História Herenegor - O caminho do arco e da espada - Um relato da primeira Era - Éldra

                                       UM RELATO DE ELDRA.

   Houve um tempo que o esplendor da Terra média era apreciado pelas criaturas de Nordriéri, que viviam nos céus. Encantavam-se pelas canções dos Altos elfos de Eldra, que localizavam-se nas grandes florestas abaixo dos rios e colinas. 
    Deslizavam os dedos em suas harpas e cantavam as mais belas canções, mais isto não era o melhor dos Élfos de Eldra, pois tiravam vantagem na caça e no cultivo. Suas  armas repletas da mais pura magia, eram feitas pelos melhores ferreiros, além do vasto conhecimento e sabedoria que carregavam de milênios.
  A beleza daquela raça era admirada por todos aqueles que tivera a honra de vê-los.
      O Grande Rei de Eldra, Elzen O Primeiro, administrava sabiamente seu reino, cuidando de cada assunto que os envolvia,por milênios tivera o coração voltado para a gentileza e luz, mas aos poucos seu coração se tonara mais escuro, dia após dia  se assentava em seu trono dourado e desejava algo mais, mesmo sua riqueza sendo maior que a dos próprios homens.

    Aqueles que viviam sobre os céus sentiam o coração daquele que fora seu primeiro naquela raça se tornando mais sombrio, mas não poderiam interferir, pois está fora uma escolha na qual eles tiveram que se submeter em outros tempos.

   Com a escuridão dominando o coração de Elzen,  ele tornou a fechar as portas de seu Castelo, mesmo seus conselheiros não alcançavam com suas sabias palavras seu tão amado Rei. Algo gritava em seus corações, e mesmo não desejando aquela verdade, eles tiveram que admitir.

 ''Uma vez que o coração de um Élfo é dominado pelo mal, ele se torna o Próprio mal''  

      A essência da bela cidade de Eldra agora se tornara escura, as estrelas não mais brilhavam e seus dias se tornaram nublados, —tão gélidos quanto a morte.— Nas florestas eram vistas criaturas das sombras, vozes e sussurros ecoavam junto com o vento, o mal se abrigara na terra e criara raízes profundas. Nunca em milênios o mal se aproximou tanto das terras élficas.

          O sorriso sombrio e maldoso no rosto de Elzen enquanto via toda aquela maravilha que havia trazido para os élfos, o deixara fervilhando, sim, ele havia abraçado o mal, este fora o único jeito de suportar aquele ferimento, o único jeito de ganhar mais poder.

     A vingança seria devastadora, pois agora ele era Elzen O Escuro.

        Os lordes e conselheiros tomaram uma decisão, eles já haviam esperado muito pelo retrocesso do comportamento de seu ainda amado Rei,não tiveram outra opção, pois os boatos já corriam a terra média
 

  Invadiram em uma marcha o salão principal do castelo de Enïr, como era chamado por sua grande beleza, não precisaram ir  a procura do Rei Elzen, pois ele se encontrava ali, em seu centro, sentando com todo o seu esplendor em seu grande trono dourado, mas algo estava diferente.
     Elzen usava roupas pretas e sombrias, a cor de sua pele se mesclava entre o cinza e a sua habitual cor pálida. Seus olhos ainda tinham de um azul intenso, mais agora eram frios, tão frios que sentiam seus instintos avisaram para erguerem suas espadas e arcos.
 

  - As estrelas não brilham em nosso encontro, pelo que presumo. - Disse Elzen erguendo seu novo poder. 
 

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      Boatos sobre o enlouquecimento do grande rei élfico alcançaram as Terras de Minori, que era repleta de grandes montanhas e lagos. E em suas cavernas estava a grande cidade anã de Dirindû. 
       Os relatos assombraram o coração do rei anão, Nurdo, da casa de Nur'har, ele temeu pelo desejo daquele rei sobre sua riqueza, pois sabia, desde o principio do coração ambicioso de Elzen. 
        Ordenou para que toda a sua guarda ficassem em alerta, pois se era de fato verdade, que Elzen havia abraçado o mal, ele viria atrás de si.

       Em uma noite, na qual era comemorado o dia de grande colheita, Nurdo estava em seu quarto, de alguma maneira pressentia que algo estava por vir, e não poderia estar mais certo.
 

- Não está comemorando com seu povo asqueroso? - a voz veio do fundo de seu quarto.
 

- O que quer Elzen O primeiro ? - Disse Nurdo, que ao se virar ficou atônito pela revelação que tivera. - O que aconteceu com você ? - a gargalhada ecoou por todo o comodo e um frio percorreu pela espinha de Nurdo, mas não deixaria que isso viesse transparecer, pois os anões eram guerreiro.

- Consegui poder, mais precisei perder um fragmento de minha alma imortal, está vendo ? - Ele levantou sua espada - Isso foi meu trunfo.

- Uma Cinfä? 

- Sim, mais está é melhorada, bem isto não vem ao caso, eu vim para fazer algo e.. - Nurdo o interrompeu.

- Veio me matar, suponho.
 

- Exato.

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  Embora Nurdo tivesse lutado com toda a sua força ele fora morto, agora seu reino estava nas mãos de seu filho, Drurmur, seu primogênito. 
  Elzen assassinou muitos outros primeiros, embora eles não fossem tantos, muitos haviam morrido a milênios, agora ele era o único que restara com tal  denominação.  Seu nome ficou conhecido por toda a Terra Média, ele havia começado as primeiras batalhas, se aliado e tornado-se  o rei das criaturas sombrias.