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História Herdeiros do Trono - Príncipe Justin


Escrita por: Loryflyer

Notas do Autor


Olá,não esse não é o último capítulo,mas era para ser.É que eu percebi que demoraria muito para escrever o capítulo do jeito que quero,então decidi postar a primeira parte hoje,para que não fiquem sem nada.Sem falar que não queria postar o últmo capítulo já,pois estou muito apegada à história haha,sem falar que estou adiando ao máximo o fim dessa temporada para que dê tempo da capa da segunda temporada ficar pronta.Esse capítulo é só a primeira parte,então não esperem muito dele haha.Explicações sobre a demora nas notas finais.Boa leitura,amores!

Capítulo 19 - Príncipe Justin


         Justin's P.O.V.
   Pensei que os conselheiros e seus guardas viriam ontem levar meu pai,mas não foi o que aconteceu.Passei a noite toda revirando na cama,sem conseguir pregar o olho por nem um segundo.Era uma ansiedade ruim,porque eu queria que tudo desse certo com sua prisão,mas ao mesmo tempo queria adiar esse momento ao máximo.
   Desci para tomar café.Meus pais estavam sentados em volta da mesa,me sinto angustiado por saber que isso é algo que nunca mais vai acontecer,nossa família jamais se reunirá assim novamente.Por isso vou tentar fazer disso um bom café da manhã,sem grosserias dessa vez.
   — Que milagre você acordando cedo — meu pai brinca.Na verdade eu nem dormi,pai.
   — Um dias as coisas tem que mudar,né? — disse normal,sem nenhuma agressividade.Essa frase sem que eu percebese foi em dulplo sentido,porque agora as coisas mudariam de uma maneira avassaladora,de um jeito que ninguém que está nessa mesa,a não ser eu,imagina.
   Meu pai sorri com o meu comentário.De certo por achar que agora eu seria um príncipe mais comprometido e tal,mas na verdade eu estava prestes a deixar de ser príncipe.
   — Dormiu bem,filho? — minha mãe perguntou atenciosa.
   — Sim — menti. — Me passa o suco,por favor? — pedi educado,e ela se espantou,tive que me segurar para não rir,eu realmente estava sendo um péssimo filho nos últimos dias.Ela pegou o jarro com um sorriso no rosto,ela estava feliz por eu ter voltado ao "normal".O que ela não sabia é que nada jamais voltaria a ser "normal".
   Meu pai começou a falar dos assuntos do reino,sobre uma nova invenção em que ele iria investir.Acho que era um celular mais moderno,realmente já tinha um tempo que não lançava nenhum,o meu já estava ficando velho,aposto que o novo é bem melhor.Só não sei como as coisas vão ficar depois de hoje.
   Quando estávamos quase acabando o delicioso café da manhã,os conselheiros entraram na cozinha surpreendendo a todos,com excessão de mim.Claro que eles tinham livre acesso ao castelo,mas só vinham aqui raramente,e nunca traziam tantos guardas assim.
   O rei levantou para os cumprimentar,mal sabia que em breve estaria sendo preso por eles.Depois minha mãe fez o mesmo,e em seguida foi minha vez.Tentei mostrar naturalidade,como se aquela fosse uma visita normal,e não o acontecimento do século.
   — Temos uma ótima notícia para dar a vocês — Miro disparou animado.Aposto que aquilo fazia parte do jogo deles,assim meu pai não pensaria que eles sabiam que era ele.
   — Qual? — meu pai pergunta feliz,realmente achando que era algo bom para o reino,na verdade era,mas não para ele.Meu pai nem imaginava o futuro triste que o aguardava,doía ver sua expressão de felicidade e saber que aquela era uma esperança inúltil,pois o resto de sua vida seria uma profunda tristeza,e isso por causa da pessoa que ele mais ama no mundo,eu.É nesses momentos que eu me sinto extremamente culpado,me sinto indigno de seu afeto.
   — Descobrimos o assassino de Sophie,e com isso o reino voltará a se unir — dessa vez é Siuk quem fala,mas igualmente animado.Confusão se passa pelo olhar de meus pais,mas eles logo tentam disfarçar.
