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História Hermione Granger - Draco Malfoy


Escrita por: drumond

Notas do Autor


Ola pessoas lindas que estão lendo a FIc, espero que estejam gostando! Deixem comentários sobre o que acham dela , o que gostam ou não gostam... contem-me tudo!
Lumos!

Capítulo 2 - Draco Malfoy


Meu nome é Draco Malfoy, ex Comensal da Morte e mais novo Auror de Londres, aprovado como o primeiro da turma de 2004 no treinamento .

Ao encerrar da batalha de Hogwarts, eu, assim como todos os Comensais da Morte, fui a julgamento pelos crimes cometidos. Meu pai, ao contrário de minha mãe e eu, não foi perdoado e fora sentenciado à morte, o que, no princípio, foi extremamente difícil de lidar, principalmente para minha mãe, para mim, a sensação era mais como alívio, mas com o passar do tempo, ela apenas preencheu o vazio com coisas mais produtivas.

Em 2000 conclui meus estudos juntamente com Blásio Zabini e Theodore Nott, era bom ter com quem dividir os olhares julgadores. Jogamos juntos para o Ballycastle Bats de 2001 até 2003 quando eu cansei de correr atrás de pomos de ouro e iniciei o curso de Auror. Zabini e Nott continuam por lá e saímos juntos sempre que possível. Esse tempo como jogador me proporcionou, basicamente, a possibilidade de ficar com mulheres dos mais diversos lugares com uma excelente justificativa para não procura-las no dia seguinte, ou ficar para o café da manhã .Foi um frenesi generalizado quando anunciei que pararia de jogar, incluindo Pansy Parkinson que se tornou uma espécie de perseguidora doente que me seguia para todos os lugares deixando metade do time com medo dela, quando fiz o pronunciamento para a imprensa, ela começou a escrever cartas para minha casa, perguntando para minha mãe o que eu iria fazer, onde iria morar, e claro, ela não sabe onde é meu apartamento e pretendo que permaneça dessa maneira.

A vida não tem sido difícil, com o dinheiro da família, poderia passar o resto da vida vivendo às custas da herança, mas pretendo fazer algo mais útil da minha vida, como por exemplo, tentar reparar o mal que eu de maneira direta ou indireta possa ter causado.

 

Sábado, 13 de março de 2004 08:00 pm.

É a formatura da turma de Aurores, mera formalidade, mas o Ministro da Magia estará presente então é necessário comparecer. Atualmente moro em um apartamento One Hyde Park Residencial, uma cobertura duplex, com quatro suítes e vista para o parque Hyde Park, é um lugar excelente de se viver, sem muito movimento, vizinhos silenciosos e posso me exercitar ao ar livre sempre que tenho vontade.

Tomei um longo e demorado banho, me preparando psicologicamente para uma longa noite, peguei um de meus ternos pretos no armário, penteei o cabelo, calcei os sapatos, guardei a varinha e desci até a garagem. O problema de viver entre os trouxas, é que você tem que se adaptar à maneira que vivem, então tive que tirar carteira e comprar um carro, minha mãe tem um profundo ódio por eu me locomover desse jeito, ela diz ser perigoso e demorado, mas eu admito que é bom andar por uma avenida vendo as luzes passando, permite uma sensação de paz incrível.

Dirigi até a entrada de visitantes do Ministério, onde seria o evento, me sentei no meio dos demais e esperei que tudo acontecesse. Pediram que eu fizesse o discurso, mas não estava disposto a discursar para pessoas que ficariam me julgando pelo passado, então, preferi por ser mais um no meio dos 8 aprovados. Parentes e demais membros do Ministério estavam presentes, incluindo Potter que esbanjava sorrisos ao lado de Gina Weasley.

Ao término da solenidade, Kingsley Shacklebolt, o novo Ministro da Magia me chamou até um canto do auditório.

-Parabéns, senhor Malfoy.

-Obrigado, Ministro. É o mínimo que posso fazer para tentar reparar o mal que posso ter causado, ajudando no que estiver ao meu alcance.

-É uma bela atitude de sua parte, sua mãe deve estar orgulhosa.

-Ela não se aguenta, uma lástima não poder estar aqui.

-Creio que ela esteja sim. – O ministro indicou com a cabeça o meu lado direito, onde ela estava enjugando as lágrimas com um lenço. Ela sorriu para mim e eu fiz o mesmo em retribuição.

-Achei que ela não viria. Feliz surpresa.

