucura em que disse tudo aquilo. "Posso me afastar de você se achar melhor, posso conseguir outro mestre pra você, não quero lhe causar essa dor." Ela não o respondeu, apenas segurou as lágrimas que queriam romper suas glândulas lacrimais e então dormiram sem trocar mais nenhuma palavra, sabia que não adiantaria muita coisa agora.

No outro dia não falaram nada sobre a noite anterior. Foram em direção às suas missões, tomaram conhecimento de porções de terras desconhecidas do planeta, conheceram as construções principais, tudo na tentativa de analisar com quem eles estavam lidando e se a situação daquele planeta era realmente difícil. Aparentemente não era, mas mesmo assim toda cautela era pouca, a todo momento fingiram ser apenas um casal, diferente das outras vezes que não fingiram nada, causando certas desconfianças.

Depois daquela noite estava ainda mais difícil se manter perto dele, ainda mais fingindo ser algo que ela queria tanto ser: sua esposa. Seu coração batia mais forte a medida que cruzava seus braços aos dele, a medida em que Ben lhe sorria tão abertamente quando lhe apresentava aos nativos como sua esposa. Seu coração era apunhalado todas as vezes.

Quando finalmente voltaram à aldeia de baixo da uma grande chuva que lhes pegou de surpresa, puderam rir um do outro, ter um momento de relaxamento depois de um dia tão tenso.

"Está toda ensopada." Ele sorriu após chegarem cansados da corrida até o quarto. Ben fechou tudo e Rey sorriu em resposta aos comentários. Ela começou a torcer a barra de suas roupas e seus cabelos para tirar a água, Ben fazia o mesmo.

"Vamos nos trocar." Ela comentou e então ele andou em direção à porta do quarto para deixá-la sozinha. Antes que pudesse sair totalmente ele se virou e a fitou. Ela permaneceu paralisada apenas esperando o que ele tinha a falar.

"Não pense que esqueci todas as coisas que me disse ontem. E... realmente... doeu, Rey."

"Ben, por favor, eu não quis dizer que está destruindo minha vida ou algo do tipo como você disse ontem, eu só quis desabafar, estava preso aqui dentro durante esses cinco anos. Por favor não me leve a mal." Disse se aproximando mas parou seu corpo antes que chegasse perto demais. "Olha eu até já me esqueci sobre isso, esqueça também, por favor..."

"Não, Rey!" Ele a interrompeu antes que ela continuasse. "Eu tive o dia inteiro para pensar nisso, e eu não fiz nada além disso." Ele se aproximou. "Não sei se é necessário e se faz alguma diferença agora, mas eu sofri muito quando a deixei. Dana até pensou em me mandar de volta. Não houve um dia sequer em que eu não tenha chorado ou até mesmo pensado em voltar. A verdade é que depois daquele beijo eu não consigo vê-la apenas como uma... Irmã, aprendiz, seja lá o que for uma relação entre mestre e padawan." Ele apertou os olhos aproximando-se ainda mais. Rey o olhava fixamente sendo inundado pelo desespero que aquelas palavras lhe causavam. "Não sabe o quão difícil é deitar ao seu lado e agir como se fossemos casados lá fora. Eu daria tudo para que fosse verdade!" E foi o suficiente para que o silêncio se formasse e os dois se olhassem por um bom tempo. Ambos podiam sentir o que o outro sentia, podiam entender o que aqueles olhares significavam. Ben mordeu o lábio superior tentando evitar o impulso mas, droga, ele não iria conseguir.

"Dane-se!" Exclamou. "Que se dane tudo." E então de forma rude ele se aproximou dela, a dirigindo até a parede fazendo com que seu corpo colidisse. Ele sugou os lábios da garota com tanto desejo que ela não pôde evitar um gemido em surpresa.

"Ben!" Exclamou entre os beijos que ele insistia em não parar. "O que... Ben!" Sussurrou ao sentir os lábios do rapaz seguir em direção ao seu pescoço, sua outra mão pressionava sua cintura. Ela pulsava tanto ao desejá-lo. Não entendia o que era aquilo em seu corpo, aquelas sensações estranhas que ao mesmo tempo eram tão boas. Ela deixou de lado a resistência do início e se entregou ao momento.