   — Então já descobriram que John é o assassino? — meu pai pergunta sínico,fingindo animação.
   — Isso é uma informação sigilosa,que apenas nós,os quatro conselheiros reais, podemos ter acesso — Siuk se esquiva com maestria.
   — Claro,mas só pode ser ele,afinal não cometi crime algum — meu pai afirma convicto,de um jeito que me faria acreditar se eu ainda fosse um filho inocente,que acredita em tudo que os pais falam.
   — Então,vocês dois terão que ficar presos durante um mês,que é o tempo necessário para a derrubada da muralha — Siuk informa.
   Aquilo não surpreende meu pai,afinal ele já sabia disso.Porém,por mais que ele tente esconder,posso ver um certo receio passar por seu rosto.Já a minha mãe se mostra feliz pelo assassino ter sido descoberto,e aquilo não parecia fingimento,ela realmente queria se livrar dele.
   — Mas tem certeza que as provas são contundentes?E se derrubarmos a muralha por algo que se mostre falso? — meu pai finge preocupação.
   — Aí construímos tudo de novo — Miro diz simples,o que surpreende meu pai,o deixando sem palavras. — Veja pelo lado bom,depois desse mês preso, você pode se tornar rei.
   — Depois desse mês eu vou — frisa bem a última palavra — me tornar rei — afirma com uma convicção espantosa,que me faz até temer pelo o que ele pode fazer para tornar isso realidade.Ele não pode fazer mais nada,ou pode?
   — Com certeza — os conselheiros reais concordam,sem nenhuma ironia,eles tinham que fingir acreditar na sua inocência.
   — Com licença,vossa magestade — agora sim sinto um tom de ironia na voz de Miro ao colocar as algemas nos pulsos do meu pai.
   — Pai,você vai voltar,né? — pergunto enquanto o abraço apertado,me fingindo de filho desesperado.
   — Claro — ele tenta me tranquilizar,embora eu saiba que aquela é uma grande mentira. — Enquanto isso,cuide de do reino para mim,filho.
   Sorrio em resposta,como se prometendo que eu faria exatamente isso.Olho para minha mãe esperando uma reação,mas ela permanece parada,sem ação,agora já não sorri mais,está pensativa.Porém depois sai do transe e se despede do marido,ela estava lhe dando um simples abraço,mas ele pega seu rosto e vira,a forçando a lhe dar um selinho.Aquilo provavelmente a incomodou,mas ela não deixou transparecer.Não a culpo,exatamente todos aqui estão atuando,inclusive eu.Apesar de meu rosto está com um sorriso,como se aquela fosse apenas uma partida temporária,eu sei a verdade,e ela doí muito,uma dor quase impossível de suportar,a dor de saber que meu pai,que sempre foi o meu herói,está caminhando para a morte.E essa é uma das coisas que nenhuma de suas invenções pode reverter,até sua extrema genialidade se curva perante a senhora da vida.
   Quando a porta se fecha,subo correndo para o meu quarto,sem nem antes lançar um olhar para mim mãe,eu estava muito abalado para me preocupar em saber como ela estava.Deito na minha cama e enfim deixo as lágrimas saírem.Para quem vê de fora pode achar que eu fui um insensível,que eu nunca amei de verdade meu pai,mas era justamente o contrário.Ele é uma das pessoas que eu mais amo no mundo,eu só fiz o que fiz porque era o certo,isso não me deu nenhum prazer.Ele precisava pagar pelo o que fez,não podia continuar a ter uma vida indigna,aquilo também era para o seu bem,para que morrese com dignidade,pagando por tudo que fez.Mas nada disso significa que não esteja doendo muito sua prisão,saber que jamais o terei de volta nessa casa,saber que esse foi um dos nossos últimos momentos.E que ainda eu teria que proteger pessoas de seu mal,era muito triste as coisas terem chegado nesse ponto.Era duro perceber que aquele homem super inteligente que eu idolatrava,na verdade era um gênio do mal.
   Eu estava confuso,não sabia se já era hora de agir,não sabia se o povo já estava ciente de tudo,não sabia se já era hora de tomar o comando.Lavei meu rosto,o sequei,e decidi descer para ver como estava tudo.