-O senhor tem que começar a esperar coisas melhores das pessoas.

-Talvez devesse realmente.

-Bom, não quero mais tomar seu tempo, mas gostaria de fazer-lhe uma proposta. Preciso de um subchefe para os Aurores, e levando em conta seu histórico em Hogwarts, como se saiu no curso e sua evolução como pessoa, gostaria de saber se está interessado em ocupar o cargo.

-Seria uma honra, senhor.

-Excelente! Creio que já conheça sua superior?

-Não senhor, é algo mantido em segredo até mesmo durante a preparação.

-Pois bem, a chefe dos Aurores é Hermione Granger, estudou em Hogwarts no mesmo período que o senhor.

-Conheço-a bem, extremamente inteligente.

-E competente também. Espero que formem uma boa dupla.

-Certamente, senhor.

-Boa noite, Malfoy. Nos vemos na segunda, marcarei um almoço com a senhorita Granger para contar-lhe de seu novo companheiro de trabalho.

-Aguardo o memorando com o local. Boa noite. – Hermione Granger, quem diria...

-O que o Ministro queria com você, meu filho?

-Primeiramente, por que não disse que viria?

-Queria fazer-lhe uma surpresa.

-Fiquei bem surpreso mesmo.

-Mas então, o que ele queria?

-Me oferecer um emprego.

-Mas você acabou de se formar, já tem um emprego.

-Um cargo melhor, mãe, subchefe dos Aurores.

-Isso é maravilhoso, meu filho.

-É ótimo mesmo.

-Vamos comemorar!

-O que a senhora quer fazer?

-Quero comer massa!

 

E lá fomos nós dois, achar um restaurante italiano, para jantar. Ela falava milhares de coisas e eu fingia prestar atenção, mas minha cabeça não parava de pensar no fato de agora estar trabalhando com Hermione. Não a vejo desde o fim da batalha de Hogwarts, já que optei por terminar os estudos um ano após o trio de ouro ter saído de lá.

Jantamos enquanto mamãe me contava das aulas de pilates ou yoga e como a mãe de Blásio passou a última semana inteira com dores.

Narcisa se tornou uma pessoa incrivelmente melhor depois que meu pai se foi. Ela passou a ter voz, fazer as coisas que queria, o fim da guerra foi uma desintoxicação para nós dois, não é da nossa natureza ser como fomos programados para agir, o ódio que pregávamos contra quem não é sangue puro, com trouxas ou família com menos abastadas...

Perdi a conta das inúmeras vezes que fui torturado por ir contra os princípios de meu pai, a ideologia de vida dele era baseada em “o que as pessoas vão falar? Você é um Malfoy, mantenha a postura”. Cresci como um garoto amedrontado que se escondeu atrás da figura do pai, que nunca fez as próprias escolhas, mas agora pode ser quem quiser, tentar ser melhor.

Depois do jantar, levei minha mãe até meu apartamento, tomamos um chá e ela aparatou para a mansão.

Domingo, 14 de março de 2004 03:27 am.

Acordei com gritos vindos da rua, peguei minha varinha em cima do criado mudo e fui até a janela. Uma mulher corria desesperada pela rua, olhando para trás diversas vezes e uma pessoa encapuzada seguia-a, aparatei no banheiro do saguão, coloquei a varinha no bolso e fiquei parado na porta da frente do prédio, quando a mulher passou gritei para que entrasse, ela passou por mim aterrorizada e se jogou na parede esquerda, abaixando-se e cobrindo a cabeça. Fui até o meio da rua tentando encontrar quem a perseguia, mas havia desaparecido completamente.

Voltei para dentro e a mulher tremia muito, o corpo dela parecia não ser sólido tamanha era tremulação, então eu me aproximei e agachei em sua direção.

-Está tudo bem, não tem mais ninguém aqui. Você está segura. – Ela ergueu a cabeça e olhou em meus olhos.

-Muito...muito...obrigada. – Ela estava soluçando, seus olhos estavam vermelhos e inchados, lagrimas escorriam por seu rosto e por alguma espécie de instinto ela me abraçou e eu fiquei sem reação.

-Quer tomar uma água?

-Não...não vou incomodar mais.

-Eu insisto, venha. – Ela fixou seus olhos nos meus e assentiu com a cabeça, me levantei e chamei o elevador, voltei até ela estendendo a mão para que se apoiasse e levanta-se e assim o fez.

