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História Herdeiros do Poder - Sob as Asas de Tiamat (Reescrevendo) - Senhor Corvo


Escrita por: Nailliky

Notas do Autor


De boa na lagoa

Capítulo 5 - Senhor Corvo


   Eu não sabia que ia me afetar tanto, ver a pequena com tanto ódio, e ela estava certa.

Realmente, foram inimigos de mais para que eu pudesse protege-la e eu sei o suficiente sobre Bruxas da Morte, que, quando elas ressuscitam alguém, todos os ressentimentos e ódios da pessoa são trazidos com força.

O que mais Alana tem agora, é ódio; ressentimento. Ela transborda ira e vai despejar tudo em quem estiver na frente. Não usei muita magia, mas não terei como ir contra uma Maestron... mesmo ela sendo a pequena Alana.

A garotinha aponta o dedo na minha direção e eu sei que magia ela está usando.

A pequena me analisa magicamente, encontrando falhas e defeitos nas minhas defesas e dá um sorriso sarcástico e totalmente cruel. Agradeço por ela não ter nenhum tipo de Bolsa de Componentes, então suas magias serão reduzidas drasticamente... apenas magias que não envolvam materiais.

Logo a minha frente, um nevoeiro amarelo-esverdeado se forma; e se forma rápido, não dando muito tempo para que eu pudesse fazer outra coisa. Sinto meus pulmões encherem-se com a Névoa Mortal e seguro firme o machado, correndo na direção de Alana que, ao sair do nevoeiro e recuperar a visão, vejo a pequena com os dois olhos brilhando na cor da Lua.

Os Maestron são conhecidos por terem habilidades puras de Necromancers, e elas são estranhamente interessantes. Alana solta um raio de cada olho, que me acerta no peito e me joga para trás.

Me levanto o mais rápido que posso, e jogo o machado na direção dela, que faz com que um tentáculo branco e brilhante saia por detrás de algum lugar de seu braço e se enrole no Machado de Moradin. A garotinha puxa-o e, girando acima dos tornozelos, o lança de volta na minha direção. Para minha sorte, a arma é minha e eu apenas a seguro.

Alana começa a me atacar com aquele tentáculo, lançando-o na minha direção como um chicote e eu defendo-me com o machado. Percebi que a Maestron esteve esse tempo todo se segurando para economizar forças, mas agora, ela não tem o porque se conter.

Desvio para o lado, mas sou atingido por respingos de ácido das mãos da Necromante, que corroem a minha pele, me fazendo saltar para trás.

Alana dá um sorriso largo e eu posso percebe-la começar a sumir aos poucos.

Com certeza é algum tipo de dom necromantico. Do mesmo jeito que, quando se formamos em uma Escola de Arcanismo e aprendemos magia especializada em uma das Escolas; os Maestron se especializam naquilo que eles chamam de "Ambição Seculpral", e deve ser isso que ela usará contra mim.

Cravo meu machado no chão, logo em seguida; e disparo relâmpagos em um como que cerca uma área de 12 metros ao meu redor. Isso atinge a pequena, que é lançada para trás e a força a se mostrar — ela estava bem próxima a mim, seria uma tentativa de golpe fatal direto.

Alguns segundos depois que ela recebe o ataque, e pensa em se levantar levemente debilitada; ela pára e olha ao redor. Eu também ouvi... foi como um grasnado.

Os olhos irritados da necromante se voltam diretamente para o pequeno corvo que pousa no meu ombro, e eu o olho também. Ele solta crocita de novo e move a cabeça na lateral.

— Deixe disso, senhorita Alana.

O corvo se move um pouquinho só, se ajeitando no meu ombro.

— O-o que? — Foi somente o que consegui balbuciar, antes de levar meus olhos à Alana novamente e perceber que ela estava lutando contra o ódio dentro de si.

— Senhorita, sei que não me abandonou e o anão não teve culpa. Tive que enfrentar vários Clérigos para chegar até a senhora com a certeza de que a floresta está limpa.

O pequeno corvo extremamente negro e de olhos completamente pretos, sem íris, nada. Ele bate as asas levemente até chegar no ombro da garotinha, que se mantém olhando-o fixamente.

— Volte à si, senhora. Não deixe o ódio domina-la, a senhorita é uma Maestron. Não deixe que um feitiçozinho de nada, de uma Bruxa da Morte, domine-a.

O corvo, então, salta do ombro da garotinha se transforma em pleno ar. Ele vira um ser humanóide, com um smoking branco e chapéu preto, usando luvas brancas, também. É um corvo humanóide, mágico. Entendo agora, ele é Familiar de Alana.

— Senhorita, está melhor?

A pequena anda calmamente na direção dele, e, quando penso que ela o atacar, a garotinha lhe abraça forte. O corvo humanóide enrola os braços ao redor dela e a abraça também.

— Encerrei a maldição da Bruxa da Morte, mas quem teve que quebra-la mesmo foi a senhorita.

Alana se afasta dele um pouco e olha na minha direção, pedindo desculpas por ter me atacado. Digo à ela que está tudo bem, depois de tossir um pouco. A Névoa Mortal ainda está nos meus pulmões, mas já passei por coisa pior.

O corvo retira uma bolsinha pequena, feita de couro e com alguns símbolos mágicos, de dentro do smoking e entrega pra ela.

— Aqui está sua Bolsa de Ossos, senhorita.

— Ah, como eu dei falta dela. Malditos cultistas!

Ele entrega outra bolsa de couro para a garota, que acena a ele e, em seguida, volta a se transformar em um corvo normal, parando no ombro de Alana.

— Bolsa de Ossos?

Admito que a curiosidade me pegou de jeito.

Alana dá um sorriso e abre a Bolsa de Ossos, despejando para fora dela dois Skeleton, que se mantém ao lado da Necromante. A pequena fala alguma coisa a eles; uns silvos e grunhidos e percebo que isso é um idioma conhecido como "inmortui", criado pelo Clã Maestron para se comunicarem com os Mortos-Vivos.

Alana mexe na outra bolsa que o corvo lhe deu; dando um sorriso largo e agradecendo a ele.

— Temos suprimento mágico por um bom tempo. — Fala Alana.

— Furtei de alguns Cultistas, senhorita. Eles não irão precisar mais. — Retruca o corvo.

— Você possui alguma classe... anh... como devo chamá-lo? — Pergunto-o.

— Ah, claro. Me chame de Senhor Corvo.

O corvo se curva.

— Sou um grandíssimo Mago, senhor. Criado desde o início de minha vida pelos Maestron e unido magicamente à Alana para ser seu Familiar. Sou de 20° Nível de Magia, da Escola de Necromancia.

Não sei parabenizo, ou mantenho-me apenas enchendo a pequena criatura de perguntas. Mas isso explica o porque o corvo fala fluentemente Comum. E deve falar outros idiomas também.

— Se importa se descansarmos, Senhor Corvo? Acabei gastando muita força.

Ele se move novamente, pousando em uma árvore e dando um aceno com a cabeça. Alana se senta no chão e parece estar se sentindo mais segura com seu Familiar ao nosso lado; e eu confesso que eu também. Um Mago Necromancer com 20° Nível, com, claramente, o conhecimento inteiro do Clã Maestron nas mãos... e tendo dito que teve que lidar com muito Cultistas para chegar à Alana, de uma forma que faz isso parecer simples...

Me sento no chão também, tossindo mais um pouco. Vamos descansar.


Notas Finais


Desculpem eventuais erros


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