   — Frank — gritei chamando o chefe da guarda real,ele saberia me atualizar sobre como estava a rua.
   — Vossa alteza — ele fez uma reverencia se aproximando.
   — Como está o povo? — perguntei.A partir da resposta eu decidiria que decisão tomar.
   — Com medo.Eles acham que se seu pai foi preso é porque é o assassino — muitas pessoas não tinham conhecimento sobre aquele documento,então já supunham isso pela falta de informações.Eles realmente estavam certo,mas eu não podia deixar que soubessem disso.
   — Devo fazer algo com alguém,para que parem de caluniar o rei? — ele perguntou.Aquilo me assustou de imediato,eu precisava fazer alguma coisa antes que aquilo se transformasse em uma catástrofe.
   — Não — respondo de imediato. — Avise ao povo que daqui uma hora farei um pronunciamento no palco principal,e nele esclarecerei todas as suas dúvidas,e também ditarei regras temporárias.Avise aos guardas para que cercem o palco.
   — Está certo alteza — ele assente.Era estranho isso de dar ordens e ser obedecido de imediato,agora eu ocupava o posto mais alto do reino,dava uma sensação boa de poder.Mas eu sabia que quanto mais alto você está,maior é a queda.Eu passaria do posto mais alto de todos para um dos mais baixos,seria apenas o filho do assassino.Porém eu ia aproveitar o máximo enquanto podia,usaria meu poder da melhor maneira possível.E eu já sabia qual seria a nova regra que eu ditaria,sei que alguns não ficariam contentes com ela,mas seria necessário.Também tudo que importa agora é o que eu quero.
   Decidi voltar para o meu quarto para tomar banho.Eu precisava colocar uma roupa a altura do meu novo posto,o povo precisava ter uma boa primeira impressão de seu novo governante.
   Escolhi um elegante terno preto,uma gravata azul-marinho e sapatos sociais.Passei gel no cabelo para formar o meu belo topete.Me olhei no espelho e estava bem apresentável,isso sendo muito modesto.Na verdade eu estava lindo para caralho!Com certeza o governante mais bonito que esse reino já viu.É,modéstia realmente não é o meu forte.
   Olhei as horas no meu relógio de bolso,que é de ouro,e vi que já estava quase na hora do meu pronunciamento.Então liguei para o motorista e pedi para tirar meu carro da garagem,e também para Frank avisando que em breve eu sairia,era para ele e seus homens estarem a postos.Com tudo arrumado,saí do meu quarto em direção ao meu povo,às pessoas por quem eu fiz tudo,até entreguei meu pai para a morte.
   Entrei no meu carro e percebi com satisfação que vários estavam me seguindo,minhas ordens foram seguidas com perfeição.Depois de alguns minutos chegamos onde queríamos,notei que o local estava lotado,todos estavam curiosos para ouvir o que eu tinha para falar.
   Desci do meu carro e percebi a aglomeração ficar agitada.Os guardas logo formaram um círculo em volta de mim,e me conduziram ao palco.
   Nunca fui tímido,mas em cima daquele palco de repente eu havia me tornado.Milhares de rostos voltados com suas atenções completamente em mim me deixavam nervoso.Quando coloquei minha mão no microfene percebi até que ela estava suando.Ensaiei mentalmente esse momento diversas vezes,mas agora as palavras simplesmente sumiram da minha boca.
   Percebi que o povo já estava ficando impaciente,então retirei forças de não sei onde,e comecei a falar.
   — Olá claros — eu realmente não sabia como se começava um discurso,então fui de improviso mesmo,embora realmente não saiba se essa é a saudação adequada.
Provavelmente deveria ser algo mais formal,porém sou péssimo com isso. — Vim aqui para lhes tranquilizar,a prisão de meu pai é mera formalidade.Descobriram o assassino,e com isso os dois suspeitos foram presos.Daqui um mês ocorrerá o julgamento,e nesse dia a muralha já estará no chão.Quando John for declarado culpado,meu pai se tornará rei dos dois reinos,na verdade eles serão um reino só novamente.Então essa prisão é como um divisor de águas,depois dela nossa vida só irá melhorar — a multidão bate palmas contente,o que me faz sorrir.Parece que eu havia me dado bem no meu primeiro discurso.A única coisa ruim é que ele estava repeto de mentiras,mas se eu falasse a verdade,com certeza não receberia palmas,e,sim,vaias,quem sabe até tomates.Então dessa vez mentir foi realmente necessário.