Sentiu sua boca inchar e deslizou sua mão sobre os cabelos dele, os agarrando. Eles ainda estavam ensopados devido à chuva, mas aquilo não parecia incomodar. Era tão bela a imagem formada pelos cabelos molhados de Ben, eles ficavam ainda mais escuros e contrastantes com sua pele. Seus olhos avelã fixaram-se aos de Ben, que de longe pareciam escuros, mas quando os observava de perto podia enxergar o tom verde circundando a cor castanha ao redor de suas pupilas. O fluxo de adrenalina rasgava suas veias a fazendo desejá-lo ainda mais, querendo que aquele momento não acabasse nunca.

"Seus olhos." Ela sorriu. "São tão lindos."

"Rey..." ele sussurrou e depois sugou fortemente o lábio inferior da garota, com ambas as mãos em sua face. Ela apertou os olhos em resposta à leve dor que sentia.

"Ben, pela força! Eu não sei o que estamos fazendo, não sei onde estamos com a cabeça mas por favor não pare!" Implorou num sussurro.

Ele voltou a beija-la com toda vontade, a única coisa era que agora seu corpo agia por impulso, suas mãos livraram-se da censura de sua mente e seguiram em direção às coxas de Rey. Ele levantou a barra da saia de seu vestido molhado e deslizou suas mãos pela parte costeira da mesma. Ela murmurou ao arrepio que sentiu.

Sua mão começou a traçar um caminho tão delicioso desde a parte traseira do joelho da garota até a nádega esquerda, a fazendo gemer quando a apertou. O gemido de Rey o fez estremecer e se sentir rígido. Pela força, nunca em sua vida houvera sentido algo tão bom,. Estava tão excitado, e, claro, ela não estava menos que ele, só não compreendia as respostas de seu corpo como ele.

Ben a encaixou em seu colo, com ambas as suas pernas o embalando pela cintura. Ela não protestou, apenas deixou-se guiar por ele, percebendo sua intenção quando a deitou sobre a cama e em seguida deitou-se sobre ela.

Ben paralisou por alguns segundo apenas a observando. Delineou todo o traço angelical do rosto de Rey com seu olhar. Pela força! Ele a desejava tanto. Ela sorriu ao perceber um leve riso tomar conta dos lábios fartos de Ben, ela estava tendo tudo o que sempre desejou, tinha aquele homem com ela agora e em seus pensamentos só existiam os dois na galáxia inteira.

"Ben..." ela sussurrou traçando a linha de seu maxilar. "Eu am..."

"Shhhhhh." Ele a interrompeu cerrando seus lábios com seu dedo indicador, ela se sentiu preocupada, talvez seria muito cedo para aquilo? Mas então suas palavras seguintes tiraram o peso de seu coração. "Eu amo você!" Ele sussurrou a envolvendo em um beijo, ela sorriu entre seus lábios.

"Me faz a mulher mais feliz da galáxia dizendo isso!" Uma lágrima lhe caiu sobre uma de suas bochechas, Ben imediatamente limpou sua face.

"É tão linda, Rey, não deve permitir que as lágrimas invadam essa expressão feliz em seu rosto!" Ele beijou sua testa. "Enquanto estiver ao meu lado eu não irei permitir que chore!"

"Então fique comigo e eu não irei precisar chorar, Ben!" Ela o abraçou forte, enterrando a face em seu peito.

"Eu nunca a deixarei sozinha!" Sussurrou.

Rey relaxou o corpo e então Ben voltou a beija-la, por Kenobi! Aqueles beijos eram tão bons, tão quentes, tão encantadores como na primeira vez. Ele tomou a liberdade de retirar o vestido de Rey delicadamente, tentando não invadir o seu espaço, só continuou quando teve a certeza de que ela também queria.

Ele não sabia no que aquilo ia dar, nunca em sua vida antes esteve com outra garota, assim como ela nunca tivera estado com alguém antes devido a condição de suas vidas. Eram jedi, e aquilo parecia tão longe de suas realidades, tão errado... ao mesmo tempo tão certo.