A iluminação do elevador permitiu que eu a olhasse melhor. Seu rosto estava pálido, assim como os lábios quase sem cor, seus cabelos longos, escuros e ondulados caíam sobre metade de sua face, seus olhos castanho estavam com as pupilas dilatas devido ao medo e perigo, ela usava calça jeans, tênis e um moletom cinza do Queen Mary University of London. Ela olhava fixamente para a porta e quando ela se abriu em meu apartamento, ela permaneceu imóvel.

-Entre, fique à vontade. – Passei em sua frente, atravessando a sala de estar e fui até a cozinha, enquanto observava-a por cima do ombro, ela deu uma olhada rápida ao redor e sentou-se no sofá preto que se destacava na sala maioritariamente branca. – Água? Chá? Suco?

-Só água por favor. – Ela olhava fixamente para o tapete de urso em frente à lareira a sua esquerda. Levei água para ela, a garota tremia tanto que teve de segurar com as duas mãos para conseguir bebe-la.

-Quer ligar para alguém? – Ela balançou a cabeça negativamente. – Qual o seu nome?

-Megara, Megara Amairani e o seu?

-Draco Malfoy.

-Muito obrigada por me ajudar, senhor Malfoy.

-Tudo bem, onde você mora?

- St. James’s Place, Westminster.

-Quer carona para casa?

-Não quero incomodar, sua esposa não vai gostar da ideia de sair no meio da madrugada, com uma completa estranha que quase foi atacada por um maníaco.

-Eu não tenho esposa, moro sozinho e o que aconteceu com você? Por que aquela pessoa te perseguiu?

-Fui assaltada, mas isso é o de menos. Ele queria...me violentar.

-Mais um motivo para te levar até em casa, ele ainda pode estar por perto.

-Sou muito grata por tudo que fez.

-Não tem que agradecer, eu ouvi seus gritos e fui ajudar.

-Obrigada ainda mais. A maioria das pessoas não abriria a porta da sua casa para uma mulher gritando no meio da rua de madrugada.

-Achei que aqui era um bairro seguro.

-Deveria ser, afinal, você desembolsou US$ 237 milhões para comprar esse apartamento.

-Isso foi estranho. Como sabe quanto meu apartamento custou?

-Foi um recorde de Londres. Estudo medicina mas sei bastante sobre o mercado imobiliário.

-Está explicado.

-Você não é casado, e é muito novo para ter conseguido tanto dinheiro...diria que é herança de família.

-Pode-se dizer que sim, mas o que mais ajudou, foi minha carreira esportiva. – Eu estava falando em excesso com uma pessoa que nunca vi na vida, melhor encerrar por aqui essa conversa. – Mas então, posso te levar em casa? Creio que ficará melhor. – Ela concordou com a cabeça e voltou para o elevador, fui até a ilha na cozinha e peguei a chave do carro.

Ela não falou absolutamente nada até a garagem, quando apertei o botão do alarme do carro ela parou de andar e ficou olhando para mim.

-Vamos?

-Você só pode estar de brincadeira comigo? Meus pais têm grana, mas você só pode ser podre de rico! Koenigsegg CCXR Trevita? 3 unidades no mundo todos? Pó de diamante?

-Você não deveria saber tanto de carros...

-Meu ex-namorado, só falava disso, aprendi um pouco.

-Vamos?

-Claro! – Ela ficava olhando cada centímetro do interior do carro fazendo comentários técnicos que eu não estava prestando atenção. Nem parecia mais a garotinha assustada de poucos minutos atrás.

Ela me indicou o caminho e parei em frente à sua casa.

-Quer entrar?

-Não, obrigada. Ainda pretendo dormir um pouco.

-Você é muito sério para alguém tão novo, mas desculpe o incomodo, mas fico feliz por ter me ajudado.

-Fico feliz por ter ajudado.

-A gente se vê por aí!

-Espero que não seja de madrugada de novo.

-Eu também. – Ela sorriu e correu até a entrada da casa, quando a porta se abriu ela acenou e eu segui o caminho de volta.

 

Domingo, 14 de março de 2004 5:00 am.

A chance de eu conseguir dormir de novo era nula, então calcei meu tênis tirei a camisa de moletom colocando uma mais leve e saí para correr.

O sol estava começando a nascer, o parque estava vazio e um pouco frio, meu relógio de pulso marcava 7:23 am quando voltei para o prédio, algumas pessoas já circulavam pelo local, subi para meu apartamento, tomei um longo banho e me joguei na cama.

