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História Herdeiros do Império - Reylo - Coragem


Escrita por: howardlev

Capítulo 15 - Coragem


Fanfic / Fanfiction Herdeiros do Império - Reylo - Coragem

"O homem, essa criatura que aspira ao equilíbrio,
compensa o peso do mal com que lhe partem a espinha, com a massa do seu ódio."
(Milan Kundera)

 

Alfheimr, 6 anos atrás.

A cor alaranjada tocava toda a porção leste da ilha, mas nem mesmo o belo nascer do sol de Alfheimr poderia acalmar o coração do jovem Ben. Ele pousou a nave numa porção costeira do litoral do planeta. Em seguida pediu para que Rey permanecesse dentro do veículo e ela apenas obedeceu com a criança no colo. Ela dormia profundamente, sua respiração era tão leve, mal podia imaginar o tamanho caos da qual era responsável. Rey sorriu torto para Ben e então aproximou a criança em seu colo, a agarrando com os braços, a protegendo do mundo lá fora.

“Eu não demoro.” Beijou as costas da mão de sua noiva e olhou em direção à sua filha. Ele sorriu e deu um beijo na bochecha da bebê passando depois pelos lábios de Rey. Eles permaneceram quietos por um tempo, com suas testas coladas, os olhos fechados. “Vai dar tudo certo, eu prometo.”

Deixou então a nave e foi seguindo em passos calmos até o topo da ilha para se encontrar com seu tio.

Durante esse período sua cabeça era bombardeada de perguntas sem respostas, preocupações e desespero. Ele tentou por diversas vezes respirar fundo, focar-se no que devia fazer e na força que ele precisava para isso. Afinal, não estava mais respondendo apenas por si mesmo, mas também em nome de Rey e Kira, agora sua família, a mais importante coisa de sua vida.

Ele então o avistou. Luke estava admirando o horizonte, a imensidão azul do oceano enquanto afagava a barba com o olhar pensativo. Ben paralisou, esperando Luke terminar qualquer coisa que estivesse fazendo.

"Ben!?" Ele perguntou olhando lentamente para trás. "Ben! Sabia que estava ai!" Ele abriu um sorriso e começou a andar em direção à seu sobrinho. "Então era isso o que a força estava tentando me dizer, você chegaria em breve."

Ele o abraçou e tapeou suas costas.

"Ora, Ben!" Ele analisou o rapaz de baixo a cima. "Onde estão suas roupas?" Ele riu. "Parece até seu pai vestido desta forma."

E realmente parecia. Ben tinha abandonado seus trajes típicos de um jedi e agora vestia uma camisa branca com um colete escuro por cima, quase reproduzindo a imagem de seu pai.

"E... Rey, onde ela está?"

Neste segundo Ben baixou o olhar e encarou o solo.

"Bem, ela..." ele tentou falar mas foi interrompido pelo nó que se formava em sua garganta. "Precisamos conversar."

Então esta foi a vez de Luke fechar a expressão. Ele franziu o cenho e perguntou:

"O que aconteceu? Ela está bem?"

"Sim, está." Ben respondeu rapidamente. "Ela está na nave."

"Na nave? Ora, por que não está aqui ainda?"

Ben então começou a andar enquanto conduzia seu tio pelo ombro até a ponta da rocha, onde juntos poderiam admirar o horizonte.

"Nós..." sua voz tremia em conjunto com suas pernas. "Nós não viemos para ficar, tio Luke."

O mais velho levantou os olhos, tentando ler em Ben as informações.

"Como não?" Ele perguntou.

"Eu lhe peço desculpas. Eu quero agradecer pelo acolhimento, pelos ensinamentos e principalmente por ter nos ensinado a ser tudo o que somos hoje, mas..." ele pausou, respirou fundo. "Nós não poderemos continuar vivendo aqui."

"Do que está falando, Ben? Você e Rey? Esta me assustando!"

"Eu, Rey e..." ele engoliu em seco. "Kira." O último nome saiu rasgando sua garganta.

Luke franziu o cenho de novo, não compreendendo o sentido nas palavras de Ben. O sobrinho parecia muito confuso, e suas expressões lhe revelavam certa desconfiança.

"Kira?"

Os olhos de Ben se arregalaram enquanto ele sugava o ar. Ambos optaram pelo silêncio. Luke, com o olhar, implorando por uma resposta e Ben lutando contra sua covardia para contar.