O toque das pontas dos dedos de Ben fazia a pele suave de Rey arder, ela fechou os olhos para sentir o momento. Sentiu uma certa timidez quando ele finalmente tirou todo seu vestido, a deixando apenas com suas roupas íntimas. O branco das peças unia-se com a pele ainda pálida e suave de Rey. As curvas que Ben tanto sentia desejo quando a abraçava agora finalmente estavam ali para ele, fazendo conjunto com a beleza daquele rosto, permitindo que ele as tocasse.

"O que foi?" Rey indagou ao perceber a feição seria de Ben. "Algum problema? Algum problema... comigo?" Rey se sentia tão insegura, nunca ninguém houvera explorado seu corpo daquela forma.

"Rey, não!" Ele sorriu ao quebrar o êxtase em que se encontrava. "É a garota mais linda que já vi em minha vida inteira!"

Ela mordeu o lábio e fechou os olhos, respirou fundo. Levou sua mão em direção aos cabelos do rapaz e puxou-o pelo pescoço em direção aos seus lábios. Ben acariciou as costelas de Rey enquanto ela acariciava seu cabelo. Eles não cansavam de se beijar, afinal, eram cinco anos reprimidos que precisavam ser eclodidos ali.

Rey deslizou seus dedos pela roupa de Ben, levemente a tirando. Ele era tão bonito também, todo esculpido, desenhado. Seus músculos pareciam querer rasgar a pele quando ele se tencionava por cima dela.

"Quer mesmo isso, Rey?" Indagou em uma última tentativa de abdicar de tudo e dar uma chance para a garota desistir.

"Quero! Quero mais que tudo, por mais que eu não saiba onde isso vai dar eu quero! Sei que sim!" Um alívio se formou no peito de Ben ao ouvir as palavras.

"Pensei que aquele beijo em Alfheimr tinha sido o acontecimento mais feliz de minha vida, mas estou enganado!" Rey o fitou séria e preocupada. Ben rolou seu dedo indicador por toda a extensão da face de Rey. "Na verdade, o momento mais feliz de minha vida está acontecendo agora!" Ela suspirou aliviada, o abraçando tão forte que ele poderia jurar que ela o esmagaria.

"Não me deixe!" Ela sussurrou ao pé de seu ouvido.

"Eu não irei!"

Seus olhos se cruzaram e então Rey sentiu o frio penetrar por seus poros a medida em que Ben deslizava suas mãos em direção às roupas íntimas de Rey, as tirando com toda delicadeza e desejo. Ele mal podia acreditar no que via, a delicadeza em seus seios, o contraste entre o rosa e branco. Ela estava completamente nua e completamente entregue à ele.

Foram necessários mais alguns segundos apenas para que Ben já estivesse completamente despido e por cima dela. Ela o envolveu com tanta ternura, o recebendo. Ele deslizou pra dentro dela com seu membro rígido lentamente, não sabia o que deveria fazer, era apenas guiado pelos seus instintos. Rey apertou os olhos arduamente quando sentiu a ponta de seu órgão lhe invadir a fenda. Pela força, ela sentia tanta umidade naquele local e pulsava. Ela só queria conhecer o que era o fim daquilo, o que era isso que parecia tão bom.

Ben interrompeu a entrada quando ouviu Rey protestar em dor, sentiu-se tão preocupado mas antes que ele pudesse lhe perguntar o que estava acontecendo, sua aprendiz lhe encorajou a continuar. "Não pare!" Ela dizia. "Por favor não pare..." e ele voltou às suas ações.

Ele sorriu em resposta ao prazer que explodiu em seu sangue... a sensação era a melhor do mundo para ambos.

Após algum tempo, freneticamente Rey pôs-se por cima do rapaz. Era como se soubesse exatamente os movimentos que devia fazer enquanto Ben lhe agarrava pela cintura a encaixando sobre ele, para cima e para  baixo, para cima e para baixo. Ela gemeu com tamanho prazer lhe invadindo novamente, seus olhos cerraram-se enquanto suas bochechas avermelhavam-se.