Amanhã teria de almoçar com Hermione Granger e o Ministro, definitivamente não sei o que esperar dessa relação com ela. Se tem uma pessoa com quem fui cruel durante todos os meus anos em Hogwarts foi a Granger, o Potter estava acostumado, mas ela, mesmo depois de todos os anos, ainda parecia ofendida sempre que a chamava de sangue-ruim. Como ela iria reagir é o que mais me atormentava, ela poderia simplesmente esquecer ou tornar minha vida um inferno, eu particularmente, preferiria que ela apagasse tudo o que fiz, assim como as demais pessoas com quem fui uma pessoa não tão agradável.

Domingo, 14 de março de 2004 05:30 pm.

Adormeci sem nem ao menos perceber, me levantei e prendi a toalha ao redor da cintura, me sentei no sofá e liguei a televisão. O plano era passar o dia inteiro sem fazer nada, mas o universo estava determinado a não me deixar em paz. Uma coruja pousa na janela da cozinha trazendo uma carta em seu bico.

 

Fala, cara!

Vai fazer alguma coisa hoje? Eu e Nott estamos em Londres, passamos na sua casa às 9:00pm.

Blásio

 

Eu só queria ficar tranquilo para ter um bom primeiro dia de trabalho, não quero ficar tonto por aí, não essa noite.

Fiquei atoa comendo de tudo que tinha na geladeira até uma hora antes do combinado, tomei uma ducha rápida, coloquei calça jeans preta, uma camisa social branca, sapatenis também preto e deixei um blazer à mão.

O elevador se abriu e Nott saiu de lá com uma roupa bem parecida com a minha, mas ele é mais adepto ao verde-sonserina em suas camisas e calça branca.

-E ai, senhor Auror.

-Para você é subchefe dos Aurores, meu caro.

-Nem começou a trabalhar e já foi promovido.

-É isso que acontece quando eu resolvo lagar a vida de mulherengo.

-Eu fico com a vida de mulherengo.

-Cadê o Blásio?

-Na festa?

-Que festa?

-A que ele está dando para comemorar a sua formatura.

-Excelente! Já vou trabalhar de ressaca no primeiro dia.

-Temos que pegar mais bebidas, por falar nisso. – Nessas horas, ter magia para ajudar não adianta muito.

Peguei minha carteira e o blazer, aparatamos perto da casa de Blásio, compramos algumas garrafas de whisky de fogo e aparatamos até a sala da mansão Zabini.

Metade das pessoas que estavam lá eu não estava disposto a ver, como por exemplo, Crabbe, Goyle, Astoria, Emilia Bulstrode, Vítor Krum...dezenas de pessoas que eu não fazia ideia de quem eram. Entre uma bebida e outra conheci uma tal de Vicktória, loira, olhos azuis, corpo escultural menos de 1,65m. de altura, belíssima!

 

Segunda-feira, 15 de março de 2004 11:25 am.

Acordei com o barulho de uma coruja, abri os olhos e percebi estar em casa, sentei-me na cama e vi a loira da noite anterior dormindo nua enrolada nos lençóis, fui até o closet peguei um bermuda e fui até a cozinha.

Uma coruja diferente estava parada na janela com uma carta.

 

Gordon Ramsay, 12:30pm.

 

Me assustei ao olhar as horas e corri para tomar banho, fazer a barba, calça social, sapatos devidamente lustrados, camisa social branca de costume, blazer, arrumei o cabelo, peguei um relógio e a carteira. Fui até a beirada da cama falar com a garota.

-Bom dia, espero que tenha dormido bem. – Ela abriu os olhos de vagar e me encarou.

-Já vai?

-Tenho que trabalhar, fique à vontade.

-Te verei de novo?

-Tenho seu telefone. – Disse olhando no espelho checando os últimos detalhes.

-Isso é um não...entendi. Foi um prazer, literalmente falando.

-Igualmente. – Eu acho.

Saí deixando a garota nua sozinha na minha casa, loucura? Talvez um pouco, peguei as chaves do carro e fui até o restaurante. Parei na porta do mesmo quando ainda eram 12:15pm, dei entrada usando o nome de Kingsley Shacklebolt,  o manobrista levou meu carro e a recepcionista me levou até a mesa, menos de cinco minutos depois o Ministro chegou, nos cumprimentamos e começamos a conversar, ele é um homem sério, porem nem tanto.