"Bem... eu não queria que isso tivesse chegado tão longe... Eu só quero que tente entender."

"Está realmente me assustando." Ele disse num tom mais agressivo. "Ora, conte logo."

"Eu e Rey... nós agora... somos uma..." Ele apertou os lábios, cerrou os punhos, lutou contra seu bloqueio. "Somos uma família agora. Ela, eu e... Kira."

Demorou um pouco, Luke analisando o sobrinho por um tempo quando a pergunta que Ben não queria ouvir finalmente chegou:

"Quem é Kira?"

Ele sussurrou e Ben encheu o peito ao dizer:

"Nossa filha."

Então tudo desabou. A incredulidade bateu de frente com os seus pensamentos de Luke e o fez desviar o olhar de Ben. Não conseguiu olhar em sua face. Ele se virou e permaneceu quieto, pensando, enquanto Ben desesperadamente esperava alguma reação, alguma palavra, fosse ela a pior de todas. Apesar do século que pareceu ter passado, demoraram apenas alguns segundos para que Luke dissesse:

"Que tipo de brincadeira é essa?"

"Não é brincadeira..." ele fungou ao impedir que uma lágrima caísse. "Eu e Rey... eu deixei que isso acontecesse... não imaginávamos que..."

"Fui tolo em ignorar minha intuição." Luke o interrompeu, o tom agressivo. "Eu deveria ter dado mais atenção aos meus pensamentos no dia em que ela se tornou sua aprendiz." Luke deixava as palavras voarem com o vento. "Eu soube naquele instante que algo havia mudado. Burrice a minha achar que eu estava exagerando."

"Não foi..."

"Cale a boca, agora vai me ouvir!" Ele se virou de modo rude para encarar Ben, que quando interrompido calou-se e olhou para baixo, submetendo-se a ouvir, impedindo-se de interrompê-lo. "Confiei o treinamento de Rey a você, apostei tudo em vocês. Seriam incríveis, Ben Solo, incríveis!"

"Eu sei, eu não quis..."

"Eu não terminei de falar." Interrompeu novamente se aproximando. "E então você chega com a cara limpa para apenas me informar que não irão mais voltar? Só pode estar brincando."

"Não podemos ficar aqui..."

"É claro que não podem." Rosnou. "Vocês quebraram um dos maiores preceitos do código. Já foi dito tantas vezes, quer maior exemplo do que o seu avô? Olhe só o que esse tipo de amor fez com ele, Ben. Nós não nascemos para isso, estamos aqui para proteger as pessoas, não para nos darmos ao luxo da carne."

"Não posso evitar amá-la tanto, meu tio."

"É claro que não pode, agora não há volta mesmo. Devia ter se privado disso no início, podia ter confiado em mim, daríamos um jeito! Agora não há mais o que fazer." Ele apertou os olhos e respirou fundo.

"Eu tive medo..." Ele chorou. "Me desculpe, Grã-Mestre. Por favor entenda!"

"Não sou seu Grã-Mestre. Sou apenas seu tio agora."

"Não faça isso comigo." Sua agonia crescia.

"Vá embora, Ben." Ele tirou seus olhos do jovem, apoiando um das mãos em uma rocha ao se sentar, totalmente devastado e decepcionado. A outra mão estava em seu peito, que doía em agonia. "Vá fazer a única coisa que lhe resta agora, cuidar de sua família."

Ben não desobedeceu. Ele começou a andar no sentido contrário, quebrado e desiludido.

Devia ter escutado sua noiva, Luke nunca entenderia, nunca o apoiaria.

Seguiu em passos determinados, mas antes de deixar o local de fato ele deixou seu último questionamento:

"Não quer nem conhecê-la!?" Ele fungou. "Não quer conhecer Kira?"

"Não posso fazer isso, não agora." Luke retornou o olhar para longe. "Apenas... Cuide dela, Ben. Não deixe que a criança se torne um mal."

Após isso Ben seguiu até sua família. Quando entrou na nave deparou-se com o olhar preocupado de Rey. Ele não precisou dizer nada pra que ela entendesse. Seus olhos cansados expressavam o sentimento horrível que lhe dominava. 