   — E como o povo fica durante esse mês?Sem rei? — um repórter pergunta.Essa realmente era uma pergunta que eu esperava ouvir,deve ser a maior dúvida deles.
   — Eu governarei durante esse tempo — digo com orgulho,e era realmente uma satisfação guiá-los. — Prometo que honrarei a coroa que uso da melhor maneira possível,buscarei o melhor para vocês,por vocês. — Ao final ouço palmas novamente,que me deixaram mais feliz ainda que da primeira vez,pois agora eu estava sendo extremamente sincero,tudo que eu disse era a mais pura verdade,eu realmente tentaria durante esse tempo ser um governante tão bom quanto meu pai,porque apesar de seu crime,ele realmente ama o nosso povo,toda a prosperidade que conquistamos é graças a ele.Ele realmente fez tudo que pôde pelo reino,foi um excelente rei.Embora tudo que fez provavelmente vá ser esquecido quando descobrirem que ele é um assassino.É sempre assim,mesmo que acertemos várias vezes,um único erro destrói tudo. — Porém,mesmo que eu esteja muito feliz de governa-lhes por esse tempo,temos que lembrar que meu pai está em uma cela,então teremos algumas restrições.Mesmo que a príncipio vocês não gostem delas,têm que entender que são necessárias.Está proibida a realização de casamentos,aniversários,comemorações,enfim,festas em geral.Ele é nosso verdadeiro rei,por isso não podemos agir normalmente sem ele.Espero que entendam. — Dessa vez não vêm palmas,também seria esperar muito que viesse,mas fico feliz de não ter ouvidos vaias.Mostra que eles respeitam a minha ordem.
   — Mais alguma dúvida? — pergunto depois de ficarem em silêncio por um longo tempo.
   — Podemos abrir nossas lojas? — uma mulher de meia idade pergunta temerosa.
   — Claro! — digo de imediato,surpreso pela sua dúvida.Mas parece que não era uma dúvida só dela,pois imediatamente os rostos da multidão ficaram mais aliviados. — Eu jamais os impediria de trabalhar,só não é tempo para festas ainda,quando ele sair da prisão aí sim celebraremos uma grande festa! — digo animado,animação essa que contagia o povo.Me surpreendo ao ouví-los gritando a plenos pulmões:"Príncipe Justin,Príncipe Justin".Tenho que me controlar muito para  segurar o choro,nesse momento que estou passando,isso é tudo que eu precisava,demonstração de amor.
   Invés de chorar,abro um imenso sorriso para eles.Aquilo realmente havia me feito bem.
   — Obrigada! — faço uma reverencia a eles. — Até breve,meu povo — digo com um largo sorriso.
   Desço do palco,enquanto palmas ainda podem ser ouvidas.Quando subi nele jamais pensei que tudo isso pudesse dar tão certo,achei que isso ia ser um grande fracasso.E agora estou eu aqui descendo aplaudido.A vida é realmente surpreendente,embora nem sem as surpresas sejam boas,eu havia provado disso há poucos dias atrás.
  
  
  


Notas Finais


Sei que o capítulo está meio chato,mas é que eu realmente não queria deixar vocês sem nada,e se eu fosse escrever tudo que quero para o final nesse capítulo demoraria muito.Espero que vocês gostem dele pelo menos um pouco,foi bem difícil escrevê-lo,pois estava com um imenso bloqueio,tanto que só consegui escrever isso ontem.Alguns problemas pessoais me deixam meio desanimada,e acabo ficando sem inspiração.Porém lendo seus comentários no último capítulo acabei ganhando estímulo para escrever esse pequeno capítulo,espero que ele lhes agrade,seus comentários são mais que bem-vindos haha são realmente importantes,são eles que me fazem ter vontade de escrever,na verdade de postar né,porque escrever eu já amo por mim mesma.Enfim,até breve,amores.


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