Falávamos sobre o formando que gaguejou ao fazer o discurso gerando uma risada que parou assim que o Ministro se levantou, quando Hermione parou ao lado da mesa, fiz o mesmo e acenei com a cabeça positivamente, sem dizer nada. Estava preparado para encontrar a menina sabe-tudo de cabelos descontrolados que vivia carregando livros e não essa mulher maravilhosa, suas curvas eram perfeitamente delineadas pela saia e a blusa levemente transparente a deixou incrivelmente sexy, não podia acreditar que estava olhando para a mesma pessoa.

Fixei meus olhos nos dela e estabelecemos um contato visual que só foi interrompido por que o Ministro se pronunciou.

-Devo ressaltar que esta estonteante, senhorita Granger.

-Muito obrigada, Ministro. – Ela sorriu levemente.

-Não estamos no escritório, já lhe disse que não precisa de tamanha formalidade para conversar comigo.

-É força do hábito, desculpe-me.

-Bom, senhorita, creio que já conheça o seu mais novo subchefe, senhor Draco Malfoy.

-Sim, nos conhecemos em Hogwarts.

-Espero que façam um ótimo trabalho juntos.

-Pode ter certeza que faremos. – Um homem que estava parado na porta do restaurante fez um sinal para o Ministro que se levantou pedindo licença.

-Quem diria, Malfoy...

-Igualmente, Granger. Achei que fosse ficar catalogando plantas com a Lovegood.

-Como sabe disso? 

-Seu ex-namoradinho, Krum, meu contato com ele é maior do que eu gostaria.

-Sim, mantemos contato.

-Eu sei. – Sorri de lado por que eu sabia bastante sobre os dois, principalmente sobre o relacionamento íntimo deles.

-Bom, poderia ser pior, temia que Kinkgsley escolhesse alguém burro como Goyle.

-Ele virou lutador, acho que pensar não era mesmo seu melhor atributo. – O ministro retornou à mesa, mas não se sentou.

-Lamento não poder ficar, aconteceu um problema que deve ser resolvido imediatamente, mas aproveitem o almoço. Malfoy, vejo você mais tarde. Até mais Hermione. – Ele beijou a mão de Granger e deu as constas para nós.

-Bem, acho melhor voltar ao trabalho. – Ela ameaçou se levantar, mas eu a interrompi.

-“Aproveitem o almoço” sente-se e coma. – Ela pegou o cardápio e fez seu pedido assim como eu, solicitei ao garçom que trouxesse também uma garrafa de vinho.

-No meio do dia?

-Não se fica impossibilitado de trabalhar com meia taça de vinho. – O silencio se instaurou e eu agi naturalmente, mas ela parecia desconfortável. – Tem alguma coisa errada?

-Esperava não te ver nunca mais.

-Também é um prazer revê-la. – Ela sorriu cinicamente.

-Por que Auror?

-Por que não Auror?

-Você estava no quadribol.

-E você catalogando plantas.

-Estava fotografando, Luna está fazendo o catálogo.

-Que seja, você não estava fazendo o que todos esperavam que fizesse.

-Não se espera que um Comensal da Morte combata a arte das trevas.

-Ex Comensal da Morte.

-Que seja. – O silencio voltou a se fazer presente até que Granger não se aguentou. – Se vamos trabalhar juntos é preciso que tenhamos o mínimo de boa convivência, Malfoy.

-Me diz por que escolheu essa carreira e eu respondo o mesmo.

-Não hoje, não aqui. – Ela parecia extremamente imponente, mas sua voz fraquejou um pouco.

-Está me convidando para jantar?

-Nem nos seus sonhos Malfoy.

-É o seguinte, você pode até não acreditar, mas não sou mais quem costumava ser.

-Até parece.

-Com o tempo, você vai perceber que não sabe de tudo, Granger.

-Achei que fosse me chamar de sangue-ruim.

-As pessoas mudam e você é a prova disso. – Tenho que poupar palavras com ela, para essa garota, uma letra é palavra.

-O que quer dizer com isso?

-Nada de importante. – Ela olhou no fundo dos meus olhos e arqueou uma das sobrancelhas.

A comida foi servida, e em absoluto silencio fizemos a refeição. Pedi que o garçom trouxesse a conta e como ela não pode concordar com nada que eu digo, protestou sobre eu pagar a conta.

-Vamos dividir. – Foi a conclusão final, mas de nada adiantou pois com a discussão só ouvimos o que o garçom tinha a dizer depois de minutos discutindo sobre ela não precisar do meu dinheiro e não precisar de mim, para atrasar a vida dela.