Rey apenas teve certeza da dimensão do problema quando Ben se aproximou de Kira, a tomando em seus braços e colando sua testa na dela. Ele ficou  em silêncio por um tempo, mas momentos depois desatinou a chorar. Chorou desesperado, com os olhos apertados e as mãos ao redor de sua única razão para estar vivo. 

Depois de algum tempo voltaram a Gesin, buscando o apoio do povo de Maverins. É claro que eles não negariam abrigo. Ben prometeu que os auxiliaria em qualquer coisa, que tudo que precisassem poderiam contar com eles. Prometeu que não mediria esforços para proteger aquele povo e agora ele os consideraria como sua família, até que conseguissem um lugar para se estabelecer.
Madame Punfrey, muito justa e sabia, deu um belo sermão em Ben. Disse o quanto aquilo era perigoso na vida de um jedi. Que não deveria ter cedido a certos luxos mas que jamais negaria abrigo a um amigo e, além do mais, Kira houvera nascido em seus braços, no povoado de Maverins. Se tornando, assim, uma parte daquela gente.

•••

Base da Resistência, tempos presentes.

"Eles estão planejando algo muito maior, estão realmente focados nisso!" Poe dizia gesticulando por cima do desenho que revelava um pouco sobre a engenharia da base da Primeira Ordem. "Temos que ter muita cautela, principalmente agora. Precisamos de um plano mais eficaz para tirar Rey com segurança de lá quando chegar a hora."

"Rey e Ben, querido." Leia o interrompeu.

"Enfim..." Poe respondeu sem muita animação na fala, não se importava com Ben, não mesmo.

"Estamos sem sinais nenhum dela, nem Luke está conseguindo contata-la. Estou preocupada."

"Acha que ela pode estar correndo perigo?" Finn indagou.

"Não!" Ela sorriu pelo canto da boca. "Acredito que ela esteja sabendo lidar com tudo aquilo. Eu espero..."

"General Leia, deveria se preocupar apenas com a menina!" O general Kaleb, um dos principais cargos da resistência, tomou liberdade para falar. "Que seus interesses pessoais não interfiram com os planos da resistência."

Leia sentiu um formigado começar em suas bochechas. Ela cruzou os braços ainda fitando-o, com os olhos escuros fixados nos claros do general.

"Poe, Finn, Arkbar, Owen." Leia suspirou. "Aqueles que eu não citei o nome retirem-se imediatamente." Era visível o desapontamento no olhar de Kaleb, o general sentiu-se descartado e não hesitou em lançar um olhar de desprezo para Leia. "O resto eu quero que pense em um plano, estudem o nosso material. Precisamos invadir aquela base. C3PO, fique você também."

"Sim, princ... general."

A porta se fechou e então Leia fez questão de tranca-la.

"Temos algo muito importante a tratar agora..." ela olhou para Owen. "Recebemos informações recentemente de que a Primeira Ordem está atrás de uma peça muito importante para a reconstrução de um império. Owen, por favor, fale melhor sobre isso."

Owen Kenobi, irmão mais novo do velho Obi Wan, o sábio jedi, era um membro da Resistência. Era o braço direito de Leia, sempre trabalhando juntos e encontrando as melhores soluções para os problemas.

Ele se aproximou enquanto todo seu corpo tremia. Seria aquela realmente a hora certa para de tocar no assunto? Seriam aquelas as pessoas que ele deveria realmente confiar?

"Owen precisa de um favor nosso e nós iremos ajudá-lo." Leia complementou.

"Que favor é esse?" Poe perguntava focado. "É claro que o ajudaremos, não recusamos um pedido de um companheiro, pode confiar em nós, Owen." Poe tentou conforta-lo ao perceber o evidente nervosismo no senhor.

"A peça principal de que a general está falando é na verdade uma garota." Engoliu em seco. "Uma menininha... Ela é minha neta."

"Sua neta?" Arkbar indagou.

"Sim..." Owen respirou por alguns segundos enquanto tentava recuperar a fala. "Ela tem seis anos de idade, apenas. Eles a chamam de 'A princesa perdida'."

"Princesa perdida?" Poe indagou.

"Sim, Poe. Eu não sei o que querem dizer com isso, mas parece ser algo ligado ao império."

"Por que sua neta teria alguma relação com o Império?" Finn perguntou e Leia fixou seu olhar em Owen, que fez o mesmo.