Droga, e ela era tão linda aos olhos dele, aquele sangue correndo por suas bochechas a deixava tão mais bela, mais viva... foi o suficiente para Ben fincar seus dentes sobre o pescoço da garota a fazendo soltar um desesperado suspiro.

Seus lábios movimentaram-se por toda a extensão de sua jugular até atingir sua clavícula, a devorando com beijos e chupões naquela região. Ele a estava deixando roxa devido às respostas brutas de seu corpo às reboladas que Rey investia em dar por cima de seu membro.

Droga, Ben, onde estava com a cabeça? Dane-se, aquilo era o paraíso. Seguiu com os lábios em direção aos seios da garota, envolvendo a rigidez dos mamilos entre seus lábios, chupando-os, mordendo-os. Sentiu seu desejo quando ela segurou-se em mechas de sua nuca em resposta ao estremecer de seu corpo com tal ação. Ele não conseguia parar de mordê-la, tê-la em sua boca, língua, dentes... enquanto uma das mãos ainda posicionava-se sobre a cintura da garota, a outra massageava o seio esquerdo, aquele que não estava entre seus lábios.

"Pela força!" Rey gemeu ao pé do ouvido de Ben com os olhos semicerrados enquanto puxava suas mechas mais firmemente.

Ele sentiu quando Rey o agarrou com toda sua força, declinando-se sobre seu corpo, o fazendo se deitar com ela em seu colo, não parando de movimentar-se por cima dele. Rey encravou suas unhas sobre os ombros de Ben quando sentiu algo forte e devastador invadir sua intimidade, vindo de dentro e querendo sair de seu corpo.

"Pela força, o que é isso?" Murmurou. "Estou sentindo... algo... incrível!" Revirou os olhos sem desistir daquele movimento por um segundo sequer. "Ben, o que... é... pela força!" Ela gritou enquanto Ben a abraçava ainda tencionando-se para continuar lhe causando aquela sensação. Ele sabia que ela estava quase chegando lá, estava quase tendo um orgasmo. "Ben!" Ela sussurrou enquanto seus olhos lacrimejavam com tamanho prazer. "Pela força! Não pare!"

"Rey! Eu não tenho intenção nenhuma de parar!" Ele soprou em resposta e então enrolou as mechas grossas do cabelo de Rey entre seus dedos, puxando-os quando finalmente seu líquido invadiu a intimidade de sua amante, sua Rey... seu raio de sol. E ele era dela também, ela teve a certeza quando sentiu que aquele fluxo de adrenalina querendo sair de todo jeito de dentro dela completou-se quando o líquido quente a invadiu, e então, com os corpos suados e a respiração rarefeita, Rey permaneceu repousada sobre o corpo de seu amor, sentindo o calor de seus corpos serem trocados buscando um equilíbrio.

Ben acariciava os cabelos de Rey enquanto sussurrava o quanto a amava em seus ouvidos. Ela sorria em resposta sem fôlego para respondê-lo.

Que bela simbiose, que bela troca de materiais... que bela união. Eles não sabiam o que iria acontecer a partir de agora, Ben só clamava aos céus para que pudesse sentir aquele prazer com ela pelo resto de sua vida, clamava para que ela não desistisse de viver esse amor, esquecendo-se e ignorando toda sua trajetória.

"Eu não vou desistir de você, nunca!" Ela sussurrou.

"Pare de ler minhas feições, Rey." Disse acomodando uma mecha por trás de sua orelha. Ela sorriu.

"Você me permitiu!" E então ela mordeu o lábio inferior do rapaz, ainda sem muito fôlego.

"O que vamos fazer a partir disso, Rey?" Ben entrelaçou sua mão direita com a esquerda de sua aprendiz e agora amante, brincando com seus dedos.

Levemente ela retornou a olhá-lo, abrindo um largo sorriso e sussurrando:

"Esse poderá ser nosso eterno segredo, mesmo que eu tenha que guarda-lo durante uma vida só para tê-lo para mim desta forma... para sempre!"

"Para sempre." Ele sorriu. "Para sempre nosso segredo."

A partir disso, após 9 meses, o resultado devastador daquele ato apareceria para destruir tal acordo.

 



 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Me contem o que acharam <3


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