-O homem que fez a reserva deixou a conta paga. – Parece que ele sabia o problema gerado por uma simples conta.

-Estou de carro, quer uma carona?

-Você dirige?

-As pessoas mudam.

-Draco Malfoy está usando um meio de transporte trouxa, quem diria.

-Não é um carro qualquer...

-Mesmo assim, obrigada. Vou aparatar, é mais rápido.

-Você é quem sabe. – O manobrista parou o carro na minha frente, entrei e Hermione foi para a rua de trás, onde certamente iria aparatar, segui pelo caminho até a entrada de visitantes do Ministério, deixando o carro parado no estacionamento mais próximo.

Fui até onde me foi indicado, me deparo com uma mulher loira de cabelos compridos na porta que indicava meu nome e o da Granger.

-Senhor, Draco Malfoy?

-Sim.

-Meu nome é Vivian, sou secretaria de Hermione e sua. Estou à disposição se precisar.

-Obrigado.

-Disponha. – Ela abriu a porta e vi uma sala ampla completamente branca com duas mesas grandes em lado opostos da sala, isso não me agradou nem um pouco. Com toda certeza mudaria aquilo, e o mais rápido possível.

Granger estava sentada em sua mesa com uma pilha de papéis. Me aproximei e ela interrompeu a leitura.

-Isso é para você, ela me entregou uma pasta preta escrito “CASO 2004.1801.1998” leia e faça as anotações que julgar necessário, a audiência é em... – Ela olhou para o relógio de parede atrás de mim. – duas horas, esteja pronto.

-Ok.

Me sentei e comecei a devorar cada palavra, cada linha daquele documento. O tempo pareceu voar.

-Malfoy! Estou falando com você. – Meus pensamentos foram interrompidos.

-Quatro horas, a audiência. Vamos! – Peguei meu blazer e a acompanhei.

Basicamente fiquei uma hora e meia ouvindo a defesa de um homem que foi acusado de usar a maldição cruciatus na esposa. Hermione era a responsável por fazer as acusações, o juiz ouvia atentamente, bem como os membros do júri. O acusado foi trazido e deu seu testemunho, dizendo que sua mulher havia cometido algo que não consegui prestar atenção por que Hermione começou a andar de um lado para o outro na minha frente fazendo com que perdesse a concentração.

Os membros o julgaram culpado da acusação e ele foi levado para Askaban afim de cumprir pena por uso indevido da magia e utilização de uma maldição imperdoável.

-Por hoje é só isso, nos vemos amanhã, Malfoy.

-Não quer jantar?

-Com você? Não obrigada.

- Como quiser. – Ela foi em direção à saída do Ministério e eu voltei para a nossa sala. Definitivamente não dava para trabalhar naquele ambiente.

Magia facilita a vida de uma maneira que eu não sei como os trouxas conseguem viver sem. Tirei ou poucos moveis da sala, a parede que era totalmente branca, deu lugar a uma janela falsa que simulava a vista do Big Bem ao vivo como se olhássemos de cima dele, independente da hora do dia. Isso já deixou muito melhor, ver as pessoas e os carros passando já deixava o ambiente menos tenso.

A sala é ampla para uma pessoa, mas para duas é um tanto quanto apertada, então a expandi criando dois ambientes separados, a porta que dava direto para dentro, agora dava passagem a um pequeno corredor de vidro que tinha tamanho apenas para abrigar porta para os dois escritórios e uma parede de vidro que seguia até a parede com vista do Big Bem, que ao mesmo tempo dava privacidade a nos dois ao mesmo tempo que continuava sendo apenas uma sala.

Coloquei mesas grandes de madeira na parede oposta à da vista para que sempre fosse possível ver o exterior, cadeiras grandes e confortáveis para que pudéssemos sentar, duas poltronas em cada ambiente, caso fosse necessário receber alguém, uma mesa de centro perto delas. Estantes com livros que podem servir de consulta em algum caso, e espaço vazio para guardar documentos entre outras coisas que fossem necessárias.

Isso deu outro ar ao ambiente, deixava o fato de trabalhar muito mais suave e menos estressante. Coloquei abajur nas mesas e iluminação mais adequada ao novo escritório, relógios de parede e a papelada que estava na mesa dela.

Apaguei as luzes e fui para casa.


Notas Finais


Nox!


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