Leia sorriu e depois olhou para baixo começando a dizer:

"Há coisas que é melhor mantermos em segredo, por enquanto. Na hora certa entenderão o porquê." Em seguida Owen tirou de seu casaco uma pequena agenda, e em sequência, quando a abriu, retirou uma singela fotografia da garotinha. Aparentava possuir entre 3 ou 4 anos, e então colocou-a no meio da mesa. "Esta é a minha neta. Não fazemos ideia por onde começar a procurar. Pensamos em Gesin, o planeta em que ela nasceu, mas..." Naquele instante Poe se aproximou e tomou a fotografia em sua mão. " Mas não sabemos o que aconteceu depois do massacre de um clã milenar que ocorreu há dois anos."

"Espere!" Poe exclamou, com o olhar apreensivos, o cenho cerrado. "Kira! Kira é a sua neta?"

Leia e Owen imediatamente encararam Poe.

"Conhece ela?" Perguntou Owen movimentando-se na direção de Poe, desesperado por uma resposta.

"Sim, eu conheço." Ele continuava a encarar a foto. "Kira é uma Kenobi?" Ele olhou para todos os membros da sala. "Tudo faz sentido agora. É por isso que Lor San Tekka tinha tanto interesse em mandar a garota para sua 'verdadeira família'."

"San Tekka?" Leia perguntou. "Então ele a achou?"

"Sim." Poe abriu um largo sorriso. " E há poucos meses eu a vi em Jakku, pela última vez." 

"Jakku!" Owen exclamou com os braços abertos. "Ótimo, é para lá que iremos então!"

•••

Base da Primeira Ordem, tempos atuais.

Os lençóis na cama de Rey estavam encharcados, ela pingava de suor. Kylo ouviu os seus gritos e correu para socorre-la como das outras vezes. Quando chegou, o jovem a viu agonizando, gritando e arranhando-se com as unhas.

Ele correu até ela e segurou seus braços até que a jovem se acalmasse e aos poucos começasse a acordar. Quando seus olhos se abriram ela pulou para trás com o susto que levou ao vê-lo, mas, segundos depois, ela o abraçou e agradeceu consigo mesma por ele estar ali.

"Pesadelos de novo?" Ele perguntou sentando-se na cama.

"Eu acho que sim." Respondeu exausta, limpando de sua testa as gotas de suor. "Eu gritei?"

"Muito." Ele riu e ela apertou os lábios, cerrando o cenho. "Não se preocupe, só eu a ouvi."

"Menos mal." Disse num tom singelo.

Depois dessa resposta ambos continuaram a se olhar, desta vez, no fundo dos olhos. Kylo permitiu-se analisar cada detalhe do rosto de Rey, impedindo-se de rolar os olhos para outro lugar em constrangimento, e para sua surpresa, Rey também não tentou disfarçar.

"O que é isso?" Ben perguntou pegando em sua mão o pingente que pendia em um cordão de ouro que Rey estava vestindo. Ele era um pingente retangular, com a insígnia da Resistência.

"Ah, isso é..." Ela se assustou, tirando rapidamente de sua mão o objeto.

"É o meu cordão. Eu me lembro dele, foi a General..."

"A General Leia quem me deu..." Rey o interrompeu. "Sua mãe."

Kylo seguiu o olhar novamente para Rey, fitando-a com a expressão séria. 

"Como conseguiu isso?" Perguntou.

"A general me ofereceu quando eu estava abrigada na base da Resistência. Disse que te ajudava com os pesadelos, achou que pudesse me ajudar também." Ela estava nervosa, trêmula e com medo. "Mas eu não preciso de nada da Resistência então pode jogar fora se quiser."

"Não!" Ele a interrompeu. "Pode ficar com ele, só não deixe que Hux a veja usando isso, tudo bem?"

"Sim." Ela concordou.

Novamente ficaram em silêncio. Rey colocou o cordão por dentro da blusa e então voltou Kylo voltou a encara-la , esperando qualquer atitude.

"E então... falando em Hux... Descobriu o que aconteceu? Aquele atentado, o que foi aquilo?"

"Ah, sim!" Kylo suspirou. "Não precisa se preocupar com isso, foi um ataque interno." Ele rolou os olhos. "Na verdade não sei o que é pior. Mas pelo menos não foi ninguém da Resistência tentando tira-la de mi... Ah, quero dizer..." Ele se assustou se enrolando com as palavras. "Quero dizer, tira-la da Primeira Ordem."

"Claro, claro, eu entendo." Rey olhou para o lado, quebrando o contato visual.

"Bem... eu acho que então... vou indo..." Ele estava sem graça. "A não ser que queira que eu fique."

"Não, tudo bem..." Ela respondeu contra sua vontade. "Pode ir, eu posso lidar com isso." Ela sorriu.

"Tem certeza?" Ela então sorriu tentando disfarçar a mentira, mas Kylo percebeu. "Eu posso ficar..."

"Eu não sei se..." Ela gaguejou. "Não precisa se incomodar."

"Eu quero ficar."

O coração de Rey se aqueceu e Kylo tentou amenizar a situação explicando diversas vezes que se importava com a sanidade de sua aprendiz e que preferia não deixa-la sozinha com seus pesadelos. Ela então concordou para não estender muito o assunto.

Cada dia aquilo ficava mais perigoso, ambos não conseguiam mais evitar a vontade de ficarem perto. Sabiam que estavam sendo levados para o pior caminho possível mas, mesmo assim, Kylo sentou-se ao lado da jovem na cama, e permaneceu a noite inteira acordado enquanto a jovem adormecia em seu peito.

•••

Gesin, 6 anos atrás

Kira já estava dormindo em seu berço quando Ben se aproximou da mulher, sentada na cama. Ele se sentou por trás dela e a abraçou pela cintura, descansando o queixo na porção de pele entre o pescoço e o ombro. Ela sorriu timidamente e depois envolveu os braços de Ben com os seus, por volta de sua própria cintura, acariciando com os dedos a pele de seu amante.

Ela sentia o ar quente da respiração de Ben contra sua pele, o que fazia deus pelos arrepiar. Ele permaneceu em silêncio, e depois de alguns minutos daquela forma sussurrou em seu ouvido:

"Se casaria comigo?"

Rey congelou, parou imediatamente de acariciar Ben, ficando sem reação. Encarou o fundo do quarto por um tempo, até que Ben voltasse a falar:

"Me desculpe, eu não quis ser inconveniente..."

"Não." Rey exclamou. "Claro que não." Ela sorriu virando um pouco o corpo para olhar nos olhos do homem. "Só... me pegou de surpresa."

"Me desculpe. Vamos esquecer isso, podemos continuar como estamos."

"Não, Ben!" Ela o segurou pelos braços, trazendo seu corpo para mais perto de si. "É claro que eu quero me casar com você."

Ben respirou aliviado, finalmente sorrindo. Em seguida levou sua mão até o rosto da jovem e acariciou sua têmpora.

"Estou pensando em uma cerimônia simples. Depois do casamento de Davina comecei a pensar em algo com você. Sabemos que não será uma cerimônia oficial, legal, mas pelo menos podemos ter algo bonito para nos lembrar."

"Certo." Ela sorriu de novo, o abraçando. "Punfrey sabe disso?"

"Sim, ela disse que seria uma honra realizar nosso casamento nas tradições do povo de Maverins. Diz que somos parte da aldeia, que será um prazer."

"Ótimo." Ben soltou Rey de seus braços, deitando-se na cama enquanto cobria-se com o lençol.  "Por que tenho a impressão de que algo está te preocupando?" Rey perguntou.

"A vida está um caos." Ele sorriu forçadamente. "Não há como não se preocupar, Renée."

"Rey..." Ela revirou os olhos. "De onde tirou Renée?" Ela bufou entrando de baixo do lençol para se juntar ao noivo. 

"Renée... Renesmy. É um nome estranho, sabe disso não sabe?" Ele sorriu aproximando-se do corpo da jovem, quase encostando seu nariz com o dela. 

"Somos todos estranhos." Apertou os olhos. "Mas ultimamente tem estado muito estranho." Ela suspirou. 

"Não há com o que se preocupar." Ele tentou confortá-la. "Afinal, nada pode ficar pior do que já está. Não é mesmo?"


Notas Finais


Demorou mas saiu. Gente me perdoe, eu queria muito ser mais presente aqui, atualizar toda semana, mas com a faculdade agora fica ainda mais difícil.
Espero que gostem, deixem um review se puderem! <3


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